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[OEB] Princípios e fins da educação

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Grupo 1 
Princípios e fins da educação 
 
 
 
Proposta para a sala de aula Invertida da cadeira de Organização da Escola Básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Membros Participantes: 
Daniel Augusto Pereira Marcilio 
João Vitor da Silva Martins 
Leonardo Sardá de Souza 
Lucas Cunha Xavier 
Luciano Fetzner 
Patrick dos Santos Guimarães 
 
 
Tópicos ​Abordados pelo grupo 
 
1. Mapear as mudanças na LDBN, desde sua promulgação. 
2. BNCC e o currículo mínimo. 
3. Questão democrática e o conflito com a BNCC. 
4. Como aparece a organização da educação nacional na LDBN? Relacione 
com a questão da federalização. 
5. Síntese da memória histórica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos abrir este debate abarcando o título do trabalho que se apresenta para 
buscar compreender quais são as motivações da estruturação da educação 
(Princípios) no Brasil, assim como qual o direcionamento fim que lhe é devido. 
Afinal, qual o modelo legal brasileiro e sua roupagem? 
Claramente, a LDBN, aborda a educação com amplitude na percepção 
formativa e de qualidade da educação do cidadão brasileiro. Bem como, demonstra 
preocupação, pelo menos ao que tange o papel, da formação crítica, o preparo para 
a cidadania e atividades sociais, com respeito a diversidade de manifestações 
individuais. Em um ambiente de igualdades (ao menos a busca dele). Conforme é 
perceptível no trecho abaixo. 
Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional 
Art. 2o A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos 
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por 
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Art. 3o O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; 
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a 
cultura, o pensamento, a arte e o saber; 
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII – valorização do profissional da educação escolar; 
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei 
e da 
legislação dos sistemas de ensino; 
IX – garantia de padrão de qualidade; 
X – valorização da experiência extraescolar; 
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as 
práticas sociais; 
XII – consideração com a diversidade étnico-racial; 
(LDBN, pg 8 - Lei no 9.394/1996 - Título II) 
 
 
 
 
➢ 1 - Mapear as mudanças na LDBN, desde sua promulgação. 
A LDB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ 2 - BNCC e o currículo mínimo 
Dentre as mudanças sensíveis que houveram no estabelecimento da LDB foram a 
inclusão da educação infantil na ​Base Nacional Comum e a troca de ​Cliente por 
Estudante​. Aspectos que demonstram uma visão diferente para o estabelecimento 
da educação em termos de base nacional. Manifesta sensível mudança na 
percepção quanto a posição do objeto de interesse impactado pela educação, e do 
pretexto interesse do formulador dessas diretrizes. 
O termo currículo na composição da estrutura educacional pode ser 
observado sob duas perspectivas. Uma abordagem generalista do conceito, visto 
principalmente a amplitude territorial (ordem federação e federados) e populacional 
brasileira (ordem democrática), que é a geração de Diretrizes Gerais de base 
comum. Uma forma identificada para tocar em “totalidade” a sociedade brasileira na 
busca de identificar uma unidade do mínimo comum para a formação do cidadão; 
i.e., o Cidadão Nacional, o mínimo de todos. 
Estabelece-se assim a Base Nacional Comum conforme segue sua definição 
em cartilha própria de apresentação. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter 
normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de 
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao 
longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que 
tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, 
em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação 
(PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação 
escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, e está 
orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à 
formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, 
democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares 
Nacionais da Educação Básica (DCN)2 
A BNCC tem por interesse impresso a formação, através da educação, de 
indivíduos que sejam capazes de lidar com suas demandas cotidianas e diárias. 
Assim entende-se que devem adquirir no processo de educação ferramentas para 
solucionar questões provenientes da vida e das mais diversas ordens desde as mais 
simples às mais complexas. Para tanto, o currículo comum traz em si a percepção 
do desenvolvimento de competências na formação da educação básica. Argumento 
 
