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METODOLOGIA DA HIDROGINÁSTICA
Aula 04: Propriedades físicas aplicadas
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
Metodologia da hidroginástica
Temas desta aula
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
Metodologia da hidroginástica
Refração
No início dos anos de 1600, Willebrord Snell estudou esse fenômeno, que para a hidroginástica tem implicações diretas na visualização dos movimentos e da postura corporal.
Quando a luz passa do meio terrestre para o meio aquático, ela sofre uma mudança justamente na região de fronteira entre os meios, ou seja, na superfície da água. A refração é o deslocamento ou a mudança no vetor da luz, e é responsável pela aparente menor profundidade de uma piscina quando estamos olhando-a da borda. 
Ao olharmos de fora da piscina objetos imersos, nossa visão é ligeiramente distorcida, e à medida em que a distância entre nós e o objeto aumenta, a nitidez na visualização diminui.
Para o profissional de exercícios aquáticos, é importante se deslocar pela piscina para poder observar melhor todos os seus alunos, tanto na execução dos movimentos, como na postura corporal adotada.
Lembre-se: quanto maior for a sua distância, estando na borda, do seu aluno dentro da piscina, maior será a diferença entre o movimento real e o que está sendo por você visualizado.
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
Metodologia da hidroginástica
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Calor específico
Calor específico é conceituado como “a quantidade de energia necessária para aumentar 1 grama de água de 1 grau C” (BATES & HANSON, 1998, p. 28). Ao ler esse conceito, você pode se perguntar o que ele representa na prática da hidroginástica, correto?
Pois bem, a água tem um calor específico milhares de vezes mais significativo do que o ar, e isso faz com que a perda de calor, no meio aquático, seja 25 vezes mais rápida; logo é ótima condutora de calor.	
Quando você entra na água da piscina, no mar ou em alguma lagoa com temperatura inferior a do seu corpo, sentirá frio rapidamente se não se movimentar; por outro lado, a imersão em banheiras de água quente é confortável com relação à sensação térmica de frio e causa relaxamento, pois os vasos sanguíneos se dilatam para facilitar a perda de calor, dificultada pela temperatura do meio aquático.
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
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Calor específico
O profissional de hidroginástica deve estar atento à temperatura da piscina, já que o exercício moderado a intenso gera um significativo aumento de calor corporal que precisa ser dissipado. O alto calor específico da água é uma vantagem para a termorregulação quando a temperatura dela é bem inferior à do corpo, mas se a água estiver muito fria, essa propriedade física torna-se uma desvantagem para aulas de hidroginástica.
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
Metodologia da hidroginástica
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Calor específico
Para o exercício aquático na posição vertical, a AEA (2014) recomenda que a temperatura da água esteja entre 28 e 30 graus C, pois, nessa faixa, os mecanismos prevalentes de termorregulação no meio aquático, a condução e a convecção, funcionam com facilidade. A evaporação, principal forma de perda de calor corporal, no exercício terrestre, acontece na hidroginástica principalmente pela cabeça, que não está em contato com a água, e também pelas outras áreas descobertas (como pescoço e ombros, por exemplo), mas não é a maneira predominante de ajuste da temperatura corporal na atividade. 	
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
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Calor específico
A condução se dá pelo simples contato da água com o corpo, sem movimento; a convecção se relaciona à perda de calor pelo movimento do líquido contra o corpo. Desde que a temperatura da água seja menor, obedecendo às recomendações da AEA, esses mecanismos funcionarão eficientemente e os alunos não sentirão frio, nem haverá riscos a sua integridade física associados à hipotermia ou à hipertermia.
Quando a sessão de exercícios objetiva o relaxamento muscular, como no Ai Chi e Watsu, por exemplo, a produção de calor pelo corpo é muito pequena, e para evitarmos que os alunos sintam desconfortos pelo frio, a temperatura deve situar-se entre 32,2 e 35 graus C (verifique a tabela a seguir).
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
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Calor específico
Disponível em: AEA. Fitness aquático: um guia completo para profissionais. Barueri: Manole, 2014, p. 86.
