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A matrícula no ensino fundamental em perspertiva 1999

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República Federativa do Brasil 
Fernando Henrique Cardoso 
Ministério da Educação - MEC 
Paulo Renato Souza 
Secretaria Executiva do MEC 
Luciano Oliva Patrício 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP 
Maria Helena Guimarães de Castro 
Diretoria de Informações e Estatísticas Educacionais 
João Batista Gomes Neto 
A MATRÍCULA 
NO ENSINO FUNDAMENTAL 
EM PERSPECTIVA 
Um Modelo de Simulação 
Para a Previsão do 
Comportamento da Matrícula 
Usando o Fluxo Escolar 
Brasília -1999 
SUMÁRIO 
Apresentação ...................................................................................................................................................... 7 
Tabela 1. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa 
Brasil 1971-1998................................................................................................................................................ 8 
Tabela 2. Evolução da Taxa de Analfabetismo na População de 15 anos ou mais ........................................... 8 
Tabela 3. Taxas de Transição entre Séries no Ensino Fundamental - Brasil 1981-1995 .................................. 8 
1 - Alguns Aspectos que Influenciam o Estoque de Matrícula no Ensino Fundamental ........................... 9 
1.1 - A Evolução da Matrícula e o Fluxo entre Séries........................................................................................ 9 
Tabela 4. Distribuição da Matrícula por Idade na 1ª Série do Ensino Fundamental - Brasil 1991-1998........ 10 
Tabela 5. Taxas Agregadas de Rendimento Escolar no Ensino Fundamental - Brasil 1995-97 ..................... 10 
1.2 - A Legislação ............................................................................................................................................ 11 
Tabela 6. Taxas de Distorção Idade x Série no Ensino Fundamental - Brasil 1998........................................ 12 
Tabela 7 Matrículas em Classes de Aceleração no Ensino Fundamental, 
por Séries de Ingressos - Brasil 1998 ............................................................................................................... 12 
Tabela 8. Evolução das Matrículas em Classes de Alfabetização, Pré-escola e Supletivo 
Brasil 1996-1998.............................................................................................................................................. 14 
Tabela 9. Evolução da Matrícula no Supletivo, na Pré-escola e em Classes de Alfabetização 
Bahia 1997-1998.............................................................................................................................................. 14 
Tabela 10. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa 
Brasil 1991-1998.......... '................................................................................................................................... 14 
1.3 - As Classes de Aceleração de Aprendizagem ........................................................................................... 15 
1.4 - As Classes de Alfabetização..................................................................................................................... 15 
1.5 - A Pré-escola ............................................................................................................................................. 15 
1.6-O Supletivo................................................................................................................................................ 16 
1.7 - A Consistência dos Dados Apurados pelo Censo Escolar ....................................................................... 16 
1.8 - A Progressão entre Séries ........................................................................................................................ 16 
2 - O Modelo de Fluxo Escolar...................................................................................................................... 17 
2.1 - Conceitos e Definições ............................................................................................................................ 17 
2.1.1 -Coorte .................................................................................................................................................... 17 
2.1.2-Matrícula Inicial...................................................................................................................................... 17 
2.1.3 - Transferidos .......................................................................................................................................... 18 
2.1.4 - Admitidos ............................................................................................................................................. 18 
2.1.5 - Novos Ingressos.................................................................................................................................... 18 
2.1.6 - Transferências....................................................................................................................................... 18 
2.1.7-Matrícula Total ....................................................................................................................................... 18 
2.1.8 - Alunos Aprovados ................................................................................................................................ 18 
2.1.9-Reprovados ............................................................................................................................................. 18 
2.1.10 - Afastados por Abandono .................................................................................................................... 18 
2.1.11 - Matricula Final.................................................................................................................................... 18 
2.1.12-Repetentes............................................................................................................................................. 18 
 
2.1.13 - Promovidos.......................................................................................................................................... 18 
2.1.14-Evadidos ............................................................................................................................................... 18 
2.1.15 - Taxa de Repetência ............................................................................................................................. 18 
2.1.16 - Taxa de Promoção .............................................................................................................................. 18 
2.1.17 -Taxa de Evasão.................................................................................................................................... 18 
2.1.18 - Taxa de Reprovação....: ...................................................................................................................... 18 
2.1.19 - Taxa de Aprovação............................................................................................................................. 18 
2.1.20 -Taxa de Abandono......................................................................... ..................................................... 19 
2.1.21 - Matrícula na idade i ............................................................................................................................ 19 
2.1.22 - População na idade i ........................................................................................................................... 19 
2.1.23 - Matrícula no Supletivo de 1a a 4a série................................................................................................. 19 
2.1.24 - Matrícula no Supletivode 5a a 8a série.................................................................................................. 19 
2. 1.25 - Matrícula em Classes de Alfabetização .............................................................................................. 19 
2.1.26 - Matrícula em Classes de Alfabetização com mais de 6 anos ............................................................... 19 
2.1.27 - Matrícula em Pré-escola ..................................................................................................................... 19 
2.1.28 - Matrícula em Pré-escola com mais de 6 anos...................................................................................... 19 
2.1.29 - Coorte de 6 anos ................................................................................................................................. 19 
2.1.30 - Matrícula em Classes de Aceleração ................................................................................................... 19 
2.1.31 - Matrícula de alunos que não frequentavam escola .............................................................................. 19 
2.1.32 - Matrícula de alunos que frequentavam supletivo ................................................................................ 19 
2.1.33 - Ingressos de Fora do Sistema ............................................................................................................. 19 
2.2 - Simulação de uma Coorte ........................................................................................................................ 19 
2.2.1 - Fluxo de Entrada................................................................................................................................... 19 
2.2.2 - Fluxo de Saída ...................................................................................................................................... 19 
3. Simulação do Fluxo Escolar ...................................................................................................................... 21 
3.1. - Taxas de Transição - Ajustes da Matrícula Inicial do ano de 1998.......................................................... 21 
3.2. - Taxas de Transição - Hipóteses para o cálculo das Taxas ....................................................................... 22 
3.3 - Estimativas 1999 e 2000 .......................................................................................................................... 22 
3.3.1 - As estimativas para o ano de 1999 tiveram a seguinte composição....................................................... 22 
3.3.2 - As estimativas para o ano 2000 tiveram a seguinte composição ........................................................... 23 
3.4 - Estimativa para a rede pública.................................................................................................................. 24 
4 - Conclusões e Recomendações .................................................................................................................. 24 
ANEXO I 
Tabela A.l - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Brasil.................... 29 
Tabela A.2 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Rondônia............. 30 
Tabela A.3 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Acre ...................... 31 
Tabela A.4 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Amazonas ............. 32 
Tabela A.5 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Roraima .............. 33 
Tabela A.6 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Pará ....................... 34 
Tabela A.7 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Amapá................... 35 
 
Tabela A.8 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Tocantins .............36 
Tabela A.9 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Maranhão.............37 
Tabela A. 10 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Piauí....................38 
Tabela A .11 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Ceará ................39 
Tabela A. 12 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Rio Grande do Norte ........................................................................................................................................40 
Tabela A. 13 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Paraíba ................41 
Tabela A. 14 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Pernambuco ........42 
Tabela A. 15 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Alagoas...............43 
Tabela A. 16 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Sergipe................44 
Tabela A. 17 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Bahia...................45 
Tabela A. 18 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Minas Gerais.....................................................................................................................................................46 
Tabela A. 19 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Espírito Santo ...................................................................................................................................................47 
Tabela A.20 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Rio de Janeiro ...................................................................................................................................................48 
Tabela A.21 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - São Paulo...........49 
Tabela A.22 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Paraná ................50 
Tabela A.23 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Santa Catarina...................................................................................................................................................51 
Tabela A.24 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Rio Grande do Sul.............................................................................................................................................52 
Tabela A.25 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Mato Grosso do Sul ..........................................................................................................................................53 
Tabela A.26 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Mato Grosso .....................................................................................................................................................54 
Tabela A.27 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Goiás..................55 
Tabela A.28 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar 
Distrito Federal .................................................................................................................................................56 
ANEXO II 
Tabela B. Fluxo Escolar - Taxas de Transição Entre Séries - 1997 .................................................................57 
ANEXO III 
Tabela C. Matrícula Inicial do Ensino Fundamental Regular - 1996-2000......................................................61 
ANEXO IV 
Tabela D. Evolução da Participação da Rede Particular no Total da Matrícula Inical do................................65 
EnsinoFundamental Regular - 1996-2000 
ANEXO V 
Tabela E. Matrícula Inicial do Ensino Fundamental Regular na Rede Pública - 1996-2000 ........................... 69 
 
