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PONTES Dimensionamento da superestrutura de uma ponte de concreto armado Requisitos e Considerações ● dimensão mínima do vão - 30m. ● baseado no tráfego - classe da ponte = Classe 45 ● dimensões da seção transversal: – duas faixas de tráfego, sendo 7 metros de pista livre – sem passeio livre, – 50cm dos guarda-rodas ● largura final do tabuleiro 8 m ● vão teórico definido - regra de dimensionamento que consiste em considerar 25% do vão da obra para dimensionar de forma econômica os balanços, que ficam com 5m, totalizando dois balanços de 5m e vão central de 20m. Requisitos e Considerações ● o modelo estrutural adotado é o mais simples possível a priori – o definitivo a ser refinado numa análise posterior ● Admite-se a laje como uma sequência de vigas funcionando apenas na direção transversal ● a rigidez à torção das longarinas é desprezada. Com isto, a ligação laje-longarina só transmite força vertical, como uma articulação interna fixa Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais ● Uma maneira aproximada de determinar as alturas das longarinas é dada por: – Tramos internos: Hest = lο/12 – Tramos externos ou vigas biapoiadas: Hest = lο/10 – Balanços: Hest = lο/5 ● Estimativa da altura útil das lajes: – dest = (2,5 – 0,1 x n). /100 n = número de bordas engastadas = menor vão = maior vão ***TRAMO = trecho que se encontra delimitado entre dois apoios subsequentes Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais ● Vão de 20m → Hest = 20/12 = 1,67m ● Balanço → Hest = 5/5 = 1,0m – Uniformizando a altura da longarina → 1,7m ● Laje – Laje maior → → = 8m ou 0,7* = 0,7*20 = 14m dest = (2,5 – 0,1*2)*8 = 18,4cm – Laje menor → → = 5m ou 0,7* = 0,7*8 = 5,6m dest = (2,5 – 0,1*1)*5 = 12,0cm dada a limitação da norma - item 9.1.1 (Lajes maciças) da NBR 7187 Lajes destinadas à passagem de tráfego rodoviário: h ≥ 15 cm e usando a uniformidade entre as alturas das lajes → 18,4cm, adotaremos 20cm Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais ● Conforme item 14.6.2.2 NBR 6118:2014: ● Quando a estrutura for modelada sem a consideração automática da ação conjunta de lajes e vigas, esse efeito pode ser considerado mediante a adoção de uma largura colaborante da laje associada à viga, compondo uma seção transversal T. ● A largura colaborante bf deve ser dada pela largura da viga bw acrescida de no máximo 10 % da distância a entre pontos de momento fletor nulo, para cada lado da viga em que haja laje colaborante. ● A distância a pode ser estimada, em função do comprimento do tramo considerado: – viga simplesmente apoiada: a = 1,00 ; – tramo com momento em uma só extremidade: a = 0,75 ; – tramo com momentos nas duas extremidades: a = 0,60 ; – tramo em balanço: a = 2,00 . antonio Typewriter l antonio Typewriter l ; antonio Rectangle antonio Rectangle antonio Rectangle antonio Rectangle antonio Typewriter l ; antonio Typewriter l ; antonio Typewriter l ; antonio Typewriter l ; Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais ● No caso de vigas contínuas, permite-se calculá-las com uma largura colaborante única para todas as seções, inclusive nos apoios sob momentos negativos, desde que essa largura seja calculada a partir do trecho de momentos positivos onde a largura resulte mínima. ● Devem ser respeitados os limites b1 e b3 , conforme indicado na Figura Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Características geométricas ● Longarina – Longarina como uma Viga T Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais – largura colaborante da laje é definida pelas seguintes parcelas: ● bfl = b3 + bw + b1 onde, de acordo com a NBR 6118:2014, item 14.6.2.2, as parcelas da laje são limitadas a (com a = distância entre pontos de M = 0 , donde no caso a = l = 30 m ): Adotando bw = 0,50 m , resulta a largura colaborante da laje (a ser usada tanto na análise quanto no dimensionamento) igual a: bfl = b3 + bw + b1 = 1,50 + 0,50 + 2,00 = 4,00 m ou seja, toda a laje pode ser considerada como participante da viga. Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento Vão da ponte Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais com as seguintes propriedades geométricas: A distância do CG da seção ao eixo x é igual a ycg0 =0,7925/1,55 = 0,5113m O momento de inércia será I0 = 0,21593 + 0,20704 = 0,42297 m4 Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Determinação das cargas atuantes na longarina a) Cargas permanentes As cargas permanentes compõem-se dos pesos da estrutura, do passeio, do revestimento asfáltico (inclusive eventual recapeamento de 2kN/m2 ) e do guarda-corpo (de espessura 0,15 m, e peso próprio estimado em 1 kN/m). peso próprio g0=A0 γconcr+guarda-roda =(1,55+0,20x0,5)x25 = 41,15 kN/m rev. asfáltico g1=Aasf γasf +reposição=[0,5*(0,04+0,11)*24+2]*3,5= 13,30 kN/m