Tabela 5.1Temperatura recomendada da água/padrões e diretrizes para programas de condicionamento físico aquático da Aquatic Exercise Association
Natação competitiva
25,6– 27,8˚C*
Treinamento de resistência
28,3– 30˚C (intervalo mínimo)
Terapia e reabilitação
32,2– 35˚C ** (programa de baixa função – temperaturas mais baixas podem ser mais apropriadas para programas de intensidade mais alta e populações específicas)
Esclerose múltipla
26,7– 28,9˚C
Doença de Parkinson
32,2 – 33,3˚C****(temperatura ideal)
Gravidez
28,3– 29,4˚C
Artrite
28,3– 32,2˚C***
Idosas
28,3– 30˚C (intensidade moderada a alta)
30– 31,1˚C (baixa intensidade)
Crianças,condicionamento físico
28,3– 30˚C
Crianças,aulas de natação
28,9˚C ou + - (varia com idade, duração da aula e programa, para aprender a nadar, o mais adequado é28,9– 31,7˚C, quando disponível)
Programas infantis (4 anos ou menos)
32,2– 33,9˚C*
Obesos
26,5– 30˚C
* USA Swimming
** Aquatic Therapy & Rehab Institute (ATRI)
*** Arthritis Foundation
**** American Parkinson Disease Association (APDA)
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
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Pressão hidrostática
De acordo com Skinner & Thomson (1985) apud Soares (2002, p. 19), “esta característica física da água obedece à lei de Pascal, que afirma que a pressão do líquido é exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em repouso, a uma dada profundidade”.
Becker (2000) relata que a pressão do líquido é exercida em todas as direções, e que aumenta com a profundidade de imersão, além de estar diretamente associada à densidade do líquido. Na água salgada, que é mais densa do que a água de uma piscina tratada tradicionalmente (não salinizada), a pressão é maior.
Como está ligada diretamente à profundidade, à medida em que o grau de imersão aumenta, a pressão também é maior. Segundo Bates & Hanson (1998, p. 27), “de uma linha básica de 14,7 psi (pressão atmosférica) na atmosfera, a pressão do fluido aumenta 0,43 por pé de profundidade”. Esse fator é especialmente importante no mergulho, pois, nas grandes profundidades atingidas, há uma pressão muito significativa sobre o corpo, e são necessárias técnicas de despressurização para o retorno à superfície.	
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
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Pressão hidrostática
A imagem demonstra o aumento da pressão (em atm) de acordo com a profundidade de imersão;
Perceba que, para a hidroginástica, tanto em piscina rasa como em piscina funda, não há aumento significativo na pressão exercida pela água.
Aumento da pressão exercida em função da profundidade de imersão. Disponível em: http://oanalitico.blogspot.com.br/. Acesso em 06 nov. 2016.
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
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Pressão hidrostática
Becker (2000) cita que a pressão exercidapela água é de 22,4 mmHg/ft de profundidade de água; ou seja, de 1 mmHg/1,36 cm de profundidade de água. Na imersão em uma piscina com 1,20m de profundidade, a força exercida pela água contra um indivíduo é de 88,9 mmHg.
Na prática da hidroginástica, a pressão hidrostática é extremamente importante por modificar aspectos cardiocirculatórios, além de exercer força contra os movimentos de expansão torácica (inspiração). Luz (1999) diz que a resistência da água e a pressão hidrostática geram um efeito massageador sobre o corpo, facilitando a circulação periférica nos segmentos imersos e trazendo relaxamento muscular.
Soares (2002) cita Bates & Hanson (1998) e Baum (2000), relatando que pessoas com baixa capacidade vital podem apresentar dificuldades para inspirar se imersas até a linha do peito, o 
que pode tornar a hidroginástica indicada para esse grupo apenas quando a profundidade da piscina possibilitar uma imersão em um ponto abaixo da região torácica.	
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
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AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
Metodologia da hidroginástica
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Pressão hidrostática
A AEA (2014) cita que a pressão, quando exercida na caixa torácica, é uma fator auxiliar para o condicionamento dos músculos inspiratórios e expiratórios; porém, ressalta que indivíduos com problemas respiratórios podem apresentar dificuldades para respirar quando sua profundidade de imersão está acima da cavidade torácica. 
