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Raciocínio Lógico Aula 02 Agente Polícia Federal

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Aula 02
Raciocínio Lógico p/ PF - Agente - 2014
Professor: Marcos Piñon
Raciocínio Lógico p/ Polícia Federal (Agente)
Teoria e exercícios comentados
Prof Marcos Piñon – Aula 02
Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 49
AULA 02: Lógica (Parte 2) 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Resolução das questões da Aula 01 1 
2. Tautologia, Contradição e Contingência 18 
3. Implicação 21 
4. Equivalência Lógica 22 
5. Exercícios Comentados nesta aula 42 
6. Exercícios Propostos 45 
7. Gabarito 49 
Olá! Vocês viram como as questões se repetem? Pois é, por isso que é importante 
a resolução do maior número de questões possíveis. Vamos começar resolvendo 
as questões que deixei na aula passada. Mãos à obra! 
1 - Resolução das questões da Aula 01 
57 - (MCT – 2008 / CESPE) A sentença “O feijão é um alimento rico em 
proteínas” é uma proposição. 
Solução: 
Essa é bem simples, não podemos errar. Uma questão dessa na prova tem que 
ser considerada ponto garantido! 
Lembram-se da definição de proposição? É a sentença a qual podemos atribuir 
um valor lógico Verdadeiro ou Falso. Nessa questão, caso o feijão seja realmente 
um alimento rico em proteínas, essa sentença será verdadeira, caso contrário, a 
sentença será falsa. Portanto, a sentença é uma proposição. Item correto! 
58 - (MCT – 2008 / CESPE) A frase “Por que Maria não come carne 
vermelha?” não é uma proposição. 
Solução: 
Mais uma questão que pede apenas que você identifique se a sentença é uma 
proposição ou não. Como não podemos atribuir um valor lógico para essa frase, 
Raciocínio Lógico p/ Polícia Federal (Agente)
Teoria e exercícios comentados
Prof Marcos Piñon – Aula 02
 
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não se trata de uma proposição. Lembram-se da dica? Frases interrogativas, 
exclamativas ou no imperativo não são proposições. Item correto! 
 
 
59 - (FINEP – 2009 / CESPE) A frase “Os Fundos Setoriais de Ciência e 
Tecnologia são instrumentos de financiamento de projetos.” é uma 
proposição. 
 
Solução: 
 
Mais uma no mesmo estilo. Nessa frase, se os Fundos Setoriais de Ciência e 
Tecnologia forem instrumentos de financiamento de projetos, atribuiremos um 
valor lógico verdadeiro para ela, caso contrário, atribuiremos um valor lógico falso. 
Assim, trata-se efetivamente de uma proposição. Item correto! 
 
 
60 - (FINEP – 2009 / CESPE) A frase “O que é o CT-Amazônia?” é uma 
proposição. 
 
Solução: 
 
Lembram-se da dica? Frase interrogativa, portanto, não se trata de uma 
proposição. Item errado! 
 
 
61 - (FINEP – 2009 / CESPE) A frase “Preste atenção ao edital!” é uma 
proposição. 
 
Solução: 
 
Mais uma vez, lembram-se da dica? Frase no imperativo, uma ordem, assim, não 
se trata de uma proposição. Item errado! 
 
 
62 - (FINEP – 2009 / CESPE) A frase “Se o projeto for de cooperação 
universidade-empresa, então podem ser pleiteados recursos do fundo 
setorial verde-amarelo.” é uma proposição. 
 
Solução: 
 
Nesse item temos uma sentença maior, mas não vamos nos assustar! Vamos no 
sentido inverso, para facilitar a explicação. Trata-se de uma afirmação, não é uma 
pergunta, nem uma exclamação, muito menos uma ordem, portanto, é provável 
que seja uma proposição. Vimos na aula passada as proposições compostas do 
tipo “se... então ...”, é justamente o caso dessa frase. Se o projeto for de 
cooperação universidade-empresa e não puderem ser pleiteados recursos do 
fundo setorial verde, a sentença será falsa. Caso contrário, será verdadeira. Item 
correto! 
 
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Teoria e exercícios comentados
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63 - (BB – 2007 / CESPE) Há duas proposições no seguinte conjunto de 
sentenças: 
 
(I) O BB foi criado em 1980. 
(II) Faça seu trabalho corretamente. 
(III) Manuela tem mais de 40 anos de idade. 
 
Solução: 
 
Vamos analisar cada sentença: 
 
(I) O BB foi criado em 1980. 
 
Essa sentença é uma proposição, pois podemos avaliar se ela é verdadeira ou 
falsa sabendo o ano correto em que o BB foi fundado. É proposição. 
 
(II) Faça seu trabalho corretamente. 
 
Frase no imperativo, uma ordem, assim, não se trata de uma proposição. Não é 
proposição. 
 
(III) Manuela tem mais de 40 anos de idade. 
 
Sabendo a real idade de Manuela, podemos avaliar se esta sentença é verdadeira 
ou falsa. É proposição. 
 
Portanto, temos duas proposições. Item correto. 
 
 
64 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) A proposição “O SEBRAE facilita e orienta o 
acesso a serviços financeiros” é uma proposição simples. 
 
Solução: 
 
Nessa questão basta ter atenção pra não cair na pegadinha. Vamos reescrever a 
frase colocando o sujeito e o complemento para cada verbo: 
 
“O SEBRAE facilita e orienta o acesso a serviços financeiros” 
 
é o mesmo que: 
 
“O SEBRAE facilita o acesso a serviços financeiros e o SEBRAE orienta o acesso 
a serviços financeiros” 
 
Temos, como pode ser visto acima, duas proposições simples unidas pelo 
conectivo “e”, formando uma proposição composta. Como a questão afirma que se 
trata de uma proposição simples, este item está errado! 
 
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65 - (TRT / 5ª Região – 2008) Considerando que, além de A e B, C, D, E e F 
também sejam proposições, não necessariamente todas distintas, e que N 
seja o número de linhas da tabela-verdade da proposição 
[A →→ (B v C)] ↔ [(D ∧∧ E) →→ F], então 2 ≤ N ≤ 64. 
 
Solução: 
 
Não se assuste com essa questão, ela é simples! Na última aula, quando mostrei 
como se constrói a tabela-verdade, eu disse que devemos contar a quantidade de 
variáveis distintas “n” para sabermos a quantidade de linhas da tabela verdade, 
que é dada por 2n. Para essa questão, basta saber isso! Assim, como A, B, C, D, 
E e F não são necessariamente proposições distintas, o “n” pode variar de 1 (com 
todas as proposições iguais) até 6 (com todas as proposições distintas). Com isso, 
temos: 
 
Para n = 1, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 21 = 2 linhas. 
Para n = 2, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 22 = 4 linhas. 
Para n = 3, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 23 = 8 linhas. 
Para n = 4, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 24 = 16 linhas. 
Para n = 5, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 25 = 32 linhas. 
Para n = 6, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 26 = 64 linhas. 
 
Assim, o valor de “N” varia de 2 até 64, ou seja, 2 ≤ N ≤ 64. Item correto! 
 
 
66 - (MPE/AM – 2007 / CESPE) Supondo que A simboliza a proposição “Alice 
perseguiu o Coelho Branco” e B simboliza a proposição “O Coelho Branco 
olhou o relógio”, a proposição “Se o Coelho Branco não olhou o relógio, 
então Alice não perseguiu o Coelho Branco” pode ser simbolizada por 
(~B) →→→→ (~A). 
 
Solução: 
 
Nessa questão, devemos checar se a proposição “Se o Coelho Branco não olhou 
o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho Branco” pode ser representada por 
(~B) → (~A). Vamos lá! 
 
B: O Coelho Branco olhou o relógio 
~B: O Coelho Branco não olhou o relógio 
 
A: Alice perseguiu o Coelho Branco 
~A: Alice não perseguiu o Coelho Branco 
 
Agora, olhando a proposição e conferindo o conector, temos: 
 
 
Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho 
Branco 
~B ~A → 
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Portanto, o item está correto! 
 
 
67 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Considerando que as proposições “Seu chefe 
lhe passa uma ordem” e “Você não aceita a ordem sem questioná-la” sejam 
V, a proposição “Se seu chefe lhe passa uma ordem, então você aceita a 
ordem sem questioná-la” é julgada como F. 
 
Solução: 
 
Vamos começar passando as sentenças para a linguagem simbólica: 
 
P: Seu chefe lhe passa uma ordem (valor lógico verdadeiro) 
Q: Você não aceita a ordem sem questioná-la (valor lógico verdadeiro) 
 
Agora a proposição composta: 
 
 
Se seu chefe lhe passa uma ordem, então você aceita a ordem sem questioná-la 
 
Vimos que o P é verdadeiro e que o Q também é verdadeiro. Nessa proposição 
composta, a segunda proposição é o ~Q, que possui valor lógico falso, já que diz 
“você aceita a ordem sem questioná-la”. Com isso, numa condicional 
(se...então...), com a primeira proposição verdadeira e a segunda proposição falsa, 
o valor lógico da proposição composta é falso. Assim, este item está correto! 
 
 
68 - (TRT / 5ª Região – 2008) Considere as proposições abaixo. 
 
T: “João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE, mas não em 
ambos”; 
A: “João será aprovado no concurso do TRT”; 
B: “João será aprovado no concurso do TSE”. 
 
Nesse caso, a proposição T estará corretamente simbolizada por 
(A v B) ∧∧∧∧ [~(A ∧∧ B)]. 
 
