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2014 
ANTONIO VICTORINO AVILA 
Eng.º Civil. MSc. Eng.ª Produção 
Florianópolis-SC 
Reconhecimento do Local de Obra Nova 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
Sumário 
Reconhecimento do Local de Obra Nova ....................................... 2 
1 – Introdução. ............................................................................ 2 
2 – Levantamentos e Informações. ............................................. 2 
2.1 – Reconhecimento do terrapleno. ...................................... 3 
2.2 – Características do Subsolo. ............................................ 4 
2.3 – Localização de jazidas. ................................................... 4 
2.4 – Propriedades Lindeiras. .................................................. 4 
2.5 – Disponibilidade de Mão de Obra. .................................... 4 
2.6 – Fornecedores de Insumos. ............................................. 5 
2.7 - Serviços Públicos. ........................................................... 5 
2.8 – Acessos. ......................................................................... 5 
2.9 – Legislação Municipal. ...................................................... 5 
2.10 – Licenciamento Ambiental. ............................................. 6 
2.11 – Destino dos Resíduos. .................................................. 6 
2.12 – Demolições. .................................................................. 7 
2.13 – Pluviosidade da Região. ............................................... 8 
2.14 – Localização Estratégica do Canteiro e Acampamento. . 8 
3 – Licenças Ambientais. ............................................................. 8 
 
 
 1-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
Reconhecimento do Local de Obra Nova 
 
 
1 – Introdução. 
 
 
 O objetivo deste artigo é relacionar uma série de 
informações necessárias à implantação de qualquer 
empreendimento de construção. Especialmente quanto ao 
planejamento do projeto e do orçamento de execução. 
 
Essas informações devem ser verificadas antes de 
realização da proposta, pois podem afetar diretamente as 
responsabilidades contratuais das partes envolvidas com reflexo 
direto no orçamento contratual. 
 
 Alerta-se que a relação apresentada não esgota as 
possíveis limitantes ou óbices locais por ventura existentes. 
 
 O gestor, ao formular o preço de um empreendimento, ou 
como insumo ao estudo de pré-viabilidade, necessita reconhecer o 
ambiente onde ele será realizado, fato que transcende a uma 
simples visita ao sitio de construção. 
 
 Para tanto, tem a responsabilidade de providenciar um 
conjunto de informações que possibilitem subsidiar, com a maior 
precisão possível, a elaboração de sua análise de custos e a 
formação do preço, seja de cada atividade como do projeto global. 
 
Assim procedendo, reduz o risco do projeto, especialmente 
aqueles vinculados aos custos a serem incorridos, a lucratividade 
do empreendimento e o prazo de execução. 
 
A Figura 1.1 mostra as principais etapas de um processo 
orçamentário. 
 
 
Orçamentação
Custos
Diretos
Avaliação de
Riscos
Margem de 
Lucro
Despesas
Administrat.
Custos
Indiretos Tributos
PREÇO
BDI
FIGURA 1.1 – Processo Orçamentário
Fonte: Avila & Jungles
2006 
 
Ao se levantar as informações abaixo relacionadas, a 
recomendação efetuada é as considerar como custos indiretos de 
obras e as fazer constar do orçamento proposto, conforme 
orientação do TCU para o caso de propostas em licitações 
públicas. Tal recomendação, por apropriada, recomenda-se adotar, 
também, para propostas de empreitadas na iniciativa particular. 
Assim procedendo, o acompanhamento, a gestão e o processo de 
medição e pagamento se torna mais objetivo reduzindo as 
condições de litígio. 
 
 
2 – Levantamentos e Informações. 
 
 
 2-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
 O objetivo então é pesquisar, levantar, registrar e verificar os 
itens abaixo relacionados que, possivelmente, se não esgotarem a 
relação de informações a serem obtidas, servem de roteiro básico 
para a atuação do profissional ao elaborar os custos indiretos e, 
também, o preço dos insumos componentes dos custos diretos de 
seus empreendimentos. 
 
São eles: 
 
• Características do terrapleno; 
• Características do subsolo; 
• Localização de jazidas; 
• Condições das propriedades lindeiras; 
• Disponibilidade de mão de obra local; 
• Disponibilidade e fornecedores de insumos; 
• Existência de serviços públicos: agua, esgoto, energia e 
telecomunicações; 
• Condições de acessos, sistema viário; 
• Exigibilidades da legislação municipal; 
• Tributos municipais; 
• Condições do licenciamento ambiental; 
• Necessidades de construção de instalações fabris, 
refeitórios e escritórios; 
• Necessidades de construção de casas e alojamentos; 
• Implantação de estruturas de apoio como estradas 
vicinais, pontes e pontilhões; 
• Demolições; 
• Destino dos resíduos da construção; 
• Pluviosidade da região; 
• Localização Estratégica do Canteiro; 
• Etc. 
 
