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Elaine Fontes Cezar 201407220561 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI/RJ. PEDRO, nacionalidade, estado civil, engenheiro, portador do RG nº,inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado em Niterói/RJ, na rua, nº, bairro, CEP, vem por meio de seu advogado abaixo assinado, com escritório na rua,nº,bairro,CEP, para onde deseja que sejam remetidas as futuras intimações, perante Vossa Excelência, propor a presente: QUEIXA - CRIME em face de Helena, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº, inscrita no CPF sob o nº , residente e domiciliada a Rua, nº, Niterói - RJ CEP, pela prática dos seguintes fatos: DOS FATOS O QUERELANTE no dia 19/04/2014 comemora seu aniversário, e no período da noite planejava realizar uma comemoração em uma famosa churrascaria em Niterói-RJ. Na parte da manhã o QUERELANTE resolveu enviar os convites por meio da rede social, perante todos seus contatos. A QUERELADA, ex- namorada do QUERELADO, sabendo de toda comemoração, e também possui um perfil na rede social, de seu computador, publicou a seguinte mensagem para o QUERELADO com intuito de ofender-lhe: “não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, irresponsável e sem vergonha, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado ele cambaleava pelas ruas do Rio, inclusive estava bêbado no horário do expediente e que a empresa que ele trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo”. No mesmo instante, o QUERELANTE que estava conectado a rede social através de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos. O mesmo mortificado não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel que estavam do seu lado naquele instante. Insta salientar, que o QUERELANTE tentou disfarçar todo o constrangimento sofrido com a mensagem, perdendo assim todo seu entusiasmo, e a festa deixou de ser realizada. No dia seguinte, o QUERELANTE procurou a Delegacia de Polícia e narrou o ocorrido para autoridade policial, entregando todo conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social onde poderia ser visualizada. Importante destacar, que a cópia e o material que foi entregue a autoridade policial, fora registrada em cartório, a fim de que se comprovasse a veracidade dos fatos e a data do ocorrido. DO DIREITO Ante o exposto, e de toda narrativa do fato, não restam dúvidas da autoria delitiva, visto que a QUERELADA em nenhum momento se preocupou com a honra do QUERELADO. A materialidade delitiva está comprovada através das cópias e de todo material que fora capturado e entregue a autoridade policial, além da prova testemunhal. A conduta da QUERELADA encontra-se elencada nos artigos 139 e 140, ambos do Código Penal, configurando os delitos de difamação e injúria, onde a mesma agiu com o animus, em nenhum momento se preocupou nas palavras que foram ditas ao QUERELANTE, onde fora humilhado e sua honra atingida perante convidados e amigos. Ocorrendo no caso em tela o aumento de pena estabelecido nos artigos 141 e 70 do Código Penal. No caso em tela verificamos a existência da responsabilidade civil, onde a figura do dano é extremamente importante caracterizá-la, e nesse caso é nítido o dano psicológico, o chamado dano moral. A responsabilidade civil, portanto, nasce com a ocorrência de dano e gera direito à indenização da vítima por parte do ofensor. Sua consequência é de natureza estritamente econômica, patrimonial. Uma vez que a responsabilidade civil é relativamente independente da responsabilidade penal, não necessitando da condenação criminal para que seja paga a indenização. DOS PEDIDOS Sendo assim, o QUERELANTE requer à Vossa Excelência: a) Seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei 9.099/95; b) Em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citando a querelada para responder aos termos da ação penal; c) Requer seja julgado a procedência da pretensão punitiva estatal para condenar a querelada como incurso nas penas dos artigos 139 e 140 do Código Penal, com a causa de aumento de pena na inteligência dos artigos 141 e 70 do Código Penal. d) Intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas; e) A manifestação do Ilustre membro do Ministério Público; f) Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, IV, do CPP. ROL DE TESTEMUNHAS: 1) MARCOS 2) MIGUEL 3) MANOEL Nestes termos, Pede deferimento. Niterói – RJ ADVOGADO OAB
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