Solução: 
 
Agora, o que a questão pede é que transformemos a sentença “T” para a 
linguagem simbólica. Vamos lá: 
 
T: “João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE, mas não em ambos” 
 
Para facilitar, vamos separar as sentenças, e reescrevê-las: 
 
 
 
P ~Q → 
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“João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE, mas não em ambos” 
 
Sentença 1: João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE 
Sentença 2: não em ambos 
 
Reescrevendo a sentença 1 temos: 
 
 
 
Sentença 1: João será aprovado no concurso do TRT ou João será aprovado no 
concurso do TSE 
 
Sentença 1: A v B 
 
Reescrevendo a sentença 2 temos: 
 
Sentença 2: João não será aprovado nos concursos do TRT e do TSE ao mesmo 
tempo 
 
Essa sentença 2 apresenta a negação de uma proposição composta que é “João 
será aprovado no concurso do TRT e no concurso do TSE”. Assim, a sentença 2 
pode ser representada por ~(A ∧ B). 
 
Sentença 2: ~(A ∧ B) 
 
Unindo as duas sentenças, temos: 
 
T: (A v B) mas [~(A ∧ B)] 
 
E agora? Como representamos o “mas”? Na maioria das vezes o “∧” vem 
representado na linguagem corrente como “e”. Na aula passada eu mostrei que o 
“∧” simboliza tanto o “e” como o “mas”. Assim, a proposição “T” fica representada 
com (A v B) ∧ [~(A ∧ B)]. Portanto, o item está correto! 
 
 
69 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) A proposição simbólica 
(A ∧∧ B) →→ (~(A →→ (~B))) é sempre julgada como V, independentemente de A e 
B serem V ou F. 
 
Solução: 
 
Vamos direto para a tabela-verdade? 
 
Número de linhas: 22 = 4 
Número de colunas: 2 (variáveis) + 5 (operações) = 7 
 
 
Sentença 1 Sentença 2 
A B v 
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A B ~B A → (~B) ~(A → (~B)) A ∧ B (A ∧ B)→(~(A → (~B))) 
V V F F V V V 
V F V V F F V 
F V F V F F V 
F F V V F F V 
 
Portanto, conforme vemos na última coluna, o item está correto! 
 
 
70 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Se A, B e C são proposições simples, então 
existem exatamente duas possibilidades para que a proposição 
(A ∧∧ B) ∧ C seja avaliada como V. 
 
Solução: 
 
Mais uma vez, vamos para a tabela-verdade? 
 
Número de linhas: 23 = 8 
Número de colunas: 3 (variáveis) + 2 (operações) = 5 
 
A B C A ∧ B (A ∧ B) ∧ C 
V V V V V 
V V F V F 
V F V F F 
V F F F F 
F V V F F 
F V F F F 
F F V F F 
F F F F F 
 
Portanto, conforme vemos na última coluna, o item está errado! 
 
Aqui, vale uma observação. Para uma conjunção possuir valor lógico verdadeiro, 
todas as suas proposições devem ser verdadeiras. Assim, sempre só existirá uma 
possibilidade de uma conjunção ser verdadeira (com todas as proposições 
verdadeiras). Por exemplo: (A ∧ B) ∧ (C ∧ D) ∧ (E ∧ F) só terá um valor lógico 
verdadeiro. Pode conferir!!! 
 
 
71 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Considerando-se que A e B sejam proposições 
ambas V ou sejam ambas F, então a proposição ~((~A) ∧ B) será F. 
 
Solução: 
 
Agora vamos fazer diferente. A questão informou que A e B podem ser ambas “V” 
ou ambas “F”. Vamos testar as duas hipóteses: 
 
Com ambas “V”: 
 
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~((~A) ∧ B) (substituímos o valor “V” nas proposições “A” e ”B”) 
~((~V) ∧ V) (realizamos a operação dentro dos parênteses (~V)) 
~(F ∧ V) (realizamos a operação dentro dos parênteses (F ∧ V)) 
~(F) = V 
 
Agora, testamos com ambas “F”: 
 
~((~A) ∧ B) (substituímos o valor “F” nas proposições “A” e ”B”) 
~((~F) ∧ F) (realizamos a operação dentro dos parênteses (~F)) 
~(V ∧ F) (realizamos a operação dentro dos parênteses (V ∧ F)) 
~(F) = V 
 
Portanto, vemos que tanto para ambas “V” como para ambas “F”, o valor lógico da 
proposição ~((~A) ∧ B) é sempre verdadeiro. Assim, o item está errado! 
 
 
72 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Proposições na forma 
(~(A ∧∧ (B v C))) v (A ∧∧∧∧ (B v C)) têm somente valores lógicos V, para quaisquer 
que sejam os valores lógicos de A, B e C. 
 
Solução: 
 
Essa parece trabalhosa hein? Vamos observar com cuidado a expressão: 
 
(~(A ∧∧ (B v C))) v (A ∧∧ (B v C)) 
 
Viram o meu destaque em azul? Vou batizar essa expressão destacada de “p”. 
Assim temos: 
 
p: A ∧ (B v C) 
 
Com isso, reescrevendo a expressão, temos: 
 
~p v p 
 
Ficou fácil agora? Vamos desenhar essa tabela-verdade? 
 
Número de linhas: 21 = 2 
Número de colunas: 1 (variável) + 2 (operações) = 3 
 
p ~p ~p v p 
V F V 
F V V 
 
Olhando para a última coluna, podemos ver que qualquer que seja o valor lógico 
de “p”, a expressão “~p v p” será sempre verdadeira. Assim, independentemente 
dos valores lógicos de “A”, “B” ou “C”, a expressão “A ∧ (B v C)” poderá ser 
verdadeira ou falsa. Porém, isso pouco importa, pois vimos que tanto faz que seja 
“V” ou “F”, a expressão resultante será sempre “V”. Assim, o item está correto! 
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Teoria e exercícios comentados
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(Texto para as questões 73 a 75) Com a finalidade de reduzir as despesas 
mensais com energia elétrica na sua repartição, o gestor mandou instalar, 
nas áreas de circulação, sensores de presença e de claridade natural que 
atendem à seguinte especificação: 
 
P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há 
claridade natural suficiente no recinto. 
 
Acerca dessa situação, julgue os itens seguintes. 
 
73 - (TCDF - 2012 / CESPE) Se fiscais visitarem um local da repartição em 
horário no qual haja claridade natural suficiente e, enquanto se 
movimentarem nesse local, a luz permanecer acesa, será correto inferir que 
o dispositivo instalado atende à especificação P. 
 
Solução:Para facilitar o entendimento, vamos passar a especificação “P” para a linguagem 
simbólica: 
 
P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há 
claridade natural suficiente no recinto. 
 
p: A luz permanece acesa 
q: há movimento 
r: não há claridade natural suficiente no recinto 
 
P: p ↔ (q ∧ r) 
 
Na questão, foi dito que “fiscais visitam um local da repartição em horário no 
qual há claridade natural suficiente”, ou seja, r é falso. Foi dito também que 
“se movimentam nesse local” ou seja, q é verdadeiro. Por fim, foi dito que “a 
luz permanece acesa”, ou seja, p é verdadeiro. Assim, temos: 
 
p é verdadeiro 
q é verdadeiro 
r é falso 
 
Substituindo os valores lógicos de p, q é r, em “P”, temos: 
 
P: p ↔ (q ∧ r) 
 
P: V ↔ (V ∧ F) 
 
P: V ↔ (F) = F 
 
Portanto, o dispositivo instalado não atende à especificação. Item errado. 
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74 - (TCDF - 2012 / CESPE) A especificação P pode ser corretamente 
representada por p ↔ (q ∧ r), em que p, q e r correspondem a proposições 
adequadas e os símbolos ↔ e ∧∧ representam, respectivamente, a 
bicondicional e a conjunção. 
 
Solução: 
 
Utilizando as informações da questão anterior, podemos perceber que este item 
está correto, pois podemos representar a especificação “P” por p ↔↔ (q ∧∧ r), onde: 
 
p: A luz permanece acesa 
q: há movimento 
r: não há claridade natural suficiente no recinto 
 
Item correto. 
 
 
75 - (TCDF - 2012 / CESPE) Em recinto onde tiver sido instalado um 
dispositivo que atenda à especificação P, a luz permanecerá acesa enquanto 
não houver claridade natural suficiente. 
 
Solução: 
 
O que este item está afirmando é que basta não haver claridade natural para a luz 
permanecer acesa. Será mesmo? Vejamos a especificação novamente: 
 
P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade 
natural suficiente no recinto. 
 
p: A luz permanece acesa 
q: há movimento 
r: não há claridade natural suficiente no recinto 
 
P: p ↔ (q ∧ r) 
 
O que devemos analisar é se basta o r ser verdadeiro para que o p também seja. 
 
P: p ↔ (q ∧ V) 
 
Podemos ver que isso não é verdade, pois caso o q seja falso, ou seja, não haja 
movimento, o (q ∧ V) será falso, e fará com que o p também tenha que ser falso 
(ou seja, a luz não permanece acesa) para que o “P” seja verdadeiro. 
 
Item errado. 
 
 
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(Texto para as questões 76 a 78) Julgue os itens que se seguem, a respeito 
de estruturas lógicas. 
 
76 - (UNIPAMPA - 2013 / CESPE) A expressão “Uma revisão dos pisos 
salariais dos professores assegurará a revolução na educação básica a que 
a sociedade aspira, pois qualquer reforma para melhorar a qualidade do 
ensino deverá passar pela valorização do educador” pode ser representada 
pela sentença lógica P → Q, em que P e Q sejam proposições 
convenientemente escolhidas. 
 