2.1 – Reconhecimento do terrapleno. 
 
 Inicialmente recomenda-se verificar: 
 
a) Panorama do local, visando definir o melhor partido visual 
de modo a adequar o projeto às características do local; 
b) Ventos predominantes; 
c) Caracterização do sitio a serem implantadas instalações 
provisórias de apoio, sejam administrativas ou oficinas e o 
acampamento; 
d) A veracidade dos documentos de propriedade e o respectivo 
registro no Cartório de Registro de Imóveis local ou no Incra 
sendo imóvel rural; 
e) Existência de levantamento plani-altimétrico onde conste a 
individualização dos imóveis lindeiros e o 
georeferenciamento; 
f) Conjunto de fotografias, devidamente identificadas, que 
possibilitem a caracterização do local antes do início das 
obras. 
 
 
 3-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
2.2 – Características do Subsolo. 
 
 Para tanto se recomenda: 
 
a) Conhecer as características geológicas do solo e, caso não 
disponível, providenciar a execução de sondagem 
geológica; 
b) Verificar a possibilidade de óbices à execução das 
fundações, tais como a ocorrência de taludes, necessidades 
de escavações ou remoção de rochas, etc.; 
c) Verificar a existência de solos úmidos ou cursos d’água que 
exijam a execução de obras drenagem antes de serem 
iniciados os serviços da obra principal, bem como a 
exigibilidade de relocação ou afastamentos dos cursos de 
água. 
 
2.3 – Localização de jazidas. 
 
 Neste caso há que se verificar a disponibilidade em local o 
próximo possível de jazidas de areia, rocha, argila, brita, enfim, 
materiais necessários à execução de concreto “in loco” ou a serem 
utilizadas em serviços de terraplenagem. 
 
 Verificar, também: 
 
• O custo de exploração da jazida; 
• A distancia de transporte, a ser efetuado com equipamento 
próprio ou contratado. 
 
 
2.4 – Propriedades Lindeiras. 
 
 Efetuar a vistoria das edificações lindeiras, principalmente 
quando existe a previsão da execução de fundações profundas, 
cortes profundos, subsolos ou rebaixamento de lençol freático em 
suas imediações. 
 
 Neste caso é recomendado: 
 
• Efetuar relatório documentando a condição de estabilidadeestrutural de cada imóvel lindeiro, identificando em desenho a 
existência de fissuras, trincas ou gretas e registrando as 
dimensões de cada uma delas quanto a comprimento e largura. 
Este acompanhamento deve ser registrado para todas as 
paredes do imóvel vistoriado; 
 
• Verificar o tipo das fundações das edificações lindeiras, tais 
como: fundação direta em concreto ou cantaria; sapatas corridas 
ou sapatas rasas; estacas de concreto ou madeira; tubulões; 
radies; etc., bem como a profundidade onde se encontram 
assentadas e as características geológicas do solo. 
 
 E, se possível, recuperar os respectivos projetos visando 
definir as cotas de assentamento de modo a justificar a 
exigibilidade de projeto de obras de reforço ou possível 
recuperação de cada uma delas. 
 
 
2.5 – Disponibilidade de Mão de Obra. 
 
 Verificar a quantidade e a qualidade da mão de obra 
disponível na região seja ela especializada ou não. 
 
 Tal fato determinará a necessidade de recrutar mão de obra 
local ou de fora. Conforme a origem da mão de obra decorrerá a 
 4-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
necessidade de prever alojamento para esse pessoal, seja ele em 
canteiro ou não, implantar refeitório próprio ou terceirizar o 
fornecimento de refeições. 
 
 
2.6 – Fornecedores de Insumos. 
 
 No caso de insumos, verificar a disponibilidade de: 
 
a) Fornecedores de matérias primas tais como: cimento, aço, 
madeira, concreto usinado, etc. no local ou na região do 
empreendimento; 
b) Fornecedores de serviços especializados tais como 
serralheiros, marceneiros, latoeiros, instaladores de gás, 
segurança, etc., concessionárias e oficinas especializadas 
na manutenção de veículos, verificando a capacidade de 
fornecimento e a qualidade dos produtos por eles ofertados; 
c) Fornecedores de equipamentos pesados, tanto para aluguel 
como para venda; 
d) Possibilidade de terceirização de tecnologias ou serviços 
especiais, a exemplo de fundações; pró-tensão; demolição; 
poços artesianos; estruturas pré-moldadas; etc. 
 
