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Aula 5 GREI 1 2012

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Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Prof. Geraldo Fontoura
geraldo_fontoura@id.uff.br
Turma A1
4as feiras – 18h00 – 21h00
Gestão de Resíduos e Efluentes 
Industriais
Universidade Federal Fluminense
Instituto de Química
Departamento de Química Analítica
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Programação – 2o. Semestre de 2011
Aula Data Conteúdo
1 07.03 Apresentação do curso. Introdução.
14.03 Não haverá aula!
2 21.03 Resíduos: amostragem, classificação, segregação, armazenagem, 
minimização, reciclagem
3 28.03 A Produção Mais Limpa
4 04.04 Incineração de Resíduos
5 11.04 Coprocessamento de resíduos
6 18.04 Exercícios de Revisão.
7 25.04 1ª. Avaliação
8 02.05 Aterro Industrial
Orientação para a execução do trabalho
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Programação – 2o. Semestre de 2011
Aula Data Conteúdo
9 09.05 Tratamento de Efluentes Industriais
10 16.05 Transporte de Resíduos
11 23.05 Tratamento de Emissões Atmosféricas 
12 30.05 Análises de Resíduos
13 06.06 Segurança no manuseio de resíduos. Convenção OIT 170
14 13.06 2ª. Avaliação
15 20.06 Verificação Suplementar
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO
� DESTRUIÇÃO TÉRMICA DO RESÍDUO (SISTEMA DE 
INCINERAÇÃO)
� APROVEITAMENTO DO CONTEÚDO ENERGÉTICO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO
DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA VIA OXIDAÇÃO, COM O 
OBJETIVO DE TORNAR UM RESÍDUO MENOS 
VOLUMOSO, MENOS TÓXICO OU ATÓXICO OU 
ELIMINÁ-LO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO
APLICA-SE, PRINCIPALMENTE, PARA OS RESÍDUOS 
DE MAIOR GRAU DE PERICULOSIDADE OU ONDE HÁ
NECESSIDADE DE GRANDE CONFIABILIDADE EM 
TODO O PROCESSO, TANTO NAS ETAPAS DE 
COMBUSTÃO, COMO NAS ETAPAS DE TRATAMENTO 
DOS GASES GERADOS.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO
• APROVEITAMENTO DO CONTEÚDO ENERGÉTICO
DE RESÍDUOS ESPECÍFICOS.
• USUALMENTE FOCADAS EM GERAÇÃO DE VAPOR
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
SISTEMAS DE INCINERAÇÃO
COMBUSTÃO CONDICIONAMENTO 
DE GASES
TRATAMENTO DE 
GASES
CONTROLES 
OPERACIONAIS
POSTURA 
PREVENTIVA
POSTURA 
CORRETIVA
Temperatura
Concentração O2
Resfriamento 
Abrupto
Lavadores de 
Gases, etc
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
PRINCIPAIS TIPOS DE 
INCINERADORES Injeção 
Líquida
SÓLIDOS
Granulares, homogêneo 
Irregular, bruto (pellets, etc.) 
Baixo Ponto de Fusão (alcatrões, etc.) 
Compostos Orgânicos com constituintes de 
cinza fundíveis 
Material não preparado, volumoso, material a 
granel
GASES
Vapores Orgânicos
LÍQUIDOS
Resíduos Aquosos com alta carga de orgânicos 
Líquidos Orgânicos
SÓLIDOS/ LÍQUIDOS
Resíduo contendo compostos aromáticos 
halogenados (mínimo de 1204°C) 
Lodo aquoso orgânico
X
X
X 
X
X
Forno 
Rotativo
X
X 
X
X
X
X 
X
X 
X
X
Câmara 
Fixa
Leito 
Fluidizado
X 
X
X 
X
X
X
X 
X
X
X
X
X 
X
X
X 
X
Fonte: Incineração de Resíduos Perigosos - Uma Revisão Crítica
Clyde R. Dempsey & E. Timothy Oppelt
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
FORNO ROTATIVO
• UTILIZA-SE UM FORNO ROTATIVO ASSOCIADO A 
UMA CÂMARA DE PÓS-COMBUSTÃO.