Solução: 
 
Essa é uma questão que confunde bastante. Temos aqui uma relação de causa e 
consequência, da mesa forma que temos numa condicional. A diferença aqui é a 
ordem das frases. Vejamos: 
 
“Uma revisão dos pisos salariais dos professores assegurará a revolução na 
educação básica a que a sociedade aspira, pois qualquer reforma para 
melhorar a qualidade do ensino deverá passar pela valorização do educador” 
 
Esta frase poderia ser reescrita da seguinte forma que continuaria com o mesmo 
sentido: 
 
“Se qualquer reforma para melhorar a qualidade do ensino deverá passar 
pela valorização do educador, então uma revisão dos pisos salariais dos 
professores assegurará a revolução na educação básica a que a sociedade 
aspira” 
 
Agora ficou mais fácil. Assim, batizando as proposições P e Q, temos: 
 
P: Qualquer reforma para melhorar a qualidade do ensino deverá passar pela 
valorização do educador 
 
Q: Uma revisão dos pisos salariais dos professores assegurará a revolução na 
educação básica a que a sociedade aspira 
 
P → Q: Se qualquer reforma para melhorar a qualidade do ensino deverá passar 
pela valorização do educador, então uma revisão dos pisos salariais dos 
professores assegurará a revolução na educação básica a que a sociedade aspira 
 
Portanto, item correto. 
 
 
77 - (UNIPAMPA - 2013 / CESPE) A frase “O gaúcho, o mato-grossense e o 
mineiro têm em comum o amor pelo seu estado natal” pode ser representada 
logicamente na forma P ∧∧ Q ∧∧ R, em que P, Q e R sejam proposições simples 
convenientemente escolhidas. 
 
Solução: 
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Essa é uma questão que pode nos confundir na hora da prova. Porém, percebam 
que a proposição afirma que os três "têm em comum" algo, ou seja, não diz o que 
eles têm, mas sim o que eles têm em comum. Dessa forma, não podemos separar 
esta proposição em três proposições distintas, pois assim teremos outro sentido 
para a proposição. Assim, se eu dissesse que “O gaúcho tem amor pelo seu 
estado natal, o mato-grossense tem amor pelo seu estado natal e o mineiro 
tem amor pelo seu estado natal” não estaríamos dizendo a mesma coisa que 
“O gaúcho, o mato-grossense e o mineiro têm em comum o amor pelo seu 
estado natal”. Com isso, podemos concluir que o item está errado. 
 
 
78 - (UNIPAMPA - 2013 / CESPE) A proposição “A estabilidade econômica é 
dever do Estado e consequência do controle rígido da inflação” pode ser 
representada pela sentença lógica P → Q, em que P e Q sejam proposições 
simples convenientemente escolhidas. 
 
Solução: 
 
Nessa questão, vamos passar a proposição para a linguagem simbólica: 
 
“A estabilidade econômica é dever do Estado e consequência do controle 
rígido da inflação” 
 
Reescrevendo a proposição, temos: 
 
“A estabilidade econômica é dever do Estado e a estabilidade econômica é 
consequência do controle rígido da inflação” 
 
P: A estabilidade econômica é dever do Estado 
Q: A estabilidade econômica é consequência do controle rígido da inflação 
 
Assim, a proposição fica: 
 
P ∧∧ Q: A estabilidade econômica é dever do Estado e consequência do controle 
rígido da inflação 
 
Item errado. 
 
 
(Texto para a questão 79) Considerando que P, Q e R sejam proposições 
simples, a tabela abaixo contém elementos para iniciar a construção da 
tabela-verdade da proposição P ↔↔ (Q ∧ R). 
 
 
 
 
 
 
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P Q R P ↔↔ (Q ∧ R) 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
 
A partir dessas informações, julgue o próximo item. 
 
79 - (STF - 2013 / CESPE) Completando-se a tabela, a coluna correspondente 
à proposição P ↔↔ (Q ∧ R), conterá, na ordem em que aparecem, de cima para 
baixo, os seguintes elementos: V, F, F, F, V, V, V, V. 
 
Solução: 
 
Para resolver essa questão basta preencher a tabela-verdade. Para isso, vou 
incluir mais uma coluna, com o valor lógico de (Q ∧ R), para facilitar o 
preenchimento: 
 
P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R) 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
 
 
Agora, vamos preenchera tabela, começando com a coluna (Q ∧ R). Como temos 
uma conjunção, o resultado só será verdadeiro quando Q e R forem verdadeiros 
ao mesmo tempo: 
 
P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R) 
V V V V 
V V F F 
V F V F 
V F F F 
F V V V 
F V F F 
F F V F 
F F F F 
 
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Agora, preenchemos a última coluna, onde temos uma bicondicional. A 
bicondicional será verdadeira quando P e (Q ∧ R) tiverem o mesmo valor lógico (V 
e V, ou F e F) e será falsa quando P e (Q ∧ R) tiverem valores lógicos distintos: 
 
P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R) 
V V V V V 
V V F F F 
V F V F F 
V F F F F 
F V V V F 
F V F F V 
F F V F V 
F F F F V 
 
 
Percebam que o valor lógico de P ↔ (Q ∧ R) encontrado na 5ª linha é F e no 
enunciado foi dito que seria V. Portanto, o item está errado. 
 
 
80 - (CADE - 2014 / CESPE) A sentença “Os candidatos aprovados e 
nomeados estarão subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores 
Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais” é uma 
proposição lógica composta. 
 
Solução: 
 
Bom, nessa questão temos um sujeito (os candidatos aprovados e nomeados), 
temos apenas um verbo (estarão) e o complemento desse verbo (subordinados ao 
Regime Jurídico Único dos Servidores Civis da União, das Autarquias e das 
Fundações Públicas Federais). Portanto, temos uma proposição simples. 
 
Item errado. 
 
 
81 - (TCE/ES - 2013 / CESPE) A sentença “A democracia é consequência de 
um anseio, de um desejo do homem por decidir seu próprio destino e buscar 
por felicidade à sua própria maneira” constitui uma proposição lógica 
simples. 
 
Solução: 
 
Essa questão é bem semelhante à anterior. Foi dito apenas que a democracia é 
consequência de um fato, ou seja, temos apenas um sujeito (democracia) e uma 
informação sobre este sujeito (é consequência de um fato). Portanto, temos sim 
uma proposição simples. 
 
Item correto. 
 
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(Texto para as questões 82 e 83) 
 
P Q R S 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
 
A tabela acima corresponde ao inicio da construção da tabela-verdade da 
proposição S, composta das proposições simples P, Q e R. Julgue os itens 
seguintes a respeito da tabela-verdade de S. 
 
82 - (AFT - 2013 / CESPE) Se S = (P → Q) ∧ R, então, na ultima coluna da 
tabela-verdade de S, aparecerão, de cima para baixo e na ordem em que 
aparecem, os seguintes elementos: V, F, V, V, F, V, F e V. 
 
Solução: 
 
Nessa questão, vamos simplesmente preencher a tabela. Antes disso, vamos 
incluir uma coluna para facilitar o preenchimento: 
 
P Q R P → Q (P → Q) ∧ R 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
 
 
Vamos começar preenchendo a coluna P → Q, que só será falsa quando P for 
verdadeira e Q for falsa ao mesmo tempo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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P Q R P → Q (P → Q) ∧ R 
V V V V 
V V F V 
V F V F 
V F F F 
F V V V 
F V F V 
F F V V 
F F F V 
 
Agora, vamos preencher a última coluna (P → Q) ∧ R, que só será verdadeira 
quando P → Q for verdadeira e R for verdadeira ao mesmo tempo: 
 
P Q R P → Q (P → Q) ∧ R 
V V V V V 
V V F V F 
V F V F F 
V F F F F 
F V V V V 
F V F V F 
F F V V V 
F F F V F 
 
Podemos perceber que apenas os dois primeiros valores lógicos listados no 
enunciado estão corretos. Portanto, item errado. 
 
 
83 - (AFT - 2013 / CESPE) Se S = (P ∧∧ Q) v (P ∧ R), então a ultima coluna da 
tabela-verdade de S conterá, de cima para baixo e na ordem em que 
aparecem, os seguintes elementos: V, F, V, V, F, V, F e F. 
 
Solução: 
 
Mais uma questão semelhante. Agora, vamos inserir mais duas colunas (P ∧ Q) e 
(P ∧ R): 
 
P Q R P ∧ Q P ∧ R (P ∧ Q) v (P ∧ R) 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
 
Vamos preencher primeiro a coluna P ∧ Q, que será verdadeira apenas quando P 
e Q forem verdadeiras simultaneamente: 
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P Q R P ∧ Q P ∧ R (P ∧ Q) v (P ∧ R) 
V V V V 
V V F V 
V F V F 
V F F F 
F V V F 
F V F F 
F F V F 
F F F F 
 
 
Agora, vamos preencher a coluna P ∧ R, que será verdadeira apenas quando P e 
R forem verdadeiras simultaneamente: 
 
P Q R P ∧ Q P ∧ R (P ∧ Q) v (P ∧ R) 
V V V V V 
V V F V F 
V F V F V 
V F F F F 
F V V F F 
F V F F F 
F F V F F 
F F F F F 
 
 
Por fim, vamos preencher a coluna (P ∧ Q) v (P ∧ R), que será falsa apenas 
quando P ∧ Q e P ∧ R forem falsas simultaneamente: 
 
P Q R P ∧ Q P ∧ R (P ∧ Q) v (P ∧ R) 
V V V V V V 
V V F V F V 
V F V F V V 
V F F F F F 
F V V F F F 
F V F F F F 
F F V F F F 
F F F F F F 
 
 
Podemos ver que a sequência do enunciado é diferente da sequência encontrada 
na tabela. Portanto, item errado. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Ufa!!! Agora, vamos ver a teoria da aula de hoje. 
 
