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Sistema Renal Funções -Produção da urina e eliminação de restos metabólicos e substâncias tóxicas ao organismo tais como uréia (aminoácidos), ácido úrico (ácidos nucléicos), creatinina (creatina muscular) etc; -Controle do equilíbrio ácido-basico; -Controle da osmolaridade plasmática e do volume de líquidos corporais ; -Regulação do equilíbrio eletrolítico; -Produção e secreção de hormônios (eritropoetina, calcitriol, renina); -Regulação da pressão arterial - Gliconeogênese Componentes do Sistema Renal Anatomia Macroscópica do Rim Néfron – unidade funcional do rim -1, 2 milhões de néfrons em cada rim Sistema Porta Irrigação sanguínea do rim – 25% do Débito cardíaco (1,25 l/min) • Néfrons corticais – Glomérulos no córtex externo e alças de Henle curtas • Néfrons justamedulares – Glomérulos na parte interna do córtex e alças de Henle longas A capacidade de um animal em concentrar urina está relacionada ao comprimento das alças de Henle em seus rins => Ex.: rato canguru Dois tipos de Néfrons Capilares Peritubulares A)Bexiga contém pouca urina. Não há ativação do reflexo de estiramento. Esfíncter externo está sob controle do encéfalo por estimulação tônica de seus neurônios motores. B)Aumenta o volume de urina na bexiga. Ocorre a ativação dos receptores de estiramento da parede vesical, que excitam a inervação parassimpática da bexiga (contração da musculatura vesical – feedback positivo). Esfíncter externo ainda está fechado, mas há sensação da necessidade de urinar. C)Controle voluntário do esvaziamento vesical – encéfalo pára de enviar estimulação tônica para a contração do esfíncter externo. Aumenta a estimulação parassimpática (contração da musculatura vesical) e a urina é expelida. Isso é auxiliado pelo reflexo de estiramento com inibição da contração do esfíncter externo pela presença da urina na uretra. REFLEXO DA MICÇÃO FILTRAÇÃO GLOMERULAR Taxa de filtraçao glomerular (vol filtrado por unidade de tempo) 180 l/dia ou 125ml/min ! O fluxo sanguíneo renal (FSR) é maior que o exigido por questões metabólicas AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL As ações coordenadas dos vários segmentos dos néfrons determinam a quantidade de substâncias que aparecem na urina. Isso representa 3 processos gerais: 1)Filtração Glomerular. 2)Reabsorção da substância do líquido tubular de volta para o sangue. 3)A secreção da substância do sangue para o líquido tubular (em alguns casos). AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL Depuração Renal (clearance) É a base teórica da medida de intensidade de filtração glomerular (FG) e do fluxo sangüíneo renal (FSR). O conceito de depuração baseia-se no “princípio de Fick” (balanço de massa ou conservação de massa). ENTRADA DE X = SAÍDA DE X ENTRADA DE X – através da artéria renal SAÍDA DE X – através da veia renal e do ureter Para qualquer substância que não é sintetizada, ou metabolizada, a quantidade que entra nos rins é igual à quantidade que sai na urina somada à quantidade que sai dos rins, no sangue venoso renal. PA x FRPA = (PV x FRPV) + (U x V) PA = concentração da substância X no plasma da artéria renal PV = concentração da substância X no plasma da veia renal FRPA = intensidade do fluxo renal de plasma da artéria renal FRPV = intensidade do fluxo renal de plasma da veia renal U = concentração da substância X na urina V = intensidade do fluxo de urina O princípio de depuração renal enfatiza a função excretora do rim, considerando apenas a intensidade com que a substância é excretada na urina, e não sua intensidade de retorno para a circulação sistêmica, pela veia renal. PA ~ U x V Conceito de Clearence (Depuração renal) “A depuração renal de uma substância é o volume de plasma que é completamente depurado da substância pelos rins por unidade de tempo (min).” C= Conc. Urinária x fluxo urinário Conc. Plasma Calcule o Clearence: Substância X: Concentração Plasmática: 5 mg/ml Concentração na urina: 200 mg/ml Fluxo urinário: 1ml/min Substância Y: Concentração Plasmática: 150 mg/ml Concentração na urina: 100 mg/ml Fluxo urinário: 1ml/min - Importância do clearence