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salário e remuneração

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Disciplina: Direito do Trabalho e Seguridade Social
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO
Há situações previstas em lei nas quais pode ocorrer a cessação temporária do contrato de trabalho, sem, no entanto, causar o rompimento do vínculo empregatício, são as hipóteses de suspensão e interrupção do contrato de trabalho.
Suspensão: cessação temporária dos principais efeitos do contrato de trabalho. O vínculo empregatício se mantém, porém não há prestação de serviço nem recebimento de salário. Ex.: faltas injustificadas, afastamento para participar em curso de qualificação, prisão temporária.
Interrupção: cessação temporária do contrato de trabalho, mantendo-se as obrigações patronais. Sem trabalho e com salário. Ex.: férias, repouso semanal remunerado, faltas justificadas, aviso prévio.
Obs. Atenção aos incisos X e XI inseridos pela lei 13.257/2016, lei da primeira infância, que alterou diversos textos legais do ordenamento jurídico brasileiro com o fim de ampliar a proteção das crianças de 0 até 6 anos.
O artigo 473 da CLT elenca hipóteses de interrupção do contrato de trabalho nas faltas justificadas, situações que embora não haja prestação de serviço pelo empregado subsiste ao empregador os seus deveres patronais a exemplo do pagamento de salários.
Legislação correlata – art. 473 CLT:
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:          
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;         
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana;          
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;        
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.            
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).         
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.           
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.          
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.         
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira;            (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.            (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
Salário é a importância paga pelo empregador. Corresponde a quantia fixa mais possíveis comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos.
Salário - Legislação correlata – 457, §1º CLT:
457 §1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
Remuneração é a quantia paga pelo empregador mais a importância paga por terceiros e compreende o salário, previsto no art. 457, §1º da CLT, mais as gorjetas.
Remuneração – art.457 caput CLT:
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
Súmula nº 354 do TST
GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
Não se inclui no salário: diárias e ajudas de custas que não excedam 50% do salário do empregado.
Obs. As ajudas de custo que excedam a 50% possuem natureza salarial.
Legislação – art.457, §2º CLT:
457. §2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado.
Salário “in natura” são prestações em utilidade, tais como habitação e alimentação, que quando prestadas pelo empregador com habitualidade, gratuidade e não lesividade, apresentam natureza salarial.
Legislação – art.458 CLT:
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
Utilidades sem natureza salarial - Algumas utilidades, no entanto, ainda que oferecidas ao empregado pelo empregador, não possuem natureza salarial em razão de seu caráter de instrumentalidade ou assistencialidade. Por não possuir natureza salarial essas utilidades não integram a remuneração para nenhum efeito legal. 
Obs1. Os vestuários, como uniformes e equipamentos de proteção individual são fornecidos para o trabalho, são instrumentos de trabalho e, portanto, não integram o salário. Não podem, portanto, ser descontados do empregado, primeiro por ausência de previsão legal e segundo porque fazem parte do risco da atividade empresarial a ser suportado pelo empregador.
Obs2. O transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e o veículo fornecido para atividades de trabalho são instrumentos e, portanto, não possuem natureza salarial. 
Obs3. A habitação quando necessária, imprescindível para a realização do trabalho, são instrumentos de trabalho e não integram o salário.
Obs4. A educação, assistência médica (planos de saúde ou odontológico), seguros de vida e acidente pessoal, previdência privada e vale-cultura, quando concedidos pelo empregador, são utilidades que visam dar assistência e uma melhor condição ao empregado e conforme expressamente previsto na CLT não possuem natureza de salário.
Legislação – 458, §2º CLT:
458. § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador.
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço;         
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;            
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;   
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;        
VI – previdência privada.
VII – vetado.
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
Jurisprudência:
Ementa
DESCONTO INDEVIDO. UNIFORME.
A imposição do uso de uniforme é razoável. Contudo, a determinação no sentido de que o empregado pague pela peça que utiliza em serviço, ainda que com desconto, é ilegítima. Recurso da reclamada improvido. (TRT 1ª. RO 00000991120135010050 RJ. 29/04/2014).