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2 - Tautologia, Contradição e Contingência 
 
 
Esses assuntos são bem simples. Tratam-se, na verdade, de casos particulares 
das proposições compostas. Por meio da tabela-verdade é possível identificá-los 
de maneira rápida e direta. Vejamos: 
 
Tautologia - Dizemos que uma proposição composta é uma tautologia (ou uma 
proposição logicamente verdadeira) quando, ao testarmos todos os possíveis 
valores lógicos de suas proposições simples, por meio de sua tabela-verdade, a 
última coluna contém somente a letra V. Ou melhor, é toda proposição composta 
cujo valor lógico será sempre verdadeiro, independentemente dos valores lógicos 
de suas proposições simples. 
 
Exemplo: 
 
p v ~p 
 
p ~p p v ~p 
V F V 
F V V 
 
Contradição - Dizemos que uma proposição composta é uma contradição (ou 
uma proposição logicamente falsa) quando, ao testarmos todos os possíveis 
valores lógicos de suas proposições simples, por meio de sua tabela-verdade, a 
última coluna contém somente a letra F. Ou melhor, é toda proposição composta 
cujo valor lógico será sempre F (falsidade), independentemente dos valores 
lógicos de suas proposições simples. A contradição é o oposto da tautologia, pois 
enquanto na tautologia há unanimidade da letra V na última coluna da tabela-
verdade, na contradição somente aparece a letra F. 
 
Exemplo: 
 
p ∧ ~p 
 
p ~p p ∧ ~p 
V F F 
F V F 
 
Aqui vale fazer uma observação: Toda negação de uma tautologia consiste numa 
contradição e toda negação de uma contradição resulta numa tautologia. 
 
A contingência é toda proposição composta que não é nem uma tautologia nem 
uma contradição. Há, pelo menos, um V e um F na última coluna da tabela-
verdade. É bem simples, caso a proposição composta não seja nem uma 
tautologia nem uma contradição,será chamada de contingência. 
 
Exemplo: 
 
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p ∧ q 
 
p q p ∧ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 
Vamos às questões!!! 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
84 - (Polícia Militar/DF - 2009 / CESPE) A proposição (A ∧ B) → (A v B) é uma 
tautologia. 
 
Solução: 
 
Nessa questão, deveremos saber que uma proposição composta será uma 
tautologia se, para todos os possíveis valores lógicos de suas proposições 
simples, seu valor lógico é sempre verdadeiro. A melhor forma de saber isso é 
construindo sua tabela-verdade: 
 
N° de linhas: 2 2 = 4 
N° de colunas: 2 (variáveis) + 3 (operações “ ∧”, “→” e “v”) = 5 
 
A B A ∧ B A v B (A ∧ B) → (A v B) 
V V V V V 
V F F V V 
F V F V V 
F F F F V 
 
 
Observando a última coluna da tabela-verdade, percebemos que o valor lógico da 
proposição composta é sempre verdadeiro, independentemente dos valores 
lógicos das proposições simples “A” e “B” que a compõem. Portanto, o item está 
correto! 
 
 
85 - (SERPRO - 2008 / CESPE) A proposição (A →→→→ B) →→→→ (~A v B) é uma 
tautologia. 
 
Solução: 
 
Mais um tipo de questão que se repete bastante. Como na questão anterior, basta 
construir a tabela-verdade: 
 
 
 
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A B ~A (A → B) ~A v B (A → B) → (~A v B) 
V V F V V V 
V F F F F V 
F V V V V V 
F F V V V V 
 
 
Mais uma vez, percebemos que o valor lógico da proposição composta é sempre 
verdadeiro, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que 
a compõem. Portanto, o item está correto! 
 
 
86 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição ~(A v B) → (~A) v B é uma tautologia 
 
Mais uma para praticar. Vamos direto para a tabela-verdade: 
 
A B ~A A v B ~(A v B) (~A) v B ~(A v B) → (~A) v B 
V V F V F V V 
V F F V F F V 
F V V V F V V 
F F V F V V V 
 
 
Novamente, vemos que realmente trata-se de uma tautologia. Item correto! 
 
 
87 - (TRT - 2009 / CESPE) A proposição “A Constituição brasileira é moderna 
ou precisa ser refeita” será V quando a proposição “A Constituição brasileira 
não é moderna nem precisa ser refeita” for F, e vice-versa. 
 
Solução: 
 
Essa questão afirma que quando uma proposição é verdadeira a outra é falsa e 
vice-versa. Assim, o que devemos observar é se a proposição “A Constituição 
brasileira é moderna ou precisa ser refeita” e a proposição “A Constituição 
brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” apresentam valores lógicos 
opostos para os possíveis valores lógicos das proposições simples que as 
compõem. Assim, temos: 
 
p: A Constituição brasileira é moderna 
q: A Constituição brasileira precisa ser refeita 
 
Proposição 1: p v q 
Proposição 2: ~p ∧ ~q 
 
Construindo a tabela verdade, temos: 
 
 
 
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p q ~p ~q p v q ~p ∧ ~q 
V V F F V F 
V F F V V F 
F V V F V F 
F F V V F V 
 
 
Assim, comparando as duas últimas colunas da tabela, percebemos que seus 
valores lógicos são opostos. Veremos mais na frente que ~p ∧ ~q é a negação da 
disjunção p v q. Assim, o item está correto! 
 
 
88 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) Se A, B, C e D são proposições, em que B é 
falsa e D é verdadeira, então, independentemente das valorações falsa ou 
verdadeira de A e C, a proposição A v B →→ C ∧ D será sempre verdadeira. 
 
Solução: 
 
Nessa questão, temos a informação que B é falsa e D é verdadeira. Assim, 
podemos ir direto construir a nossa tabela-verdade, sabendo que B e D só 
possuem um valor lógico possível. Isso faz com que a quantidade de variáveis 
diminua para duas (apenas A e C são variáveis, já que sabemos que B é falsa e D 
é verdadeira): 
 
A B C D A v B C ∧ D A v B → C ∧ D 
V F V V V V V 
V F F V V F F 
F F V V F V V 
F F F V F F V 
 
 
Olhando para a última coluna da tabela, podemos perceber que nem sempre o 
valor lógico da expressão A v B → C ∧ D será verdadeiro, ou seja, não se trata de 
uma tautologia. Logo, o item está errado. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
3 - Implicação Lógica 
 
 
Dizemos que uma proposição “A” implica em outra “B”, se “B” é verdadeira todas 
as vezes que “A” é verdadeira. Assim, em nenhuma linha da tabela-verdade de “A” 
e “B” aparece VF, ou seja, não temos simultaneamente o “A” verdadeiro e o “B” 
falso. Usamos para a implicação o símbolo ”⇒”. Vamos ver um exemplo: 
 
p ⇒ (p v q) 
 
 
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p q p v q 
V V V 
V F V 
F V V 
F F F 
 
Podemos dizer que p ⇒ p v q, pois sempre que o “p” é verdadeiro, “p v q” também 
é verdadeiro. 
 
Devemos notar que uma proposição “A” implica numa proposição “B”, sempre que 
a condicional “A → B” for verdadeira. 
 
Das possíveis implicações, a mais importante para concurso é a propriedade 
transitiva: 
 
(p →→ q) ∧∧ (q →→→→ r) ⇒⇒ p →→→→ r 
 
p q r p → q q → r (p → q) ∧ (q → r) p → r 
V V V V V V V 
V V F V F F F 
V F V F V F V 
V F F F V F F 
F V V V V V V 
F V F V F F V 
F F V V V V V 
F F F V V V V 
 
 
4 - Equivalência Lógica 
 
Dizemos que duas proposições são equivalentes se elas forem formadas pelas 
mesmas proposições simples e suas tabelas-verdade forem iguais. Ou seja, pra os 
mesmos valores lógicos de suas proposições simples, seus valores resultantes 
serão sempre os mesmos. Usamos para a equivalência o símbolo "⇔". Vamos 
ver um exemplo: 
 
 A proposição “~p v q” e a proposição “p → q”: 
 
p q ~p ~p v q p → q 
V V F V V 
V F F F F 
F V V V V 
F F V V V 
 
Podemos dizer que ~p v q ⇔ p → q, pois as suas tabelas-verdade são iguais, 
conforme mostrado acima. 
 
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Devemos notar que uma proposição “A” é equivalente à proposição “B”, sempre 
que a bicondicional “A ↔ B” for verdadeira. 
 
 
Negação de proposições compostas 
 
Algumas das principais equivalências são aquelas que negam as proposições 
compostas. 
 
Já vimos o operador “~” (negação) utilizado numa proposição simples. Veremos, 
agora, o que ocorre se negarmos uma proposição composta. O resultado 
dependerá da estrutura dessa proposição. 
 