• LARGAMENTE UTILIZADO NO BRASIL.
• MANUTENÇÃO E CUSTOS MAIS BAIXOS.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
FLUXOGRAMA DE INCINERAÇÃO - HAZTEC
9 - Torre de recirculação 
10 - Trocadores de calor 
11 - Lavador Venturi 
12 - Separador ciclônico 
13 - Exaustor 
14 - Chaminé
15 - Forno Estático
1 - Forno Rotativo 
2 - Resíduos líquidos 
3 - Câmara de pós combustão 
4 - Transportador de escória 
5 - Pré resfriador
6 - Ciclones 
7 - Lavador ácido 
8 - Lavador alcalino 
Cinzas 
Aterro Industrial
Escórias
Tratamento 
de 
Efluentes
Água + 
Soda
Água + Ar
Água
Gás natural
1
2
3
5
4
6
7
8 10
9
11 12
13
14
Oxigênio 
ENTRADA/ 
SAÍDA 15
Forno Estático
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
SISTEMA DE COMBUSTÃO
FORNO E CÂMARA DE 
PÓS-COMBUSTÃO
PERFIL DE TEMPERATURA
CONCENTRAÇÃO DE CO
CONCENTRAÇÃO DE O2
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
RESFRIAMENTO ABRUPTO DO FLUXO GASOSO
Troca Térmica Direta
Cinzas
Aterros Industriais
Água
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
SISTEMA DE TRATAMENTO DOS GASES
TRATAMENTO 
DOS GASES 
PROVENIENTES 
DA QUEIMA
CONTROLES CONTÍNUOS 
(“ONLINE”) E 
DESCONTÍNUOS.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Incineração
NBR 11.175/90 - padrões de desempenho de incineração de resíduos 
perigosos
– padrões de emissão de HCl, HF, CO, SOx , NOx e materiais 
particulados
– define monitoramento contínuo e requisitos de operação 
– orienta a respeito do chamado teste de queima.
• Teste de queima: 
– o incinerador opera sob as piores condições. 
– O resíduo usado no teste deve ser de baixo poder calorífico e 
com alta emissão de material particulado e outros poluentes. 
– Resultado esperado - controle de emissões com capacidade de 
destruição.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
 
Empresa Localidade Capacidade de 
queima (t/ano) 
Tipo de 
resíduo 
Início da 
operação 
Clariant Suzano, SP 
 
2.700 Líquido/sólido 1987 
Cinal Marechal 
Deodoro, AL 
11.500 Líquidos 1989 
10.000 Líquidos 1991 Cetrel Camaçari, BA 
 4.500 Sólidos 1998 
HAZTEC Belford Roxo, 
RJ 
3.600 Líquidos/ 
sólidos 
1992 
9.600 Líquidos 1992 ABL Cosmópolis, SP 
 800 Sólidos 1992 
ESSENCIS Taboão da Serra, 
SP 
3.500 
(Ampliação para 
7.000) 
Líquidos/ 
sólidos 
1993 
Basf Guaratinguetá, 
SP 
2.700 Líquidos/ 
sólidos 
1994 
 
INCINERAÇÃO NO BRASIL
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
FLUXOGRAMA DO INCINERADOR ROTATIVO DA ESSENCIS
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
FLUXOGRAMA DO INCINERADOR ROTATIVO DA BASF
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERADOR DA CETREL
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERADOR DA CETREL
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERADOR DA ESSENCIS
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERADOR ROTATIVO DA HAZTEC
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
2 4 6 8 10
0,2
0,1
1,0
0,5
2,0
5,0
10,0
1050°C
1000°C
950°C
900°C
850°C
800°C
Tempo de Queima (seg)
Diâmetro da particula (µµµµm)
INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
TEMPO DE QUEIMA PARA PARTÍCULAS CONTENDO CARBONO
Fonte: Bayer AG
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
DIOXINAS E FURANOS:
As dioxinas e os furanos são uma classe de substâncias 
cloradas produzidas involuntariamente em uma série de 
processos químicos, térmicos e biológicos. 
