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Caso Concreto 7 Prática Simulada II

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 99º VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELEM-PB
Processo nº: 
	BANCO DINHEIRO BOM S/A, Pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o nº, estabelecida no endereço, vem respeitosamente, por seu advogado abaixo assinado (endereço completo), com endereço eletrônico, para onde requer que sejam remetidas as futuras intimações, propor a presente
CONTESTAÇÃO
em face de PAULA, já qualificada nos autos em epigrafe, onde segue os fatos e fundamentos:
I - DOS FATOS E FUNDAMENTOS
	a) do contrato de trabalho:	
		A RECLAMANTE era ex-funcionária do Reclamado, onde exercia suas atividades como gerente geral 4 anos.
		Sua agência atendia apenas a clientes pessoa física. A RECLAMANTE era responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do desempenho comercial desta. Na respectiva reclamação já ajuizada a RECLAMANTE aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais, além da gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo.
		Todavia, alega em sua inicial que, seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia R$ 10.000,00 (Dez Mil Reais ), sendo de outra agência do Reclamado.
		Assim, a RECLAMANTE requer as diferenças salariais, horas extras e reflexos, pois afirma que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo de 20 minutos. 
		A RECLAMANTE narra que foi transferida de São Paulo para Belém, após 1 (Um) ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família.
		Aduz também, a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde, que assinou no ato da admissão, tendo indicado dependentes.
		Por seu turno, ainda está requerendo a multa do 477 da CLT, pois só foi notificada da dispensa pelo Reclamado no dia 06-02-2017, uma segunda-feira, e o Reclamado só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 16-02-2017. 
	b) do não cabimento da diferença salarial:
		Diante do mérito deste tópico, podemos citar o Art. 461 da CLT, onde pode ser verificado que a RECLAMANTE não faz jus a equiparação salarial.
		Nas palavras de Mauricio Godinho, podemos esclarecer o que é equiparação salarial:
Equiparação salarial é a figura jurídica mediante a qual se assegura ao trabalhador idêntico salário ao do colega perante o qual tenha exercido simultaneamente, função idêntica na mesma localidade, para o mesmo empregador. A esse colega dá-se o nome de paradigma (ou espelho) e ao trabalhador interessado na equalização confere-se o epíteto de equiparado. Designam-se, ainda, ambos pelas expressões paragonados e comparados (DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 7ª edição. São Paulo: Ltr, 2008, p. 789).
		Por oportuno, salienta-se o prescrito na Sumula 06 do TST, no seu Inciso VI alínea b, o RECLAMADO, vem apresentar um fato extintivo do direito do RECLAMANTE. 
		No que tange aos argumentos levantados, o “paradigma” indicado é gerente de agência de grande porte, atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. Portanto, diferente da função da RECLAMANTE que prestava serviço em uma pequena agência que atendia apenas pessoas físicas. 	
		Deste modo, o Art. 461 da CLT, prevê claramente uma equiparação salarial, caso haja uma idêntica prestação nos serviços, o que no caso em tela, esta incoerente com o dispositivo normativo, pelo que improcede tal pedido.
	
	c) do não cabimento das horas extras: 
		Diante do art. 62, Inciso II e, § único da CLT, a RECLAMANTE não pode requerer tal benefício, tendo em vista que o dispositivo mencionado exclui o cargo em que obrava, do direito a tal benefício. Destarte, também recebia gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo
		Assim, podemos citar tal julgado do TST, onde não se conhece a solicitação do RECLAMANTE em relação ao cabimento das horas extraordinárias:
TST - EMBARGOS DECLARATORIOS RECURSO DE REVISTA E-ED-RR 1034008820075040732 103400-88.2007.5.04.0732 (TST)
Data de publicação: 12/04/2013
Ementa: GERENTE GERAL DE AGÊNCIA BANCÁRIA. HORAS
EXTRAS. 1. A pretensão da parte de travar discussão em torno do procedimento adotado pela Turma, buscando, por via transversa, a revisão do conhecimento do Recurso de Revista, e não a uniformização de jurisprudência sobre a questão de mérito, não se insere nas hipóteses de cabimento do Recurso de Embargos. 2. Nos termos da Súmula 287 desta Corte são indevidas horas extras para o gerente geral de agência bancária. Recurso de Embargos de que não se conhece.
		Nesse diapasão, improcede o pedido do RECLAMANTE.
	d) do não cabimento de adicional de transferência:
		Conforme Orientação Jurisprudencial 113, SDI-1 TST e o Art. 469, § 3º da CLT, a RECLAMANTE, não se enquadra para receber o adicional de transferência, pois como ensina o respectivo diploma jurisprudencial e a norma celetista, para recebimento da transferência deve- se caracterizar como provisória. Como foi narrado na inicial, a RECLAMANTE foi transferido para Belém, onde fixou residência permanente.
		O julgado abaixo, ratifica a tese de que não é devido o benefício questionado pela RECLAMANTE.
TST - EMBARGOS DECLARATORIOS RECURSO DE REVISTA E-ED-RR 966100832002509 966100-83.2002.5.09.0900 (TST) 
Data de publicação: 06/02/2009.
Ementa: RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA LEI N.º 11.496 /2007. 1) PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Não se configura a hipótese de carência de fundamentação quando presentes os motivos de fato e de direito que justificam o enquadramento jurídico dado à matéria. 2) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. O Tribunal Regional contrariou - em tese - a diretriz da Orientação Jurisprudencial n.º 113 da SBDI-1, ao desprezar o caráter provisório da transferência como pressuposto apto a legitimar o pagamento do respectivo adicional. Some-se a isso o fato de que a moldura fática, que se extrai dos fatos revelados pela última instância de prova, converge com a pretensão recursal. Tem-se, com efeito, que, além de ter havido apenas duas transferências durante o pacto laboral - que durou mais de 16 anos -, o RECLAMANTE permaneceu durante vasto tempo em São Pedro do Ivaí, período objeto da condenação. Vale dizer, quase doze anos, tempo suficiente para, na esteira das decisões prolatadas por esta Corte, configurar o caráter definitivo a justificar o não pagamento do adicional de transferência. Embargos conhecidos e providos.
		