• Negação da conjunção: ~(p ∧ q) 
 
Para realizar a negação de uma conjunção, executaremos 3 passos: 
 
1- Negamos o “p” 
2- Negamos o “q” 
3- Substituímos o “e” pelo “ou” 
 
Portanto, a negação de (p ∧ q) é (~p v ~q). Podemos dizer então que: 
 
~(p ∧ q) ⇔⇔ ~p v ~q 
 
Não iremos demonstrar aqui, como chegamos a este resultado. Basta saber que a 
tabela-verdade da proposição composta e de sua negação devem ser opostas, ou 
seja, sempre que uma for verdadeira, a outra deverá ser falsa e sempre que uma 
for falsa a outra deverá ser verdadeira. 
 
p q ~p ~q p ∧ q ~(p ∧ q) ~p v ~q 
V V F F V F F 
V F F V F V V 
F V V FF V V 
F F V V F V V 
 
 
• Negação da disjunção: ~(p v q) 
 
Para realizar a negação de uma disjunção, executaremos, também, 3 passos: 
 
1- Negamos o “p” 
2- Negamos o “q” 
3- Substituímos o “ou” pelo “e” 
 
Portanto, a negação de (p v q) é (~p ∧ ~q). Podemos dizer então que: 
 
~(p v q) ⇔⇔ ~p ∧ ~q 
 
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Da mesma forma que a conjunção, vamos apenas demonstrar a tabela-verdade: 
 
p q ~p ~q p v q ~(p v q) ~p ∧ ~q 
V V F F V F F 
V F F V V F F 
F V V F V F F 
F F V V F V V 
 
 
• Negação da condicional: ~(p → q) 
 
Para realizar a negação de uma condicional, executaremos, mais uma vez, 3 
passos: 
 
1- Mantemos o “p” 
2- Negamos o “q” 
3- Substituímos o “se ... então...” pelo “e” 
 
Portanto, a negação de (p → q) é (p ∧ ~q). Podemos dizer então que: 
 
~(p → q) ⇔ p ∧ ~q 
 
Vamos, mais uma vez, apenas demonstrar a tabela-verdade: 
 
p q ~p ~q p → q ~(p → q) p ∧ ~q 
V V F F V F F 
V F F V F V V 
F V V F V F F 
F F V V V F F 
 
 
• Negação da bicondicional: ~(p ↔ q) 
 
Na negação da bicondicional (p ↔ q), que vimos na aula passada, é o mesmo que 
(p → q) ∧ (q → p), faremos o que já aprendemos para a negação da conjunção e 
da condicional. Vejamos: 
 
1- Chamamos “p → q” de k 
2- Chamamos “q → p” de j 
 
Teremos então uma conjunção: k ∧ j 
 
Para negar uma conjunção, já vimos que devemos negar as proposições e trocar o 
operador “e” por “ou”. Assim: 
 
~(k ∧ j) = ~k v ~j 
 
Retornando os valores de k e j, temos: 
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~(p → q) v ~(q → p) 
 
Substituindo, agora, o que aprendemos para a negação da condicional, temos: 
 
~(p → q) v ~(q → p) = (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p) 
 
Portanto, a negação de (p ↔ q) é (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p). 
 
~(p ↔↔ q) ⇔⇔ (p ∧∧ ~q) v (q ∧∧ ~p) 
 
Vamos, mais uma vez, apenas demonstrar a tabela-verdade: 
 
p q ~p ~q p ↔ q ~(p ↔ q) (p ∧ ~q) (q ∧ ~p) (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p) 
V V F F V F F F F 
V F F V F V V F V 
F V V F F V F V V 
F F V V V F F F F 
 
 
Uma observação importante que podemos fazer aqui é sobre a disjunção 
exclusiva (ou...ou...). Qual seria a negação da disjunção exclusiva? Bom, ainda 
não vi nos livros de matemática qual seria a negação da disjunção exclusiva, mas 
já vi em uma questão do CESPE o que esta banca considera como uma possível 
negação para a disjunção exclusiva. Vejam esta questão do MCTI aplicada em 
2012: 
 
"Julgue os próximos itens, considerando proposição P, a seguir: 
 
O desenvolvimento científico do país permanecerá estagnado se, e somente se, 
não houver investimento em pesquisa acadêmica no Brasil. 
 
 44 A negação da proposição P está corretamente enunciada da seguinte forma: 
“Ou o desenvolvimento científico do país permanecerá estagnado, ou não haverá 
investimento em pesquisa acadêmica no Brasil”." 
 
Essa questão foi considerada correta. Vejam que a disjunção exclusiva foi 
considerada como negação da bicondicional "..se e somente se ...". Percebam que 
isso faz todo o sentido, já que suas tabelas verdade são inversas, ou seja, quando 
uma é verdadeira a outra é falsa, e vice versa. Assim, para provas do CESPE, 
podemos considerar a bicondicional como sendo a negação da disjunção 
exclusiva, e vice versa. 
 
Vejamos algumas questões! 
 
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89 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição “ter 
inabilidade de lidar com a raiva e apresentar depressão” é “ter habilidade de 
lidar com a raiva ou não apresentar depressão”. 
 
Solução: 
 
Começamos batizando as proposições simples e transformando a sentença para a 
linguagem simbólica: 
 
 
ter inabilidade de lidar com a raiva e apresentar depressão 
 
Assim, deveremos negar uma proposição do tipo p ∧ q, que já sabemos que é 
~p v ~q. Assim, temos: 
 
p: “ter inabilidade de lidar com a raiva” 
q: “apresentar depressão” 
 
~p: “não ter inabilidade de lidar com a raiva” (que é o mesmo que “ter habilidade 
de lidar com a raiva”) 
~q: “não apresentar depressão” 
 
Assim, voltando para a linguagem corrente, temos: 
 
~p v ~q: “ter habilidade de lidar com a raiva ou não apresentar depressão” 
 
Portanto, o item está correto! 
 
 
90 - (TRT - 2009 / CESPE) A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” 
tem como negação a proposição “Carlos não é juiz nem é muito 
competente”. 
 
Solução: 
 
A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” pode ser assim dividida: 
 
p: Carlos é juiz 
q: Carlos é muito competente 
 
Dessa forma, a proposição pode ser escrita como p ∧ q. Assim, já sabemos que: 
 
~(p ∧ q) = ~p v ~q 
 
Com isso, a negação de “Carlos é juiz e é muito competente” é “Carlos não é juiz 
ou Carlos não é muito competente”. Quando se fala “Carlos não é juiz nem é 
muito competente”, está se falando que “Carlos não é juiz e não é muito 
competente”. O “nem” pode ser substituído por “e não”. Em linguagem simbólica 
seria ~p ∧ ~q. 
q p ∧ 
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Portanto, item errado. 
 
 
91 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição 
(P v ~Q) ∧ R é (~P v Q) ∧ (~R). 
 
Solução: 
 
Essa questão é direta, simplesmente devemos encontrar a negação da proposição 
composta (P v ~Q) ∧ R. Para facilitar nossa vida, vamos chamar (P v ~Q) de “A”. 
Assim, devemos negar a proposição A ∧ R. A negação de uma conjunção p ∧ q 
nós já sabemos que é ~p v ~q. 
 
Assim, a negação de A ∧ R é igual a (~A) v (~R). 
 
Para chegar ao resultado final, basta agora encontrarmos quem é ~A. Substituindo 
A por (P v ~Q), teremos que descobrir a negação dessa disjunção. Já sabemos 
que a negação de p v q é igual a “~p ∧ ~q”. Assim, a negação de (P v ~Q) é igual 
a “~P ∧ Q”. Portanto, ~A v ~R é igual a (~P ∧ Q) v (~R). Concluímos, então, que o 
item está errado! 
 
Vou resumir o que fizemos nessa questão: 
 
~[(P v ~Q) ∧ R] (negação de uma conjunção, negamos as duas proposições e 
trocamos o “e” pelo “ou”) 
 
~(P v ~Q) v ~R (em seguida, negamos a disjunção dentro dos parênteses, ou seja, 
negamos o “P” e o “~Q” e trocamos o “ou” pelo “e”) 
 
(~P ∧ Q) v ~R (Assim encontramos o resultado, que é diferente do demonstrado 
no enunciado) 
 
 
92 - (Polícia Militar/DF – 2009 / CESPE) A negação da proposição “O 
concurso será regido por este edital e executado pelo CESPE/UnB” estará 
corretamente simbolizada na forma (~A) ∧ (~B), isto é, “O concurso não será 
regido por este edital nem será executado pelo CESPE/UnB”. 
 
Solução: 
 
Logo de início já devemos identificar que a proposição “O concurso será regido 
por este edital e executado pelo CESPE/UnB” pode ser representada por A ∧ B, 
com A sendo “O concurso será regido por este edital” e B sendo “O concurso será 
executado pelo CESPE/UnB”. A negação do A ∧ B já sabemos que é ~A v ~B, que 
na linguagem corrente fica “O concurso não será regido por este edital ou não 
será executado pelo CESPE/UnB”. Portanto, o item está errado!-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
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Voltando para a teroria... 
 
Mais Equivalências 
 
• Lei Associativa 
 
(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C) 
(A v B) v C ⇔ A v (B v C) 
 
Essa propriedade, que vale apenas para a conjunção e para a disjunção, pode ser 
verificada por meio da tabela-verdade. Vamos demonstrar a propriedade para a 
conjunção: 
 
A B C A ∧ B (A ∧ B) ∧ C B ∧ C A ∧ (B ∧ C) 
V V V V V V V 
V V F V F F F 
V F V F F F F 
V F F F F F F 
F V V F F V F 
F V F F F F F 
F F V F F F F 
F F F F F F F 
 
O mesmo pode ser verificado para a disjunção (tente em casa!). 
 
