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Nome: Amanda Micheli Mariano de Mello 
 A Tragédia dos Comuns - Hardin
O ecologista Hardin Garrett, em poucas páginas descreve uma das obras mais importantes e citadas que descrevem o uso dos recursos comuns. Ademais teve repercussão em políticas ecológicas, em estratégias econômicas. Pois de uma for simples Hardin argumenta que quando os recursos, naturais ou do trabalho, são compartilhados a tendência lógica seria o uso exacerbado pelos indivíduos. 
Visto isso podemos entender do que se trata o nome, “Tragédia” no título refere-se a um destino inevitável, o “comuns” a propriedade comunal típica na Idade Média. Esse sistema dava margem ao surgimento da super-exploração: frequentemente um pastor descobria que, se ele aumentasse o seu rebanho, somente ele teria mais lucro, ao passo que o custo disso seria suportado por todos. A tragédia sobreviria assim que todos passassem a agir da mesma forma. Quando todos os pastores aumentassem os seus rebanhos desproporcionalmente, o pasto logo se esgotaria e, em pouco tempo, todos perderiam. Daí o sentido da tragédia.
O Hardin oferece algumas possibilidades de evitar a tragédia dos comuns como a privatização. Com o princípio de escolha racional dos “vícios privados, benefícios públicos” o loteamento dos comuns evitaria a demasiada exploração por cada camponês. Desse modo um mecanismo de controle ao externo aos comuns, Gestor, como o Estado, seria uma solução. É o que faz a estratégia do poluidor-pagador ou seja quem usasse mais o bem comum (com mais vaquinhas e ovelhas, por exemplo) faria alguma pagaria uma indenização. Há, porém, o custo de gerenciar quem usa mais o recurso. Por fim, a regulamentação da pastagem restringindo o uso dos comuns com certas normas ou cobrando pedágios para seu acesso. Da mesma forma são sistemas onerosos e sujeitos a falhas.
 A falta de consciência da população e juntamente com o comportamento predatório se revela em várias outras oportunidades, desde outrora até nos dias atuais. Por exemplo, se a pesca é liberada, todos procurar retirar o máximo de peixe das águas, ainda que isso, ao final, vá prejudicar a todos. Questões ambientais também sofrem impacto, como consumo de água também.
 A idéia de “se dar bem”, de levar vantagem em tudo, de obter sempre o máximo de lucro; tudo, logicamente, sem pensar nos outros. E como mudar isso? Como sugeriu Gustavo Cerbasi (Folha de S. Paulo, 21/6/2010), no mundo atual, dominado pelo consumo e pelos valores materiais, uma maneira de se evitar a formação de jovens gananciosos e egoístas seria que as escolas, desde cedo, transmitissem às crianças os valores da ética e da cidadania, ao lado das vantagens de uma vida coletiva e solidária. Não tenham dúvida: esses ensinamentos seriam bem mais importantes do que muita coisa inútil que hoje enche os cadernos, a cabeça e a paciência de nossos jovens e crianças.

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