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SEMIOLOGIA GERAL

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V e t e r i n a r i a n D o c s 
www.veterinariandocs.com.br 
 
 
 
 
1 
www.veterinariandocs.com.br 
Semiologia 
 
 
Introdução 
Subdivisão da Semiologia: 
 1-Semiotécnica: é a utilização, por parte do examinador, de todos os recursos 
disponíveis para se examinar o paciente. Desde o mais simples exame até o mais 
moderno. 
 2-Clínica Propedêutica: engloba e interpreta os dados obtidos pelo exame do 
paciente. Importante para o estabelecimento do diagnóstico 
 3-Semiogênese: busca explicar os mecanismos pelos quais os sintomas aparecem 
e se desenvolvem 
Sinais Clínicos e Sintomas 
*Em Medicina Veterinária existe apenas os sinais clínicos, pois o sintoma é uma 
sensação subjetiva anormal, sentida pelo paciente e não visualizada pelo examinador. Já 
o sinal é um dado objetivo, que pode ser notado pelo examinador por inspeção. 
 Classificação: 
 -Gerais: são manifestações patológicas resultantes do comprometimento do 
organismo como um todo. 
 Ex.: metástase (neoplasia mamária) 
 -Locais: quando manifestações patológicas aparecem claramente circunscritas 
em uma região 
 Ex.: claudicação (artrite) 
 -Principais: um sistema orgânico envolvido. 
 Ex.: alterações comportamentais, dispnéia 
 
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 -Patognomônicos: alterações exclusivas de uma enfermidade 
 Ex.: protrusão de 3ª pálpebra em eqüino com tétano. 
 Classificação quanto à evolução: 
 -Iniciais: são os primeiros sinais observados 
 -Tardios: quando aparecem no período de plena estabilização ou declínio da 
enfermidade 
 -Residuais: quando se verifica uma aparente recuperação do animal. 
 Ex.: mioclonias que ocorrem em alguns casos de cinomose. 
 Classificação quanto ao mecanismo de produção: 
 -Anatômicos: alteração da forma de um órgão ou tecido 
 Ex.: esplenomegalia, hepatomegalia 
 -Funcionais: alteração da função dos órgãos 
 Ex.: claudicação 
 -Reflexos (sinais distantes): são originados longe da área em que o principal 
sinal aparece. 
 Ex.: sudorese em casos de cólica, taquipnéia em caso de uremia, icterícia 
em hepatites. 
Síndrome 
Conjunto de sinais clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos sistemas. 
Quando adequadamente reconhecidos e considerados em conjunto, caracterizam uma 
determinada enfermidade. 
 Ex.: Febre (ocorre no carbúnculo hemático, na aftosa, na cinomose, sendo que 
sua presença, por si só, não caracteriza nenhuma destas enfermidades, mas é importante 
nos diagnósticos destas. 
Diagnóstico 
É reconhecer uma dada enfermidade por suas manifestações clínicas, bem como 
prever sua evolução, ou melhor, seu prognóstico. 
 -Diagnóstico Clínico: anamnese + exame físico + exames complementares 
 -Diagnóstico Terapêutico: quando se avalia o animal e suspeita-se de uma 
determinada enfermidade, realiza-se um procedimento medicamentoso, e em caso 
favorável, fecha-se o diagnóstico. 
 
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 -Diagnóstico Etiológico: é a conclusão do clínico sobre o fator determinante da 
doença 
 Ex.: Clostridium tetani = tétano 
 -Diagnóstico Histopatológico: pelo uso de microscópio para o estudo de tecidos 
lesionados 
 -Diagnóstico Radiológico, laboratorial, sorológico, eletrocardiográfico. 
 -Diagnóstico Presuntivo (Provável ou Provisório): em ocasiões que não é 
possível estabelecer um diagnóstico de imediato. Deve-se com a evolução do caso, 
tentar estabelecer o diagnóstico por exclusão. 
Principais Causas de Erro 
 -Anamnese incompleta 
 -Exame físico superficial 
 -Avaliação precipitada ou falsa dos achados clínicos 
 -Conhecimento insuficiente dos métodos 
 -Impulso precipitado em tratar o paciente antes mesmo de estabelecer o 
diagnóstico. 
 Há 2 fases para a resolução do problema clínico: a elaboração de hipóteses e 
avaliação das hipóteses obtidas 
1-Elaboração das Hipóteses: inicia-se com informações mínimas sobre o caso 
(paciente), tais como idade, sexo, raça e queixa. 
Prognóstico 
 Consiste em se prever a evolução da enfermidade e suas prováveis 
conseqüências (salvar a vida, curar ou manter a capacidade funcional do órgão 
acometido). 
 Tipos: 
1-Favorável: quando se espera uma evolução satisfatória 
2-Desfavorável: se prevê o término fatal ou possibilidade de óbito 
3-Reservado (duvidoso): casos de cursos imprevisíveis 
-Tratamento: 
 É um meio utilizado para combater a doença. 
 -Tipos: 
 
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-Meios cirúrgicos 
-Medicamentosos 
-Dietéticos 
-Paliativos (cadeira de rodas, punção de bexiga) 
Métodos Gerais de Exploração Clínica 
-Plano Geral: 
 -Resenha 
 -Anamnese 
-Exame Físico: 
 -Inspeção 
 -Palpação 
 -Auscultação 
 -Percussão 
01-Inspeção: 
 Utiliza-se o sentido da visão e inicia-se antes mesmo da anamnese. Pela inspeção 
verifica-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato 
com o exterior. 
 *Conselhos: 
-O exame deve ser feito em um lugar bem iluminado 
-Observe se possível o animal em seu local de origem 
-Não se precipite (não faça contenção, nem manuseie o animal antes de uma inspeção 
cuidadosa) 
-Limite-se a descrever o que está vendo e não se preocupe com a interpretação e com a 
conclusão do caso. 
 Tipos: 
-Panorâmica: quando o animal é visualizado como um todo (condição corporal) 
-Localizada: visualiza-se uma determinada região do corpo 
-Direta: utilizando-se do sentido da visão. Observa-se pele, pêlos, mucosas, 
movimentos respiratórios, secreções, aumento de volume, cicatrizes, claudicações. 
 