Essas substâncias estão entre as mais cancerígenas 
conhecidas, representando um risco muito grande à saúde e 
ao meio ambiente. 
Por isso, esses elementos estão listados na Convenção de 
Estocolomo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, e 
precisam ser medidos, monitorados e reduzidos 
drasticamente para eliminar os riscos à população. 
Fonte: http://dioxinas.upan.org.br/
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
FORMAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
O
O O
ClnCln ClnCln
Dioxinas 
(75 isômeros)
Furanos
(135 isômeros)
Entre 210 isômeros, apenas um (2,3,7,8 TCDD) é classificadocomo 
um possível carcinogênico.
Há estudos que conduzem a suspeitas sobre outros efeitos sobre 
os seres humanos: • Dermatológicos
• Imunológicos
• Reprodução
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
DIOXINAS E FURANOS:
Fonte: Dioxinas e furanos: origens e riscos João V de Assunção e Célia R Pesquero Departamento de Saúde 
Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. 
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
DIOXINAS E FURANOS:
Fonte: Assunção e 
Pesquero, 1999
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
DIOXINAS E FURANOS:
Fonte: http://dioxinas.upan.org.br/
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
FORMAÇÃO PRIMÁRIA
• TEMPERATURA DO FORNO > 800°C
• EVITAR PICOS DE CO
• EVITAR CONCENTRAÇÕES EXTREMAMENTE ELEVADAS DE OXIGÊNIO
FORMAÇÃO SECUNDÁRIA
• PRESENÇA DE CARBONO ORGÂNICO
• PRESENÇA DE CLORO
• PRESENÇA DE COBRE
• PRESENÇA DE EXCESSO DE OXIGÊNIO
• FAIXA DE TEMPERATUTA CRÍTICA (200 - 400°C)
• TEMPO DE RESIDÊNCIA NA TEMPERATURA CRÍTICA
DIOXINAS
INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
♦ TEMPO DE RESIDÊNCIA: 2 - 3 seg
♦ TEMPERATURA: c.a . 1200 °C
♦ RESFRIAMENTO RÁPIDO DOS GASES PARA MENOS DE 340 °C
♦ CONTROLE CONTÍNUO DE O2 E DE CO
♦ AMOSTRAGEM DESCONTÍNUA DE OUTROS PARÂMETROS NA CHAMINÉ
♦ DISPOSIÇÃO DAS CINZAS EM ATERRO INDUSTRIAL DUPLAMENTE 
PROTEGIDO (CLASSE I)
♦ TRATAMENTO DAS ÁGUAS DE LAVAGEM
CONDIÇÕES OPERACIONAIS PARA A QUEIMA DO ASCAREL
INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
MONITORAMENTO AMBIENTAL 
INEA 11% O2 CONAMA 7% O2
•Material Particulado
• SOx
• Cl2 / HCl
• NOx
• HF
• HC
• Dioxinas / Furanos
• PCB’s
50 mg/Nm3 70 mg/Nm3
100 mg/Nm3
50 mg/Nm3
560 mg/Nm3
2 mg/Nm3
-
1 ng/Nm3
1 µg/Nm3
280 mg/Nm3
80 mg/Nm3
560 mg/Nm3
5 mg/Nm3
-
0,5 ng/Nm3
-
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
TÉCNICA UTILIZADA PARA INCORPORAR OU 
APROVEITAR O CONTEÚDO ENERGÉTICO DO 
RESÍDUO EM PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE 
CIMENTO.
