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Interações com antidiabéticos

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23/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6
Interações com antidiabéticos
A INSULINA E O GLUCAGON SÃO DOIS HORMÔNIOS PEPTÍDICOS PRODUZIDOS E SECRETADOS PELO
PÂNCREAS E DESEMPENHAM UM IMPORTANTE PAPEL NA REGULAÇÃO DO METABOLISMO DO
ORGANISMO E CONTRIBUEM PARA A MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASE DA GLICOSE. UMA FALTA
ABSOLUTA OU RELATIVA DE INSULINA (DIABETES) PODE ACARRETAR GRAVE HIPERGLICEMIA. O USO
DE AGENTES HIPOGLICEMIANTES PODE CONTROLAR A MORBIDEZ E REDUZIR A MORTALIDADE
ASSOCIADAS COM O DIABETES. ALÉM DISSO, HÁ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS IMPORTANTES COM
ESSES FÁRMACOS, QUE SERÃO DESTACADAS NESTA AULA.
Introdução
O diabetes não é uma doença única. Ao invés disso, é um grupo heterogêneo de síndromes, todas
caracterizadas por elevação da glicose sanguínea causada por deficiência absoluta ou relativa de insulina.
Os diabéticos podem ser divididos em dois grupos, com base em sua necessidade de insulina: aqueles que
apresentam diabetes insulino-dependente (ou tipo I) e os portadores do diabetes não-insulino-dependente
(ou tipo II). Daremos ênfase ao daibetes tipo II, seu tratamento e interações medicamentosas envolvendo os
fármacos empregados.
No diabetes tipo II, o pâncreas retém sua capacidade de produzir insulina, porém em quantidades
insuficientes para manter a homeostase da glicose. O diabetes tipo II, frequentemente, é acompanhado de
resistência à insulina nos órgãos-alvo, o que limita a responsividade tanto à insulina endógena quanto à
exógena.
Assim sendo, o objetivo do tratamento de pacientes que sofrem de diabetes tipo II é manter concentrações
de glicose sanguínea dentro de limites normais e prevenir o aparecimento das complicações tardias da
doença, o que é feito por meio do emprego de fármacos hipoglicemiantes orais.
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Pode ser necessário recorrer à terapia com insulina para conseguir níveis satisfatórios de glicose sérica.
Os agentes hipoglicemiantes orais não devem ser administrados em pacientes com diabetes tipo I e estão
resumidos na tabela a seguir. Esses fármacos apresentam melhores resultados em indivíduos nos quais a
doença apareceu após os 40 anos e com histórico de diabetes inferior a 5 anos.
Pacientes com doença manifestada por período longo podem requerer uma combinação de fármaco
hipoglicemiante e insulina para controlar a hiperglicemia.
Grupo de
fármacos
Mecanismo de ação Exemplos
Sulfoniluréias Estímulo da liberação de insulina; redução dos níveis sanguíneos de
clucagon e aumento da ligação de insulina a tecidos-alvo e receptores.
Tolbutamida,
Gliburida,
Glipizida,
Clorpropamida
Biguanidas
Diferem das sulfoniluréias pelo fato de não estimularem a secreção de
insulina; diminuição da liberação hepática de glicose pela inibição da
gliconeogênese.
Melformina
(principal
representante do
grupo)
Inibidor da a-
glicosidase
Inibição da a-glicosidade na borda da escova intestinal, diminuindo,
assim, a absorção de amido e dissacarídeos. Consequentemente,
atenuação no aumento pós-prandial da glicose sanguínea.
Acarbose
As sulfoniluréias são contra-indicadas para pacientes portadores de insuficiência hepática ou renal, que
provoca acúmulo dos medicamentos no organismo com possível hipoglicemia. Isso porque esses fármacos
são metabolizados no fígado e eliminados por via urinária ou biliar.
Grupo de
fármacos
Mecanismo de ação Exemplos
Sulfoniluréias Estímulo da liberação de insulina; redução dos níveis sanguíneos de
clucagon e aumento da ligação de insulina a tecidos-alvo e receptores.
Tolbutamida,
Gliburida,
Glipizida,
Clorpropamida
Biguanidas
Diferem das sulfoniluréias pelo fato de não estimularem a secreção de
insulina; diminuição da liberação hepática de glicose pela inibição da
gliconeogênese.
Melformina
(principal
representante do
grupo)
Inibidor da a-
glicosidase
Inibição da a-glicosidade na borda da escova intestinal, diminuindo,
assim, a absorção de amido e dissacarídeos. Consequentemente,
atenuação no aumento pós-prandial da glicose sanguínea.