Apresentação 
Este trabalho foi motivado pela necessidade de se estimar o comportamento futuro da matrícula no ensino 
fundamental no Brasil para subsidiar o planejamento de algumas ações do Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação - FNDE. Esta demanda fez com que a equipe técnica da Diretoria de 
Informações e Estatísticas Educacionais - SEEC. unidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais, iniciasse uma ampla reflexão sobre a evolução da matrícula no ensino fundamental. Foi um 
minucioso trabalho de investigação, onde procuramos identificar todos os componentes que estão 
influenciando o estoque de matrícula, sua distribuição entre as séries e sua estrutura etária, quer seja pelas 
políticas implementadas atualmente ou pelo reflexo das ações do passado. A partir daí, iniciamos um processo 
de exploração dos modelos mais aceitos para estimar o comportamento futuro da matrícula. A opção escolhida 
foi a de utilizar o modelo de fluxo escolar. E um modelo que foi amplamente discutido e que se mostrou 
adequado para este propósito. Evidentemente, como todo modelo, existem hipóteses e restrições que devem ser 
levadas em consideração quando da utilização dos resultados aqui apresentados. 
 
Tabela 1. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa - Brasil 1971-1998 
 
MATRICULA NO ENSINO FUNDAMENTAL 
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA 
TRATIVA 
PÚBLICA 
ANO TOTAL 
TOTAL % FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA % 
1971 17.066.093 14.667.179 85,9 127.930 10.028.518 4.510.731 2.398.914 14,1 
1980 22.598.254 19.700.180 87,2 169.338 11.928.315 7.602.527 2898.074 12,8 
1984 24.825.545 21.803.639 87,8 135.461 13.980.372 7.687.806 3.021.906 12,2 
1989 27.557.542 24.114.558 87,5 140.983 15.755.120 8.218.455 3.442.984 12,5 
1991 29.203.724 25.585.712 87,6 95.536 16.716.816 8.773.360 3.618.012 12,4 
1995 32.543.968 28.752.549 88,3 31.330 18.175.169 10.546.050 3.791.419 11,7 
1996 33.131.270 29.423.373 88,8 33.564 18.468.772 10.921.037 3.707.897 11,2 
1997 34.229.388 30.565.641 89,3 30.569 18.098.544 12.436.528 3.663.747 10,7 
1998 35.792.554 32.409.205 90,5 29.181 17.266.355 15.113.669 3.383.349 9,5 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
Tabela 2. Evolução da Taxa de Analfabetismo na População de 15 anos ou mais 
 
TAXA DE ANALFABETISMO NA POPULLAÇÃO DE 15 ANOS OU MAIS POR GRUPOS DE IDADE 
ANO 
TOTAL 15 a19 
ANOS 
20 a 24 
ANOS 
25 a 29 
ANOS 
30 a 39 
ANOS 
40 a 49 
ANOS 
50 ANOS 
OU MAIS 
1970 33,6 24,3 26,5 29,9 32,9 38,5 48,4
1980 25,4 16,5 15,6 18,0 24,0 30,8 43,9
1991 20,1 12,1 12,2 12,7 15,3 23,8 38,3
1995(*) 15,6 6,8 7,5 9,3 11,0 16,7 32,7
1997(*) 14,7 5,7 7,1 8,6 10,2 15,2 31,6
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 1970/1980/1991 e PNAD 1995/1997 
(*) Exclusive a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá 
Tabela 3. Taxas de Transição entre Séries no Ensino Fundamental - Brasil 1981-1995 
 
Séries (%) 
Ano/Indicador 
1ª 2* 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 
REPETÊNCIA 
1981 57 28 22 18 34 30 27 21 
1985 51 34 25 23 40 33 29 21 
1990 46 34 26 23 41 34 30 23 
1995 46 32 24 19 34 27 23 18 
PROMOÇÃO 
1981 41 66 70 71 56 62 66 68 
1985 47 60 66 66 50 57 64 66 
1990 53 61 68 68 51 58 64 64 
1995 53 64 71 72 58 64 70 69 
EVASÃO 
1981 2 6 8 11 10 8 7 11 
1985 2 6 9 11 10 10 7 13 
1990 1 5 6 9 8 8 6 13 
1995 1 3 5 9 9 9 7 13 
Fonle: MEC/INEP/SEEC (Censos Educacionais). 
Nota: Correções de consistência e estimativas feitas por Ruben Klein, LNCC/CNPq. 
 
1. Alguns Aspectos que Influenciam o Estoque de Matrícula no 
Ensino Fundamental 
Antes de iniciarmos a abordagem direta ao modelo de estimação da matrícula, vamos discutir o 
comportamento da matrícula no ensino fundamental nos últimos 28 anos e as tendências atuais, considerando 
alguns aspectos que estão atuando diretamente no volume desta matrícula e em sua estrutura etária. 
1.1 A Evolução da Matrícula e o Fluxo entre Séries 
Nos últimos 5 anos o Sistema Educacional Brasileiro iniciou um verdadeiro processo de transformação, onde 
diversos programas foram implementados pelo governo federal visando promover uma mudança de rumo da 
educação nacional. Nas décadas de 70 e 80, veja Tabela 1, buscava-se a universalização do ensino com 
prioridade na construção de prédios escolares. Naquela época, para muitos analistas, esta política se justificava 
tendo em vista o contingente elevado da população fora da escola, notadamente no ensino fundamental. Para se 
ter uma idéia do esforço que foi feito naquele período, basta observar que em 1971 a taxa de analfabetismo na 
faixa etária de 15 anos ou mais era de 33,6%, e, em 1997, este percentual caiu para 14,7%. Cabe salientar, 
entretanto, que a maior parte deste contingente se concentra nas idades mais avançadas, veja Tabela 2. É 
importante observar que a participação da rede pública foi decisiva para esta mudança. Pela Tabela 1 vemos 
que a rede pública cresceu 121,0% neste período, enquanto a rede privada teve um aumento de 41,0%, 
passando de uma participação de 14,1% na matrícula total para 9,5%. 
O ensino fundamental, até a promulgação da lei n° 9.394, de 1996, que estabeleceu as Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, era um sistema seriado de 8 anos de duração, tendo como idade adequada para ingresso 7 
anos. Portanto, idealmente, o aluno deveria concluí-lo aos 14 anos. Esta população-alvo tinha uma taxa de 
atendimento escolar de 67,1% em 1970, chegando, em 1998 a 95,8%. Evidentemente, naquela oportunidade 
não se tinha um diagnóstico preciso sobre a progressão dos alunos nas séries do ensino fundamental e, desta 
forma, muitos fenômenos que se consolidavam não foram diagnosticados. Um desses fenômenos era o correto 
conhecimento das taxas de transição1 de fluxo escolar. Com o interesse de alguns pesquisadores2, a sociedade 
brasileira pôde tomar conhecimento de quão perverso era o tratamento dado aos alunos, sobretudo nas 
primeiras séries. Costa Ribeiro usou o termo "pedagogia da repetência" para justificar a impressionante taxa de 
repetência na 1a série do ensino fundamental, que era de 57 % em 1981, veja Tabela 3. 
Com a grande cobertura do sistema, o foco de atenção nesses últimos anos passou a ser a melhoria da 
qualidade do ensino e a tentativa de redução dessas taxas. Veja como o problema tomou proporções 
gigantescas. Em 1998, estimamos que 95,8% da população de 7-14 anos estudava e 95,3% estudava no ensino 
fundamental. O que impressiona é que havia um contingente de mais de 35 milhões de alunos matriculados no 
ensino fundamental (mais de 7 milhões que a suposta população-alvo). A coorte de 7 anos em 1998 era de 3,2 
milhões de pessoas e na 1ª série havia mais de 7 milhões de matrículas, mais de duas vezes o tamanho da 
coorte. Veja a Tabela 4. 
1 Promoção, Repetência e Evasão 
2 Sérgio Costa Ribeiro, Ruben Klein, Philip Fletcher e João Batista Gomes Neto 
3 Projeções preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 
 