• Lei Distributiva 
 
A ∧ (B v C) ⇔ (A ∧ B) v (A ∧ C) 
A v (B ∧ C) ⇔ (A v B) ∧ (A v C) 
 
Mais uma vez, a propriedade só vale para a conjunção e para a disjunção. Vamos 
demonstrar, por meio da tabela-verdade: 
 
A B C B v C A ∧ (B v C) A ∧ B A ∧ C (A ∧ B) v (A ∧ C) 
V V V V V V V V 
V V F V V V F V 
V F V V V F V V 
V F F F F F F F 
F V V V F F F F 
F V F V F F F F 
F F V V F F F F 
F F F F F F F F 
 
• Dupla Negação 
 
~(~A) ⇔ A 
 
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Essa é bem intuitiva. Vamos direto para a tabela-verdade: 
 
A ~A ~(~A) 
V F V 
F V F 
 
 
• Equivalências da Condicional 
 
~A → A ⇔ A 
 
Vamos direto para a tabela-verdade: 
 
A ~A ~A → A 
V F V 
F V F 
 
A →→ B ⇔ ~A v B 
A →→→→ B ⇔⇔ ~B →→ ~A 
 
Essas são as equivalências mais importantes. Vamos demonstrar as duas com 
uma única tabela-verdade: 
 
A B ~A ~B A → B ~A v B ~B → ~A 
V V F F V V V 
V F F V F F F 
F V V F V V V 
F F V V V V V 
 
• Equivalências da Bicondicional 
 
A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A) 
A ↔ B ⇔ (A ∧ B) v (~A ∧ ~B) 
 
Para concluir, as duas últimas equivalências: 
 
A B A → B B → A A ↔ B (A → B) ∧ (B → A) 
V V V V V V 
V F F V F F 
F V V F F F 
F F V V V V 
 
A B ~A ~B A ∧ B ~A ∧ ~B A ↔ B (A ∧ B) v (~A ∧ ~B) 
V V F F V F V V 
V F F V F F F F 
F V V F F F F F 
F F V V F V V V 
 
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Agora, para fixar, vamos listar todas as equivalências citadas acima: 
 
(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C) 
(A v B) v C ⇔ A v (B v C) 
A ∧ (B v C) ⇔ (A ∧ B) v (A ∧ C) 
A v (B ∧ C) ⇔ (A v B) ∧ (A v C) 
~(~A) ⇔ A 
~A → A ⇔ A 
A → B ⇔ ~A v B 
A → B ⇔ ~B → ~A 
A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A) 
A ↔ B ⇔ (A ∧ B) v (~A ∧ ~B) 
 
Não é preciso decorar essas equivalências, pois todas elas podem ser 
demonstradas a qualquer momento. No entanto, na medida em que formos 
resolvendo as questões, iremos perceber que elas podem ser muito úteis. Com o 
tempo, algumas dessas equivalências serão decoradas por você naturalmente. 
Isso fará com que você ganhe tempo na hora da prova. 
 
Vamos às questões!!! 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
 
93 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição A →→ B é equivalente à proposição 
~B → ~A. 
 
Solução: 
 
Vamos relembrar o conceito de proposições equivalentes? São proposições 
compostas formadas pelas mesmas proposições simples e que possuem tabelas-
verdade iguais. Assim, podemos ver que as duas proposições compostas da 
questão “A → B” e “~B → ~A” possuem as mesmas proposições simples “A” e “B”. 
Agora, falta saber se suas tabelas-verdade são iguais: 
 
A B ~A ~B A → B ~B → ~A 
V V F F V V 
V F F V F F 
F V V F V V 
F F V V V V 
 
Vemos que suas tabelas-verdade também são iguais. Portanto, as proposições 
são equivalentes. Item correto! 
 
 
94 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) As proposições “Se Mário é assessor de Pedro, 
então Carlos é cunhado de Mário” e “Se Carlos não é cunhado de Mário, 
então Mário não é assessor de Pedro” são equivalentes. 
 
Solução: 
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Agora complicou! Que nada! Vamos passar para a linguagem simbólica: 
 
 
Frase 1: Se Mário é assessor de Pedro, então Carlos é cunhado de Mário 
 
A: Mário é assessor de Pedro 
B: Carlos é cunhado de Mário 
 
Frase 1: A → B 
 
 
 
Frase 2: Se Carlos não é cunhado de Mário, então Mário não é assessor de 
Pedro 
 
Frase 2: ~B → ~A 
 
Portanto, a questão está afirmando que “A → B” é equivalente a “~B → ~A”. 
Lembrando o conceito de proposições equivalentes, “São proposições compostas 
formadas pelas mesmas proposições simples e que possuem tabelas-verdade 
iguais”. Percebemos que as proposições simples são as mesmas (A e B). Agora, 
basta construir a tabela-verdade: 
 
A B ~A ~B A → B ~B → ~A 
V V F F V V 
V F F V F F 
F V V F V V 
F F V V V V 
 
Percebemos que suas tabelas-verdade também são iguais. Portanto, as 
proposições são equivalentes. Item correto! 
 
E então, já decorou essa equivalência? 
 
p → q ⇔ ~q → ~p 
 
Essa, talvez, seja a mais importante. Com o passar do tempo você verá como ela 
se repete! 
 
 
95 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Supondo que A simboliza a proposição “Alice 
perseguiu o Coelho Branco” e B simboliza a proposição “O Coelho Branco 
olhou o relógio”, a proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio, então 
Alice não perseguiu o Coelho Branco” é equivalente à proposição “O Coelho 
Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu o Coelho Branco”. 
 
Solução: 
 
A B → 
~B → ~A 
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Vamos começar organizando as informações: 
 
A: Alice perseguiu o Coelho Branco 
B: O Coelho Branco olhou o relógio 
 
Proposição 1: Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não perseguiu o 
Coelho Branco 
 
Proposição 1: B → ~A 
 
Proposição 2: O Coelho Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu o 
Coelho Branco 
 
Proposição 2: ~B v ~A 
 
Vamos, agora, construir a tabela-verdade e verificar se as proposições são 
equivalentes: 
 
A B ~A ~B B → ~A ~B v ~A 
V V F F F F 
V F F V V V 
F V V F V V 
F F V V V V 
 
Olhando as duas últimas colunas da tabela, vemos que as proposições são 
equivalentes. Portanto, o item está correto! 
 
 
96 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) A sentença “como hoje o alarme 
não foi acionado, então José não foi ao banco e os sensores não estavam 
ligados” é logicamente equivalente a “se José foi ao banco ou os sensores 
estavam ligados, então hoje o alarme foi acionado”. 
 
Solução: 
 
Mais uma questão bem parecida com as que vimos agora. Vamos começar 
passando as proposições para a linguagem simbólica: 
 
A: Hoje o alarme não foi acionado 
B: José não foi ao banco 
C: Os sensores não estavam ligados 
 
“como hoje o alarme não foi acionado, então José não foi ao banco e os sensores 
não estavam ligados” 
 
A → (B ∧ C) 
 
“se José foi ao banco ou os sensores estavam ligados, então hoje o alarme foi 
acionado” 
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(~B v ~C) → ~A 
 
Assim, deveremos verificar se 
 
A → (B ∧ C) ⇔ (~B v ~C) → ~A 
 
Poderíamos simplesmente construir a tabela-verdade e verificar essa informação. 
Ocorre que temos 3 variáveis, o que necessitaria de uma tabela com 8 linhas 
(lembra que o número de linhas é igual a 2n, onde n é o número de variáveis?). 
Assim, existe uma forma mais simples de resolver esta questão. Vamos olhar com 
mais cuidado para a equivalência: 
 
A → (B ∧ C) ⇔ (~B v ~C) → ~A 
 
Olhando com mais atenção para o termo destacado em azul: 
 
(~B v ~C) = ~(B ∧ C) 
 
Assim, podemos reescrever a equivalência da seguinte forma: 
 
A → (B ∧ C) ⇔ ~(B ∧ C) → ~A 
 
Chamando “B ∧ C” de K, temos: 
 
A → (K) ⇔ ~(K) → ~A 
 
Que é uma equivalência já demonstrada anteriormente. Se você não lembrar dela 
na hora da prova, basta construir a tabela-verdade e verificar o que demonstramos 
aqui. Portanto, o item está correto! 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Continuando com a teoria, vamos aprender mais algumas simbologias e sua 
aplicação na lógica. 
 
Lembram quando eu disse na aula passada que era possível transformar 
sentenças abertas em proposições com a utilização de quantificadores? Pois é, 
isso nós veremos agora! 
 
Já sabemos que a expressão “x + 5 = 10” é uma sentença aberta (também 
chamada de “função proposicional”), e, portanto, não é considerada uma 
proposição, já que ela possui um elemento (o “x”) que não permite sabermos se é 
verdadeira ou falsa. Mas se eu disser que “existe x tal que x + 5 = 10”. Será que 
agora poderemos atribuir um valor lógico a essa sentença? Claro que sim! E esse 
valor lógico é V, já que realmente existe x (nesse caso x = 5) que torna a sentença 
verdadeira. 
 
Mas como representamos simbolicamente esses quantificadores? 
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Os principais quantificadores são representados da seguinte forma: 
 
∃: (lê-se: existe; existe pelo menos um; existe um) 
∀: (lê-se: para todo; qualquer que seja; para cada) 
∃|: (lê-se: existe só um; existe um e um só; existe só um) (este aparece muito 
pouco em concurso) 
 
 
Assim, para transformar a sentença aberta “x + 5 = 10” em proposição, 
adicionamos um quantificador e representamos assim: 
 
(∃ x)(x + 5 = 10): (lê-se: existe x tal que x mais cinco é igual a dez) 
 
Nesse caso, o valor lógico dessa proposição é verdadeiro, pois para x = 5, 
x + 5 = 10. 
 