		Nesse sentido, é improcedente o pedido do RECLAMANTE.
	e) da impossibilidade de devolução dos descontos atinentes ao plano de saúde:
		Um dos assuntos levantados pela RECLAMANTE é a possibilidade do RECLAMADO, realizar a devolução dos valores referente ao plano de saúde. 
		Diante do art., 462 da CLT, não existe a possibilidade de realizar a devolução, pois tal benefício foi com a anuência da RECLAMANTE e no momento de sua contratação. Sendo que, a partir e então, junto com seus dependentes, fazia jus ao benefício do plano de saúde. 
		Sendo assim, não pode prosperar tal argumento da RECLAMANTE.
		Em relação ao entendimento da sumula 342 do TST, não afronta tal dispositivo acima, pois deve ficar realmente comprovado a existência de “coação”. Corroborando tal assertiva, pode ser demonstrado que a RECLAMANTE, em nenhum momento em que laborou para a RECLAMADA, fez algum pedido para não sofrer os referidos descontos. 
		Da mesma forma o entendimento da OJ 160, SDI-1 TST, deve ficar demonstrado o vício de vontade, sendo assim, em nenhum momento do caso narrado pela RECLAMANTE, ficou demonstrado tal situação.
		Assim, no caso em análise, não está demonstrado nenhum tipo de coação, sendo estéril a alegação da inicial.
		Para ratificar a tese do RECLAMADO, podemos citar o julgado abaixo:
	
TST - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR 1161005220085040121 116100-52.2008.5.04.0121 (TST)
Data de publicação: 26/08/2011
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. HORASEXTRAS. DEVOLUÇÃO DE DESCONTOS A TÍTULO DE PLANO DE SAÚDE. DESPACHO MANTIDOPOR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO DESPROVIDO. A despeito das razões expostas pela parte agravante, merece ser mantido o despacho que negou seguimento ao Recurso de Revista, pois subsistentes os seus fundamentos. Agravo conhecido e desprovido.
	f) da ausência da multa do art. 477, § 6º, CLT:
	
		Mais uma tese levantada pela RECLAMANTE, que alude ao atraso no pagamento das verbas rescisórias. 
		A norma positiva prescreve que se exclui o primeiro dia e acrescentar no final o prazo inicial de tal requerimento, consoante a OJ 162, SDI-1 TST que remete ao art. 132 do C.C/02. Sendo assim, o RECLAMADO está em dia com tal período. Não merece ser deferido tal argumento, pois não houve atenção por parte da RECLAMANTE neste detalhe.
	g) dos juros de mora:
		Em caso de eventual condenação do RECLAMADO, tese que é alçada por mera hipótese, que seja aplicado o disposto no art. 883 CLT.
	h) das deduções e compensações dos pedidos:
		Por fim, o RECLAMADO levanta que sejam deduzidos, em eventual condenação, dos valores pagos INSS e IRPF, bem como a compensação dos valores já pagos, em iguais títulos conforme inteligência das Súmulas 182 e 48 do TST.
II – DOS PEDIDOS	
	Diante o exposto, requer o Autor a Vossa Excelência:
	1. A improcedência dos pedidos da RECLAMANTE tendo em vista que no caso em tela:
		a) não cabe a diferença salarial conforme art. 462 e Súmula 06 do TST;
		b) não assiste o pagamento das horas extras conforme art. 62, II, § único da CLT e Sumula 287 do TST;
		c) não cabe o adicional de transferência pleiteado conforme o art. 469 § 3º da CLT e OJ 113, SDI-1 do TST;
		d) inexiste a possibilidade dos descontos referentes ao plano de saúde com fundamento no art. 462 da CLT, Súmula 342 do TST e OJ 160, SDI-1 do TST;
		e) não cabe a multa do Art. 477 da CLT, por estar dentro do prazo de 10 dias e OJ 162, SDI-1 da CLT.
	2. O conhecimento das deduções já pagas pelo RECLAMANTE com fulcro nas Súmulas 182 e 48 do TST;
	3. que a RECLAMANTE seja condenada ao pagamento das custas processuais.
III – DAS PROVAS
	Protesta, ainda, a produção de todos os meios de prova em direito admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal da RECLAMANTE, sob pena de confissão. 
	Nestes Termos,
	Pede deferimento. 
BELÉM/PA, 04 de abril de 2018. 
JADERSON HIGINO - Advogado
OAB 201401032851

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