O RESÍDUO É UTILIZADO COMO MATÉRIA-PRIMA OU 
COMO COMBUSTÍVEL.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
RESÍDUOS ORGÂNICOS 
COM ALTO PODER 
CALORÍFICO E BAIXA 
CONCENTRAÇÃO DE 
COMPOSTOS 
INDESEJÁVEIS
ALTERNATIVA AMBIENTALMENTE ADEQUADA PARA 
ALGUNS RESÍDUOS PERIGOSOS
DESTRUIÇÃO 
TÉRMICA E 
APROVEITAMENTO 
ENERGÉTICO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Aproveitamento EnergAproveitamento Energéético do Restico do Resííduo duo 
PRINCIPAIS COMPONENTES DAS MATPRINCIPAIS COMPONENTES DAS MATÉÉRIAS PRIMASRIAS PRIMAS
ALTO CUSTO DE ENERGIA RELACIONADO COM ALTO CUSTO DE ENERGIA RELACIONADO COM 
O CONSUMO DE COMBUSTO CONSUMO DE COMBUSTÍÍVEIS VEIS –– 40%40%
ResResííduos com potencial energduos com potencial energéético e baixa tico e baixa 
concentraconcentraçção de componentes restritivos são ão de componentes restritivos são 
utilizados como combustutilizados como combustííveis alternativos ou veis alternativos ou 
secundsecundáários. rios. 
Faixa de substituiFaixa de substituiçção atual de combustão atual de combustííveis veis 
por respor resííduos de, aproximadamente, 30%.duos de, aproximadamente, 30%.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
RESÍDUOS COM 
OS COMPONENTES
DAS MATÉRIAS-PRIMAS
NA SUA COMPOSIÇÃO
ALTERNATIVA AMBIENTALMENTE ADEQUADA PARA 
ALGUNS RESÍDUOS PERIGOSOS
DESTRUIÇÃO 
TÉRMICA E 
APROVEITAMENTO 
MÁSSICO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Substituto de matSubstituto de matéériaria--primaprima
PRINCIPAIS COMPONENTES DAS MATPRINCIPAIS COMPONENTES DAS MATÉÉRIAS PRIMASRIAS PRIMAS
CCáálcio, Slcio, Síílica, Alumlica, Alumíínio e Ferronio e Ferro
ResResííduos contendo estes componentes são duos contendo estes componentes são 
prpróóprios, inicialmente, para substituir uma parcela prios, inicialmente, para substituir uma parcela 
de matde matéériasrias--primasprimas
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
FÁBRICA DE CIMENTO
INSUMOS:
- CALCÁRIO - CARBONATO DE CÁLCIO, LIBERANDO CAL.
- ARGILA - SÍLICA, ALUMINA E ÓXIDO DE FERRO.
PROCESSO:
- PREPARAÇÃO E MOAGEM DA FARINHA A PARTIR DO CALCÁRIO 
(80%) E DA ARGILA (20%).