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-Indireta: feita com auxílio de aparelho (otoscópio, laringoscópio, oftalmoscópio, raio- 
X, microscópio, eletrocardiograma, ultra-sonografia) 
Informações Úteis para o Diagnóstico: 
 -Nível de consciência: alerta, depressão, fúria (agressão), delírio, estupor 
(semicomatoso – responde a estímulos dolorosos e pouco responde a estímulos sonoros) 
e coma (não reponde a estímulo doloroso e sonoro) 
 -Postura e locomoção: 
 -Cavalo: quadrupedal e deita em decúbito lateral 
 -Bovino: quadrupedal e deita em decúbito esternal 
 -Cães: quadrupedal e deita em decúbito variado 
 -Condição física o corporal (estado nutricional): caquético, magro, normal, 
gordo ou obeso. 
 -Pele: determinação do estado de hidratação. 
< 5%: não detectável, a anamnese pode sugerir desidratação 
5%: perda sutil da elasticidade 
6% - 8%: retardo definido no retorno da pele à posição normal, olhos fundos, ligeiro 
aumento no tempo de reperfusão capital (TRC ou TPC), mucosas podem estar 
ressecadas 
10% - 12%: quando a pele é levantada permanece no lugar, TRC prolongado, 
freqüência cardíaca e pulso fraco (sinais de choque) 
12% - 15%: choque, colapso e morte iminente. 
 -Mucosas: indica o estado de saúde do animal 
Mucosas visíveis: oculopalpebral, nasal, bucal, vulvar, prepucial e anal 
*sempre avaliar mais de uma mucosa 
 -Coloração: pálida, normal (rósea), congesta (hiperêmica ou avermelhada), 
ictérica (amarela) e cianótica (azulada, roxo – relacionada mais à problemas 
respiratórios). 
 -Pálida: esbranquiçada  Anemia  indicação de infestação por endo 
ou ectoparasitos e hemorragias 
 -Congesta: hiperêmica ou avermelhada  aumento da permeabilidade 
vascular  indicação de inflamação, septicemia, febre 
 
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 -Cianótica: azulada  transtorno na hematose  indicação de edema, 
anafilaxia 
 -Ictérica: amarelada  hiperbilirrubinemia  indicação de anemia 
hemolítica ou hemolítica imune 
 -Tempo de Preenchimento Capilar: avalia o grau de hidratação 
*O normal é 2 segundos 
*mais que 10 segundos  falha circulatória(fatal). 
 -Presença de Secreções: 
-Unilateral x Bilateral 
-Quantidade (leve, moderada, etc.) 
-Aspecto (fluído, seroso, catarral, purulento ou sanguinolento) 
-Forma abdominal 
 -Características respiratórias 
02-Palpação: utiliza-se do sentido tátil, mãos, pontas dos dedos, punhos ou 
instrumentos para se determinar as características de um sistema orgânico ou da área 
explorada. 
 Fornece informações sobre estruturas superficiais ou profundas (palpação leve 
ou profunda). 
 Alterações percebidas durante a palpação: consistência, sensibilidade, textura, 
temperatura, espessura volume, presença de frêmites, flutuação, elasticidade 
-Palpação Direta ou Indireta (com auxílio de instrumentos – sondas, pinças). 
-Maneira de se Realizar: 
 -Com a mão espalmada ou palpos digitais e a parte ventral dos dedos 
 -Usando-se o polegar e o indicador (para ossos normalmente) 
 -Com o dorso das mãos (para temperatura) 
-Tipos de Consistência: 
*não confundir com textura 
 1-Mole: quando uma determinada estrutura reassume sua forma normal após 
cessar a aplicação de pressão. É uma estrutura macia porém flexível. 
 Ex.: tecido adiposo 
 
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 2-Firme: quando uma estrutura oferece resistência à pressão, mas acaba ceden 
do e voltando ao normal com seu fim. 
 Ex.: músculo e fígado 
 3-Dura: quando a estrutura não cede, por mais forte que seja a pressão 
 Ex.: ossos e alguns tecidos tumorais 
 4-Pastosa: quando uma estrutura cede facilmente à pressão e permanece a 
impressão do objeto que a pressionava, mesmo quando cessada. 
 Ex.: edema – sinal de Godet positivo 
 5-Flutuante: é determinada pelo acúmulo de líquido, tais como sangue, soro, pus 
ou urina em uma estrutura ou região. 
 6-Crepitante: observada quando um determinado tecido contém ar ou gás em 
seu interior. Tem-se à palpação, a sensação de movimentação de bolhas gasosas. 
 Ex.: enfisema subcutâneo 
-Textura: 
 -Macia 
 -Rugoso 
 -Áspero 
03-Auscultação: avaliação dos ruídos que os diferentes órgãos produzem 
espontaneamente. 
 -Ruídos respiratórios 
 -Bulhas cardíacas (normais e alterações) 
 -Sopros 
 -Sons do sistema digestório 
-Classificação: 
 -Direta ou imediata 
 -Indireta ou mediata 
03.1-Direta ou Imediata: quando se aplica o ouvido diretamente na área examinada 
protegido por um pano. 
 Desvantagens: dificuldade de manter-se um contato mínimo com animais 
irrequietos e de excluir os sons provenientes do meio externo. 
 
