Auditoria e Perícia lista 2

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AULA 02: HISTÓRICO DA POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA 
Auditoria e perícia ambiental 
AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL 
Aula 02: Histórico da Política Ambiental Brasileira 
AULA 02: HISTÓRICO DA POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA 
Auditoria e perícia ambiental 
Objetivo desta aula: Apresentar e discutir a perspectiva histórica 
e a atual política ambiental brasileira 
1. O Debate Ambiental Global; 
2. Contexto Histórico – Antecedentes; 
3. Lei 6.938/81 – Política Nacional de Meio Ambiente; 
4. Lei 6.938/81 – Aprimoramentos; 
5. Primeiras Décadas do Século XXI - Avanços. 
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O debate ambiental global 
As conferências mundiais sobre meio ambiente têm sido fundamentais para o avanço da política 
nacional brasileira, tendo influenciado boa parte das leis que compõem o arcabouço jurídico ambiental. 
Abaixo, segue uma breve revisão das conferências que mais influenciaram a política ambiental 
brasileira. 
 
Conferência da biofesra 
1968 – Paris 
• Iniciou o despertar da consciência ecológica mundial; 
• No mesmo ano, foi produzido o relatório do Clube de Roma, denominado Limites do Crescimento. 
 
Conferência sobre desenvolvimento e o meio ambiente humano 
1972 - Estocolmo (113 países) 
• Primeira reunião da ONU para discutir os problemas ambientais do planeta; 
• Cunhado o termo “desenvolvimento sustentável”; 
• Noção de que os cidadãos, os governos e as empresas devem fazer um esforço comum. 
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O debate ambiental global 
Comissão mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento 
 
1987 - Brundtland Report 
• Incompatibilidade do desenvolvimento sustentável com os padrões de consumo e produção vigentes; 
• Relatório de Brundtland “Nosso Futuro Comum” discute meio ambiente partir da produção e do consumo; 
• Meio ambiente problematizado até 2000. 
 
Conferência RIO 92 
 
1992 - Rio Janeiro (172 países) 
Na RIO 92, foram propostas quatro convenções internacionais, uma declaração e uma Agenda: 
• Convenção para o Combate à Desertificação; Convenção para os Oceanos; Convenção das Mudanças 
Climáticas; Convenção da Biodiversidade; Declaração do Rio (ou “Carta da Terra”); e Agenda para o Século 
21, Agenda 21. 
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Contexto histórico - antecedentes 
A política ambiental brasileira propriamente dita desenvolveu-se de forma tardia se comparada às demais 
políticas setoriais brasileiras e, basicamente, em resposta às exigências do movimento internacional 
ambientalista. 
 
Durante séculos, o desenvolvimento econômico, decorrente da Revolução Industrial, impediu que os 
problemas ambientais fossem considerados. O meio ambiente era predominantemente visto como acessório 
do desenvolvimento, e não como parte intrínseca dele. 
 
A poluição e os impactos ambientais do desenvolvimento desordenado eram visíveis, mas os benefícios 
proporcionados pelo progresso os justificavam como um “mal necessário”, algo com que se deveria resignar. 
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Contexto histórico - antecedentes 
No Brasil, a política ambiental nacional nasceu e se desenvolveu nos últimos quarenta anos como resultado da 
ação de movimentos sociais locais e de pressões vindas de fora do país. 
 
Do pós-guerra até 1972 – ano da Conferencia de Estocolmo –, não havia propriamente uma política ambiental, 
mas sim, políticas que acabaram resultando nela. 
 
A legislação que dava base a essa política era formada pelos seguintes códigos: 
de águas (1934), 
florestal (1965) e 
de caça e pesca (1967). 
 
Não havia, no entanto, uma ação coordenada de Governo ou uma entidade gestora da questão. 
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Contexto histórico - antecedentes 
Em 1973, pouco depois da Conferência de Estocolmo, foi criada, no Brasil, a Secretaria Especial de Meio 
Ambiente (Sema), órgão especializado no trato de assuntos ambientais sob a coordenação do Ministério do 
Interior. 
 
A Sema se dedicava ao avanço da legislação e aos assuntos que demandavam negociação em nível nacional, 
tais como a produção de detergentes biodegradáveis, a poluição por veículos, a demarcação de áreas críticas 
de poluição e a criação de unidades nacionais de conservação. As medidas de Governo se concentravam na 
agenda de comando e controle, normalmente em resposta a denúncias de poluição industrial e rural. 
 