- TRATAMENTO TÉRMICO NO FORNO ONDE O MATERIAL CRU 
(FARINHA) CIRCULA EM CONTRA CORRENTE COM OS GASES 
QUENTES ATÉ ATINGIR A TEMPERATURA DE 200°C
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
• Principais componentes do cimento
Componente Fórmula química Composição (%) 
Carbonato de cálcio CaCO3 80 
Dióxido de silício SiO2 15 
Óxido de alumínio Al2O3 3 
Óxido ferríco Fe2O3 2 
 
CO-PROCESSAMENTO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Fornos via seca 
respondem por 98% 
da produção de cimento 
no Brasil
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Esquema de linha de produção de cimento com forno seco
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Esquema de linha de produção de cimento com forno seco
Etapa 1: extração das matérias-primas:
As matérias-primas necessárias para a produção de 
cimento (carbonato de cálcio, sílica, alumínio e 
minério de ferro) são geralmente extraídas de rocha 
calcária ou argila. Essas matérias-primas são 
extraídas das minas por meio de detonações. Em 
seguida, são trituradas e transportadas para a fábrica 
onde são armazenadas e homogeneizadas.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Esquema de linha de produção de cimento com forno seco
Etapa 2: Fabricação do cru:
A moagem das matérias-primas produz um pó fino 
conhecido como cru que é pré-aquecido e em 
seguida introduzido em um forno rotativo. O material 
é aquecido a uma temperatura de 1.500º C (por uma 
chama de 2.000º C), antes de ser subitamente 
resfriado por rajadas de ar. Assim é produzido o 
clínquer, o material básico necessário para a 
produção de todos os tipos de cimento.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Esquema de linha de produção de cimento com forno seco
Etapa 3: Moagem de cimento e expedição: 
Uma pequena quantidade de gesso (3 a 5%) é
adicionada ao clínquer para regular como o cimento 
endurecerá (tempo de pega). A mistura é então 
finamente moída para se obter o "cimento puro". 
Durante esta fase, diferentes materiais mineirais, 
chamados de "adições", podem ser adicionados 
além do gesso. Usadas em variadas proporções, 
essas adições, que podem ser recursos naturais ou 
sub-produtos industriais, dão ao cimento 
propriedades específicas como redução de 
impermeabilidade, resistência a sulfatos e ambientes 
agressivos, melhor desempenho e acabamento. 
Finalmente, o cimento é armazenado em silos antes 
de ser enviado a granel ou em sacos para os pontos 
de consumo.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Chama no interior do forno rotativo de produção de clínquer
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
O QUE PODE SER COPROCESSADO?
– Substâncias oleosas
– Catalisadores usados
– Resinas, colas e látex
– Pneus e emborrachados
– Madeiras contaminadas
– Solventes
– Borrachas
– Lodos de tratamentos
– Terras contaminadas
– Papel
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
O QUE NÃO PODE SER COPROCESSADO?
• Resíduos hospitalares
• Lixo doméstico
• Explosivos
• Elementos radioativos
• Pesticidas
• Fossas orgânicas
• Materiais com alto teor de metais pesados
• Materiais com alto teor de Cloro 
• Materiais com baixo podercalorífico ou sem contribuição na 
substituição de matérias primas
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
CO-PROCESSAMENTO
AMBIENTE ALCALINO (EFEITO “SCRUBBING”) - O FORTE MEIO 
ALCALINO NA ATMOSFERA INTERNA DO FORNO POSSIBILITA 
ALGUMA RETENÇÃO DE METAIS PESADOS E 
NEUTRALIZAÇÃO DE GASES ÁCIDOS.
“DEPÓSITO SEGURO” - OS COMPOSTOS SÃO 
INCORPORADOS À MATRIZ DO CLINQUER E FICAM 
INERTIZADOS E INSOLÚVEIS.
ALTAS TEMPERATURAS - TEMPERATURAS EM TORNO DE 
ATÉ 2000°C PROPORCIONAM CONDIÇÕES ONDE AS 
LIGAÇÕES ORGÂNICAS MAIS ESTÁVEIS SÃO DESTRUÍDAS.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
ART. 1O - ESTA RESOLUÇÃO SE APLICA AO LICENCIAMENTO DE FORNOS 
ROTATIVOS DE PRODUÇÃO DE CLÍNQUER PARA ATIVIDADES DE CO-
PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS, EXCETUANDO-SE OS RESÍDUOS 
DOMICILIARES BRUTOS, OS DE SERVIÇO DE SAÚDE, OS RADIOATIVOS, 
EXPLOSIVOS, ORGANOCLORADOS, AGROTÓXICOS E AFINS.
