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Resumo sobre Poda 2

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SCARPARE FILHO, João Alexio; MEDINA, Ricardo Bordignon; SILVA, Simone Rodrigues da. Poda de árvores frutíferas. Piracicaba: USP/ESALQ/Casa do Produtor Rural, 2011.
RESUMO
	O trabalho de Scarpare Filho, Medina e Silva (2011) sobre poda de árvores frutíferas foi estruturado em doze tópicos, a saber: 1- Introdução; 2- Aspectos básicos da fisiologia e morfologia das plantas; 3- Conceito de poda e características das plantas não podadas; 4- Objetivos da poda; 5- Tipos de poda; 6- Outras denominações da poda; 7- Operações da poda; 8- Operações complementares à poda; 9- Principais erros cometidos na prática da poda; 10- Ferramentas utilizadas; 11- Formas de condução das plantas e 12- Exemplos práticos de poda, em que são descritas particularidades das podas em videiras, goiabeiras, figueiras e caquizeiros. Portanto, seguindo este roteiro, serão apresentadas as principais ideias e conceitos que são expostos no texto. 
	Na introdução, os autores fizeram um resgaste histórico sobre a prática de podar plantas, cuja origem é tão antiga quanto à humanidade.
Em relação aos aspectos básicos da fisiologia e morfologia das plantas, Scarpare Filho, Medina e Silva (2011) enfatizam a importância do conhecimento destes aspectos para a boa prática da poda, uma vez que eles irão influenciar de forma significativa funções como crescimento, absorção de água e nutrientes. Entre os vários princípios fisiológicos citados pelos autores, um merece destaque: há uma relação inversa entre vigor e produtividade, ou seja, o excesso de crescimento vegetativo reduz a quantidade de frutos e o excesso de frutos, por sua vez, reduz a sua qualidade.
Mas, o que se está se chamando de poda neste contexto? Afinal, o que é poda? “[...] poda é uma técnica cultural que altera o desenvolvimento das plantas [...]” (p. 11). Plantas não podadas, por sua vez, apresentam algumas características indesejáveis, a saber: grande volume de copa, o que dificulta os tratos culturais e tratamentos fitossanitários; irregularidade na produção; localização dos frutos em lugares pouco acessíveis e ciclos alternados de produção. Dessa forma, considera-se que a poda fitotécnica apresenta três objetivos gerais: alterar a forma natural da planta; regularizar a produção; bem como manter a forma, a sanidade e o vigor da planta.
De acordo os objetivos citados acima, as podas fitotécnicas podem ser classificadas em diferentes tipos: Poda de Formação; Poda de Frutificação ou Produção e Poda de Limpeza. No entanto, também são possíveis outras denominações/classificações, utilizando para tanto outros critérios. Assim, quanto à época em que são realizadas, as podas podem ser: Poda de inverno (poda seca) ou Poda de verão (poda verde). Já quanto à intensidade da poda, elas podem ser denominadas de: Poda drástica ou Poda de renovação.
Quanto às operações básicas da poda, os autores citam: supressão e encurtamento de ramos; desbrota; esladroamento; desfolha; desponte, desnetamento; raleio de frutos ou desbaste; raleio de flores e botões florais. No entanto, também podem ser realizadas operações complementares como: arqueamento de ramos; anelamentos; incisões e torção de ramos.
Ressalta-se ainda que, durante a prática de poda, alguns erros podem ser cometidos, o que dificulta os objetivos pretendidos. Sendo assim, são apresentados os erros mais comuns por tipo de poda. Na poda de formação, por exemplo, considera-se inadequado antecipar a poda de ramos que nascem no tronco, formar uma copa muito alta, deixar numerosos ramos principais e permitir a produção na fase de formação da planta. Enquanto que na poda de frutificação, o erro mais comum é deixar de realizar essa poda durante vários anos e voltar a fazê-la de forma severa em anos subsequentes.
Para o sucesso na execução desta prática, deve-se atentar também para as ferramentas necessárias: tesouras pequena e grande, tesoura pneumática, canivete, serrote, machado, foice, serra, escada, etc. Porém, independentemente da ferramenta utilizada, são necessários alguns cuidados: quanto à fabricação, é aconselhável que seja fabricada com um material leve; quanto ao uso, é importante que sejam utilizadas em boas condições, com lâminas afiadas e sem folga entre as facas; é indicado também seguir sempre as recomendações técnicas dos fabricantes e distribuidores.
Em relação às formas de condução das plantas, são apresentadas duas formas principais: livres e apoiadas, que vão variar, por sua vez, de acordo com a espécie, variedade e região. A forma livre é a mais encontrada em pomares em que a planta é conduzida na forma de árvore ou arbusto (ex. mangueira, laranjeira, etc.), podendo ser realizada nas formas de: vaso, taça, líder central, guia modificada e condução em “Y” ou “V”. Já na forma apoiada, a planta é sustentada por um tutor ou por uma estrutura de apoio, e se subdivide em: Latada, caramanchão ou pérgola (utilizado principalmente em uvas finas, kiwi e maracujá doce); espaldeiras e manjedoura. 
No último tópico, ao apresentarem alguns exemplos práticos de poda, os autores enfatizam que a importância desta prática varia conforme a espécie. Para algumas, trata-se de uma prática decisiva, é o caso de videiras, goiabeiras, figueiras, pessegueiros e atemóias. Para outras, a prática é de importância relativa, como em macieira, pereira, caquizeiro e oliveira; enquanto que, para outras ainda, a prática apresenta importância menor, como acontece com os citros, nogueira-pecã, etc. Dessa forma, os exemplos práticos baseiam-se neste grau de importância, sendo apresentadas três espécies em que a poda é de grande importância (videiras, goiabeiras e figueiras) e, uma, em que a prática é de importância média (no caso, os caquizeiros).
A poda em videiras leva em consideração o seu vigor, que, por sua vez, varia de cultivar para cultivar. Videiras de vigor médio recebem a poda curta e são conduzidas em espaldeiras, é o caso, por exemplo, das cultivares Niagara Rosada, Isabel e a maioria das uvas de vinho. Nas videiras mais vigorosas, faz-se a poda longa e elas são conduzidas em latadas.
Em goiabeiras, a prática da poda dependerá do destino final da fruta: para a indústria ou para o mercado de fruta fresca. Os autores destacam a formação da goiabeira para este último fim, uma vez que requer maior exigência em qualidade. Nesse caso, o sistema de condução deve ser em vaso ou taça, com copa baixa, que é descrito com detalhes, além de outras operações importantes para a cultura.
Em figueiras, a prática da poda está relacionada principalmente ao seu hábito de frutificação e também ao combate às principais pragas e doenças da cultura (poda drástica e poda de limpeza).
Por fim, é descrita a poda em caquizeiro, que constitui uma prática de importância média para a cultura, uma vez que a sua não frutificação está mais relacionada a outros fatores do que prática ou não da poda propriamente dita. Dessa forma, a utilização desta prática adquire maior notoriedade para formar a planta de caquizeiro em sistema de vaso.

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