claro e presente desde sua apresentação, na qual lemos: Ao adotar esse enfoque 
<das competências>, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar 
orientadas para o desenvolvimento de competências. Posicionamento este que é 
concomitante ao interesse, também, do enfoque adotado nas avaliações 
internacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
(OCDE), que coordena o Programa Internacional de Avaliação de Aluno, e da 
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 
Além das competências é previsto pela BNCC uma formação integral do 
indivíduo. Fortalecendo a necessidade de instruir o aluno em seu percurso na EB a 
versatilidade para lidar frente às suas particularidades de vida com empatia, 
criatividade, análise crítica e participatividade. Orientando o formando para uma vida 
de consciência do papel de cidadão e com capacidade para exercê-la. Nela lemos 
que: 
A Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento 
humano global, o que implica compreender a complexidade e a não 
linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas 
que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão 
afetiva. 
Em um segundo momento a perspectiva <do currículo> passa a ser mais 
nuclear e minimalista. Confere criação do planejamento pedagógico sob 
responsabilidade institucionalizada <A Escola>. É outorgado, então, a instituição e 
seu elementos componentes (Direção ou gestão, corpo docente, pais e discente) a 
responsabilidade de fazer valer executivamente a diretriz educacional jurídica <LDB 
e BCNN>. 
O currículo é o trabalho da escola, um trabalho pedagógico. E o trabalhoé a adequação, por meios pertinentes, aos fins projetados e definidos, 
em nosso caso, pelo ordenamento jurídico. Logo, esse trabalho 
pedagógico só tem sentido se atender a tais fins estabelecidos pelo 
Estado Democrático de Direito. (Cury ) 
O desafio do ato de educar se torna ainda mais amplo e complexo pois é 
preciso transpor a visão geral estabelecida em uma macroescala (BNCC) para o 
ajuste milimétrico da microescala, i.e, levar a adequação dos currículos para cada 
ambiente escolar. Vemos a luz da BNCC que diz: passando, assim, do plano 
normativo propositivo para o plano da ação e da gestão curricular que envolve todo 
 
o conjunto de decisões e ações definidoras do currículo e de sua dinâmica. Quando 
esta mostra vistas a reconhecer a complexidade da construção dos currículos. Parte 
que caberá aborda mais no próximo tópico. 
➢ 3 - Questão democrática e o conflito com a BNCC. 
A democracia em nossa constituição republicana tem por fim primordial estabelecer, 
ou ao menos buscar, a melhoria social. O desafio de em um regime que preza pela 
homogeneidade social (ou a luta por esse fim) é fazer cumpri-la na realidade 
concreta de tal sociedade. Constando em Cury, que a questão democrática visa 
constituir a igualdade pela redução das desigualdades sociais, tendo em vista maior 
participação de todos no bem de todos. Isso exalta a preocupação para que alcance 
a todos a transformação estimada pela proposta de educação. 
O autor demonstra em suas passagens sempre o cuidado que é devido ter 
para que a educação chegue em forma de igualdade para todos os entes federados. 
Evitar que ao criar um norteador geral, seja este, então, largado às possibilidades 
de cada recanto tentar fazer valer através de seus currículos a execução da 
educação. Como ele mesmo escreve, o sentido da igualdade como norte da própria 
república implica, por sua vez, a redução das disparidades regionais. 
Outro ponto é o reconhecimento do protagonismo e do “saber empírico” dos 
docentes para a composição curricular. Permitir a devida abertura para a 
participação desses personagens nos apontamentos necessário para estabelecer 
um currículo que dê certo. Ao menos que traga-o para margens de maior acerto 
quanto sua efetividade no espaço escolar e no cumprimento de seu papel. Pela 
passagem em Cury: 
É possível uma proposta curricular, em qualquer nível administrativo, em 
que a legitimidade de uma proposta não passe pela subjetividade, isto é, 
pelo “sentir” dos profissionais da educação? Será que tantos anos de 
“fazer” não geram um “saber” cuja auscultação seria fundamental para 
perquirir os caminhos do “comum”? 
Terceiro ponto intrínseco é luta pela coerção do preconceito no ambiente 
escolar. Tendo em vista que se define uma matriz de igualdade para a educação, 
 
