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23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/4 Interações com fármacos utilizados para distúrbios da tireóide A GLÂNDULA TIREÓIDE É A FONTE DE DOIS HORMÔNIOS FUNDAMENTALMENTE DIFERENTES: A TIROXINA OU TETRAIODOTIRONINA (T ) E A TRIIODOTIRONINA (T ), A FORMA MAIS ATIVA. ESSES DOIS HORMÔNIOS SÃO VITAIS PARA O DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO NORMAL DO NOSSO ORGANISMO E DESEMPENHAM UM IMPORTANTE PAPEL NO METABOLISMO ENERGÉTICO. ESTA AULA ABORDARÁ OS FÁRMACOS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DA GLÂNDULA TIREÓIDE E SUAS INTERAÇÕES MAIS RELEVANTES. Hipotireoidismo: Corresponde a uma deficiência da glândula tireóide que resulta na secreção inadequada de seus hormônios. É caracterizada por bradicardia, pequena resistência ao frio e retardo físico ou mental. O hipotireoidismo é tratado com levotiroxina (T ). O fármaco é administrado uma vez ao dia em função de sua meiavidalonga. Interações Medicamentosas A levotiroxina é metabolizada pelo sistema do citocromo P450. Fármacos tais como a fenitoína, rifampina, fenobarbital etc., que induzem as enzimas P450, acelerando a biotransformação do hormônio (figura a seguir). 4 3 4 01 / 03 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/4 A colestiramina se complexa com a levotiroxina e impede a sua absorção a partir do trato gastrintestinal, reduzindo sua biodisponibilidade. Os antiácidos também diminuem a absorção da levotiroxina. A levotiroxina pode aumentar os níveis sanguíneos da digoxina, predispondo o paciente a uma intoxicação digitálica. A levotiroxina pode reduzir os efeitos dos hipoglicemiantes orais e da insulina. A levotiroxina potencializa os efeitos dos anticoagulantes orais; o mecanismo parece ser um aumento do catabolismo dos fatores de coagulação dependentes da vitamina K. Pacientes em uso de terapia anticoagulante necessitam de monitorização cuidadosa no início da administração de levotiroxina. Os estrogênios tendem a aumentar os níveis da globulina fixadora de levotiroxina (TBG), com consequente diminuição da levotiroxina livre. Assim, em pacientes em uso de levotiroxina, pode haver necessidade de aumento da dose de hormônio tireoidiano se for iniciada a administração medicamentos contendo estrogênios (contraceptivos). A levotiroxina pode causar hiperglicemia e levar à perda do controle glicêmico em pacientes em uso de hipoglicemiantes. Salicilatos, fenclofenaco e fenitoína podem reduzir a ligação da levotiroxina às proteínas plasmáticas, aumentando sua concentração livre e exarcebando seus efeitos. Amiodarona e propanolol podem inibir a desiodação da levotiroxina a triiodotironina, a forma mais ativa. Essa interação pode limitar os efeitos da levotiroxina. A interação entre levotiroxina e cetamina pode aumentar o risco de hipertensão e taquicardia supraventricular. Hipertireoidismo: Corresponde a uma hiperfunção da glândula tireóide e consequente excesso na secreção de seus hormônios. É caracterizado por taquicardia, arritmias cardíacas, perda de peso, nervosismo, tremor e excesso de produção calórica. O objetivo da terapia é diminuir a síntese e/ou a liberação de hormônios. Isso pode ser conseguido removendo parte ou toda a glândula tireóide, inibindo a síntese hormonal ou bloqueando a liberação dos hormônios a partir da glândula. Entre os fármacos empregados no tratamento de pacientes com hipertireoidismo estão as tioamidas propil- tiouracil, metimazol e carbimazol, e o iodeto. As tioamidas inibem a síntese dos hormônios tireoidianos enquanto o iodeto bloqueia a liberação dos mesmos a partir da glândula. 02 / 03 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/4 Interações Medicamentosas As tioamidas diminuem os efeitos dos anticoagulantes. As tioamidas diminuem o metabolismo da teofilina, sendo necessário um ajuste na dosagem, para evitar intoxicação do paciente. O carbimazol é metabolizado a metimazol (sua forma ativa), no fígado. O metimazol inibe enzimas do citocromo P-450, inclusive a isoforma responsável pelo metabolismo da eritromicina. Isso pode resultar em níveis sanguíneos de eritromocina maiores do que o normal e na maior incidência de efeitos colaterais. O carbimazol é bastante hepatotóxico e deve ser evitado seu uso concomitante com outros fármacos hepatotóxicos. Por exemplo, a associação bupropiona e carbimazol é extremamente tóxica para o fígado. O carbimazol e seu metabólito metimazol aumentam o metabolismo hepático da prednisolona e outros corticosteróides, o que requer que doses maiores desses fármacos sejam utilizadas nas associações com as tioamidas. O carbimazol reduz as concentrações séricas de digoxina. O metimazol, quando administrado concomitantemente com clozapina, pode provocar diminuição na contagem de leucócitos (leucopenia). REFERÊNCIA HARVEY, R. A; CHAMPE, P. C. Farmacologia ilustrada. 2. ed. Porto Alegre: Artemed, 1998. BAXTER, K. Stockley?s drug interactions. 8. ed. London: Pharmaceutical Express, 2008. 03 / 03 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/4
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