Tabela 4. Distribuição da Matrícula por Idade na 1ª Série do Ensino Fundamental - Brasil 1991-1998 
 
Matrícula 
Ensino Fundamental 
Ano 
Série Total 
Menos de 
7 Anos 
7 Anos 8 Anos 9 Anos 10 Anos 11 Anos 12 Anos 13 Anos 14 Anos 
Mais de 
14 Anos 
1991 1a Séne 6.045.787 627.470 1.823.713 1.146.708 769.973 554.470 384.362 268.921 178.332 112.458 179.380
 100% 10,4% 30,2% 19,0% 12,7% 9.2% 6,4% 4,4% 2,9% 1,9% 3,0%
1998 1a.Série 7.079.742 442.523 2.257.871 1.678.152 769.416 522.150 359.225 261.669 194.818 140.187 453.731
 100% 6.3% 31.9% 23,7% 10.9% 7,4% 5,1% 3.7% 2,8% 2,0% 6,4%
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
Tabela 5. Taxas Agregadas de RendimentoEscolar no Ensino Fundamental - Brasil 1995-97 
 
Aprovados (%) Reprovados (%) Abandono (%) Unidades da 
Federação 1995 1996 1997 1995 1996 1997 1995 1996 1997 
Brasil 70,6 73,0 77,5 15,7 14,1 11,4 13,6 12,9 11,1 
Norte 58,9 62,3 66,0 17.9 18,7 16,6 23,2 19,0 17,4 
Rondônia 68,3 70,4 73,0 16,7 15,8 13,7 15,0 13,7 13,3 
Acre 65,1 66,5 64,9 17,2 16,8 16,7 17,7 16,7 18,4 
Amazonas 63,9 64,9 69,0 16,8 17,0 14,4 19,3 18,1 16,6 
Roraima 72,5 73,3 78,2 15,2 15,0 10,7 12,3 11,6 11,1 
Pará 53,8 57,8 62,2 20,1 21,5 19,1 26,1 20,7 18,7 
Amapá 65,2 66,7 71,3 17,8 22,3 19,7 17,0 11,0 9,0 
Tocantins 57,3 64,4 67,8 11,9 12,9 12,2 30,8 22,6 19,9 
Nordeste 60,3 62,3 67,4 18,9 17,1 15,4 20,7 20,6 17,2 
Maranhão 58,0 62,2 67,9 15,5 15,9 14,2 26,5 22,0 18,0 
Piauí 55,1 55,1 61,0 23.5 23,1 21,8 21,4 21,8 17,2 
Ceará 72,2 66,8 75,9 13,7 11,7 10,2 14,2 21,5 13,9 
R. G. do Norte 58,6 64,1 66,8 22,6 17,0 17,9 18,8 18,8 15,4 
Paraíba 63,7 64,3 65,9 17,3 17,1 15,9 19,0 18,6 18,2 
Pernambuco 58,7 62,3 66,7 21,2 18,1 16,6 20,1 19,7 16,6 
Alagoas 56,1 53,9 55,9 24,5 23,8 20,8 19,4 22,3 23,3 
Sergipe 56,3 54,4 62,0 29,9 25,1 20,3 13,9 20,4 17,8 
Bahia 58,7 63,3 68,0 17,9 16,5 14,2 23,4 20,2 17,7 
Sudeste 79,9 82,9 87,8 13,0 10,2 6,6 7,1 6,9 5,6 
Minas Gerais 75,5 80,0 86,5 14,4 10,5 4,9 10,1 9,5 8,5 
Espirito Santo 74,4 75,7 80,3 14,8 13,2 10,4 10,8 11,1 9.3 
Rio de Janeiro 69,5 80,0 78,2 12,8 13,2 14,4 17,7 6,8 7,4 
São Paulo 86,8 86,1 92,6 12,1 8,8 4,5 1,2 5,1 3,0 
Sul 76,7 77,8 82,3 15,2 14,9 11,5 8,1 7,2 6,1 
Paraná 74,8 76,1 82,5 13,9 14,4 9,5 11,3 9,5 8,0 
Santa Catarina 81,3 81,0 83,9 13,5 13,7 11,5 5,2 5,3 4,5 
R. G. do Sul 76,4 77,9 81,2 17,4 16,1 13,6 6,2 6,0 5,2 
Centro-Oeste 68,5 71,1 74,3 14,9 14.8 12,5 16,6 14,1 13,2 
M.G.do Sul 70,1 71,2 73,0 18,3 18,6 17,5 11,5 10,2 9,5 
Mato Grosso 65,5 72,1 75,0 12,1 14,0 10,1 22,3 13,9 14,9 
Goiás 66,1 68,1 71,8 13,3 13,4 11,4 20,5 18,5 16,8 
Distrito Federal 77,3 77,5 81,7 19,1 15,8 13,4 3,7 6,7 4,9 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
 
Klein mostrou nas simulações de fluxo escolar, utilizando os dados dos Censos Escolares do INEP. que a taxa 
de evasão no Brasil, especialmente nas primeiras séries, são muito baixas (próximas de 1% na 1a série), o que 
nos dá uma informação muito valiosa: apesar dos altos índices de não-aprovação. os estudantes continuam na 
escola. Não vamos abordar aqui as questões pedagógicas e/ou sociológicas que justificam esta permanência, 
mas apenas as suas consequências, ou seja, trazem um inchaço no sistema e evidentemente aumentam os 
custos de sua manutenção, tendo em vista que o aluno demora muito mais de 8 anos para concluir o ensino 
fundamental. Se temos taxas de atendimento próximas a de países como Austrália (96.6%), Coréia (92,3%), 
Suécia (96,1%) e Dinamarca (96,7%)4, surge uma pergunta: por que a matrícula no ensino fundamental ainda 
experimenta uma taxa de crescimento tão alta, quando deveria estar estabilizada, ou mesmo em queda como 
ocorre no estado de São Paulo em quatro anos consecutivos? Uma das respostas está na elevada taxa de 
repetência dos alunos, veja Tabela 5. Isso pode ser observado analisando diversos indicadores como as taxas 
de transição de fluxo escolar, de rendimento e de distorção idade x série, veja as Tabelas 3, 5 e 6. 
Diante da conclusão, agora precisa, de uma grande cobertura, uma campanha nacional5 foi desencadeada para 
tentar atingir aquele contingente que ainda estava fora da escola. Sabe-se que nesta parcela da população a 
dificuldade de incorporá-la é muito maior. Seguramente é um contingente extremamente pobre, muitas vezes 
em situação de risco, sofrendo algum tipo de exploração, e, por isso, a campanha deve ser permanente. 
Medidas complementares já estão sendo adotadas, como o Programa de Garantia de Renda Mínima6, onde se 
remunera as famílias de baixa renda quando todos os seus membros na faixa etária de 7-14 anos estão 
efetivamente matriculados e frequentando escola. 
1.2 A Legislação 
A Constituição Federal estabelece que a União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
A União organizará o sistema federal de ensino, financiará as instituições de ensino públicas federais e 
exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de 
oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira 
aos Estados , ao Distrito Federal e aos Municípios. 
Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Os Estados e o Distrito 
Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. 
Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de 
modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. 
Taxas de Atendimento de 5-14 anos - Education at a Glance OECD Indicators 1998 
5 Programa Toda Criança na Escola 
6 Instituído pela lei n° 9.533 de 1997 e regulamentada pelo decreto n° 2.609 de 1998. 
 