Ou então: 
 
 (∀ x)(x + 5 = 10): (lê-se: para todo x, temos que x mais cinco é igual a dez) 
 
Nesse caso, o valor lógico é falso, pois para x = 4 (por exemplo), x + 5 ≠ 10. 
 
É preciso saber também, a negação desses quantificadores. Vejamos: 
 
- A negação de “existe... que é...” (∃) é “todo... não é...” (∀). 
- A negação de “todo... é...” (∀) é “existe... que não é...” (∃). 
 
Portanto, a negação de “existe ... que é ...” é dada por “todo ... não é ...” e a 
negação de “todo ... é ...” é dado por “existe ... que não é ...”. 
 
Aqui, podemos introduzir o conceito que o Cespe utiliza para a Lógica de Primeira 
Ordem. Alguns de vocês podem já ter estudado este assunto e verão que não 
estou aprofundando nada dele. Eu retirei de uma prova do próprio Cespe o que a 
banca considera suficiente sabermos sobre este assunto: 
 
“Na lógica de primeira ordem, uma proposição é funcional quando é 
expressa por um predicado que contém um número finito de variáveis e é 
interpretada como verdadeira (V) ou falsa (F) quando são atribuídos valores 
às variáveis e um significado ao predicado. Por exemplo, a proposição “Para 
qualquer x, tem-se que x – 2 > 0” possui interpretação V quando x é um 
número real maior do que 2 e possui interpretação F quando x pertence, por 
exemplo, ao conjunto {-4, -3, -2, -1, 0}.” 
 
Vejam que é basicamente o que acabamos de ver. 
 
Vamos ver umas questões para tentar melhorar o entendimento. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
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97 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) A negação da proposição “existe um 
triângulo equilátero e não isósceles” pode ser escrita como “todo triângulo 
equilátero é isósceles”. 
 
Solução: 
 
Este item pede que verifiquemos se a negação da proposição “existe um triângulo 
equilátero e não isósceles” pode ser escrita como “todo triângulo equilátero é 
isósceles”. 
 
Vimos que a negação do “existe ... que é ...” é dada por “todo ... não é ...”. Assim, 
vamos negar a proposição utilizando esse formato: 
 
A: existe um triângulo equilátero e não isósceles 
 
Reescrevendo essa frase para facilitar o entendimento, temos: 
 
A: existe um triângulo equilátero que não é isósceles 
 
Assim, a negação fica da seguinte forma: 
 
~A: todo triângulo equilátero é isósceles. 
 
Trocamos o “existe ... que é” por “todo... não é”. Como a proposição original já 
afirmava que “...não é”, ao negarmos o “não”, acabamos com a afirmação ”...é...”. 
 
Comparando o enunciado da questão com o que encontramos, podemos afirmar 
que essa questão está correta! 
 
 
98 - (TRT - 2008 / CESPE) Considerando que P seja a proposição “Todo 
jogador de futebol será craque algum dia”, então a proposição ~P é 
corretamente enunciada como “Nenhum jogador de futebol será craque 
sempre”. 
 
Solução: 
 
Organizando as informações, temos: 
 
P: Todo jogador de futebol será craque algum dia 
 
A questão pede que verifiquemos se a negação de P é a proposição “Nenhum 
jogador de futebol será craque sempre”. 
 
Podemos observar que temos uma proposição com aquelas expressões “todo”, 
“existe”, etc. O “P” afirma que “Todo jogador de futebol será craque algum dia”. 
Vimos que a negação de “todo... é...” é dado por “existe ... que não é ...”. Assim, a 
negação de “P” é dado por: 
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~P: Existe jogador de futebol que não será craque algum dia. 
 
Observe que a questão tenta lhe induzir ao erro com o termo “algum dia”, para que 
você pense que terá que negar essa parte da proposição também. O importante é 
perceber que o “algum dia” dá apenas o momento em que a ação irá acontecer. É 
como se a negação de “vai chover hoje” fosse “não vai chover amanhã”. 
Perceberam? São informações diferentes que não são excludentes entre si. 
Portanto, o item está errado! 
 
 
99 - (EMBASA - 2009 / CESPE) A negação da afirmação “Todas as famílias da 
rua B são preferenciais” é “Nenhuma família da rua B é preferencial”. 
 
Solução: 
 
Mais uma questão que pede apenas a negação de uma proposição com o 
quantificador “Todo”. Vimos que para negar uma proposição do tipo “todo... é...” 
fazemos “existe... que não é...”. Assim, 
 
A: “Todas as famílias da rua B são preferenciais” 
~A: “Existe família da rua B que não é preferencial” 
 
Assim, dizer que “Existe família da rua B que não é preferencial” não é o mesmo 
que dizer “Nenhuma família da rua B é preferencial”. Portanto, o item está errado. 
 
 
100 - (SEPLAG/DF - 2009 / CESPE) Julgando-se como V a proposição 
“Alguns textos contêm erros de impressão”, então também serájulgada 
como V a proposição “Todos os textos contêm erros de impressão”. 
 
Solução: 
 
O que esta questão está dizendo é que sempre que a proposição “Alguns textos 
contêm erros de impressão” for verdadeira, a proposição “Todos os textos contêm 
erros de impressão” também será verdadeira. Intuitivamente percebemos que 
essa questão é errada, pois alguns não é o mesmo que todos. Vamos 
demonstrar com um exemplo. 
 
Suponhamos que o total de textos seja dez e que dois desses dez textos 
contenham erros de impressão. Assim, a afirmação “alguns textos contêm erros de 
impressão” terá valor lógico verdadeiro e a afirmação “Todos os textos contêm 
erros de impressão” terá valor lógico falso. Com isso, podemos concluir que esta 
questão está errada. 
 
 
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101 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Para qualquer x, tem-se 
que x2 > x” é verdadeira para todos os valores de x que estão no conjunto 






2
1
,2,
2
3
,3,
2
5
,5 . 
 
Solução: 
 
Nessa questão, devemos observar se TODOS os elementos do conjunto 






2
1
,2,
2
3
,3,
2
5
,5 satisfazem a proposição “Para qualquer x, tem-se que x2 > x”, ou 
seja, se os elementos tornam a proposição verdadeira. Para isso, vamos testar 
cada elemento: 
 
Testando x = 5 
 
x2 > x 
52 > 5 
25 > 5 (verdadeiro) 
 
Testando x = 
2
5
 
 
x2 > x 
2
2
5






> 
2
5
 
4
25
 > 
2
5
 
4
25
 > 
4
10
 (verdadeiro) 
 
Testando x = 3 
 
x2 > x 
32 > 3 
9 > 3 (verdadeiro) 
 
Testando x = 
2
3
 
 
x2 > x 
2
2
3






> 
2
3
 
4
9
 > 
2
3
 
4
9
 > 
4
6
 (verdadeiro) 
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Testando x = 2 
 
x2 > x 
22 > 2 
4 > 2 (verdadeiro) 
 
Testando x = 
2
1
 
 
x2 > x 
2
2
1






> 
2
1
 
4
1
 > 
2
1
 
4
1
 > 
4
2
 (falso) 
 
Portanto, nem todos os elementos do conjunto 






2
1
,2,
2
3
,3,
2
5
,5 satisfazem a 
proposição, o que torna o item errado. 
 
 
102 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Existem números que são 
divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para elementos do conjunto {2, 3, 9, 10, 
15, 16}. 
 
Solução: 
 
Bom, nessa questão, devemos verificar se existe algum elemento do conjunto que 
torne a proposição “Existem números que são divisíveis por 2 e por 3” 
verdadeira. Para a proposição ser verdadeira, é necessário que o número seja 
divisível por 2 e por 3, ou seja, deve ser divisível pelos dois números. Vamos 
checar cada elemento do conjunto: 
 
2: Só é divisível por 2 
3: Só é divisível por 3 
9: Só é divisível por 3 
10: Só é divisível por 2 
15: Só é divisível por 3 
16: Só é divisível por 2 
 
Portanto, não há nenhum elemento do conjunto que torne a proposição 
verdadeira. Item errado. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
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Vimos, até agora, as proposições do tipo “se Marcos ... então Pedro ...” ou então 
“(A v B) → C”. Ocorre que as proposições também podem aparecer na forma de 
expressões matemáticas, por exemplo: “Se X > 0 então X ∈ R”. E então, se eu 
pedir para vocês me falarem a negação dessa proposição, como fica? Calma, que 
eu explico! 
 
É bem simples, da mesma forma que fizemos quando tínhamos as sentenças na 
linguagem corrente, faremos para as expressões matemáticas: passaremos tudo 
para a linguagem simbólica. Vamos ao nosso exemplo: 
 
Proposição: Se X > 0 então X ∈ R (lê-se “se X é maior do que zero, então a raiz 
quadrada de X pertence ao conjunto dos números reais”) 
 
Batizando as proposições simples, temos: 
 
A: X > 0 
B: X ∈ R 
 
Assim, estamos diante de uma proposição A → B. Para encontrar o resultado da 
negação dessa proposição, fazemos: 
 
~(A → B) = A ∧ ~B 
 
O “A” continua o mesmo, resta saber qual é a negação do “B” ( X ∈ R). Como 
você negaria essa proposição se ela lhe fosse apresentada na linguagem 
corrente? Isso mesmo: “a raiz quadrada de X não pertence ao conjunto dos 
números reais”. Agora é só escrever isso na forma de uma expressão matemática: 
 
~B: X ∉ R” 
 
Assim, a negação de “Se X > 0 então X ∈ R” é dado por: 
 
X > 0 e X ∉ R 
 
Não é simples? Pois é, o que pode dificultar é você não se lembrar desses 
símbolos utilizados na matemática. Vou apresentar uma tabela para ajudar vocês 
a se lembrarem. 
 