O modelo da política ambiental brasileira, elaborada a partir da Conferência de Estocolmo, tinha assim como 
pilares: o controle da poluição e a criação de unidades de conservação da natureza. O crescimento 
populacional e o saneamento básico ficaram excluídos desse modelo, constituindo, cada um, objeto de política 
própria, não articuladas à questão ambiental, o que evidenciou o desenvolvimento isolado deste setor. 
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A lei 6938/81 – política nacional de meio ambiente 
Em 1981, a Lei Federal 6.938 criou o Sistema Nacional de Meio Ambiente, integrado por um órgão colegiado: 
o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Esse conselho é composto por representantes de 
ministérios e entidades setoriais da Administração Federal, diretamente envolvidos com a questão 
ambiental, bem como de órgãos ambientais estaduais e municipais, de entidades de classe e de organizações 
não governamentais. 
 
A Lei 6938/81 estabeleceu objetivos, princípios, diretrizes, instrumentos, atribuições e instituições da política 
ambiental nacional. Segundo ela, o objetivo principal da política nacional de meio ambiente era: “a 
preservação ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, condições para o desenvolvimento 
socioeconômico, os interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida humana”. 
 
Dentre os instrumentos por ela enumerados, encontramos: a avaliação de impactos ambientais, o 
licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, procedimentos esses 
ratificados e assegurados na Constituição Federal de 1988. 
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A lei 6938/81 – aprimoramentos 
No período de 1985 a 1989, a política ambiental brasileira passou por uma reestruturação que afetou os 
órgãos públicos encarregados da questão ambiental, com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 
e Recursos Naturais (IBAMA), que unificou a regulamentação de atividades como a pesca, a exploração da 
borracha e o desenvolvimento florestal. 
 
Em 1990, o Decreto 99.274 regulamentou a Lei 6.938/81 e suas modificações posteriores. Esse decreto 
esclareceu o procedimento para o licenciamento ambiental, prescrevendo que o licenciamento prévio de 
atividades e obras utilizadoras dos recursos ambientais seria feito pelos devidos órgãos estaduais 
competentes, cabendo ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) fixar os critérios básicos exigidos 
para os Estudos de Impacto Ambiental (EIA). 
 
Os Estudos de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), em cada caso específico, 
ficaram a cargo do órgão concessor da licença através do chamado Termo de Referência. Tais estudos são 
conduzidos por profissionais habilitados, que respondem legalmente por seus atos, embora não haja um 
sistema de acreditação e supervisão da qualidade de seu trabalho. 
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A lei 6938/81 – aprimoramentos 
1986: A Resolução Conama nº 001/86 instituiu a obrigatoriedade de Estudos de Impacto Ambiental(EIA). 
 
1988: Os princípios ambientais são incorporados à Constituição Federal e o meio ambiente passa a ser 
entendido como um bem coletivo. 
 
1992: Após a RIO 92 são criados novos instrumentos legais entre eles a Lei de Crimes Ambientais e o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação. 
 
1998: Instituída a Lei de Crimes Ambientais ou A Lei da Natureza (Lei 9.605). Essa Lei reordenou a legislação 
ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições, classifica os crimes ambientais e aponta que a 
responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras e coautoras da infração. 
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Primeiras décadas do século XXI - avanços 
• Marco Legal de Resíduos Sólidos 
 
A Lei 12.305/10 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos que, entre outros: 
 
• Acabou com os lixões; 
• Criou os planos de gestão integrada de resíduos sólidos; 
• Instituiu a avaliação e análise de ciclo de vida de produto, a coleta seletiva e a logística reversa como 
instrumentos de políticas públicas; 
• E dá outras providências. 
 
Conheça o Novo Código Florestal Brasileiro. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm>, acessado em 09/01/2017. 
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Primeiras décadas do século XXI - avanços 
• Novo Código Florestal Brasileiro 
 
Após anos de debate e muita discussão política, foi publicada, em 2012, a Lei nº 12.651 que trata do Novo 
Código Florestal Brasileiro. A lei então em vigor era de 1965. 
A lei que foi publicada é significativamente diferente daquela aprovada no Congresso Nacional e amplamente 
discutida e negociada na Câmara dos Deputados. 
A revisão gerou polêmica envolvendo grandes e pequenos produtores rurais, o Governo e a sociedade civil. 
Não houve consenso em vários aspectos do texto da lei. O Código foi aprovado na Câmara Federal e 
encaminhado a Presidente Dilma que, por meio de Medida Provisória, aplicou 12 vetos e 32 modificações no 
texto do Código. 
 
Conheça o Novo Código Florestal Brasileiro. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm>, acessado em 09/01/2017. 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Impacto Ambiental – Conceitos 
Básicos; 
 
Tipos de Impacto Ambiental; 
 
Dano Ambiental e Passivo 
Ambiental; 
 
Avaliação de Impacto Ambiental. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.