 
2.7 - Serviços Públicos. 
 
 Deve-se verificar a disponibilidade de atendimento junto às 
respectivas concessionárias de serviços públicos quanto a: água, 
energia elétrica, gás, telefonia, transporte urbano e interurbano, 
etc. 
 
Levantar a disponibilidade e qualidade dos serviços de 
hospedagem tais como hotéis, pousadas, pensões visando o 
alojamento de pessoal de direção, consultores, visitantes ou 
prestadores de serviços. 
 
 
2.8 – Acessos. 
 
 As condições dos acessos ao empreendimento devem ser 
analisadas, especialmente quanto à capacidade de carga das 
pontes. É comum, em obras de maior porte, haver necessidade de 
construção de novos acessos, rodovias, ramais ferroviários, 
aeroportos de serviços e pontes. 
 
 
2.9 – Legislação Municipal. 
 
 O reconhecimento e análise da legislação municipal devem 
ser realizados já na fase de anteprojeto, pois é atribuição municipal 
a expedição de Alvará de Licença de Construção. 
 
 No âmbito municipal, via de regra, quatro diplomas legais 
devem ser analisados: 
 
• Código de Posturas; 
• Plano Diretor Municipal; 
• Legislação Ambiental; 
• Legislação Tributária Municipal. 
 
 O código de posturas define características das edificações 
e o plano diretor diploma que especifica as condições de uso do 
solo, o tipo de aproveitamento permitido, as taxas de ocupação e 
aproveitamento, os afastamentos tanto das propriedades lindeiras 
 5-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
como de cursos d’água, enfim, os óbices ao aproveitamento físico 
do imóvel. 
 
 A legislação ambiental municipal atuando de modo 
complementar à federal e estadual atua sobre aspectos de 
interesse local, podendo ser mais restritiva que estas duas. 
 
 Além das citadas, deve ser verificada a legislação tributária, 
principalmente quanto ao recolhimento do imposto sobre serviços, 
ISS, cujas alíquotas podem variar de um município a outro e, 
também, ser distinta quanto à execução de serviços ou empreitada 
de material e mão de obra. 
 
No caso de empreitadas de material e mão de obra, há 
municipalidades que permitem discriminar, em nota fiscal, o 
montante dos materiais e da mão de obra, fazendo incidir o ISS, 
apenas, sobre o valor dos serviços de mão de obra e não sobre o 
valor total da nota fiscal. 
 
2.10 – Licenciamento Ambiental. 
 
 Em empreendimentos potencialmente poluidores ou cuja 
implantação exija forte intervenção sobre o meio ambiente 
atingindo a flora e a fauna, ocorre a obrigatoriedade legal da 
obtenção de licenças ambientais ou de desmatamento, a serem 
requeridas junto a órgãos federais ou estaduais de controle 
ambiental, independentemente da intervenção dos organismos 
municipais. 
 
 Nestes termos, três licenças necessárias à realização do 
empreendimento deverão ser obtidas junto aos organismos 
governamentais com atribuições sobre o meio ambiente: 
 
I. A Licença Prévia – LAP; 
II. A Licença de Instalação – LAI; 
III. A Licença de Operação – LAO. 
 
Cabe ao profissional, ao elaborar suas propostas, verificar 
se a Licença Prévia já está disponível, especialmente quanto a sua 
validade ou exigibilidades a serem previamente cumpridas, sob a 
pena ficar impossibilitado de iniciar as obras contratadas, fato esse 
que poderá decorrer no acréscimo de custos previstos. 
 
No item 3 – Licenças Ambientais, é realizada uma pequena 
avaliação destas três licenças. 
 
 
2.11 – Destino dos Resíduos. 
 
O CONAMA, através da Resolução Nº 307, de 5 de julho de 
2002, estabeleceu diretrizes, critérios e procedimentos para a 
gestão dos resíduos da construção civil. 
Para tanto, no preâmbulo da citada Resolução, considera 
que os geradores de resíduos da construção civil devem ser 
responsáveis pelos resíduos das atividades de construção, 
reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas, bem como 
por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de 
solos. 
Para tanto define: 
I - Resíduos da construção civil: são os materiais provenientes de 
construções, reformas, reparos e demolições de obras de 
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de 
 6-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, 
solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e 
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento 
asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., 
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha; 
II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou 
privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que 
gerem os resíduos definidos nesta Resolução; 
 III - Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, 
encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as 
fontes geradoras e as áreas de destinação; 
 
No Art. 4º da citada Resolução Nº 307, fica atribuída aos 
geradores de resíduos da construção, como objetivo prioritário 
evitar a geração de resíduos e, secundariamente, a 
responsabilidade quanto à redução, a reutilização, a reciclagem e a 
destinação final. 
 
