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Interações com anti inflamatórios

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23/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6
Interações com anti-inflamatórios
OS FÁRMACOS ANTI-INFLAMATÓRIOS SÃO AMPLAMENTE UTILIZADOS E O AGRAVANTE REFERE-SE À
AUTOMEDICAÇÃO, CONTRIBUINDO COM A EXACERBAÇÃO DE EFEITOS COLATERAIS E INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS DESVANTAJOSAS. NESTA AULA SERÃO ABORDADAS ALGUMAS INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS DESCRITAS NA LITERATURA COM FÁRMACOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-
ESTERÓIDES E ESTERÓIDES.
Os anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) inibem a síntese de prostaglandinas e tromboxanos e, dessa
forma, possíveis interações podem ocorrer com medicamentos que dependem de níveis séricos desses
mediadores químicos.
Outro fator relevante é o alto grau de ligação protéica desse grupo de fármacos, a qual pode predispô-los a
interações com outras drogas que também apresentam essa mesma característica (Haas, 1999 citado por
Bergamaschi, 2007).
Os AINES estão associados à nefrotoxicidade, particularmente quando o uso é crônico ou quando é
utilizado em combinação com outro AINE.
As classes mais comuns de anti-hipertensivos são os IECA (inibidores da enzima conversora de
angiotensina), tais como captopril, enalapril, fosinopril e lisinopril; os diuréticos, tais como furosemida,
ácido etacrínico e hidroclorotiazida; e os beta-bloqueadores, tais como propranolol, nadolol, metoprolol e
atenolol. Esses medicamentos necessitam das prostaglandinas (PGs) renais para exercerem o seu
mecanismo de ação (Houston, 1991 citado por Bergamaschi, 2007).
As PGs renais modulam a vasodilatação, a filtração glomerular, a secreção tubular de sódio/água e o sistema
renina-angiotensina-aldosterona, os quais são fatores essenciais no controle da pressão arterial. As PGs são
ainda mais importantes em pacientes hipertensos, os quais possuem baixa produção de renina (Dowd et al.,
2001 citado por Bergamaschi, 2007).
Assim, os AINEs são considerados uma classe terapêutica importante, uma vez que são muito prescritos, e,
além disso, são utilizados como automedicação; o que destaca o papel do farmacêutico, especialmente na
identificação de interações medicamentosas.
Nas interações com anti-hipertensivos, AINEs podem diminuir a ação desses fármacos, pois inibem a
síntese de prostaglandinas renais.
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Os beta-bloquedores reduzem a pressão por diversos mecanismos, incluindo o aumento de prostaglandinas
circulantes. Seu efeito pode também ser inibido pelos AINEs, devido à inibição da síntese dessas
prostaglandinas circulantes. Os AINEs podem também interferir com a ação dos diuréticos, pois reduzem a
eficácia na secreção de sódio, podendo provocar um aumento na pressão arterial e afetar a atividade da
renina plasmática, a qual controla o sistema renina-angiotensina-aldosterona (Haas, 1999 citado por
Bergamaschi, 2007).
Foi sugerido que os AINEs poderiam aumentar a concentração plasmática do lítio através da redução da
taxa de filtração glomerular, devido à inibição da síntese de prostaglandinas (Wilting et al., 2005 citado por
Bergamaschi, 2007). Com esse relato de interação medicamentosa, constatamos a necessidade de
monitoramento, pois o lítio exibe toxicidade, comprometendo o funcionamento hepático e renal.
Em indivíduos com a função renal comprometida e/ou volume intravascular diminuído, a administração
concomitante de rofecoxibe e lítio pode ocasionar uma intoxicação.
Conforme será destacado na próxima aula, os principais mecanismos de interação que ocorrem com esse
grupo de fármacos estão relacionados com a competitividade desses fármacos pela ligação às proteínas
plasmáticas (sendo os fármacos que apresentam alto grau de ligação os mais afetados) e a capacidade de
alguns fármacos de inibir as enzimas do citocromo P450. Ambos os mecanismos apresentam como
consequência o aumento dos níveis plasmáticos desses fármacos (Moore et al., 1999 citado por
Bergamaschi, 2007).
Todavia, um estudo realizado com voluntários sadios verificou que a administração de 100mg de
diclofenaco sódico por via oral reduziu a biodisponibilidade oral de 2g de amoxicilina, devido à redução na
absorção e aumentou em 18% a excreção renal da amoxicilina (Bergamaschi et al., 2007). Outro estudo
demonstrou que a administração de piroxicam 20mg por dia, associada à azitromicina 500mg por dia,
durante sete dias, ocasionou redução na distribuição de piroxicam na gengiva e no osso alveolar (Malizia et
al., 2001 citado por Bergamaschi et al., 2007).
A documentação de interações medicamentosas de AINEs com antimicrobianos se faz necessária, podendo
ocorrer por meio da farmacovigilância e atenção farmacêutica, até porque são duas classes terapêuticas
amplamente utilizadas e o agravante relaciona-se com a resistência bacteriana e/ou ineficácia terapêutica.
A tabela a seguir, resume as interações medicamentosas com anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs)
destacadas nesta aula.
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De acordo com o potencial de significância clínica, foram selecionadas, com base na literatura, as seguintes
interações medicamentosas com fármacos anti-inflamatórios esteróides (AIEs): antiácidos, agentes
antidiabéticos (oral ou insulina), glicosídeos digitálicos e diuréticos.
Nessas interações relatadas, não há um destaque quanto à explicação dos prováveis efeitos e mecanismos
envolvidos, porque na literatura não há relatos detalhados.
Há também, interações com fármacos que induzem as enzimas microssomais hepáticas (também destacado
no quadro que segue), tais como: barbitúricos, fenitoína e rifampicina que são considerados clássicos
indutores enzimáticos. Além desses, há também interações relatadas (com esse mesmo mecanismo, na
metabolização) como: suplementos de potássio, ritodrina, fármacos ou alimentos contendo sódio,
somatropina, vacinas de vírus vivos ou outras imunizações.
A tabela a seguir, destaca interações com AIEs que ocorrem na metabolização, com a aplicação de dois
conceitos já apresentados na aula 3.
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Pode ocorrer aumento do risco de toxicidade com salicilatos na interrupção da corticoterapia. Pacientes
portadores de hipoprotrombinemia devem ter cautela quando utilizarem concomitante: aspirina e
corticosteróides.
Já com os corticosteróides e os anticoagulantes orais, o efeito é variável. Foram observados tanto aumento,
como diminuição dos efeitos dos anticoagulantes, quando administrados concomitantemente com os
corticosteróides. Portanto, os índices de coagulação devem ser monitorados para manter o efeito
anticoagulante desejado.
O uso concomitante de estrogênios pode diminuir o metabolismo dos corticosteróides, incluindo a
hidrocortisona. A necessidade de corticosteróide pode ser reduzida em pacientes que utilizam estrogênios
(por exemplo: medicamentos contraceptivos) (Bulário Eletrônico da ANVISA).
De modo complementar, os cuidados na utilização dos contraceptivos deve sempre existir, pois o
comprometimento da eficácia destes fármacos pode levar à gravidez não planejada.
REFERÊNCIA
Bergamaschi, C. C. et al. Interações medicamentosas: Analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos. Rev.
Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac, Camaragibe. v.7, n.2, p. 9 - 18, abr./jun. 2007.
GILMAN, A. G. As bases farmacológicas da terapêutica. 9. ed. Guanabara Koogan. 1998.
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GRAHAME-SMITH, D. G., ARONSON, J. K. Tratado de farmacologia clínica e farmacoterapia. 3. ed.
Guanabara Koogan. 2004.
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