de creatinina avaliação da função renal (TFG) FUNÇÃO TUBULAR DIFERENÇAS MORFOLÓGICAS DAS CÉLULAS EPITELIAIS AO LONGO DO NÉFRON O CORPÚSCULO RENAL – Filtração Glomerular Barreira de filtração 1) endotélio do capilar - fenestrado 2) membrana Basal 3) camada de células epiteliais (podócitos) que circunda a superfície externa da membrana basal capilar – fendas de filtração Células e proteínas (principalmente as com carga negativa) não são filtradas Síndrome nefrótica – aumento de permeabilidade a proteínas. Membrana Basal gel de glicoproteínas e proteoglicanos Células Mesangiais -Suporte estrutural para os capilares --Atividade fagocítica --Capacidade contrátil influência na filtração glomerular por alteração na área de superfície ou fluxo sanguíneo capilar. Qualquer substância que penetra o rim não é completamente filtrada. Fração de Filtração = FG (0,15 a 0,20) FRP 20% para água e substâncias livremente filtradas Determinantes da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) TFG= Kf x Diferença de pressão resultante Kf (coeficiente de filtração) = permeabilidade hidráulica x área de superfície Exemplo de alteração no Kf: -Contração das Células Mesangiais Diferença de pressão resultante Forças de Starling Fatores que alteram a filtração glomerular (Kf e Forças de Starling): - Mudanças na pressão hidrostática do capilar PA : Pressão hidrostática no capilar e FG com diurese (e natriurese) de pressão; PA : Pressão hidrostática no capilar e FG com diurese; - Pressão na capsula de Bowman (cálculos renais) FG. Mecanismos relacionados as arteríolas Funcionam como um “esfíncter” controlando a passagem do sangue pelos capilares glomerulares. Arteríola Aferente Contração: do fluxo no capilar, Pressão hidrostática no capilar, FG e FSR (Fluxo Sanguíneo Renal) . Relaxamento: do fluxo no capilar, Pressão hidrostática no capilar, FG FSR (Fluxo Sanguíneo Renal) Arteríola eferente: Contração tem uma ação bifásica: 1) Pressão hidrostática no capilar por represar o sangue gerando um FG. 2) Se este represamento continuar por muito tempo, haverá um da pressão oncótica no capilar e FG. 3) Para o FSR será sempre visto uma redução. Dilatação: FG e FSR Mecanismo de Auto Regulação Renal Mecanismo que evita grandes variações na FG durante variações de PA. 1,5 l/dia de urina (100mmg Hg), se aumentasse para 125 mmHg 46,5 l dia, se não houvesse o mecanismo de auto regulação renal. 1- Resposta miogênica 2- Mecanismo de feedback da mácula densa Aparelho Justaglomerular Aferentes: SN simpatico (vasoconstrição) Bradicinina e prostaglandina (vasodilatação) proteção Renina (?), óxido nítrico (vasodilatação) Mec. Auto regulação renal. Eferente: Angiotensina II (vasoconstrição), em concentrações maiores ação também sobre a aferente. Substâncias que atuam nas arteríolas A redução da FG e a ativação do sistema renina-angiotensina Sistema Renina-Angiotensina Sistema Renina-Angiotensina Células granulares da arteríola aferente Controle neural dos rins • Não há inervação parassimpática • Inervaçao Simpática (plexo celíaco) • Efeitos da estimulação simpática: -As catecolaminas circulantes e as liberadas pelos neurônios simpáticos causam vasoconstrição da arteriola aferente=> diminuem a FG -Estimulam a produção de renina pelascélulas do aparelho justaglomerulares -Aumenta a reabsorção de NaCl no tubulo proximal, na alça de Henle, no tubulo distal e no ducto coletor Reabsorção e secreção no tubulo proximal Reabsorção -60 a 70% da água; -60 a 70% dos íons sódio e cloreto -99% de substratos orgânicos (glicose aminoácidos, vitaminas) -Proteínas por pinocitose Mecanismos Porção Inicial -Co-transporte Na+-Substratos orgânicos -Contra-transporte Na+ - H+ Porção Final -Contra-transporte Na+ - H+ -Reabsorção trans e paracelular de Cl- -Reabsorção de Na+ paracelular Água -Segue o gradiente osmótico - Alguns íons são reabsorvidos em conjunto (arraste pelo solvente). Secreção -H+, creatinina, drogas e toxinas Interação medicamentosa: -Cimetidina e procainamida -Penicilina e hipuratos Secreção de Cátions e Ânions Diuréticos osmóticos (manitol) – Tub Proximal Alça de Henle Alça de Henle Diuréticos de Alça (furosemida) – Alça