Tabela 6. Taxas de Distorção Idade x Série no Ensino Fundamental - Brasil 1998 
 
Série (%) Unidade da 
Federação Total 
1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série 
Brasil 46,6 38,2 44,0 44,5 45,7 54,3 52,5 52,0 50,6 
Norte 61,3 51,2 62.3 64,5 64.9 69,7 67,4 65,7 63.6 
Rondônia 46,8 28,8 40,3 43,7 46.6 61,4 59,0 57,1 55,9 
Acre 57,8 .49,7 60,3 59.9 60,5 62,3 62,6 62,9 61,5 
Amazonas 64,6 53,4 62,4 65,4 64,2 74,6 72,5 72,1 71,6 
Roraima 45,4 32,0 42,7 47,4 49,7 53,4 54,0 49,2 47,8 
Pará 64,0 55,1 68,6 70,4 70,7 70,8 67,4 62.8 59,0 
Amapá 48,1 30,0 40,7 49,1 53,9 62,1 61,5 57,3 61,2 
Tocantins 64,4 49,1 61,4 66,5 67,9 74,3 72,4 75,1 71,2 
Nordeste 64,2 54,1 65,0 67,7 66,3 72.2 69,2 70.2 67,4 
Maranhão 65,3 58,3 68,6 68.6 68,6 71,8 68.3 67,8 65,3 
Piauí 63,3 56,3 68,1 68,2 69,0 68.9 63,8 58,9 57,0 
Ceara 60,4 46,2 59,5 64,6 63,0 69,4 67,5 67,3 66,3 
R. G. do Norte 56,4 40,6 54,4 58,5 58,2 65,3 64,7 64,8 64,2 
Paraíba 66,5 58.1 70,1 70,0 68.6 74.4 70,9 69.2 66.8 
Pernambuco 58,6 45,8 56,3 57,5 57,1 69.2 66.9 67,8 65,7 
Alagoas 67,8 58,8 71,0 71,9 71,1 75,6 73,2 72,4 70,1 
Sergipe 67,5 57,7 68,6 70,0 69,9 74,0 72,7 72,7 73,1 
Bahia 68,4 57,0 69,4 74,1 71,2 75,9 72,1 75,8 71,0 
Sudeste 34,2 14,7 22.6 25,6 34,3 43,9 45,5 45,4 44,6 
Minas Gerais 42,2 17,2 24,1 27,4 44,1 55,8 58,2 58,7 56,7 
Espírito Santo 36,0 13,0 31.3 33,8 34,2 44.7 44,6 45,6 45,5 
Rio de Janeiro 41,6 27,8 35,8 37,5 41.7 52,7 49,3 48.6 46.8 
São Paulo 26,4 5,7 15,2 19,6 24,8 32,9 36,7 37,4 38,0 
Sul 25,8 10,5 17,6 21,4 24,0 35,8 33,1 32.2 37,7 
Paraná 28,4 10,4 20,2 24,1 26,2 40,7 31,7 31,5 46,5 
Santa Catarina 26,9 12,2 19,0 23,5 25,9 36,4 36,7 35,4 33,6 
R. G. do Sul 22,6 9,6 13,7 17,2 20,5 30,3 32,4 31,4 28,3 
Centro-Oeste 45,5 25,1 36,3 42,2 43,4 56,7 58,0 57,5 56,1 
M.G. do Sul 42,4 22,3 34,3 39,0 39,8 56,6 56,1 54,5 52,3 
Mato Grosso 44,1 24,2 36,4 40,7 44,0 57,1 57,0 55,0 53,8 
Goiás 51,7 33,1 43,1 47,9 51,7 62,2 62,7 62,6 61,8 
Distrito Federal 33,3 2,6 17,3 32,4 19.6 42,8 48,9 51,3 48.8 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
Tabela7. Matriculas em Classes de Aceleração no Ensino Fundamental, por Séne de Ingresso • Brasil 1998 
 
Matrícula em Classes de Aceleração por série de Ingresso Região 
Geográfica Total 1ªséne 2ª série 3ª série 4ª séne 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série 
Brasil 1.189.998 129.115 106.793 181.007 126.380 218.113 141.207 152.816 134.567 
Norte 29.454 8.327 5.696 6.333 2.245 2.316 1.749 1.599 1.189 
Nordeste 411.719 101.200 56.367 112.350 33.138 57.851 5.822 40.970 4.021 
Sudeste 563.964 12.078 29.097 39.211 87.796 103 690 106.353 98.987 86.752 
Sul 153.789 2.394 6.764 9.403 2.137 53.50626.483 10.728 42.374 
Centro-Oeste 31.072 5.116 8.869 13.710 1.064 750 800 532 231 
Fonte: MEC/ÍNEP/SEEC 
 
Em função destes preceitos constitucionais, nos últimos anos tem sido acelerado o processo de 
municipalização de escolas, com a transferência para os Municípios da responsabilidade sobre a gestão de 
escolas antes pertencentes à esfera estadual de ensino, sobretudo aquelas que ministram da 1a à 4a série do 
ensino fundamental, veja Tabela 10. 
Havia, até bem pouco tempo atrás, situações pelo menos inusitadas: alguns municípios com grande capacidade 
de arrecadação tributária não possuíam rede de ensino, sendo as escolas de ensino fundamental existentes em 
seu espaço territorial pertencentes às redes estadual e particular. Estabelecendo como prioridade o ensino 
fundamental e procurando corrigir disparidades regionais e sociais, o MEC elaborou e propôs a Emenda 
Constitucional N° 14/96, criando o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do 
Magistério-FUNDEF, regulamentado pela Lei N° 9424, de 24 de dezembro de 1996 e implantado a partir de 1o 
de janeiro de 1998. 
Este Fundo, de natureza contábil, instituído no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal gera condições 
para o enfrentamento do problema, por meio do incremento do investimento tomando-se como referência o 
número de alunos matriculados no ensino fundamental nas redes estadual e municipal. Estes dados são 
apurados pelos Censos Escolares realizados anualmente pelo INEP, que passam a ter fundamental importância 
uma vez que subsidiam os diversos programas educacionais do MEC, não só para o cálculo do coeficientes 
para distribuição dos recursos do FUNDEF como também para o gerenciamento de programas como a 
Merenda Escolar, Livro Didático, Dinheiro na Escola, entre outros. 
Se por um lado o FUNDEF garante um piso mínimo para investimento anual nos alunos atendidos pela rede 
pública em cada unidade da federação, com pelo menos 60% destes recursos destinados à valorização do 
magistério (salários e/ou programas de qualificação), por outro lado, é imprescindível que os dados que 
subsidiam tal distribuição sejam fidedignos e reflitam a realidade de cada estado, sob pena de o programa não 
atingir os objetivos previamente estabelecidos. 
Os dados dos Censos Escolares deixaram de ter um uso meramente estatístico e passaram a ter um uso 
gerencial e, por isso, sua precisão deve ser a maior possível. 
Com a introdução dos processos de auditoria e controle de qualidade, o INEP procura identificar as causas que 
geram possíveis inconsistências na prestação das informações e garantir que o erro verificado se mantenha em 
níveis aceitáveis, para que, com estas informações, medidas corretivas e até punitivas sejam implementadas 
buscando, progressivamente, a melhoria dos dados declarados nos Censos Escolares. 
 
Tabela 8. Evolução das Matriculas em Classes de Alfabetização, Pré-escola e Supletivo - Brasil 1996-1998 
SUPLETIVO ANOS CLASSES DE ALFABETIZAÇÃO PRÉ-ESCOLA TOTAL 1ª a 4ª SÉRIES 5ª a 8ª SÉRIES 
1996 1.443.927 4.270376 2.136.508 850.151 1.286.357 
1997 1.426.694 4.292.208 2.210.325 899.072 1.311.253 
1998 806.288 4.111.120 2.081710 783.591 1.298.119 
VARIAÇÃO 1996-98 -44.2% -3,7% -2.6% -7.8% 0,9% 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
Tabela 9. Evolução da Matrícula no Supletivo, na Pré-escola e em Classes de Alfabetização - Bahia 1997- 1998 
 
SUPLETIVO 
ANO 
TOTAL 1a a 4a SÉRIE 5a a 8a SÉRIE
CLASSES DE 
ALFABETIZAÇÃO PRÉ-ESCOLA 
1997 156.052 84.827 71.225 239.265 337.513 
1998 6.177 2.550 3.627 89.487 251.221 
Variação 1997-98 -96,0% -97,0% -94,9% -62.6% -25,6% 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
Tabela 10. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa - Brasil 1991-1998 
 
1a a 4a SÉRIE 5a a 8a SÉRIE 
ANO 
TOTAL ESTADUAL MUNICIPAL TOTAL ESTADUAL MUNICIPAL 
1991 15.551.179
100,0% 
8.204.453 
52,8% 
7.346.726 
47,2% 
8.236.953 
100,0% 
6.845.337 
83,1% 
1.391.616 
16,9% 
1996 18.026.556
100,0% 
9.442.059 
52,4% 
8.584.497 
47,6% 
11.363.253 
100,0% 
9.026.713 
79,4% 
2.336.540 
20,6% 
1998 19.520.344
100,0% 
7.593.028 
38.9% 
11.927.316 
61,1% 
12.859.680
100,0% 
9.673.327 
75,2% 
3.186.353 
24,8% 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
 