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03.2-Indireta ou Mediata: quando se utilizam aparelhos de auscultação (estetoscópio, 
fonendoscópio e Doppler). 
 Estetoscópio/Fonendoscópio: 
1-Cones (Peças de Ford): mais utilizados para ruídos graves (de baixa freqüência) 
 Ex.: sopros e bulhas 
*não pressionar demais, pois distende a pele do animal e interfere no exame 
2-Diafragma (Bowles): utilizado para sons agudos (de alta freqüência) 
 -Regras Básicas: 
-Aparelho de boa qualidade 
-Ambiente tranqüilo 
-Atenção ao ruído que está ouvindo 
-Adequada contenção (evitando acidentes) 
 -Tipos de Ruídos: 
1-Aéreos: movimentação de massas gasosas 
 Ex.: passagem de ar pelas vias aéreas 
2-Hidroaéreos: movimentação de massas gasosas em meio líquido 
 Ex.: borborigmo intestinal 
3-Líquidos: movimentação de massas líquidas em uma estrutura. 
 Ex.: sopros 
4-Sólidos: atrito entre duas superfícies rugosas, como o esfregar de uma folha de papel 
 Ex.: pericardites 
04-Percussão: é o ato ou efeito de percutir. É um método físico de exame em que, 
através de pequenos golpes ou batidas, aplicados a determinada parte do corpo, torna-se 
possível obter informações sobre a condição dos tecidos adjacentes. 
 A percussão permite a avaliação de tecidos localizados aproximadamente a 7 cm 
de profundidade e pode detectar lesões iguais ou maiores que 5 cm. 
 -Objetivos: 
 -Delimitação topográfica de órgãos 
 
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 -Comparação entre as variadas respostas sonoras 
 -Tipos: 
04.1-Direta ou Imediata: percussão digital. Quando se percute diretamente com os 
dedos em uma área a ser examinada 
04.2-Indireta ou Mediata: quando se interpões o dedo de uma mão (dedo médio) ou 
algum outro instrumento (plessímetro), entre a área a ser percutida e o objeto percussor 
(martelo ou dedo). 
 -Percussão dígito-digital: golpear a 2ª falange do dedo médio de uma 
mão estendida com a porção ungueal (ponta do dedo) do dedo médio da outra mão, 
agora encurvada. 
 -Percussão martelo-plessimétrica: goleia-se o martelo contra o 
plessímetro colocado na área a ser examinada. 
*evitar percutir em costelas ou grandes vasos 
 -Regras Gerais: 
-Praticar 
-Realizar o procedimento em ambiente silencioso 
-Evitar realizar o procedimento em animais em decúbito lateral 
 -Tipos de Som: 
1-Claro: indica presença de ar 
 Ex.: pulmão sadio, gases. 
2-Timpânico: indica órgãos ocos ou cavidades repletas de ar ou gases. 
 Ex.: abdome 
3-Maciço: indica regiões compactas, desprovidas completamente de ar. 
 Ex.: região hepática, cardíaca, musculatura 
4-Hipersonoro: entre o claro e timpânico 
 Ex.: pneumotórax, timpanismo gasoso 
5-Submaciço: entre timpânico e maciço 
 Ex.: porção do fígado 
6-Sons Especiais: 
 
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 -Som metálico: usa-se uma técnica que combina auscultação indireta com 
percussão. Em caráter patológico, é ouvido em cavidades cheias de ar ou gás 
 Ex.: timpanismo grave 
 -Panela Rachada: é resultante da saída de ar ou gás contida em uma determinada 
cavidade, sob pressão. 
 Ex: casos de estenose (torção ou deslocamento de abomaso, com 
fechamento parcial do piloro) 
Termometria: estudo da variação térmica 
-Vantagens: 
 -Pouco invasivo 
 -Baixo risco de dano à saúde 
 -Rápida obtenção do resultado 
 -Baixo custo financeiro 
-Técnicas de Aferição: 
 -Palpação externa 
 -Termômetros 
-Procedimento: 
 -Contenção adequada 
 -Verificar se a coluna de mercúrio está em nível inferior, antes da introdução do 
termômetro. O termômetro quando não estiver sendo utilizado, deve ser conservado em 
solução anti-séptica (álcool absoluto ou álcool iodado) e limpo, antes de iniciar a 
medição. 
 -Lubrificação da Extremidade (vaselina ou óleo mineral). Deve-se introduzir um 
terço do termômetro, com movimentos giratórios de preferência, deslocando-o 
lateralmente depois. O tempo de aferição varia entre 2 a 3 minutos com termômetro de 
mercúrio. 
*Quando houver tumor ou inflamação (proctite) no reto (aferir na vulva ou prepúcio – 
resultado inferior) 
-Características de um bom Termômetro: 
 -Sensibilidade 
 -Precisão 
 
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 -Rapidez 
-Causas de Erro: 
 -Defecação e/ou enema recente 
*Enema: é a introdução de líquido no ânus para lavagem, purgação ou administração de 
medicamentos. 
 -Introdução pouco profunda 
 -Pouco contato do bulbo com a parede do reto 
 -Penetração de ar no reto 
 -Processo inflamatório retal (proctite) 
 -Tempo de permanência inadequado do termômetro no reto. 
-Fatores Fisiológicos X Temperatura Corporal: 
1-Variação Nictemeral (circadiana): variação de 0,5 à 1,5ºC 
 Manhã: temperatura mínima 
 Tarde: temperatura máxima 
2-Ingestão de Alimentos: aumento da temperatura pelo aumento do metabolismo basal e 
pelos movimentos mastigatórios. Aumento de 0,1 a 0,9ºC 
3-Ingestão de água fria: promove uma redução que varia de 0,25 a 1ºC 
4-Idade: quanto mais jovem o animal, mais elevada a temperatura, em virtude do centro 
termorregulador não estar completamente desenvolvido. 
5-Sexo: fêmeas em cio ou em gestação apresentam uma temperaturamais elevada 
6-Gestação: no terço final da gestação, pode ocorre diminuição de até 0,5ºC nas 24 a 48 
horas antecedentes ao parto. 
7-Estado Nutricional: animais desnutridos tendem a apresentar uma temperatura 
discretamente menos em virtude da diminuição do metabolismo basal. 
8-Tosquia: em virtude da irritação, determina um aumento da temperatura em até 2ºC 
9-Temperatura Ambiental: mudanças bruscas e acentuadas da temperatura externa são 
acompanhadas por alterações na temperatura interna dos animais. 
10-Esforços Físicos: fazem elevar a temperatura de maneira significativa. O retorno ao 
normal poderá ocorrer entre 20 a 120 minutos, dependendo da intensidade do esforço. 
 