Acarbose
As sulfoniluréias são contra-indicadas para pacientes portadores de insuficiência hepática ou renal, que
provoca acúmulo dos medicamentos no organismo com possível hipoglicemia. Isso porque esses fármacos
são metabolizados no fígado e eliminados por via urinária ou biliar. 02 / 05
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Devido aos seus mecanismos de ação diferentes, o risco de hipoglicemia com metformina é menor do que
com os agentes derivados da sulfoniluréia. A metformina possui ainda a importante propriedade de reduzir
a hiperlipidemia, um fator de risco associado com o diabetes tipo II.
Assim como a metformina, a acarbose não provoca hipoglicemia, porque não estimula a liberação de
insulina, nem reforça a ação do hormônio nos tecidos periféricos.
Interações medicamentosas: A figura a seguir resume algumas das interações dos fármacos
hipoglicemiantes orais com outros medicamentos.
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A clorpropamida, se utilizada concomitantemente com ingestão de álcool, pode provocar maior
hipoglicemia e hipotensão. Não deve ser utilizada em idosos, porque seus efeitos são extremamente
prolongados e possui a mais alta incidência de efeitos colaterais desse grupo de fármacos, causando
hiponatremia (diminuição nos níveis séricos de sódio) e hipoglicemia. A metformina, quando utilizada
cronicamente, pode interferir na absorção da vitamina B .
Os corticosteróides (por exemplo, os anti-inflamatórios esteróides), por induzirem a gliconeogênese,
diminuem o efeito dos hipoglicemiantes orais.
Interações medicamentosas documentadas
Principais antidiabéticos na prática clínica
Diminuição do efeito hipoglicemiante: adrenalina, aminoglutetimida, clorpromazina e demais
fenotiazinas, colestiramina, alcalinizantes urinários, estrógenos, rifampicinas, ácido nicotínico, fenitoína,
isoniazida, furosemida, acetazolamida.
Corticóides, contraceptivos orais e diuréticos tiazídicos aumentam a resistência à insulina. Barbitúricos
induzem seu metabolismo.
Aumento do efeito hipoglicemiante: IECA, androgênios, antagonistas H2, fenfluramina, sais de magnésio,
acidificantes da urina, metildopa, antifúngicos azólicos (fluconazol, cetoconazol e miconazol),
cloranfenicol, cimetidina, clofibrato, benzafibrato, gemfibrozil e fármacos antilipêmicos similares,
fluoroquinolonas, heparina, IMAO, isoniazida, tetraciclinas, antidepressivos tricíclicos e hormônios
tireoidianos.
Por competição pelas proteínas plasmáticas, deslocam glibenclamida e aumentam seus efeitos:
fenilbutazona e derivados, anticoagulantes orais, difenilidantoínas, salicilatos, anti-inflamatórios não-
esteroidais, beta-bloqueadores, sulfonamidas (incluindo sulfametoxazol-trimetoprima).
Beta-bloqueadores e levodopa interferem com o mecanismo regulador da glicose. Beta-bloqueadores
mascaram sinais de hipoglicemia.
Probenecida, alopurinol e pirazóis inibem o metabolismo enzimático da glibenclamida. Glibenclamida
pode aumentar ou diminuir efeitos de cumarínico.
Glicocorticóides, anfetaminas, diuréticos, hormônios tiroideanos e fenitoína aumentam a concentração de
glicose no sangue; devendo ser necessário ajustar a dosagem quando utilizar com hipoglicemiantes orais.
Alopurinol pode inibir a secreção tubular renal de clorpropamida.
Esteróides anabólicos ou andrógenos podem diminuir a concentração de glicose no sangue.
O uso simultâneo com anticoagulantes derivados da cumarina pode concentração plasmática de ambos os
medicamentos.
AINES, cloranfenicol, IMAO podem potencializar o efeito hipoglicemiante de clorpropamida.
Cetoconazole miconazol em uso simultâneo com clorpropamida levam à hipoglicemia severa.
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Cimetidina aumenta a concentração plasmática de metformina. Certos agentes hiperglicemiantes
(corticosteróides, diuréticos tiazídicos, contraceptivos orais, simpaticomiméticos, hormônio da tireóide,
fenitoína, isoniazida, antagonistas do cálcio) diminuem o efeito de metformina, exigindo aumento de dose
ou combinação com sulfoniluréias ou terapia com insulina.
Potencializa a ação hipoglicemiante de insulina ou sulfoniluréias.
Furosemida aumenta os níveis plasmáticos de metformina por alterar sua depuração renal.
REFERÊNCIA
GILMAN, A. G. As bases farmacológicas da terapêutica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
RANG, H. P. et al. Farmacologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
HARVEY, R. A; CHAMPE, P. C. Farmacologia ilustrada. 2. ed. Porto Alegre: Artemed, 1998.
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