1.3 As Classes de Aceleração de Aprendizagem 
As principais políticas implementadas pelo atual governo, que está em seu segundo mandato, foi o de melhorar 
o desempenho do sistema. Algumas medidas muito importantes foram tomadas neste sentido, como a 
implantação de Classes de Aceleração de Aprendizagem, em que classes especiais, com orientação pedagógica 
própria, estão sendo criadas para atendimento de alunos com distorção idade x série. O objetivo é devolver o 
sincronismo idade x série, veja Tabelas 6 e 7. Nos estudos de avaliação desenvolvidos pelo SAEB7 foi 
identificado que um dos fatores de atuam diretamente no rendimento do aluno é exatamente a adequação entre 
sua idade e a série que frequenta. 
1.4 As Classes de Alfabetização 
A educação básica no Brasil tem a seguinte organização: educação infantil, para o atendimento prioritário às 
crianças de 0 a 3 anos em creches e de 4 a 6 na pré-escola. Sucessivamente, aparece a educação fundamental, 
que, se mantendo o sistema seriado ou ciclos de 8 anos, teria como público alvo a população de 7-14 anos, e, 
finalmente a educação média que, por sua vez, atenderia a população de 15-17 anos. Na Região Nordeste do 
Brasil, informalmente, foi introduzida uma nova categoria, as chamadas classes de alfabetização. Grande parte 
do contingente ali matriculado tem mais de 6 anos de idade, o que nos faz supor que, na verdade, essas classes 
de alfabetização são uma forma de suprir a deficiência no atendimento em pré-escola. Não existindo, de forma 
abrangente o atendimento em pré-escola, as crianças quando ingressam na escola, especificamente na Ia série 
do ensino fundamental, "não estão preparadas para o início da escolarização", e, desta forma, são alocadas 
nestas chamadas classes de alfabetização, que na verdade acabam se caracterizando como uma subseriação da 
1a série do ensino fundamental, ou 1a série "fraca", de tal forma que a criança, no ano seguinte, volta a cursar a 
1a série, ou 1a série "forte". Isto é uma das formas que Costa Ribeiro classificou de "pedagogia da repetência". 
A criança acaba sendo condenada a ingressar no ensino fundamental já com distorção idade x série (veja a 
evolução da matrícula nas Classes de Alfabetização na Tabela 8). As matrículas nestas classes estão em 
processo de extinção. Não sabemos se o que está ocorrendo é apenas uma mudança no registro dessas 
matrículas no questionário do Censo Escolar ou se está em curso algum plano pedagógico para banir esta 
prática. 
1.5 A Pré-escola 
A LDB, no seu artigo 32, estabelece que o ensino fundamental terá duração mínima de 8 anos e faculta aos 
sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. Assim, em um mesmo município, será possível 
encontrar escolas com estruturas de organização diferentes (tempo de duração, ciclos e/ou seriação). Para se ter 
uma idéia de como esta organização está a cargo de cada administração local, as redes municipais de Resende-
RJ, São João Del Rei-MG e Mateus Leme-MG estabeleceram que o ensino fundamental terá uma 
Pesquisa que permite aferir os conhecimentos dos alunos, mediante aplicação de testes, não com a intenção 
de "avaliar" o aluno, mas com o objetivo de identificar o que o aluno sabe ou é capaz de fazer nos diversos 
momentos do seu percurso escolar (proficiência), com a finalidade de ponderar a qualidade e a equidade do 
ensino ministrado. 
 
duração de nove anos, iniciando aos 6 anos de idade. Mas esta organização só é válida para a rede municipal. 
Diante das múltiplaspossibilidades, o Censo Escolar solicita que seja feita uma correspondência entre o 
sistema seriado, para se obter a matrícula nestas escolas. O que queremos destacar é que parte da matrícula da 
pré-escola poderá ser incorporada ao ensino fundamental (veja a evolução da matrícula na pré-escola na 
Tabela 8). 
1.6 0 Supletivo 
No estado da Bahia, o governo estadual, através da portaria n° 66/98, estabeleceu o fim do Supletivo. Estes 
jovens e adultos, que frequentam a escola, na sua grande maioria no turno noturno, foram incorporados ao 
ensino fundamental regular, veja a Tabela 9. Esta iniciativa fez com que aumentasse bastante a matrícula na 
faixa etária de 14 anos na 1a série, veja Tabela 4. Novamente, um outro contingente ingressando no ensino 
fundamental. Se esta for uma política generalizada, há ainda um contingente de 780 mil alunos matriculados 
nos cursos de supletivo de 1a a 4a série e 1,2 milhões de 5a a 8a série, veja Tabela 8. 
1.7 A Consistência dos Dados Apurados pelo Censo Escolar 
A partir de 1997, como um mecanismo de controle da qualidade dos dados obtidos nos levantamentos dos 
Censos Escolares, o INEP começou a implementar uma sistemática de verificação dos dados declarados pelas 
escolas ou pelos órgãos municipais de educação. Em alguns municípios os resultados obtidos foram 
surpreendentes, com uma matrícula declarada no Censo Escolar muito superior à matrícula verificada pela 
pesquisa. Esta pesquisa se orientou nos documentos das escolas que registram a frequência dos alunos (diários 
de classe). Em alguns municípios este documento sequer existia. Na maioria dos municípios os erros são 
ocasionados pela frágil estrutura de organização das escolas. A partir dos resultados deste trabalho, o INEP 
iniciou um intenso processo de conscientização dos dirigentes dos órgãos municipais e estaduais de educação 
no sentido de melhorar os processos de gestão administrativa da escola que, além do preenchimento correto do 
Censo Escolar, seguramente pode ter influência em aspectos pedagógicos. O próprio INEP desenvolveu um 
sistema informatizado de administração escolar e o colocou à disposição de qualquer escola com os requisitos 
mínimos para sua instalação. 
1.8 A Progressão entre Séries 
No início deste texto falamos da população-alvo do ensino fundamental. Com a possibilidade de o ensino 
fundamental ampliar o número de anos de duração e com a incorporação da clientela do supletivo, corre-se o 
risco de não se ter mais controle sobre a população a ser atendida neste nível de ensino. O fenômeno que está 
em pleno curso em São Paulo poderá demorar a ocorrer em outros estados. No caso de São Paulo, observa-se a 
implementação das Classes de Aceleração, o início do processo de municipalização e a progressiva melhoria 
das taxas de rendimento e de transição do fluxo escolar, fazendo com que os alunos alcancem, em maior 
SAEMEC - sistema de administração escolar desenvolvido para melhorar o ensino e facilitar o trabalho das 
escolas, possibilitando uma administração eficiente. Podendo ser usado por escolas pequenas que possuem 
apenas um microcomputador com Windows 95 e banco de dados MS Access, como por escolas grandes, ou 
uma cadeia de escolas, usando NT Server, SQL Server e NT Workstations. 
 