 
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-Glossário Termométrico: 
 1-Normometria: quando os valores de temperatura corporal do animal 
encontram-se dentro dos limites estabelecidos pela espécie. 
 2-Hipertermia: elevação da temperatura corporal, sem que haja, no entanto uma 
alteração no termostato hipotalâmico. Alterações de origem não inflamatória. 
 Pode ser pela retenção de calor, do esforço ou mista. 
*Antipiréticos não alteram a temperatura 
 3-Hipotermia: baixa da temperatura corporal. Por uma perda excessiva ou pela 
produção ineficiente. 
*Cuidado com neonatos, centro regulatório não está bem definido. 
-Síndrome Febre: elevação da temperatura corporal acima de um ponto crítico, e ocorre 
em decorrência do aparecimento de algumas doenças. Considera-se a febre como 
indicativo de alguma doença subjacente. 
 Ela é benéfica na maioria das doenças, visto que a temperatura corporal elevada 
estimula a formação de anticorpos e outras reações de defesa e impede, de certa forma, 
a multiplicação excessiva de alguns microorganismos. 
 Entretanto, seus efeitos podem ser nocivos, pois a maior velocidade dos 
processos metabólicos causam uma depleção do glicogênio hepático e um aumento da 
utilização da proteína endógena como energia. 
 Efeitos: 
-Perda de peso 
-Sudorese 
-Desidratação 
-Desequilíbrio eletrolítico 
-Taquipnéia 
-Polidipsia 
-Diminuição da defecação 
-Oligúria 
-Depressão 
*Quando a temperatura corporal ultrapassa 42,5ºC a função celular fica seriamente 
prejudicada a há perda de consciência. 
Animal Temperatura (ºC) 
Cavalo 37,5 – 38,5 
Potro 37,5 – 39,0 
Bovino 38,0 – 39,5 
Ovelha 39,0 – 40,5 
Porco 38,0 – 40,0 
Cão grande 37,4 – 39,3 
Cão pequeno 38,0 – 39,3 
Gato 38,0 – 39,0 
 
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Contenção Física dos Animais Domésticos 
 Objetivo: restringir, tanto quanto possível, a atividade física do animal, na 
tentativa de realizar a avaliação do paciente e/ou a execução de outros procedimentos 
(curativos, administração de medicamentos). Proteger o examinador, o auxiliar e o 
animal. Evitar fugas e acidentes como fraturas. 
*Não se deve manipular o animal, mesmo que para a execução de procedimentos 
simples, sem que ele esteja adequadamente contido. 
 É importante proceder às manipulações físicas com calma, evitando-se 
movimentos bruscos e/ou violentos. A socialização com o paciente é um passo 
importante no momento da aproximação com o mesmo, já que numa abordagem 
inadequada pode, muitas vezes, ser fatal. 
 Recomendações: 
-Evitar movimentos bruscos e precipitados. 
-Tentar ganhar a confiança do paciente 
-Iniciar com a contenção padrão mais simples para a espécie e quando necessário evolui 
para métodos mais enérgicos e radicais. 
Cães: 
 -Primeiramente se informar sobre o temperamento do animal 
 -Cães grandes no chão e cães pequenos sobre a mesa 
 -A imobilização manual do animal em posição quadrupedal e o seu decúbito 
lateral facilitam a seqüência do exame físico e a realização de vários outros 
procedimentos. 
-Mordaça: 
 -Utilize um cordão de algodão 
 -Promova uma laçada de duplo nó com o dobro do diâmetro do focinho do 
animal antes de sua aproximação 
 -Coloque a laçada ao redor do focinho, posicionando o nó duplo acima deste. 
Aperte o nó e cruze as extremidades sob o queixo do cão. 
 -Desloque as pontas da mordaça para que elas permaneçam atrás das orelhas e 
amarre-as com firmeza 
 
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*Verificar se há dificuldade respiratória após a colocação da mordaça. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: FEITOSA, 2008. 
-Contenção: 
 -Coloque o braço sob o pescoço, prendendo-o moderadamente com o antebraço 
 -Passe o outro braço sob o abdômen do animal, segurando o mesmo anterior que 
se encontra do mesmo lado de quem executa a contenção. 
-Derrubamento: 
 -Posicione os dois braços sobre o dorso do animal 
 -Leve-os em direção às regiões ventrais dos membros anteriores e posteriores, 
localizados próximos ao carpo de quem executa o derrubamento 
 -Puxe o animal de encontro ao corpo do executor. 
 -Com o animal posicionado em decúbito lateral, prenda os membros anteriores e 
posteriores com as mãos. E prenda a cabeça do animal com o antebraço. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: FEITOSA, 2008. 
 
 
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Gatos 
 É mais complicada que a contenção de cães por: 
-serem mais ágeis 
-serem animais pequenos, tornando sua imobilização mais trabalhosa, o que pode 
ocasionar acidentes. 
-se defenderem com as unhas e os dentes 
-serem mais sujeitos ao estresse causado pela mudança de ambiente. 
 Os gatos devem ser mantidos com os seus proprietários (dentro de caixas de 
contenção ou transporte), retirados somente no momento da sua avaliação. 
-Contenção: 
 -O primeiro passo para contenção de gatos é fechar as janelas e portas. 
 -O exame deve ser iniciado com o mínimo de imobilização 
 -Os gatos devem ser examinados sobre uma mesa 
 -Na contenção deve-se manter presa a cabeça do animal dentro da palma da mão 
do ajudante, os membros posteriores contidos e esticados. 
 