RESOLUÇÃO CONAMA 264/1999
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Coprocessamento: 
limites máximos de emissão 
(Resolução Conama 264, 26/08/1999)
5 mg/Nm3HF
1,8 kg/h ou 99% reduçãoHCl
0,10 mg/Nm3Tl
0,10 mg/Nm3Cd
0,35 mg/Nm3Pb
0,05 mg/Nm3Hg
Limite máximo de emissãoPoluente
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
-0,50 ng/Nm330 ng/Nm3Dioxinas e Furanos Totais
560mg/Nm3560mg/Nm3180 ppmÓxidos de Nitrogênio
5mg/Nm35mg/Nm3-Ácido Fluorídrico
1,8Kg/h ou 99% de remoção para resíduos com 
mais de 0,5% de Cl
80mg/Nm3 até 1,8Kg/h95% redução ou 25 
ppm
Ácido Clorídrico
100ppm100ppm100 ppmMonóxido de Carbono
280mg/Nm3280mg/Nm380% redução ou 30 
ppm
Dióxido de Enxofre
70mg/Nm370mg/Nm334 mg/Nm3Material particulado
Padrões NBR 11.175Padrões CONAMA 316 
(2002)
Padrões EPAPOLUENTE
Resolução Conama 316 (29/10/02) – Dispõe sobre procedimentos e critérios 
para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos (limite 
para dioxina e furano)
Coprocessamento
(Resolução conama 264, 26/08/1999)
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
COMPARAÇÃO DOS PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA 
DE UM FORNO DE CIMENTO E O INCINERADOR 
CONVENCIONAL
DestruiDestruiçção tão téérmica rmica 
Altas temperaturas e longo tempo de residênciaAltas temperaturas e longo tempo de residência
IncineradorIncinerador
Temperatura do forno Temperatura do forno -- de 660de 660ºº C a 1.265C a 1.265ººC C 
Tempo de Residência Tempo de Residência -- 2 segundos2 segundos
Forno de CimentoForno de Cimento
Temperatura do forno Temperatura do forno –– na ordem de 1500 na ordem de 1500 ººC C 
Tempo de Residência Tempo de Residência -- 6 segundos6 segundos
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
DestruiDestruiçção tão téérmica rmica 
Ambiente naturalmente alcalinoAmbiente naturalmente alcalino
IncineradorIncinerador
GeraGeraçção de gases ão de gases áácidos cidos HClHCl e SOe SO22 –– Necessita de lavadores de Necessita de lavadores de 
gasesgases
Fornos de CimentoFornos de Cimento
Ambiente naturalmente alcalino Ambiente naturalmente alcalino –– CalcinaCalcinaçção do ão do 
Carbonato de cCarbonato de cáálcio para a produlcio para a produçção de cal ão de cal ––
NeutralizaNeutralizaçção dos gases ão dos gases áácidos na zona de calcinacidos na zona de calcinaççãoão
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Inertização das cinzas
DestruiDestruiçção tão téérmica rmica 
IncineradorIncinerador
gera cinzas e escgera cinzas e escóória que devem ser adequadamente ria que devem ser adequadamente 
destinadasdestinadas
Fornos de cimentoFornos de cimento
as cinzas produzidas são incorporadas/as cinzas produzidas são incorporadas/inertizadasinertizadas na matriz do na matriz do 
cimento, na forma de cimento, na forma de óóxidosxidos
COPROCESSAMENTO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
COPROCESSAMENTO
PONTOS FORTES
• CUSTO MAIS BAIXO.
• REAPROVEITAMENTO 
DOS RESÍDUOS ( MATERIAL 
OU ENERGÉTICO).
PONTOS FRACOS
• APLICÁVEL SOMENTE PARA 
ALGUNS RESÍDUOS. 
• CONTROLE DAS EMISSÕES 
GASOSAS.