Principalmente as atividades tidas como objetivos 
secundários do artigo acima causam impacto nos custos de 
operação e desmobilização, situação a ser adequadamente 
considerada na elaboração dos orçamentos ou propostas de obras. 
 
 
2.12 – Demolições.Caso ocorra necessidade de demolição, esta poderá ser 
feita por processo manual ou mecânico. 
 
 A demolição manual visa o reaproveitamento de materiais e 
componentes, como tijolos, esquadrias, louças, revestimentos, etc. 
A demolição mecânica pode ser feita utilizando martelete 
pneumático, guindastes, tratores e pás carregadeiras. 
 
 As demolições são regulamentadas pelas normas NB-19 
(aspecto de segurança e medicina do trabalho) e pela NBR 
5.682/77 - "Contratação, execução e supervisão de demolições" 
(aspecto técnico). 
 
 Os principais cuidados citados nessas normas são: 
 
a) Edifícios lindeiros à obra de demolição devem ser 
examinados, prévia e periodicamente, visando registrar 
eventuais trincas ou rachaduras, bem como efetuar projetos e 
obras destinados à preservação de sua estabilidade; 
b) Quando o prédio a ser demolido tiver sido danificado por 
incêndio ou outras causas, deverá ser efetuada uma análise 
da estrutura antes de iniciada a demolição; 
c) Qualquer pavimento somente terá sua demolição iniciada 
depois de conclusa a do pavimento imediatamente superior e 
removido o respectivo entulho; 
d) Na demolição de prédio com mais de dois pavimentos, ou de 
altura equivalente, distando menos de 3 metros da divisa do 
terreno, deve ser construída uma galeria coberta sobre o 
passeio, com bordas protegidas por tapume com no mínimo 1 
metro de altura; 
e) A remoção dos materiais por gravidade deve ser feita em 
calhas fechadas, de madeira ou metal; 
f) Reduzir a formação de poeira; 
g) Nos edifícios de quatro ou mais pavimentos, ou de 12 metros 
ou mais de altura, devem ser instaladas plataformas de 
proteção ao longo das paredes externas. 
 7-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
 
 Todos os itens acima considerados influenciam no custo de 
uma obra nova realizado em terreno já utilizado. Deste modo, 
iniciado novo empreendimento quais dos citados itens devem ser 
avaliados e orçados para que constem do respectivo custo. 
 
 
2.13 – Pluviosidade da Região. 
 
 Este dado é de capital importância para quem atua em obras 
de terra. O índice de pluviosidade permite avaliar o número de dias 
operantes e inoperantes de pessoal e equipamentos. 
 
 Avaliado o número de dias inoperantes, há condições de 
determinar a necessidade de realizar horas extras e em finais de 
semana, situações que aumenta os encargos sociais. 
 
 Este dado possivelmente é disponível nas Secretarias 
Estaduais da Agricultura. 
 
 
2.14 – Localização Estratégica do Canteiro e Acampamento. 
 
 É recomendável ao definir o local do canteiro de obras, 
distinguir os conceitos de canteiro e acampamento. 
 
 Canteiro diz respeito ao local de trabalho tais como: das 
instalações fabris, cozinha/refeitórios, manutenção, escritórios e a 
obra propriamente dita. 
 
 Acampamento se entende como os locais de estadia tais 
como: alojamentos, casas, hotéis e refeitórios. 
 
 O objetivo então é definir uma localização estratégica que 
tenha fácil acesso e diminua os custos de transporte de materiais, 
de equipamentos e de pessoal. E, sendo possível, a contiguidade 
do canteiro e do acampamento do pessoal. 
 
 E, que o acesso ao canteiro apresente a melhor condição 
possível de operação, facilitando as operações de entrada e saída 
e a redução de pessoal para controle e operação. 
 
 
3 – Licenças Ambientais. 
 
A Fundação de Amparo à Tecnologia e Meio Ambiente 
(FATMA), agência ambiental do Estado de Santa Catarina é o 
principal organismo público responsável pelo licenciamento 
ambiental após exame e aprovação do Conselho Estadual do Meio 
Ambiente (CONSEMA). Além dela, em havendo previsão de 
desmatamento, ocorre a intervenção do IBAMA organismo federal 
de controle ambiental, principalmente quanto à intervenção sobre a 
flora e a fauna. 
 
 O licenciamento de novos projetos e empreendimentos é 
regulamentado pela Lei 6.938/81, pelo Decreto 99.274/90, que 
regulamentou as Leis 6.902/83 e 6.938/81, e pelas Resoluções 
CONAMA 001/86 e 237/97, que formam o substrato do sistema 
brasileiro de licenciamento ambiental. 
 