 
 
 
 
 Fonte: FEITOSA, 2008. 
Eqüinos 
 -Antes de abortar os eqüinos, deve-se observar o comportamento do animal. 
Atentando-se para o posicionamento das orelhas. 
 -O veterinário ou o ajudante deve se aproximar posicionando-se à esquerda 
desse animal (em virtude da colocação de equipamentos ser realizada deste lado). 
 -Deve se aproximar do animal lentamente com corda ou cabresto. Uma vez 
permitida a aproximação, deve-se fazer a abordagem manual, acariciando o animal, e 
assim passando o braço ao redor de seu pescoço com uma corda. 
 
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*Quando estiver num local pequeno e fechado (baia) nunca fechar a porta, para 
eventuais emergências. 
*Nunca amarrar o animal pelo pescoço, pois em queda acidental ou uma tentativa de 
fuga poderá resultar em óbito por asfixia. 
-Contenção de Potros: 
 -deve-se contê-lo na posição quadrupedal 
 -posicionando-se ao seu lado, passando uma mão em volta da musculatura 
peitoral e outra por trás da coxa ou na base da cauda (suspendendo-a) 
-Contenção de Equinos: 
1-Tronco de Contenção: a superfície não deve ser escorregadia e o local de exame deve 
ser alto para evitar traumas cranioencefálicos. O proprietário ou o condutor do animal, 
deve entrar juntamente com o animal dentro do tronco, e em determinado momento 
deve se fechar o tronco, com uma barra na parte frontal e uma porta na parte traseira. 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: FEITOSA, 2008. 
2-Cachimbo ou Pito: utilizado em animais não cooperativos, pois sua passagem no 
lábio inferior ou superior, com posterior torção, induzirá a uma dor considerável, o que 
obrigará o animal a se manter quieto. 
 Como colocar: 
-segure o cabo do cachimbo com a mão que possua maior firmeza e agilidade 
-coloque osdedos da mão oposta a laçada e segure o lábio superior, elevando-o 
discretamente. 
-deslize a laçada por entre os seus dedos, envolvendo o máximo que puder o lábio 
-aperte a laçada rapidamente 
-fique atento para possíveis reações do animal 
 
 
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3-Torção de Orelha: para uma contenção rápida 
*cuidar para não causar dano à cartilagem aural, o que causará uma alteração 
irreversível do seu posicionamento (orelha caída). 
4-Mão ou Pé-de-amigo: tira-se um dos membros do solo, tirando-lhe o apoio. 
*geralmente os animais não permitem a elevação de um dos membros posteriores por 
muito tempo. 
-Derrubamento de Eqüinos: 
 Geralmente utiliza-se cordas. 
 -Método dos Travões 
 -Método Antigo 
 -Método Nacional 
Bovinos 
 A maioria dos procedimentos de exame físico podem ser realizados com o 
animal em posição quadrupedal, desde que se faça uma boa contenção da cabeça e 
limite os movimentos dos membros e do corpo. 
*fêmeas de bovinos deve-se fazer a aproximação pelo lado direito, por onde são 
normalmente ordenhadas. 
-Contenção: 
1-Tronco de Contenção: é diferente em relação ao dos eqüinos. Pois pode se fixar a 
cabeça do bovino e limitar sua ação. 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: FEITOSA, 2008. 
2-Formiga: pode ser feita com o dedo médio e o polegar ou com um instrumento de 
ferro. Onde se introduz os dedos ou o instrumento no nariz do animal, e pressiona-se o 
septo nasal, exercendo uma pressão considerável. Normalmente utilizado em animais 
não cooperativos 
 
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 Fonte: FEITOSA, 2008. 
-Derrubamento: 
 -Deve-se tomar cuidado na derrubada de bovinos para evitar traumas aos chifres, 
costelas, ossatura pélvica e/ou abortos. 
 -O animal deve ser lentamente derrubado em local macio, segurando-se sua 
cabeça com cuidado. 
-Método de Rueff 
-Método Italiano 
 
Semiologia do Sistema Linfático 
 O sistema linfático constitui uma via acessória pela qual os líquidos podem fluir 
dos espaços intersticiais para o sangue. Com exceção de alguns tecidos (partes 
superficiais da pele, sistema nervoso central, partes mais profundas dos nervos 
periféricos e ossos), quase todos os tecidos corporais possuem canais linfáticos que 
drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais. 
 -Linfa: derivada do líquido intersticial. O sistema linfático é uma das principais 
vias de absorção de nutrientes a partir do sistema gastrointestinal, sendo responsável, 
pela absorção dos lipídeos e também capta partículas (bactérias e outros) 
 -Linfonodos: remove partículas estranhas e as destrói, filtrando a linfa antes de 
chegar ao sangue. Estão distribuídos por todo o organismo no trajeto dos vasos 
linfáticos. Os linfonodos em geral tem forma de rim e apresentam um lado convexo e 
outro com uma reentrância (hilo) pelo qual penetram as artérias nutridoras e saem as 
veias. 
 -Porque examinar o sistema linfático? 
-Por participar dos processos patológicos que ocorrem nas áreas ou regiões por eles 
drenadas, as alterações que ocorrem no sistema linfático podem identificar o órgão ou a 
região que está acometida. 
 