Símbolo Significado Símbolo da Negação Significado 
= Igual ≠ Diferente 
> Maior que ≤ Menor ou igual que 
< Menor que ≥ Maior ou igual que 
∈ Pertence ∉ Não pertence 
⊂ Está contido ⊄ Não está contido 
 
 
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Vamos às questões! 
 
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103 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a 
proposição “2 + 5 = 7”. 
 
Solução: 
 
Bom, essa questão é bem direta: Devemos saber a negação de uma expressão 
matemática “2 + 5 = 9”. Para entendermos melhor a negação dessa proposição, 
vamos escrevê-la em linguagem corrente “dois mais cinco é igual a nove”. Como 
negamos esta afirmação? Isso mesmo, “dois mais cinco não é igual a nove”. 
Voltando para o formato matemático, e lembrando que dizer que algo “não é igual” 
é o mesmo que dizer que algo “é diferente”, temos: 
 
A: “2 + 5 = 9” 
~A: “2 + 5 ≠ 9”. 
 
Portanto, a questão está errada. 
 
 
104 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) A negação da proposição (∃x)(x + 3 = 25) pode 
ser expressa corretamente por (∀∀x)(x + 3 ≠ 25). 
 
Solução: 
 
Mais uma vez, vamos organizar as informações: 
 
A: (∃x)(x + 3 = 25) (lê-se: existe x tal que x mais três é igual a vinte e cinco) 
 
Vimos que podemos negar o “existe...que é...” afirmando que “todo ... não é...”. 
 
Primeiro vamos tentar negar o “A” utilizando a linguagem corrente: 
 
A: existe x tal que x mais três é igual a vinte e cinco 
 
~A: para todo x, x mais três não é igual a vinte e cinco 
 
Assim, vamos verificar o que a questão está informando que é a negação de A: 
 
(∀x)(x + 3 ≠ 25) (lê-se: para todo x, x mais três é diferente de vinte e cinco) 
 
Ora, comparando a forma como negamos o “A” com a forma que foi apresentada a 
negação do “A” na questão, podemos perceber que se trata da mesma afirmação, 
pois dizer que “A não é igual a B” é o mesmo que dizer que “A é diferente de B”. 
Logo, o item está correto! 
 
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Por hoje é só. Um grande abraço, e não se esqueçam de resolver as questões 
propostas. A resolução delas será apresentada na próxima aula. 
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5 - Questões comentadas nesta aula 
 
 
84 - (Polícia Militar/DF - 2009 / CESPE) A proposição (A ∧ B) → (A v B) é uma 
tautologia. 
 
 
85 - (SERPRO - 2008 / CESPE) A proposição (A → B) → (~A v B) é uma 
tautologia. 
 
 
86 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição ~(A v B) → (~A) v B é uma tautologia 
 
 
87 - (TRT - 2009 / CESPE) A proposição “A Constituição brasileira é moderna ou 
precisa ser refeita” será V quando a proposição “A Constituição brasileira não é 
moderna nem precisa ser refeita” for F, e vice-versa. 
 
 
88 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) Se A, B, C e D são proposições, em que B é falsa 
e D é verdadeira, então, independentemente das valorações falsa ou verdadeira 
de A e C, a proposição A v B → C ∧ D será sempre verdadeira. 
 
 
89 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição “ter inabilidade de 
lidar com a raiva e apresentar depressão” é “ter habilidade de lidar com a raiva ou 
não apresentar depressão”. 
 
 
90 - (TRT - 2009 / CESPE) A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” tem 
como negação a proposição “Carlos não é juiz nem é muito competente”. 
 
 
91 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição 
(P v ~Q) ∧ R é (~P v Q) ∧ (~R). 
 
 
92 - (Polícia Militar/DF – 2009 / CESPE) A negação da proposição “O concurso 
será regido por este edital e executado pelo CESPE/UnB” estará corretamente 
simbolizada na forma (~A) ∧ (~B), isto é, “O concurso não será regido por este 
edital nem será executado pelo CESPE/UnB”. 
 
 
93 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição A → B é equivalente à proposição 
~B → ~A. 
 
 
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94 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) As proposições “Se Mário é assessor de Pedro, 
então Carlos é cunhado de Mário” e “Se Carlos não é cunhado de Mário, então 
Mário não é assessor de Pedro” são equivalentes. 
 
 
95 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Supondo que A simboliza a proposição “Alice 
perseguiu o Coelho Branco” e B simboliza a proposição “O Coelho Branco olhou o 
relógio”, a proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não 
perseguiu o Coelho Branco” é equivalente à proposição “O Coelho Branco não 
olhou o relógio ou Alice não perseguiu o Coelho Branco”. 
 
 
96 - (Banco da Amazônia - 2009 / CESPE) A sentença “como hoje o alarme não 
foi acionado, então José não foi ao banco e os sensores não estavam ligados” é 
logicamente equivalente a “se José foi ao banco ou os sensores estavam ligados, 
então hoje o alarme foi acionado”. 
 
 
97 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) A negação da proposição “existe um triângulo 
equilátero e não isósceles” pode ser escrita como “todo triângulo equilátero é 
isósceles”. 
 
 
98 - (TRT - 2008 / CESPE) Considerando que P seja a proposição “Todo jogador 
de futebol será craque algum dia”, então a proposição ~P é corretamente 
enunciada como “Nenhum jogador de futebol será craque sempre”. 
 
 
99 - (EMBASA - 2009 / CESPE) A negação da afirmação “Todas as famílias da rua 
B são preferenciais” é “Nenhuma família da rua B é preferencial”. 
 
 
100 - (SEPLAG/DF - 2009 / CESPE) Julgando-se como V a proposição “Alguns 
textos contêm erros de impressão”, então também será julgada como V a 
proposição “Todos os textos contêm erros de impressão”. 
 
 
101 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Para qualquer x, tem-se que 
x2 > x” é verdadeira para todos os valores de x que estão no conjunto 






2
1
,2,
2
3
,3,
2
5
,5 . 
 
 
102 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Existem números que são 
divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para elementos do conjunto {2, 3, 9, 10, 15, 
16}. 
 
 
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103 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a 
proposição “2 + 5 = 7”. 
 
 
104 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) A negação da proposição (∃x)(x + 3 = 25) pode 
ser expressa corretamente por (∀x)(x + 3 ≠ 25). 
 
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6 - Questões para praticar! A solução será apresentada na próxima aula 
 
 
105 - (MPS - 2009 / CESPE) Considerando as proposições P, Q e R e os símbolos 
lógicos: ~ (negação); v (ou); ∧ (e); → (se ..., então), é correto afirmar que a 
proposição ~((~P) → R) → ~(P ∧ (~Q)) é uma tautologia. 
 
 
106 - (DETRAN/DF - 2008 / CESPE) A proposição (A v B) ∧ [(~A) ∧ (~B)] é 
sempre falsa. 
 
 
107 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição A ∧ (~B) → ~(A ∧ B) é uma tautologia. 
 
 
108 - (MPS - 2010 / CESPE) Considerando as proposições P e Q e os símbolos 
lógicos: ~ (negação); v (ou); ∧ (e); → (se, ... então), é correto afirmar que a 
proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q é uma tautologia. 
 
 
109 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Independentemente dos valores lógicos 
atribuídos às proposições A e B, a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) tem 
somente o valor lógico F. 
 
 
110 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) A negação da proposição “se Paulo 
está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa tem mais de 30 
anos” é “se Paulo não está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então 
Luísa não tem mais de 30 anos”. 
 
 
111 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) As proposições na forma ~(A ∧ B) têm 
exatamente três valores lógicos V, para todos os possíveis valores lógicos de 
A e B. 
 
 
112 - (TRT - 2009 / CESPE) A negação da proposição “O juiz determinou a 
libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não 
determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”. 
 
 
113 - (TER/ES - 2009 / CESPE) A negação da proposição “A pressão sobre os 
parlamentares para diminuir ou não aprovar o percentual de reajuste dos seus 
próprios salários” está corretamente redigida na seguinte forma: “A pressão sobre 
os parlamentares para não diminuir e aprovar o percentual de reajuste dos seus 
próprios salários”. 
 
 
114 - (MPE/RR - 2008 / CESPE) Considere as seguintes proposições. 
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A: Jorge briga com sua namorada Sílvia. 
B: Sílvia vai ao teatro. 
 
Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão 
~(A v B) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada 
Sílvia e Sílvia não vai ao teatro”. 
 
 
115 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição “havia um caixa 
eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue à mulher de Gavião.” é 
logicamente equivalente à proposição “Não havia um caixa eletrônico em frente ao 
banco ou o dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião”. 
 
 
116 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente 
de trabalho ou Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou 
Pedro não está aposentado”. 
 
 
117 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “O cartão de Joana tem 
final par ou Joana não recebe acima do salário mínimo” é “O cartão de Joana tem 
final ímpar e Joana recebe acima do salário

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