 Tal sistema de licenciamento instituiu a exigibilidade de três 
licenças a serem obtidas para a realização de obras ou serviços 
potencialmente poluentes: 
 
I. A Licença Prévia - LAP; 
II. A Licença de Instalação - LAI; 
 8-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
III. E, a Licença de Operação - LAO. 
 
 A Licença Prévia - LAP deve ser obtida na fase preliminar do 
planejamento da atividade. Para tanto, a documentação 
requerendo a emissão desta licença deve conter requisitos básicos 
e informar quanto à localização, instalação e operação, observados 
os planos municipais, estaduais ou federais de uso de solo. 
 
 A emissão da LAP ocorre após a aprovação do Estudo de 
Impacto Ambiental e do decorrente Relatório de Impacto 
Ambiental. 
 
 A finalidade da LAP é estabelecer condições tais que o 
empreendedor possa prosseguir com a elaboração de seu projeto. 
Corresponde a um comprometimento por parte do empreendedor 
quanto ao cumprimento de suas atividades, já que estão 
documentados os pré-requisitos estabelecidos pelo órgão 
ambiental. Essa licença não autoriza o início de qualquer obra ou 
serviço no local do empreendimento e tem prazo de validade 
determinado. 
 
 A Licença de Instalação - LAI deve ser concedida após a 
análise do projeto executivo e de outros projetos e estudos 
complementares que especificam os dispositivos de controle 
ambiental, de acordo com o tipo, porte, características e nível de 
poluição da atividade e de recuperação de áreas degradadas. 
 
 Essa licença autoriza o início da implantação do 
empreendimento e é concedida com prazo de validade 
determinado. Recebida a LAI, o empreendedor passa ter a 
obrigação legal de cumprir as especificações definidas no projeto 
aprovado e de comunicar ao órgão licenciador eventuais alterações 
dessas especificações. 
 
 Em empreendimentos que impliquem desmatamento, a 
concessão da LAI esta condicionada a emissão da Autorização de 
Desmatamento, emitida pelo IBAMA. 
 
 A Licença de Operação - LAO deverá ser requerida depois 
de concluso o empreendimento e será concedida após a realização 
de vistoria e da constatação do funcionamento dos sistemas de 
controle ambiental segundo o estabelecido nas fases anteriores do 
licenciamento ambiental. 
 
 A LAO é o documento que autoriza o início do 
empreendimento, é concedida por prazo determinado e estabelece 
condicionantes para a continuidade do processo de operação do 
empreendimento. 
 
 A renovação da LAO deve ser requerida periodicamente e é 
deferida após a realização de nova vistoria efetuada pela agencia 
ambiental quando: 
 
• Ocorrer o vencimento do prazo de validade; 
• No caso de haver ampliação de sua área de intervenção 
tais como a reformulação do processo produtivo; alteração 
da natureza de seus insumos básicos; reequipamento; 
aumento de capacidade produtiva; etc. 
 
 A obtenção das licenças citadas, dos estudos de impacto 
ambiental e o respectivo relatório de impacto ambiental decorrem 
em custos, muitas vezes elevados, e devem ser adequadamente 
avaliados e orçados. 
 
 
 9-11 
 Eng.º Civil, Antonio Victorino Avila, MSC. Eng.ª Produção Reconhecimento de Local de Obra Nova 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de
Impacto
Ambiental
Relatório de
Impacto 
Ambiental
LAP - Licença 
Ambiental 
Prévia
Projeto
Básico
LAI – LicençaAmbiental de 
Instalação
CONSTRUÇÃO
LAO
Licença Ambiental 
de Operação
Operação
Fim
Audiência
Pública
Figura - 3.1 Processo de Licenciamento Ambiental
 
 10-11 
	Reconhecimento do Local de Obra Nova
	1 – Introdução.
	2 – Levantamentos e Informações.
	2.1 – Reconhecimento do terrapleno.
	2.2 – Características do Subsolo.
	2.3 – Localização de jazidas.
	2.4 – Propriedades Lindeiras.
	2.5 – Disponibilidade de Mão de Obra.
	2.6 – Fornecedores de Insumos.
	2.7 - Serviços Públicos.
	2.8 – Acessos.
	2.9 – Legislação Municipal.
	2.10 – Licenciamento Ambiental.
	2.11 – Destino dos Resíduos.
	2.12 – Demolições.
	2.13 – Pluviosidade da Região.
	2.14 – Localização Estratégica do Canteiro e Acampamento.
	3 – Licenças Ambientais.

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