número, as séries superiores. Consequência: queda na matrícula no ensino fundamental, sobretudo nas séries 
iniciais. Pode parecer estranho, para um leitor desatento, que a queda da matrícula seja uma meta. mas não 
podemos deixar de lembrar que temos uma cobertura da população de 7-14 anos quase universal e que existem 
cerca de 7 milhões de alunos fora da faixa etária de 7-14 anos no ensino fundamental. Pensar em uma represa 
em que se abre suas comportas talvez ajude a entender este fenômeno. 
O desafio que se apresenta neste momento para a equipe técnica do INEP é tentar definir um modelo de 
previsão do comportamento futuro da matrícula, considerando todos os componentes abordados anteriormente, 
que julgamos terem um impacto decisivo nesta matrícula, muitos deles com possibilidade totalmente 
imprevisível e de intensidade variável. De qualquer forma, o trabalho que aqui será apresentado fará opção por 
um dos múltiplos cenários que poderá vir a ocorrer com a matrícula, sem esquecer que o componente aleatório 
poderá ser decisivo sobre a precisão da estimativa. 
2. O Modelo de Fluxo Escolar 
Dimensionar o volume de matrículas em cada série no ensino fundamental é imprescindível para o 
planejamento das ações dos principais programas do FNDE. O INEP possui uma série histórica bastante 
razoável sobre o comportamento da matrícula no ensino fundamental no Brasil, o que permite melhor 
avaliação dos parâmetros considerados no modelo explorado. Os componentes básicos deste modelo são os 
indicadores de progressão dos alunos, ou seja, as taxas de transição (promoção, repetência e evasão) . Com 
estes indicadores, é possível identificar o fluxo dos alunos entre as sucessivas séries, e, assim, estimar a 
matrícula futura. O Modelo de Fluxo Escolar é formalmente completo e foi amplamente discutido pela 
comunidade acadêmica. O desafio que se apresenta é o correto cálculo dessas taxas, a partir da exploração 
minuciosa das componentes exógenas que atuaram no sistema educacional e em que intensidade, como 
também o estabelecimento preciso de um cenário futuro com a identificação das componentes exógenas que 
poderão interferir na estimativa das matrículas. O modelo que usaremos aqui foi inicialmente proposto pela 
Unesco10 com as correções nos dados dos Censos Escolares propostas por Klein". 
2.1 Conceitos e Definições 
2.1.1. Coorte: é um conjunto de pessoas que vivenciam conjuntamente uma série de eventos em um 
período de tempo, assim, o tamanho de uma coorte é o número de pessoas na coorte. 
2.1.2. Matrícula Inicial (MAT{k,t}): Número de alunos matriculados e efetivamente frequentando a escola 
na série k no ano t no dia nacional do censo escolar (última 4a feira do mês de março de cada ano) 
9 Taxa de Repetência: percentual de alunos que se matriculam no inicio do ano letivo, na mesma série que 
estavam matriculados no ano anterior; Taxa de Promoção: Percentual de alunos que se matriculam no início 
do ano letivo na série seguinte àquela em que estavam matriculados no ano anterior; Taxa de Evasão: 
Percentual de alunos que, estando matriculados no início do ano letivo. em uma determinada série, não consta 
da matrícula inicial do ano letivo seguinte, nem como promovido nem como repetente. 
10 Análise e Projeções de Matrícula nos Países em Desenvolvimento - Tore Thonstad em cooperação com a 
Divisão de Estatísticas da UNESCO - Paris 1986. 
11 Produção e Utilização de Indicadores Educacionais - LNCC/CNPq - Rio de Janeiro 1995 
 
2.1.3. Transferidos (TR{k,t}): Número de alunos da série k no ano t que deixaram de frequentar 
determinada escola, após o dia nacional do censo escolar, para ingressar em outra. 
2.1.4. Admitidos (AD{k,t}): Número de alunos que são admitidos na série k no ano t após o dia nacional do 
Censo Escolar. 
2.1.5. Novos Ingressos (NI{k,t}): Número de Alunos que ingressaram na escola, na série k no ano t. após o 
dia nacional do Censo Escolar. Esta parcela é identificada quando a diferença Admitidos -
Transferidos é positiva. 
2.1.6. Transferências Não-Efetivadas (TRNE{k,t}): Número de alunos que solicitaram transferência para 
outra escola e não a efetivaram, ou seja, não foram admitidos na outra escola. Esta parcela é 
identificada quando a diferença Admitidos - Transferidos é negativa. 
2.1.7. Matrícula Total (MT{k,t}): Matrícula Inicial + Novos Ingressos série k no ano t. 
2.1.8. Alunos Aprovados (AP{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que, ao final do ano letivo, 
preencheram os requisitos mínimos de aproveitamento e frequênciaprevistos em legislação. 
2.1.9. Reprovados (RPR{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que. ao final do ano letivo, não 
preencheram os requisitos mínimos de aproveitamento e/ou frequência previstos em legislação. 
2.1.10. Afastados por Abandono (AB{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que deixaram de frequentar 
a escola, tendo sua matrícula cancelada (não inclui os alunos que se matricularam e nunca 
frequentaram a escola). 
2.1.11. Matricula Final (MF{k,t}|): Aprovados + Reprovados. 
2.1.12. Repetentes (RPT{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que estavam matriculanos no ano t-1 na 
mesma série k. 
2.1.13. Promovidos (PR{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que estavam matriculados, no ano t-1, na 
série k-1. 
2.1.14. Evadidos (EV{k,t}.): Número de alunos na série k no ano t, que no ano t+1 não se matriculam. 
2.1.15. Taxa de Repetência (TX RPT{k,t}): é a proporção de alunos da Matrícula Total na série k no ano t 
que vão repetir a série k no ano t+1. 
2.1.16. Taxa de Promoção (TX_PR.{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t que 
vão se matricular na série k+1 no ano t+1. 
2.1.17. Taxa de Evasão (TX_EV{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t que não 
se matriculam no ano t+1. 
2.1.18. Taxa de Reprovação (TX_RPR{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t 
que são reprovados. 
2.1.19. Taxa de Aprovação (TX_AP{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t que 
são aprovados. 
 
2.1.20. Taxa de Abandono (TX_AB{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t que 
tiveram transferência não-efetivadas + os alunos afastados por abandono. 
2.1.21. Matrícula na idade i: é o número de alunos matriculados, que no ano t completam a idade i. 
2.1.22. População na idade i: é o número de pessoas que, na época de realização do Censo Demográfico 
(geralmente o segundo semestre do ano t), declararam ter a idade i (anos completos). 
2.1.23. Matrícula no Supletivo de 1a a 4a série (SUP{14,t}): Número de alunos matriculados no supletivo de 
1a a 4a série (educação de jovens e adultos) no dia nacional do censo escolar do ano t. 
2.1.24. Matrícula no Supletivo de 5a a 8a série (SUP{58,t}): Número de alunos matriculados no supletivo de 5a 
a 8a série (educação de jovens e adultos) no dia nacional do censo escolar do ano t. 
2.1.25. Matrícula em Classes de Alfabetização (CA{t}): Número de alunos matriculados em classes de 
alfabetização no ano t. 
2.1.26. Matrícula em Classes de Alfabetização com mais de 6 anos (CA{6,t}): Número de alunos 
matriculados em classes de alfabetização que no ano t completam mais de 6 anos de idade. 
2.1.27. Matrícula em Pré-escola (PRE{t}): Número de alunos matriculados em pré-escola no ano t. 
2.1.28. Matrícula em Pré-escola com mais de 6 anos (PRE{6,t}): Número de alunos matriculados em pré-
escola que no ano t completam mais de 6 anos de idade. 
2.1.29. Coorte de 6 anos (POP{6,t}): Número de pessoas que completam 6 anos no ano t. 
2.1.30. Matrícula em Classes de Aceleração (AC{k,t}): Número de alunos matriculados em classes de 
aceleração na série k (série de ingresso) no ano t. 
2.1.31. Matrícula de alunos que não frequentavam escola (NF{k,t}): Número de alunos matriculados no 
ano t na série k que, no ano t-1 não frequentaram escola. 
2.1.32. Matrícula de alunos que frequentavam supletivo (NS{k,t}): Número de alunos matriculados no ano 
t na série k que, no ano t-1 frequentaram o supletivo. 
2.1.33. Ingressos de Fora do Sistema (IFS{k,t}): Número de alunos que ingressaram na série k no ano t que 
não estavam matriculados no ensino fundamental regular no ano t-1. 
2.2 Simulação de uma Coorte 
O modelo de fluxo escolar descreve a movimentação dos alunos no ensino fundamental regular seriado sob o 
seguinte enfoque: o número de alunos que ingressa em uma série no início do ano letivo é o mesmo que deixa 
esta série no final do ano letivo. Ou seja, para cada série existe um fluxo de entrada e um fluxo de saída: 
2.2.1. Fluxo de Entrada: alunos promovidos (veja definição 2.1.13) e alunos repetentes (veja definição 
2.1.12). 
2.2.2. Fluxo de Saída: alunos promovidos à série seguinte (veja definição 2.1.13), alunos que repetirão a 
série atual (veja definição 2.1.12) e alunos que não irão se matricular no ano seguinte, ou alunos 
evadidos (veja definição 2.1.14). 
 