guarda-corpo g2= = 1,00 kN/m Total g= = 55,55 kN/m Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Determinação das cargas atuantes na longarina b) Carga móvel Define-se carga móvel como uma força generalizada de direção, sentido e intensidade determinadas, mas sem posição fixa na estrutura. Um trem de cargas corresponde a um conjunto de cargas móveis que mantêm entre si uma posição relativa constante. Em todos os casos em que se preveja a atuação de cargas móveis isoladas ou de trem de cargas, é necessário ter em conta o fato de a cada posição desta ação corresponder um determinado campo de esforços, reações e deslocamentos. Assim, para uma determinada grandeza em estudo é necessário determinar qual a posição mais desfavorável da carga móvel ou do trem de cargas considerado. Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Determinação das cargas atuantes na longarina Quando se consideram estruturas com comportamento elástico linear e admite-se como válida a hipótese dos pequenos deslocamentos pode ser aplicado, na sua análise, o teorema da sobreposição de efeitos. Define-se como função de influência de determinado efeito, E(x), o valor desse efeito (esforço, deslocamento ou reação) em função da posição, x, de uma carga móvel unitária. O domínio de variação da posição da carga móvel corresponde ao caminho de rolamento considerado. Quando o caminho de rolamento corresponder a uma linha, é possível fazer a representação da função de influência através do traçado de um gráfico em que as abcissas representam a posição da carga ao longo do caminho de rolamento, e as ordenadas o valor da função de influência. A linha obtida nesta representação designa-se por linha de influência. Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Determinação das cargas atuantes na longarina Por exemplo, considere-se a atuação do trem de cargas apresentado na figura. O valor do momento fletor na secção S, para a atuação desse conjunto de cargas, é dado por: Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Determinação das cargas atuantes na longarina o que é equivalente, no caso da carga uniformemente distribuída a, MS = Q A(x1 , x2) + P E(x3), onde A(x1 , x2) representa a área sombreada. ∫x1x2 QE (x)dx+PE (x3) Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Determinação das cargas atuantes na longarina A carga móvel para ponte CL45 consta de um veículo de 6 rodas e peso igual a 450 kN (ou 75 kN por roda), de uma multidão igual a 5 kN/m2 , ambas majoradas pelo coeficiente de impacto, e de uma multidão no passeio de intensidade igual a 3 kN/m2 , sem impacto. Coeficiente de impacto: φ = 1,4 − 0,007 l = 1,4 − 0,007 * 30 = 1,19 Carga de uma roda: 75 φ = 89,25kN Carga de multidão (na pista): 5 φ = 5,95 kN/m2 Carga de multidão (no passeio): 3 kN/m2 Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Determinação das cargas atuantes na longarina Admite-se para pré-dimensionamento que a linha de distribuição transversal de carga (LDTC) seja a linha de influência de reação de apoio de uma viga bi-apoiada com balanços, uma vez que a rigidez à torção da longarina é desconsiderada no cálculo simplificado. ● tem-se a seguinte repartição de carga para a longarina da esquerda: – Contribuição de cada par de rodas: Q=89,25*(1,222+0,778)=89,25*2=178,5 kN na posição mais desfavorável, a longarina recebe a carga total do veículo com impacto, i.e., 450 φ =535,5 kN, pois são 3 pares de roda que a carregam (3x178,5=535,5 kN) Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais – Multidão (no corte pelo veículo): q1 =5,95*(0,667*3/2)+3*[(1,356+1,333)*0,10/2]=6,36 kN/m – Multidão (no corte transversal fora do veículo): q2 =5,95*(1,278*5,75/2)+3*[(1,356+1,278)*0,35/2]=23,25 kN/m O trem-tipo resultante para a longarina será: Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Solicitações na longarina Calculam-se apenas as solicitações que permitem comprovar se a estrutura atende os estados limites previstos em norma. ● Solicitações permanentes – Máximo momento fletor: Mg =g l2/8=55,55*202/8=2.777 kNm – Máxima força cortante: Vg =gl/2=55,55*20/2=555 kN – Solicitações da carga móvel ● Carga móvel O máximo momento fletor da carga móvel é obtido a seguir através de linha de influência da longarina, como viga bi-apoiada Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Solicitações na longarina Linha de influência do momento fletor no centro do vão maxMq=178,5(5+2*4,25)+6,36[(5+3,5)6/2]+23,25[2(3,5*7/2)]=3.141 kNm Pré-dimensionamento Pré-dimensionamento dos elementos estruturais Solicitações na longarina Linha de influência da força cortante no apoio. maxVq =178,5(1+0,925+0,85)+6,36[(1+0,775)4,5/2]+23,25(0,775x15,5/2)=660,3 kN Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 1 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25
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