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Tema: O sujeito não humano dos direitos Introdução 1. Os centrismos do direito: crítica decolonial 1.1. Antropocentrismo vs. biocentrismo/ecocentrismo 1.2. Presentismo vs. futurismo 2. A naturalização do centrismo 2.1. O arbítrio da ficção jurídica (ex: pessoa jurídica) 1. Equidade intergeracional 1.1. Direito das gerações futuras 1.1.1. Equidade intergeracional econômica a) Debate Thomas Jefferson vs. James Madison b) Conceito de dívida odiosa c) Ressurgimento recente do conceito (caso África do Sul, Iraque, Noruega) 1.1.2. Equidade intergeracional ambiental a) Caso filipino Oposa vs. Factoran (1993) 2. Seres vivos não-humanos como sujeitos de direitos Personificação de não-humanos - Pressupostos Forma de lidar com a incerteza/indeterminação da identidade do outro (blackbox) Uma opção de trocar a causalidade pela dupla contingência Endereçabilidade do discurso (pressuposição de condutas antropomórficas) 2.1. Os primatas 2.1.1. Como surge o debate para inclusão (Brasil) a) 2011: caso Jimmy da Fundação Jardim Zoológico de Niterói (ZôoNit) (TJ/RJ, Proc. n. 0002637-70.2010.8.19.0000). b) 2012: caso Lili e Megh (STJ, HC 96.344) 2.2.2. Argumentos para inclusão a) Proximidade genética: possuem 99% do genoma humano: uma vida 99% humana não poderia ser excluída dos direitos. b) Pertencimento à família humana (segundo definição de família para Lineu). Nesse sentido a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 começa com o considerando: “Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo...”. 2.2.3. Reações dos tribunais: não podem invocar em nome próprio direitos (HC se destina quando “alguém” tem sua liberdade de locomoção injustamente restringida). Termo “alguém” como auto-evidente. 2.2. Os cães 2.2.1. Guarda compartilhada em divórcio (2ª Vara da Família de Jacareí/SP, 2016) 2.3. A natureza (Pachamama) 2.3.1. Constituição do Equador, art. 71: “A natureza ou Pachamama onde se reproduz e se realiza a vida, tem direito a que se respeite integralmente sua existência e a manutenção e regeneração de seus ciclos vitais, estrutura, funções e processos evolutivos. Toda pessoa, comunidade, povoado, ou nacionalidade poderá exigir da autoridade pública o cumprimento dos direitos da natureza. Para aplicar e interpretar estes direitos se observarão os princípios estabelecidos na Constituição no que for pertinente”. 3. Agentes eletrônicos 3.1. Validade de contrato entre humanos e máquinas 3.1.1. Vedação de enriquecimento ilítico 3.1.2. Contrato de fato 3.1.3. Vedação da conduta contraditória 3.1.4. Atribuição de vontade ao proprietário da máquina 3.2. Actantes e híbridos (Bruno Latour) 3.2.1. Actantes: não-humanos para quem o aparato da ciência deu uma voz, que respondem as questões como sim/não (Deep Blue vs. Kasparov) 3.2.2. Híbridos: associação humanos e não-humanos a fim de dar a estes a capacidade de ação político-econômica necessária.
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