tão logo, é inaceitável que haja qualquer comportamento discriminatório. Inclusive 
resguardado em constituição o dever do zelo pelo não acontecimento desses fatos. 
A grande pergunta inquietadora em Cury é: o comum nacional (a base da 
equidade da educação social) em sua transmissão através da educação é 
realmente respeitado e cabal entre as matrizes direcionais (diretrizes e currículo) e 
os polos executores? ​E segundo instiga, Cury, de que tamanho é esse “mínimo”, a 
fim de que o comum não se perca e a criatividade também possa transparecer nas 
unidades federadas e nas próprias unidades escolares? 
➢ 4 - Como aparece a organização da educação nacional na LDBN? 
Relacione com a questão da federalização. 
O Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, tramitado em 1994, 
dizia em seu art. 10, inciso IV, que a União deve “estabelecer, em colaboração com 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a 
educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os 
currículos e os conteúdos mínimos , de modo a assegurar formação básica comum” 
1. Educação Básica 
1.1. Educação Infantil e fundamental 
Art. 11. ​Os​ municípios​ incumbir-se-ão de: 
I – ​organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos 
seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos 
educacionais da União e dos estados; 
II –​ exercer ação redistributiva​ em relação às suas escolas; 
III –​ baixar normas complementares​ para o seu sistema de ensino; 
IV – ​autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu 
sistema de ensino; 
V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas​, e, com 
prioridade, o ensino fundamental,​permitida a atuação em ​outros ​níveis 
de ensino ​somente quando estiverem atendidas plenamente as 
necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos 
percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à 
manutenção e desenvolvimento do ensino; 
VI –​ assumir o transporte escolar​ dos alunos da rede municipal. 
 
(Incluído pela Lei nº10.709, de 31.7.2003) 
Parágrafo único. Os municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao 
sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de 
educação básica​. 
1.2. Ensino Médio 
Art. 10. Inciso V: Os ​estados incumbir-se-ão de ​assegurar o ensino 
fundamental e oferecer​, com prioridade, o ​ensino médio a todos que o 
demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta lei; (Redação dada 
pela Lei nº12.061, de 2009) 
1.3. Ensino Superior 
Art. 9º Inciso IX: A ​União incumbir-se-á de ​autorizar, reconhecer, 
credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das 
instituições de ​educação superior ​e os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino. (Vide Lei nº10.870, de 2004) 
A QUESTÃO FEDERATIVA: 
As verbas, recursos, competências e atribuições estão sempre em disputa no 
interior de regimes democráticos e federados. Com a criação dos currículos 
nacionais e as diretrizes gerais com a ideia e a prática de conteúdos comuns e 
mínimos válidos para toda uma nação, como contemplar as características 
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos?. 
Questões relacionadas ao que é comum e ideal para os educandos nas mais 
diversas regiões do país reforçam a polêmica dos currículos e da autonomia entre 
União e suas unidades federadas. 
Não podemos deixar de fora do debate que as instituições de ensino sempre foram 
consideradas relevantes no sentido de coesão social e da cidadania, pois 
socializam, culturalizam e insitam comportamentos e valores. 
 