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-Os linfonodos, como os vasos linfáticos, apresentam alterações características em 
várias doenças infecciosas como a leucose bovina, linfadenite em caprinos e ovinos, 
leishmaniose canina. 
-A dilatação ou hipertrofia anormal dos linfonodos que ocorre na maioria dos processos, 
pode comprometer a função de algum órgão vizinho, agravando ainda mais o quadro 
geral do animal 
 Ex.: Disfagia e timpanismo (compressão do nervo vago – tuberculose e 
actinobacilose em bovinos) 
 Dispnéia (compressão da faringe) 
 Tosse (compressão da traquéia e árvore brônquica) 
*Os linfonodos raramente são sede de uma patologia primária, já que se envolvem de 
maneira secundária em processos infecciosos, inflamatórios e neoplásicos. 
-Exame dos Linfonodos: 
 -Inspeção 
*só é possível em caso de animais de pêlo curto 
 -Palpação 
*melhor métodos que avalia a condição dos linfonodos, pois avalia tamanho, 
consistência, sensibilidade (dor), mobilidade e a temperatura 
*sempre examinar bilateralmente, para que se possa determinar se o processo é 
localizado (uni ou bilateral) ou generalizado. 
 -Biópsia (caso necessário) 
-Localização: 
 -Mandibulares: estão localizados superficialmente entre a veia facial. E drenam 
a metade ventral da cabeça 
*Nos eqüinos estão situados mais profundamente e ventralmente à língua 
 -Retrofaríngeos laterais e mediais: localizados na região cervical, entre o atlas e 
a parede da faringe. Recebem a linfa das partes internas da cabeça e parte proximal do 
esôfago. 
*Normalmente não são palpados, só quando aumentados de volume. 
 -Cervicais superficiais / pré-escapulares: localizados na face lateral da porção 
distal do pescoço e ficam em uma fossa formada pelos músculos trapézio, 
braquiocefálico e omotransversal. Esta fossa encontra-se imediatamente adiante da 
 
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escápula, acima da articulação escapuloumeral. Drenam o pavilhão auricular, o pescoço, 
o ombro, os membros torácicos e o terço proximal do tórax. 
*Difícil palpação em eqüinos e fácil palpação em bovinos e caninos. 
 -Pré-curais / pré-femorais: localizados no terço inferior do abdome, a meia 
distância da prega do flanco e da tuberosidade ilíaca. Recebe a linfa da região posterior 
do corpo e do segmento craniolateral da coxa. 
*Não existem nos animais de companhia. 
 -Poplíteos: estão localizados na origem do músculo gastrocnêmio, entre os 
músculos bíceps femoral e semitendinoso. Drenam pele, músculos, tendões e 
articulações dos membros posteriores. 
*Ausente nos eqüinos 
*Papável em cães e gatos 
 -Mamários: são dois nódulos de cada lado, entre o assoalho ósseo da pelve e a 
parte caudal do úbere. Drenam o úbere e as partes posteriores da coxa 
 -Inguinais superficiais ou escrotais: estão localizados medial e lateral ao corpo 
do pênis. Serve de centro linfático para os órgãos genitais masculinos externos. 
*Normalmente palpado em cães 
-Por via retal: normalmente em grandes animais 
 Ex.: ileofemoral e linfonodos da bifurcação aórtica 
*Linfonodos ilíacos, ocasionalmente palpados em cães com distúrbios pontuais 
 Ex.: carcinoma prostático por palpação digital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Características Examináveis dos Linfonodos 
1-Tamanho: 
 Apresentam normalmente forma de grão de feijão ou rim e são relativamente 
maiores em cães jovens, já que estão expostos a uma grande variedade de estímulos 
antigênicos (vacinação). 
 Depende da sua localização e do seu estado nutricional. Animais caquéticos 
podem induzir a uma falsa impressão de adenopatia. E em outras situações, o 
emagrecimento pode tornar palpável linfonodos que antes não eram. 
 Pode-se não conseguir palpar o linfonodo, isto é um fator positivo. 
 -Tumefação ou Infarto (hiperplasia): presença de reação inflamatória de caráter 
defensivo, oriunda de processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos. 
 Isso se dá pela absorção e fagocitose de bactérias, toxinas e com posterior 
produção de linfócitos e anticorpos. 
*Linfangites: afecções nos vasos 
*Adenites: afecção nos linfonodos 
*Linfadenite: vasos + linfonodos 
 O aumento do tamanho dos linfonodos deve ser descrito usando-se termos 
comparativos tirados da vida diária como: caroço de azeitona, azeitona, limão e assim 
por adiante. 
2-Sensibilidade: 
 Palpar para verificar se há sensibilidade (dor). Nos processos inflamatórios e/ou 
infecciososagudos os linfonodos tornam-se sensíveis. Nos animais normais e durante os 
processos crônicos, a sensibilidade é normal ou discretamente aumentada. É necessária 
este tipo de palpação para diferenciar certas enfermidades. 
3-Consistência: 
 Normalmente, apresenta consistência firme. Nos processos inflamatórios e/ou 
infecciosos agudos a consistência não se altera, mas podemos notar o aumento de 
volume e da sensibilidade. Nos processos inflamatórios e infecciosos crônicos e 
neoplásicos, os linfonodos ficam duros. 
4-Mobilidade: 
 Os linfonodos normalmente apresentam boa mobilidade, eles são móveis tanto 
em relação à pele quanto às estruturas vizinhas quando palpados. A perda ou ausência 
de mobilidade é um achado comum nos processos inflamatórios bacterianos agudos, 
devido ao desenvolvimento de celulite localizada. 
 