de Henle Reabsorção e secreção no Túbulo Distal e Ducto Coletor Responsável pelo ajuste final da urina Reabsorção de Na e Cl, HCO3 Secreção de K, e H e HCO3 => importantes no ajuste do equilíbrio ácido básico Estes segmentos são muito sensíveis a 2 hormônios importantes: aldosterona e ADH. Aldosterona Promove aumento da reabsorção de Na+ (e conseqüentemente de água) e secreção de K+, principalmente nos túbulos distais e coletores. Liberado pela adrenal na presença de angiotensina 2 e altas concentrações plasmáticas de K+. Mecanismo de Ação da Aldosterona AÇÃO DO ADH Aquaporinas Diuréticos tiazídicos (clortiazida) – Tub Distal Diuréticos poupadores de K+ (amiloride) – Tub Coletor Resumo da função glomerular Resumo da função renal CONTROLE DA OSMOLARIDADE E DO VOLUME DOS LÍQUIDOS CORPORAIS Rins controlam a quantidade de água e sais no organismo, portanto o volume e osmolaridade plasmática. CONTROLE DA OSMOLARIDADE E DO VOLUME DOS LÍQUIDOS CORPORAIS Porque o Na+ é tão importante para a osmolaridade plasmática? - Conceito de osmol eficaz. Dois outros pontos importantes: Osmolaridade plasmática controle da água para diluir ou concentrar a quantidade de sódio. Volume plasmático o controle da quantidade de Na+ e da água. Controle da osmolaridade plasmática: mecanismos de concentração da urina Liberação do Hormônio Anti-diurético (ADH) ou vasopressina Mecanismo de liberação do ADH: osmolaridade plasmática osmoceptores (órgão subfornical) o hipotálamo paraventricular e supraóptico (ADH) liberação pela neurohipófise. AÇÃO DO ADH Diabetes insipidus pouca liberação de ADH Hormônio anti-diurético (ADH): Mecanismo de ação: Túbulos coletores (receptores V2) aumentando a quantidade de canais para água (aquaporinas) e aumentando a reabsorção de água. - PA e o volume (receptores sensíveis a estiramento – baroceptores) capazes de perceber variações na pressão mandando a informação para tronco cerebral (pelo vago e glossofaríngeo) induzindo a liberação de ADH. Outras substâncias: Angiotensina 2 (estimula), o álcool, e o ANP (inibem). Outros estímulos que induzem a liberação de ADH RESUMO DA LIBERAÇÃO DO ADH Mecanismo de contracorrente renal Garante a Hiperosmolaridade no líquido intersticial A Alça de Henle e o mecanismo multiplicador de contracorrente Troca por contracorrente nos vasos retos Importante para que o fluxo de sangue na medula não dissipe a hiperosmolaridade medular 4. Circulação da Uréia Uréia é reabsorvida no túbulo coletor Sua absorção ocorre por dois motivos: os outros segmentos renais são pouco permeáveis a sua absorção gerando um gradiente osmótico favorável a sua saída do túbulo coletor ADH aumenta a permeabilidade a uréia neste segmento renal. Uréia Controle do volume de líquidos corporais e da Pressão Arterial (PA) Fator Chave controle da concentração de sódio plasmática. Três mecanismos principais: - Sistema Simpático - Sistema renina angiotensina-aldosterona - Hormônio Anti-diurético (ADH) Redução do volume plasmático: Fator Chave controle da concentração de sódio plasmática. Redução do volume plasmático: 1. Ativação do sistema simpático com contração das arteríola aferente a FG. 2. Liberação do ADH, promovido pela de volume sanguíneo e PA. 3. da reabsorção de sódio no túbulo proximal (efeito simpático e angiotensina 2). 4. Secreção da renina e angiotensina. 5. Secreção de aldosterona com reabsorção de sódio no túbulo distal. Angiotensina 2 possui vários efeitos importantes, os principais são: 1. Vasoconstrição periférica aumentando a pressão arterial 2. Aumento da reabsorção de sódio no túbulo proximal 3. Induz a liberação de ADH e de aldosterona (adrenal). 4. Inibição da secreção de ANP e urodilatina 5. Sede Vias de transformação do Angiotensinogênio Aumento do volume plasmático: Aumento do volume plasmático: da PH no capilar com da FG da PA levando a renina, angiotensina 2, aldosterona e ADH Produção de ANP (células atrias): FG (relaxamento da arteríola aferente) da reabsorção de sódio no coletor (urodilatina tb) a liberação de ADH renina e angiotensina Resposta ao aumento do volume sanguíneo – secreção de ANP
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