Um importante benefício associado à pressão hidrostática é a redução de edemas, situação muito comum em gestantes. Os edemas são reduzidos porque a pressão exercida contra os pés e as pernas facilita a circulação do sangue na região (esse fato pode ser facilmente experimentado ao mergulharmos os pés em uma bacia com água).	
O retorno linfático é bastante aumentado devido à compressão dos tecidos moles, e por isso os edemas são reduzidos. Becker (2000, p. 19) explica que “a pressão linfática normal é um sistema de pressão negativa, de modo que mesmo a imersão em uma profundidade mínima de água produz uma pressão hidrostática sobre o vaso que excede a pressão linfática”.
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
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Pressão hidrostática
A combinação da pressão hidrostática, da densidade da água e da sua incompressibilidade resultam 
em uma compressão muito expressiva sobre todas as regiões corporais imersas. 
Como a pressão externa é significativa, o corpo tem um “auxílio” para providenciar o retorno venoso; ou seja, o retorno do sangue das extremidades para a região central é facilitado durante a imersão. 
Kruel (2000) cita Arborelius (1972) que relata um aumento de 900 ml no volume de sangue, dentro 
da cavidade torácica, quando estamos imersos com água até a linha do pescoço. Deste total, 25% são armazenados no coração e o restante é distribuído pelo sistema vascular pulmonar.
Em uma análise com indivíduos sentados em repouso e imersos até a linha do processo xifoide do esterno, foi verificada uma redistribuição do sangue para a região central de 700 ml, com consequente aumento de 34% no débito cardíaco e 700% na produção de urina, além de uma redução de 10 batimentos por minuto (bpm) na frequência cardíaca (HALL et al., 1990 apud Baum, 2000). 
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
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AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
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Pressão hidrostática
É muito importante compreender o efeito direto que possivelmente está associado ao maior volume de sangue na região central: a bradicardia de imersão. Quando imerso, geralmente um indivíduo apresenta menor frequência cardíaca em repouso, no exercício submáximo e no exercício máximo.
A bradicardia de imersão não traz nenhuma consequência negativa para a circulação sanguínea, pois acontece pela maior disponibilidade de sangue para ser ejetado (volume de ejeção). Como veremos adiante, ao controlar a intensidade de uma atividade aquática, o monitoramento da frequência cardíaca não é o método mais recomendado, especialmente quando se trabalha de forma coletiva, como na hidroginástica. 
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
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AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
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Pressão hidrostática
Além da pressão hidrostática, outros fatores como a temperatura da água podem influenciar bastante no comportamento da frequência cardíaca, dificultando o estabelecimento de fórmulas 
e de números exatos para redução dos batimentos cardíacos na tentativa de identificarmos o nível de esforço dos nossos alunos.
De qualquer maneira, os efeitos da pressão hidrostática são muito importantes e causam significativas alterações fisiológicas, como veremos na aula a seguir.
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
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AQUATIC EXERCISE ASSOCIATION. Fitness aquático: um guia completo para profissionais. Barueri: Manole, 2014.
Sugestões de leitura
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
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Referências
BATES, A. & HANSON, N. Exercícios aquáticos terapêuticos. São Paulo: Manole, 1998.
BAUM, G. Aquaeróbica: manual de treinamento. São Paulo: Manole, 2000.
BECKER, B. E. Princípios físicos da água, p. 17-27. In: RUOTI, R. G.; MORRIS, D. M.; COLE, A. J. Reabilitação aquática. Barueri: Manole, 2000.
AULA 04: PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS
Metodologia da hidroginástica
AULA 03: Propriedades físicas aplicadas
Metodologia da hidroginástica
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Referências
KRUEL, L. F. M. Alterações fisiológicas e biomecânicas em indivíduos praticando exercícios de hidroginástica dentro e fora d’água. Tese (Doutorado). Universidade Federal de Santa Maria. Centro de Educação Física e Desportos. Programa de Pós-Gradução em Ciências do Movimento Humano, 2000.
SOARES, J. S. Diferenças dos efeitos da hidroginástica e da ginástica localizada sobre a flexibilidade em mulheres adultas. Dissertação de Mestrado, Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, 2002.
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Alterações fisiológicas na imersão vertical:
1.1 Sistema cardiovascular;
1.2 Sistema renal.
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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