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5-Temperatura: 
 Apresentam uma temperatura igual à da pele que os recobre. A elevação da 
temperatura é acompanhada, geralmente, de dor à palpação. 
*Deve-se determinar se o aumento de temperatura e/ou tamanho é uni ou bilateral, para 
se determinar se á um comprometimento unilateral da área de drenagem de determinado 
linfonodo ou algo sistêmico. 
6-Procedimentos Complementares (Biopsia ou ultrassom): 
 Pode-se ser feita a biopsia por excisão ou aspiração. 
 -Excisão: faz-se a remoção cirúrgica de todo linfonodo ou de uma parte para 
futuro exame histopatológico. 
 -Aspiração: faz-se a punção com uma agulha apropriada, e após acoplada em 
uma seringa, aspira-se o material proveniente do linfonodo. 
*Antes da realização da biopsia, deve-se, em ambas as técnicas, fazer a tricotomia e 
assepsia do local sobre o nódulo linfático. 
 -Ultrassonografia: verificação de baço 
Baço: 
 Exame por palpação externa. Se estiver esplenomegalia torna-se mais fácil a sua 
palpação. 
 Causas: 
-Torção 
-Hematoma 
-Hematopoiese extramedular 
-Anestésicos (barbitúricos) 
-Hemoparasitos. 
Semiologia da Pele 
 Funções da Pele: 
-Proteção contra perdas de água, eletrólitos e macromoléculas 
-Proteção contra lesões externas, químicas, físicas ou microbiológicas 
-Produção de estruturas queratinizadas, como pêlos, unhas e a camada córnea que 
colaboram com as funções de proteção, frio e movimentação. 
 
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-Termorregulação 
-Reservatório: pode estocar eletrólitos, água, vitaminas, ácidos graxos entre outros. 
-Secreção: as glândulas sudoríparas e sebáceas apresentam diferentes funções ligadas à 
manutenção e a lubrificação do recobrimento piloso 
Camadas da Pele: 
-Epiderme: comporta de múltiplas camadas celulares de queratinóctios em diferentes 
estágios de diferenciação. Além dos queratinócitos (85%) encontram-se também 
melanócitos (5%), células de Langerhans (cerca de 3 a 8%) e células de Merkel (2%). É 
dividida em 5 camadas: camada basal, camada espinhosa, camada granulosa, camada 
lúcida e camada córnea. 
-Derme: compreende um verdadeiro gel rico em mucopolissacarídeos, fibras colágenas 
e elásticas. É um complexo sistema formado de colágeno e elastina que protege a pele 
de forças provocadas por tensão e os mucopolissacarídeos protegem contra forças 
compressivas. 
-Hipoderme: é a camada mais profunda da pele, e geralmente a mais fina. É conhecido 
também como panículo adiposo, pois é constituída basicamente de adipócitos. 
 Anexos Epidérmicos: 
-Pêlos e folículos 
-Glândulas sebáceas: estão presentes em todo o corpo, com exceção aos coxins e plano 
nasal. 
-Glândulas sudoríparas (*écrina – presente nos coxins e apócrina – presente na pele) 
*presente nos carnívoros domésticos. 
-Unhas 
-Exame da Pele: 
 -Etapas: 
1-Identificação 
2-Anamnese: 
3-Exame Físico 
4-Exames Complementares 
 1-Identificação: espécie, identificação etária, raça, sexo, coloração 
 2-Anamnese: é responsável por até 50% do diagnóstico final. 
 
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-Queixa principal 
-Antecedente (procedência do animal dentro de uma cidade, procedência geográfica do 
animal e parentesco) 
-Início do quadro e tempo de evolução 
-Tratamentos já efetuados e suas conseqüências 
-Ambiente, manejo e hábitos: 
-Alimentação 
-Contactantes: para diagnóstico de doenças infecto-contagiosas 
-Ectoparasitos 
-Prurido (avaliação da presença, intensidade, manifestação e localização): é a sensação 
desagradável que manifesta no paciente o desejo de se coçar. 
-Sintomas relacionados a outros órgãos (Ex.: hipotireoidismo) 
 3-Exame Físico: palpação, olfação, inspeção direta e indireta. 
-Palpação: deve se utilizar para verificação de: sensibilidade das lesões, o volume, 
espessura, elasticidade, temperatura, consistência e características como umidade e 
untosidade da pele. 
*A temperatura deve ser aferida com o dorso da mão 
*A característica de elasticidade da pele é utilizada no cotidiano da clínica médica para 
a determinação do grau de desidratação. 
-Olfação 
-Inspeção Direta: é a principal orientação do dermatologista para a elaboração do 
diagnóstico. Deve ser realizada em ambiente muito iluminado. 
 Recobrimeto piloso e falhas normais: 
 -Suínos: apresentam normalmente recobrimento piloso pouco denso 
 -Equinos: apresentam alopecia nas regiões abdominais ventral, axilar a 
na face interna do pavilhão auricular 
 -Ovinos: apresentam farto recobrimento piloso em toda a superfície 
corporal. 
 -Caninos: a maioria apresenta alopecia nas regiões abdominal ventral, 
axilar e na face interna do pavilhão auricular. E raças como, Husky Siberiano, Chow-
Chow, Samoieda entre outros apresentam pêlos por todo o corpo. 
 