Ementa: GARÇOM. DESCONTO DE UNIFORME. ILEGAL. O trabalhador não paga do próprio bolso o uniforme que se utiliza em seus misteres. In casu, o desconto pelo empregador, do valor gasto com uniforme, efetivamente transferiu ao reclamante custo de indumentária de trabalho e proteção de uso obrigatório transferindo-lhe ônus que é da empresa. Tal práticaproduziu ilegal expropriação de parte do salário, reduzindo o ganho do obreiro, situação esta que não pode ser tolerada, vez que a teor do art. 2º da CLT o empregador é quem arca com os riscos do negócio, e, por óbvio, também com os custos da atividade econômica por ele encetada. Recurso patronal a que se nega provimento. (TRT 2ª. RO 1587200601702009 SP 01587-2006-017-02-00-9. 15/04/2008).
Ementa
UNIFORME E MAQUIAGEM. INDENIZAÇÃO.
Tratando-se de exigência por parte da empresa, esta é quem deve assumir o ônus com as despesas decorrentes do uniforme e da maquiagem, não sendo admissível a transferência dos custos ao empregado. De outro lado, não é necessária a comprovação das despesas pela autora, pois são presumidas, diante da obrigatoriedade do uso. (TRT 4ª. RO 00003679020115040005 RS 0000367-90.2011.5.04.0005. 06/05/2014).
Ementa: SALÁRIO IN NATURA - HABITAÇÃO, ENERGIA ELÉTRICA, ÁGUA E OUTROS - VANTAGENS CONCEDIDAS PELA EMPREGADORA E DISPENSÁVEIS PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO - SÚMULA Nº 367 DO TST - INAPLICABILIDADE. Nos termos do art. 458 da CLT, considera-se salário, além do pagamento em dinheiro, a alimentação, a habitação, o vestuário e outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato, forneça habitualmente ao empregado. Para afastar a caracterização do salário in natura é necessário demonstrar que a utilidade fornecida ao empregado destina-se a ser usada no local de trabalho, como meio necessário para a execução dos serviços, sem o qual o labor não poderia ser desenvolvido pelo trabalhador. Equipara-se, portanto, a instrumento de trabalho indispensável ao desempenho das atividades laborais. Esse é o teor da Súmula nº 367, I, do TST. Na hipótese, o Tribunal Regional constatou que os valores pagos a título de habitação, energia elétrica, água, imposto predial, gás, condomínio e alimentação não eram indispensáveis para a realização do trabalho do reclamante no Município de Esteio (RS). Assim, diante do quadro fático estampado no acórdão regional, não é possível vislumbrar a alegada contrariedade à Súmula nº 367, I, desta Corte. Recurso de revista não conhecido. (TST. RR 12659320115090028. 17/06/2015).
Súmula nº 241 do TST
SALÁRIO-UTILIDADE. ALIMENTAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais.
Equiparação salarial – é a figura jurídica que assegura ao trabalhador idêntico salário ao do colega que exerça simultaneamente, função idêntica, na mesma localidade, para o mesmo empregador.
Legislação – art. 461 CLT:
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.          
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
Súmula 6, X do TST:
Súmula 6, X do TST:
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana. (ex-OJ da SBDI-1 nº 252 - inserida em 13.03.2002).
Adicional de periculosidade – adicional pago aos trabalhadores que exerçam atividades em locais ou circunstâncias que causem risco a vida. O valor do adicional é de 30% sobre o salário base do empregado.
Legislação – art. 193 da CLT:
193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador.
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;      
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
Súmula 191 TST:
Súmula nº 191
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO (cancelada a parte final da antiga redação e inseridos os itens II e III) - Res. 214/2016, DEJT divulgado em 30.11.2016 e 01 e 02.12.2016 
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais.
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a qual se determina a incidência do referido adicional sobre o salário básico.
Adicional de insalubridade – adicional pago aos trabalhadores que exerçam atividades em locais ou circunstância que causem danos à saúde. Pode se apresentar no grau máximo, médio ou mínimo, com os percentuais respectivamente de 40%, 20% e 10% sobre o valor do salário mínimo.
Legislação 192 CLT:
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Salário condição - Esses adicionais possuem natureza salarial, porém se apresentam como salário condição e tão logo seja eliminado a condição que os justificou o seu pagamento deve ser excluído.
Legislação – art. 194 da CLT:
Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Bons estudos!

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