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SAE Psiquiatria

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTACIO DE AS DE SC
CURSO DE ENFERMAGEM – 7º PERÍODO – MATUTINO 
ENSINO CLÍNICO IV – SAUDE MENTAL 
PROFª MASC VALDETE PRÉVE PEREIRA
PROPOSTA DE SAE
HISTÓRICO
D. C. J., 18 anos, natural de Navegantes SC, onde reside desde a infância, estuda supletivo referente ao ensino médio, mãe Estelamar e pai Denir. Deu entrada no Hospital de Navegantes, levado pelo SAMU às 02:26hs, agressivo, agitado, confuso, não sedando com doses altas de medicação. Foi encaminhado ao IPQ acompanhado pela sua mãe, sendo esta, sua primeira internação. É o caçula de 6 irmãos, sendo 3 homens e 3 mulheres. Mora com os pais e uma irmã. O pai é pescador viajante, pescando no Estado de Rio de Janeiro. Ajuda pouco com as tarefas de casa, acordando por volta das 12:00hs, à tarde vai à escola e a noite frequenta a igreja 2 a 3 vezes na semana. Na infância não tinha amigos na vizinhança, sendo seu círculo de amizades os primos e relata ter tido uma infância tranquila e feliz. Começou a trabalhar aos 16 anos como assistente técnico em uma loja de celulares, onde se envolveu e namorou com a filha do dono. Tornou-se bem quisto pela família frequentando com regularidade mesmo depois do término do namoro. Segundo relato da mãe Estelamar, a família suspeita de que Denir tenha se envolvido sexualmente com o pai da menina. De acordo com o relato do paciente, ele foi abusado sexualmente aos 11 anos de idade por um amigo da família. A mãe relata que antigo chefe e sogro, levou Denir em consulta com psiquiatra sem o conhecimento da família e que este, administrava as medicações que foram prescritas. Em um momento o paciente relata que, o que o deixou doente, foi um episódio acontecido no ambiente escolar em que a polícia pegou alguns colegas com drogas na mochila e ele ficou com medo que pudessem colocar algo em sua mochila também. Em outro momento relata o fato de ter sido pressionado por um amigo a arrumar um emprego da qual não queria e ficou nervoso. Conta também que tomou alguns comprimidos de Rivotril com a intensão de suicídio. Porém, em histórico no prontuário a mãe relata que Denir foi até a frente da casa da ex-namorada gritando muito alterado chamando pelo nome do pai da menina, dizendo que tinha que contar um segredo a ele. O irmão foi chamado para tentar acalmá-lo e foi agredido por Denir. Chamaram a polícia, que encaminhou para a UPA da cidade e onde foi transferido para o IPQ. Após a alta hospitalar, diz que pretende retomar o bom convívio familiar e retornar ao trabalho e a escola. Pretende trabalhar em uma revendedora de automóveis na parte de peças, dizendo já ter tudo encaminhado. Demonstra muita preocupação e questionou em relação aos efeitos colaterais das medicações sobre a libido e o impedimento de manter relações sexuais e se masturbar, alegando que conforme se sentir melhor, vai abandonando o tratamento. No momento da entrevista, o paciente apresentou-se lúcido e orientado no ambiente e espaço, comunicativo com linguagem adequada, em condições de higiene e vestimentas adequadas, não quis desenhar ou escrever, apenas conversar. Apresentou-se ansioso em terminar a conversa para tirar foto. Refere estar se alimentando bem e dormindo bem, porém quando chegou em surto, não aceitava alimentação nem hidratação. Não aprecia participação das atividades oferecidas. Medicações prescritas: Clonazepan 2mg (contr) se agitação/ansiedade; Haloperidol 5mg (contr); Haloperidol 5mg/ml (1amp) se APM associada a prometazina; Prometazina 25mg/ml (amp 2ml) se APM associada ao haloperidol. 
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Risco de lesão;
Risco de violência direcionada a outros;
Percepção sensorial perturbada;
Ansiedade;
Interações sociais e familiares prejudicadas;
Nutrição desequilibrada abaixo das necessidades;
Volume de líquidos deficiente;
Padrão de sono perturbado;
Manutenção do lar prejudicada.
PLANEJAMENTO DO CUIDADO
Manter o nível de estímulo reduzido do ambiente;
Acomodar o mais próximo do posto de enfermagem;
Observar o comportamento estando atento às suas mudanças de humor para prevenir agitação e agressividade, polaridade para depressão;
Estimular atividades que canalizem a energia para uma ocupação útil, nas oficinas oferecidas;
Impor limites quando a agitação, a agressividade e a euforia apresentam-se em ritmo crescente: retirar do ambiente onde está colocando em local mais tranquilo, tentar mantê-lo ocupado em alguma atividade, não julgar nem punir entendendo que é decorrente dos sintomas, utilizar tom de voz mais baixo, esclarecer que o limite é medida terapêutica e não punitiva;
Usar a restrição física quando houver riscos à própria integridade e aos demais, quando as medidas anteriores não forem suficientes e atendidas;
Ouvi-lo quando manifestar ideias fora da realidade, não julgando, não discutir, mudando de assunto assim que possível, introduzindo temas concretos tentando trazê-lo para a realidade;
Observar os cuidados relacionados à medicação específica;
Observar e anotar as eliminações e a ingestão de líquidos e alimentos;
Proporcionar repouso periódico;
Orientar os familiares sobre a natureza da doença e as manifestações de agitação e agressividade e sobre como administra-las em casa, bem como a importância da medicação e a não suspensão da mesma, mesmo que esteja se sentindo melhor e procurar o médico sempre que tiverem dúvidas;
Encorajar o paciente a adotar papel ativo no seu tratamento e na sua recuperação;
Encaminhar o paciente e familiares para recursos da comunidade e programas psicoeducacionais ou o que houver em seu alcance e disponibilidade.
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
	Descrição
	Aprazamento 
	Verificar sinais vitais
	1x ao dia
	Administrar medicação
	cpm
	Garantir ambiente calmo e seguro
	sempre
	Observar riscos
	atenção
	Estabelecer relação de confiança
	sempre
	Encaminhar para grupo terapêutico
	10h
	Assistir aos cuidados de higiene/aparência
	08h
	Observar e anotar ingesta hídrica/alimentar
	08/10/12/15/18/20
	Observar e anotar padrão de sono
	atenção

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