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 -Felinos: a maioria apresenta alopecia na face interna do pavilhão 
auricular. Porém, há raças nas quais o recobrimento piloso ocorre em toda superfície 
corporal, como os gatos da raça Persa. 
 4-Exames Complementares (inspeção indireta): 
-Diascopia ou Vitropressão: feita com lâmina de vidro onde se exerce uma pressão 
sobre a lesão que se quer investigar, para provocar isquemia. Indicada para diferenciar 
eritema (cede a diascopia, ou seja, adquire a mesma coloração da pele) de equimose (a 
qual a pele ainda continua com a coloração vermelha). 
-Lâmpada de Wood: o exame deve ser realizado em sala escura para a verificação de 
fluorescência e a lâmpada deve ser ligada e aquecida durante 5 minutos antes do exame. 
É utilizada no diagnóstico das dermatofitoses. 
 Principais espécies fúngicas dos animais domésticos: Microsporum canis, 
Microsporum gypseum, Trichosphyton mentagrophytes, Trichosphyton equinum e 
Trichosphyton verrucosum. *Apenas o Microsporum canis apresenta fluorescência à luz 
de Wood. 
-Teste da Fita Adesiva: deve ser realizado com fita adesiva e tem como indicação a 
busca de ectoparasitos e seus ovos. A fita deve ser colada e descolada várias vezes e em 
várias regiões do corpo do animal e posteriormente a fita é posta sobre a lâmina. 
 Ex.: Cheiletielose 
-Parasitológico de Raspado: material necessário: lâmina de bisturi, lâmina de vidro, 
lamínula, potassa a 10% ou óleo mineral e microscópio óptico. 
*Deve-se fazer a fricção com a lâmina até obter material composto por células e sangue. 
-Tricografia: é um exame que avalia o ciclo biológico do pêlo em um determinado 
momento, assim como suas alterações fisiológicas ou anatômicas. Tem importância na 
determinação de alopecia auto-induzida entre outras. O material deve ser obtido 
prendendo-se uma pinça hemostática em aproximadamente 50 pêlos, que deve m ser 
removidos todos de uma vez e no sentido de seu crescimento. 
-Testes Hormonais: em caso de hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo. 
-Teste Alérgico:-Intradérmico 
 -Sorologíco 
 -Dieta de eliminação 
-Cultura Fúngica ou Bacteriana: 
 
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-Citologia: material necessário: seringa, agulhas, lâmina de vidro, corantes e 
microscópio. 
 
 
 
 
 
-Biopsia: o médico veterinário deve selecionar cuidadosamente, coletar e preservar o 
fragmento de tecido coletado. Muitas vezes necessita de anestesia, por ser um método 
invasivo. 
-Classificação das Lesões Cutâneas: 
 1-Distribuição: 
-Localizada 
-Disseminada: lesões individuais em várias regiões 
-Generalizada: difusa e uniforme, atinge várias regiões 
-Universal: abrange toda a pele do animal 
 2-Topografia: esta classificação é feita de uma lesão em relação à outra. 
-Simétricas 
-Assimétricas 
 3-Configuração: denomina a forma ou o contorno das lesões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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-Morfologia: alterações de cor, formações sólidas, coleções líquidas, alterações de 
espessura e perdas teciduais e reparações. 
 1-Alterações de cor: 
-Manchas Vásculo-Sanguíneas: ocorre por vasodilatação ou pelo extravasamento de 
hemácias 
 -Eritema: coloração avermelhada. Ocorre normalmente em dermatopatias 
inflamatórias. 
*O eritema volta à coloração normal quando submetido a digitopressão. 
 -Petéquia: lesão avermelhada de até 1 cm de diâmetro 
 -Equimose: lesão avermelhada maior que 1 cm de diâmetro 
*Estas duas ultimas quando exercido pressão não voltam a coloração normal da pele. E 
ocorrem ou por uma ruptura traumática de pequenos vasos ou por coagulopatias. 
-Manchas Pigmentares ou Discrômicas: ocorrem por aumento ou por diminuição da 
melanina ou ainda por depósito de outros pigmentos na derme. 
 -Hipopigmentação ou Hipocromia: diminuição do pigmento melânico 
 -Acromia: ausência do pigmento melânico 
 Ex.: vitiligo 
 -Hiperpigmentação ou Hipercromia: aumento de pigmento de qualquer natureza 
na pele (hemossiderina, pigmentos biliares, caroteno e tatuagens) 
 2-Formações Sólidas: resultam de processo inflamatório, infeccioso ou 
neoplásico. 
-Pápula: lesão sólida circunscrita, elevada que pode medir até 1 cm de diâmetro 
-Nódulo: lesão sólida circunscrita, saliente ou não, de 1 a 3 cm de diâmetro 
-Tumor: lesão sólida circunscrita, saliente ou não, com mais de 3 cm de diâmetro. 
Utilizado preferencialmente para neoplasias 
*Nem todo tumor é câncer. 
-Vegetação: lesão sólida, exofítica (cresce se distanciando da pele), avermelhada e 
brilhante. 
-Verrucosidade: lesão sólida, exofítica, acizentada, áspera, dura e ineslástica. 
 3-Coleções Líquidas: 
-Vesícula: elevação circunscrita de até 1 cm de diâmetro, contendo líquido claro 
 
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-Bolha: elevação circunscrita da epiderme com mais de 1cm de diâmetro. 
-Pústula: elevação circunscrita de até 1 cm de diâmetro, contendo pus. 
-Abscesso: formação circunscrita de tamanho variado, encapsulado, proeminente ou 
não, contendo líquido purulento. Há calor, dor e flutuação. 
 4-Alterações de Espessura: 
-Hiperqueratose: espessamento da pele decorrente do aumento da camada córnea. 
-Liquenificação: espessamento da pele decorrente do aumento da camada malpighiana. 
-Edema: aumento da espessura, depressível (sinal de Godet), sem alterações de 
coloração. Decorrente do extravasamento de plasma. 
-Cicatriz: lesão de aspecto variável. Resultante da reparação tecidual. Pode ser saliente, 
deprimido, móvel ou aderido. Não apresenta sulcos, poros ou pêlos. 
 5-Perdas Teciduais e Reparações: 
-Escama: placas de células da camada córnea que se desprendem da superfície cutânea. 
 Pode ser: farinácea, furfurácea ou micácea 
-Erosão: perda superficial da epiderme. 
-Ulceração: perda circunscrita da epiderme e da derme, podendo atingir a hipoderme. 
-Crosta: concreção amarelo-clara (crosta melicérica), esverdeada ou vermelho-escura 
(crosta hemorrágica), que se forma em área de perda tecidual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas: 
FEITOSA F.L.F. Semiologia Veterinária: A arte do diagnóstico. 2 ed. São Paulo: 
Roca, 2008.

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