 
2.2.3. Pelo fluxo de entrada e saída do modelo de fluxo escolar, observam-se as seguintes hipóteses: a) um 
aluno só ingressa no sistema regular de ensino através da 1a série; b) um aluno só poderá cursar uma 
série se já cursou todas as séries anteriores; c) um aluno só sai do sistema evadindo-se ou graduando-
se; d) se um aluno evade-se, ele não mais retorna; e e) as taxas de repetência, promoção e evasão para 
as diversas séries são constantes ao longo do tempo e são estimadas para um determinado ano. 
Para atender as hipóteses do modelo, que pressupõe um sistema fechado, serão necessários ajustes nas 
informações de matrícula, de forma a restabelecer o seu equilíbrio interno, possibilitando assim, o cálculo 
efetivo das taxas de transição. Para tanto, torna-se necessária a identificação de componentes, tais como a 
quantificação de ingressos de alunos de fora do sistema regular, quer seja através do supletivo ou de alunos 
que estavam fora da escola no ano anterior. Assim, teremos um novo diagrama para o modelo de fluxo escolar: 
 
 
3. Simulação do Fluxo Escolar 
O Trabalho foi desenvolvido por unidade da federação, onde, no caso brasileiro, a diversidade regional é 
bastante acentuada, como também as políticas educacionais adotadas. Será considerado um cenário otimista 
para os anos projetados, pressupondo o ingresso de toda a população de 7 anos, bem como a continuação da 
política de transferência das matrículas de supletivo, iniciadas no ano de 1998 para alguns Estados. É preciso 
estar claro que por hipótese, para as projeções apresentadas, foram utilizadas as taxas de transição de 1997, 
calculadas a partir dos Censos Escolares de 1997 e 1998. 
As estimativas calculadas nesta simulação do fluxo, para a Matrícula Inicial do Ensino Fundamental Regular 
por série, para os anos de 1999 e 2000, foram feitas em duas etapas. Na primeira, foram calculadas as taxas 
de transição (promoção, repetência e evasão) para o ano de 1997, utilizando-se os Censos Escolares de 1997 e 
1998. Na segunda etapa, as matrículas foram efetivamente projetadas a partir das taxas de transição, 
incorporando-se, ainda, em conformidade com o cenário escolhido, um contingente máximo de novas 
matrículas relativas a alunos que se encontravam fora do sistema educacional regular. Para o cálculo desta 
componente, utilizou-se a proporção apresentada no Censo Escolar 1998, calculada em relação à matrícula 
inicial por série, referente a: a) alunos que no ano anterior estavam fora da escola, b) alunos que no ano 
anterior estavam frequentando o supletivo e c) alunos que vieram de fora do Estado (esta última parcela se faz 
importante, já que estamos estimando a matrícula por unidade da federação). 
3 .1. Taxas de Transição - Ajustes da Matrícula Inicial do ano de 1998 
Para o cálculo das taxas de transição, já que estamos trabalhando com um sistema escolar aberto, ou seja, a 
entrada de alunos não ocorre somente na 1a série, foi necessária uma correção da matrícula inicial por série, 
para o ano de 1998. Para tanto, foram deduzidas da matrícula inicial de 1998, o contingente de "fora do sistema 
fundamental regular" em cada unidade da federação. Essa correção, em conformidade com a metodologia de 
Klein (1995), busca preservar a consistência do Fluxo dos Alunos, calibrando as matriculas de dois anos 
consecutivosde tal forma que seja avaliada a transição daqueles alunos que efetivamente encontravam-se 
matriculados no ano de 1997 (Tabela A). 
Nos Estados de Tocantins, Ceará, Bahia e Minas Gerais, onde se observou uma queda acentuada das 
matrículas do Ensino Supletivo e correspondente aumento das matrículas do Ensino Fundamental Regular, 
entre os anos de 1997 e 1998, configurando uma possível transferência do alunado, foram acrescidas à 
componente que seria deduzida da matrícula inicial de 1998, as matrículas do ensino supletivo distribuídas 
pelas oito séries do Ensino Fundamental Regular. Para tanto, adotou-se a proporção encontrada no Censo 
Escolar 1998, relativa às matrículas de alunos que no ano anterior frequentavam o Ensino Supletivo. Vale 
ressaltar que essa alternativa deveu-se ao fato dessas matrículas, em algumas unidades da federação, não terem 
sido informadas no campo específico do questionário do Censo Escolar de 1998, por tratar-se de uma 
transferência compulsória (veja o item 1.6). 
Uma componente diferenciada também foi introduzida para a correção dos dados de matrícula inicial do 
Estado do Paraná, no ano de 1998. Ao observar-se um aumento excessivo da matrícula inicial da 8a série em 
 
1998. quando analisada uma série histórica, constatou-se tratar de um impacto ocasionado por uma política de 
classes de aceleração com promoção automática iniciada em 1996 e dirigida aos alunos de 5a a 8a série. Esse 
fenômeno ficou evidenciado ao proceder-se uma análise nas taxas de evasão da 5a e 6a séries, verificando-se 
um aumento significativo das mesmas no ano de 1997. Esse fato ocorreu em função das classes de aceleração. 
devido ao deslocamento de alunos para séries não consecutivas, ou seja, no caso específico, o deslocamento de 
alunos matriculados nas 5a e 6a séries no ano de 1997 para a 8a série no ano de 1998. No caso da 7a série 
observou-se um aumento significativo no número de aprovados, entre os anos de 1996 e 1997, confirmando a 
política de promoção automática. O procedimento adotado para a correção da matrícula inicial da 8a série foi 
subtrair da matrícula inicial desta série a proporção equivalente ao aumento das taxas de evasão da 5a e 6a 
séries entre os anos de 1996 e 1997 em relação à matrícula inicial destas mesmas séries, que sofreram processo 
de "aceleração". Para o caso da 7a série, o contingente de matrículas da 8a série devidas à promoção automática 
foi estimado como o aumento apresentado entre os anos 1996 e 1997 do número de aprovados na 7a série. Esta 
quantidade também é deduzida da matrícula inicial da 8a série em 1998. 
3 .2. Taxas de Transição - Hipóteses para o cálculo das Taxas 
Também de acordo com as hipóteses propostas por Klein e objetivando tornar as taxas de transição o mais 
próximo da realidade, foram consideradas as seguintes hipóteses: a) existência de uma proporção de Evadidos 
Aprovados na Ia série, b) existência de uma proporção de Evadidos Não Aprovados específica para a Ia série, 
de outra adotada para a 2a série e ainda, de uma terceira proporção para as demais séries. Essas proporções 
variam para as diversas Unidades da Federação, podendo haver uma certa coincidência em Estados da mesma 
região geográfica (Tabela B). 
Ainda foi considerado, para os Estados de São Paulo, Minas Cerais, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, 
que adotam o Ciclo Básico de Alfabetização, a existência de uma fração da matrícula inicial da 2a série, 
referente a alunos que repetem essa série apesar de terem sido aprovados no ano anterior, identificados como 
repetentes aprovados. 
E importante ressaltar que a organização do sistema seriado do Ensino Fundamental em ciclos, o que vem 
sendo implantado em diversas unidades da federação, exigirá a inclusão do conceito de repetentes aprovados 
em outras séries (atualmente, o Ciclo Básico de Alfabetização apresenta repetentes aprovados somente na 2a 
série). Podemos citar como exemplo o caso de Minas Gerais, que desde 1996 vem adotando, de forma 
progressiva, a organização de ciclos que abrangeram, inicialmente, a 1a e 2a séries; passando para 1a à 3a série 
e estando atualmente envolvendo a 1a à 4a série. Num mesmo ciclo os alunos evoluem de forma automática, 
podendo haver retenção somente na última série do ciclo. 
3.3. Estimativas 1999 e 2000 
Inicialmente, as matrículas foram estimadas conjuntamente para as redes pública e privada (Tabela C), 
segundo a unidade da federação. 
3.3.1 As estimativas para o ano de 1999 tiveram a seguinte composição: 
 