• RISCO DE CONTAMINAÇÃO 
DOS PRODUTOS E 
OPERADORES
• DIFÍCL CARACTERIZAÇÃO DE
POLUENTES CRÍTICOS
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
INCINERAÇÃO
PONTOS FORTES
• POSSIBILIDADE DE 
INCINERAÇÃO DE 
RESÍDUOS 
ORGANOCLORADOS E 
ORGANOFOSFORADOS.
• EFETIVO CONTROLE DAS 
EMISSÕES DE GASES.
• DISPOSIÇÃO DE CINZAS 
EM ATERROS 
CLASSIFICADOS.
• ESPECIALIZAÇÃO DOS 
FUNCIONÁRIOS. 
PONTOS FRACOS
• CUSTO ELEVADO. 
• CAPACIDADE MENOR DE 
QUEIMA.
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
A INCINERAÇÃO E O COPROCESSAMENTO SÃO ALTERNATIVAS 
COMPLEMENTARES MUITO MAIS DO QUE CONCORRENTES.
É FUNDAMENTAL A AVALIAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PERTINENTE, 
ASSIM COMO, DA LICENÇA DE OPERAÇÃO DA UNIDADE DE 
TRATAMENTO, ANTES DE SE OPTAR POR UMA OU OUTRA 
ALTERNATIVA.
ANTES MESMO DA ANÁLISE ESTRITAMENTE TÉCNICA , DEVEM-
SE OBSERVAR AS LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA LEI PARA 
CADA CASO.
CONCLUSÕES
COPROCESSAMENTO X INCINERAÇÃO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Exercícios:
1. Em que consiste a incineração e quais são os seus objetivos?
2. Cite e explique as finalidades dos dois principais sistemas que 
compõem um incinerador.
3. Explique a importância da temperatura no sistema de combustão de
um incinerador.
4. Explique o motivo de realizar-se um resfriamento abrupto no 
acondicionamento dos gases no processo de incineração.
5. Explique a aplicação do forno estático no processo de incineração.
6. Cite os tipos e explique a destinação dos resíduos que são gerados 
no processo de incineração.
7. Qual a função do combustível auxiliar no processo de incineração? 
Qual a sua relação com o poder calorífico dos resíduos a serem 
incinerados?
8. Explique o motivo da incineração de resíduos seguindo um 
cardápio (“menu”) de queima. Quais são alguns dos critérios na sua 
elaboração?
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Exercícios:
9. Explique a importância dos controles de CO e O2 no forno rotativo e 
na câmara de pós-combustão.
10. Explique a diferença entre controle contínuo e controle descontínuo 
das emissões atmosféricas de um incinerador.
11. Descreva e explique o motivo da realização periódica do “teste de 
queima” em um incinerador.
12. Quais as conclusões podem ser tiradas no gráfico abaixo, em 
relação ao processo de incineração?
2 4 6 8 10
0,2
0,1
1,0
0,5
2,0
5,0
10,0
1050°C
1000°C
950°C
900°C
850°C
800°C
Tempo de 
Queima (seg)
Diâmetro da 
particula (µµµµm)
TEMPO DE QUEIMA PARA PARTÍCULAS CONTENDO CARBONO
Gestão de Resíduos e Efluentes Industriais
Exercícios:
13. Relacione a toxicidade da substância 2,3,7,8-tetraclorodibenzodioxina
com a nicotina. 
14. Explique o significado o TEF – fator de equivalência de toxicidade 
utilizado pela NATO para as dioxinas e furanos.
15. Cite as condições primárias de formação de dioxinas e furanos no 
processo de incineração.
16. Explique o fundamento da técnica de co-processamento. 
17. Dê exemplos (pelo menos 5) de resíduos que podem ser co-
processados.
18. Dê exemplos (pelo menos 5) de resíduos que não podem ser co-
processados e podem ser incinerados.
19. Compare as técnicas de coprocessamento e de incineração.
20. Explique qual é a destinação das cinzas resíduo utilizado como matéria-
prima no processo de co-processamento. E no processo de 
incineração?

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