 
➢ 5 - Síntese da memória histórica 
O primeiro projeto apresentado em outubro de 1948, ​pelo então ministro da 
Educação, Clemente Mariani​, leva treze (13) anos até ser promulgada; primeira 
LDBN, dia 21 de dezembro de 1961 do Diário Oficial da União, sob número de Lei 
Nº 4.024/1961 (no período da ditadura militar tem uma reformulação pela Lei 
5692/1971) 
 
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova 
 
Em 1931 acontecia um movimento católico que externava seus conflitos com os 
escolanovistas pelo ensino religioso. Na IVConferência Nacional de Educação 
eclodia a ruptura entre “católicos” e “liberais” com a publicação do “Manifesto dos 
Pioneiros da Educação Nova” (1932). Nesse contexto o Manifesto tornou-se base 
política e de modernidade que serviria de base para a educação e a sociedade 
brasileira até a atualidade. Nos primeiros parágrafos do documento é notavel o 
destaque para a importância da administração escolar estabelecida como fator 
fundamental para a solução dos problemas educacionais agravados no regime 
republicano. 
Eram inúmeros os problemas do Manifesto, então foi montada uma comissão 
para a criação de um novo projeto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional, predominavam na comissão de elaboração do anteprojeto. Lourenço 
Filho, era o presidente; Almeida Júnior, o encarregado da subcomissão do ensino 
primário; Fernando de Azevedo, presidia a subcomissão do ensino médio e Anísio 
Teixeira, (também convidado, não pôde integrar a Comissão, mas colaborou com 
sugestões). Pedro Calmon, então reitor da Universidade do Brasil (futura UFRJ), 
presidiu a subcomissão do ensino superior. 
Como frisa Saviani, a maioria dos 16 membros da comissão pendia para o 
lado dos escolanovistas. Mas havia dois representantes dos educadores católicos, 
Alceu Amoroso Lima e padre Leonel Franca. Mais tarde, na segunda metade dos 
anos 50, seriam os católicos, aliados ao deputado Carlos Lacerda (ironicamente, da 
própria UDN), os grandes opositores das ideias preconizadas por Almeida Júnior, 
 
Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e vários outros educadores brasileiros de 
correntes diversas, entre eles o futuro presidente FHC. 
 
LDB 
Em 1946, com o fim da 2ª Guerra e a queda da ditadura Vargas, a eleição de Eurico 
Gaspar Dutra (PSD) e a elaboração de uma nova Constituição Federal, o país 
tentava reorganizar-se. Para tanto, a Constituição previra a elaboração de uma lei 
que norteas​se a educação nacional. Um dos dois ministros da UDN, que fora 
derrotada pela aliança entre PSD e o PTB de Vargas na eleição à presidência, 
Clemente Mariani convoca uma comissão, com alguns liberais, incluindo Anísio 
Teixeira, para a elaboração do anteprojeto de diretrizes e bases da educação. 
 
4.024/61 
Foi a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) elaborada 
no Brasil, que tinha como característica não ter qualquer preocupação com o ensino 
básico. Durante 13 anos, travou-se intenso debate, no âmbito do Estado e da 
sociedade civil, entre os que defendiam a prioridade da escola pública e os 
partidários da liberdade de ensino. Para os primeiros, os recursos do Estado 
deveriam ser empregados na manutenção e na expansão das escolas oficiais, que 
deveriam ministrar um ensino obrigatório, gratuito e laico. Para os outros, esses 
recursos deveriam ser transferidos às instituições particulares, que ministrariam o 
ensino conforme as orientações ideológicas das famílias, cabendo ao Estado 
apenas ocupar o espaço não preenchido pela iniciativa privada. 
Após a solução de compromisso para a crise desencadeada pela renúncia do 
presidente Jânio Quadros em agosto de 1961 – ou seja, a posse do vice-presidente 
João Goulart sob regime parlamentarista –, o Congresso compôs um texto 
conciliador das várias tendências e foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, de nº 4.024, sancionada pelo presidente da República, João 
Goulart, a 20 de dezembro do mesmo ano. Sua única vantagem talvez estivesse no 
 
fato de não ter prescrito um currículo fixo e rígido para todo o território nacional em 
cada nível e ramo. 
O sistema educacional brasileiro foi formulado pela primeira LDB de acordo com a 
seguinte terminologia: primeiro grau, constituído por escolas maternais, jardins de 
infância e ensino primário de quatro anos; grau médio, compreendendo dois ciclos, 
o ginasial de quatro anos que abrangia o secundário e os cursos técnico-industrial, 
agrícola e comercial, vindo depois o ciclo colegial de três anos, com as modalidades 
de clássico e científico que complementavam o secundário, bem como as 
formações que finalizavam o primeiro ciclo de natureza técnica, além do curso 
normal voltado para a formação de professores; e grau superior, compreendendo os 
cursos de graduação, pós-graduação, especialização, aperfeiçoamento e extensão. 
 
5.540/68 
O texto da Lei 5540/68 revestiu-se de um caráter autoritário, que caracterizou a 
quase totalidade dos atos do regime militar. De tal modo, que se observa uma 
preocupação saneadora, ainda pouco sistematizada pelo oferecimento de formação 
cívica e física aos estudantes. Em resumo, a política educacional instituída precisou 
adaptar o sistema educacional ao atendimento dos interesses do governo da época 
(Ditadura Militar), que tinha como meta um crescimento econômico urgente do país, 
custasse o que fosse preciso, reprimindo seus opositores e com o intuito de formar 
homens para o mercado de trabalho, e não de preparar as pessoas para o mundo 
social. 
 
5.692/71 (Mudança voltada para o Tecnicista e para eficiência da mão de obra 
industrial) 
A orientação dada à educação representava a preocupação com o aprimoramento 
técnico e o incremento da eficiência e maximização dos resultados e tinha como 
decorrência a adoção de um ideário que se configurava pela ênfase no aspecto 
 
quantitativo, nos meios e técnicas educacionais, na formação profissional e na 
adaptação do ensino às demandas da produção industrial. 
A profissionalização referida pela Lei N° 5692/71 assenta-se sobre a intenção de 
estabelecer-se uma interação direta entre formação educacional e mercado de 
trabalho. 
Conclui-se que esse período foi marcado pela ainda valorização do homem 
como máquina para o trabalho e para acelerar este processo foi enfatizado a 
questão dos ensinos técnicos e profissionalizantes que ganharam força na época, 
pois formava os trabalhadores mais rápido do que as universidades, e poucos 
tinham oportunidade de frequentar um centro universitário naquela época. Assim, 
prevalecia o ensino tecnicista, em que no atualmente chamado de médio, visava 
formar profissionais a nível médio (técnico). 
 
- Quanto ao sistema educacional, na LDB 5692/71 havia dois níveis 
(ensino primário correspondente ao 1° grau e, ensino médio 
correspondente ao 2° grau), porém não citava o ensino superior. 
- O primeiro grau, com oito anos de duração, era obrigatório para as 
crianças e jovens de 7 a 14 anos de idade. 
- O segundo grau ficou reduzido aos três ou quatro anos do segundo 
ciclo do antigo ensino médio, agora universal e compulsoriamente 
profissional. 
 
 
 
 
 
Referências 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: um caminho percorrido, um 
presente desafiante. Prof. Carlos Roberto Jamil Cury - PUCMinas 
https://www.redemetodista.edu.br/revistas/revistas-cogeime/index.php/COGEIME/art
icle/view/666/608 
Base NacionalComun Curricular, (BNCC) 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ 
Lei 4024/1961 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-3537
22-publicacaooriginal-1-pl.html 
Lei 9394/1961 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-pu
blicacaooriginal-1-pl.html 
Histórico de mudanças 
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/lei-de-diretrizes-e-bases
-da-educacao-nacional-ldben 
Manifesto dos pioneiros na educação (1932) 
https://www.infoescola.com/educacao/manifesto-dos-pioneiros-da-educacao-nova/ 
Revista Educação: A história da lei de diretrizes e bases da educação nacional 
http://www.revistaeducacao.com.br/historia-da-ldb/ 
Ministério da educação: apresentação e história 
http://portal.mec.gov.br/institucional/historia

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