• no caso específico da 1a série, a coorte de 7 anos em 1999 e os alunos com mais de 7 anos que estavam 
matriculados na Pré-Escola e Classe de Alfabetização no ano de 1998 (exceto nos Estados Minas Gerais, 
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, nos quais não existe 
Classe de Alfabetização). Para os Estados do Acre, Amazonas e Piauí foi considerado também um 
percentual extra de ingressos relativo a outras coortes, após a análise das taxas de atendimento na faixa de 
7-14 e distorção série/idade, calculadas para 1998, bem como a evolução da matrícula série/idade; 
• alunos promovidos e repetentes nas demais séries, calculados a partir das taxas de promoção e repetência 
de 1997, em relação à matrícula inicial de 1998; 
• ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos que estavam fora do sistema educacional e retornam ao 
Ensino Fundamental Regular, utilizando a mesma proporção apresentada em 1998, em relação a soma de 
alunos promovidos e repetentes de 1999; 
• ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos que frequentavam o Ensino Supletivo e se transferem 
para o Ensino Fundamental Regular, utilizando a mesma proporção apresentada em 1998 em relação a 
soma dos alunos promovidos e repetentes de 1999; 
• ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos transferidos de outros Estados, utilizando a proporção 
apresentada em 1998 em relação a soma dos alunos promovidos e repetentes de 1999; 
• no caso das unidades da federação com evidência ou indício de transferência das matrículas do ensino 
supletivo para o Ensino Fundamental Regular (Tocantins, Ceará, Bahia e Minas Gerais), foram 
consideradas as matrículas remanescentes de 1998; 
• no caso do Rio Grande do Sul, em função da alta taxa de atendimento na faixa de 7-14 anos e a baixa 
taxa de distorção série/idade, a proporção de ingressos extra Fluxo Escolar observado em 1998 foi 
reduzida pela metade. 
3.3.2. As estimativas para o ano 2000 tiveram a seguinte composição: 
? no caso específico da 1' série, a coorte de 7 anos para o ano 2000, exceto para os Estados do Acre, 
Amazonas e Piauí onde foi considerado também um percentual extra de ingressos relativo a outras 
coortes, em função das taxas de atendimento na faixa de 7-14 e distorção série/idade, calculadas para 
1998, bem com a evolução da matrícula série/idade; 
? alunos promovidos e repetentes das demais séries, calculados a partir das taxas de promoção e repetência 
de 1997 em relação à matrícula inicial estimada para 1999; 
? ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos que estavam fora do sistema educacional e retornam ao 
Ensino Fundamental Regular, utilizando a mesma proporção apresentada em 1998 em relação à soma de 
alunos promovidos e repetentes do ano 2000; 
? ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos que frequentavam o Ensino Supletivo e se transferem 
para o Ensino Fundamental Regular, utilizando a mesma proporção apresentada em 1998 em relação à 
soma dos alunos promovidos e repetentes do ano 2000; 
? ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos transferidos de outros Estados, utilizando a proporção 
apresentada em 1998 em relação à soma dos alunos promovidos e repetentes do ano 2000. 
 
■ no caso do Rio Grandedo Sul, em função da alta taxa de atendimento na faixa de 7-14 anos e a baixa taxa 
de distorção série/idade, consideramos que a proporção de ingressos extra Fluxo Escolar terá uma 
tendência de queda para 1999 e 2000 em relação aos valores observados até 1998. 
3.4. Estimativa para a rede pública 
Para o estabelecimento do percentual referente à rede pública (Tabela D), foi analisado o comportamento 
histórico das matrículas da rede privada distribuída por série, em cada unidade da federação. A partir dessa 
análise, foi projetada a participação da rede privada, por série, para os anos de 1999 e 2000 (Tabela D e E). 
Para a projeção da participação da rede pública para os anos de 1999 e 2000 do total de matrículas estimadas, 
foi deduzida a parcela projetada para a rede privada. 
4. Conclusões e Recomendações 
O grande desafio deste trabalho foi a exploração dos dados obtidos pelos Censos Escolares para entender a 
organização dos sistemas de ensino, a movimentação dos alunos e o impacto das políticas educacionais, sem o 
que, seriam impossíveis os ajustes necessários para o cálculo das taxas de transição do fluxo escolar. 
Ficou evidenciado que o sistema educacional brasileiro está experimentando um forte processo de 
transformação, sobretudo em função do FUNDEF; é praticamente impossível antever quando se dará uma 
acomodação neste processo. Procuramos orientar o trabalho de estimar as matrículas por série no ensino 
fundamental, considerando os impactos já ocorridos, supondo que a tendência se manterá nos próximos anos. 
Evidentemente que este processo poderá, e deverá, continuar nos próximos anos; o que não é possível prever é 
a intensidade com que ocorrerá. De qualquer forma, julgamos que a metodologia aqui aplicada é a melhor 
forma para estimar a matrícula para o ano 2.000 e sua distribuição entre as séries do ensino fundamental. 
O que precisa ficar claro é que os números finais da estimativa, apresentados neste trabalho, refletem um 
cenário até certo ponto conservador, ou seja, consideramos que as taxas de transição permanecerão constantes. 
Por outro lado, é possível fazer outras estimativas com cenários mais otimistas que considerem, por exemplo, 
aumento das taxas de promoção. De qualquer forma, a estimativa apresentada está longe de ser pessimista, 
tendo em vista que, por exemplo, considera a incorporação ao sistema de toda a coorte de 7 anos e a 
manutenção, nos níveis atuais, do número de matrículas de alunos de fora do sistema (reingresso). 
O risco que corremos ao utilizarmos estas estimativas são as intervenções externas que poderão vir a ocorrer. 
Já há fortes indícios de uma tendência, embora ainda incipiente, de ampliação do período de duração do ensino 
fundamental para 9 anos, o que poderia aumentar significativamente a matrícula na 1a série caso parte da 
coorte de 6 anos seja incorporada ao ensino fundamental. Outro aspecto que poderá modificar é a distribuição 
da matrícula entre séries, não o estoque, mas apenas sua distribuição, tendo em vista a implantação das classes 
de aceleração, o que viola uma das hipóteses do modelo de fluxo escolar, ou seja, um aluno poderá das "saltos" 
entre séries. Este fenômeno já teve um impacto grande na distribuição das matrículas de 5a a 8a série do estado 
do Paraná, em 1998. 
 
Ficou claro, também, que tem havido um significativo ingresso de alunos de fora do sistema, talvez refletindo 
o impacto de programas como Toda Criança na Escola. Nas estimativas ora apresentadas, consideramos que 
esta incorporação permanecerá constante neste período (1999 e 2000). 
Finalmente, não podemos deixar de salientar que medidas como a transferência de alunos da educação de 
jovens e adultos (supletivo) para o ensino fundamental poderá ter um papel decisivo sobre a qualidade das 
estimativas para o ano 2000. Neste trabalho, só foi considerado este fenómeno nos estados em que este 
processo já foi iniciado. 
 
ANEXOS 
ANEXO I 
Tabela A.1 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas 
Via Fluxo Escolar - Brasil 
ANO (t) 
Variável 
1996 1997 1998 
 
POP{6,t} 
SUP{14,t} 
SUP{58,t} 
CA{t} 
CA{6,t} 
PRE{t} 
PRE{6,t} 
MAT{1,t} 
MAT{2,t} 
MAT{3,t} 
MAT{4,t} 
MAT{5,t} 
MAT{6,t} 
MAT{7,t} 
MAT{8,t} 
AP{1 ,t} 
AP{2,t} 
AP{3,t} 
AP{4,t} 
AP{5,t} 
AP{6,t} 
AP{7,t} 
AP{8,t} 
RPR{1,t} 
RPR{2,t} 
RPR{3,t} 
RPR{4,t} 
RPR{5,t} 
RPR{6,t} 
RPR{7,t} 
RPR{8,t} 
AB{1,t} 
AB{2,t} 
AB{3,t} 
AB{4,t} 
AB{5,t} 
AB{6,t} 
AB{7,t} 
AB{8,t} 
AD{1,t} 
AD{2,t} 
AD{3,t} 
AD{4,t} 
AD{5,t} 
AD{6,t} 
AD{7,t} 
AD{8,t} 
TR{1,t} 
TR{2,t} 
TR{3,t} 
TR{4,t} 
TR{5,t} 
TR{6,t} 
TR{7,t} 
TR{8,t} 
3.282.221
850.151
1.286.357
1.443.927
962.748
4.270.376
455.232
6.404.406
5.193.631
4.493.805
3.935.398
4.397.913
3.489.240
2.873.863
2.343.014
4.067.485
3.779.965
3.486.960
3.209.308
2.889.660
2.516.489
2.196327
1.923.762
1.190.117
848.446
549.955
356.259
759.658
474.308
295.964
169.283
800.869
431.613
332.145
270.130
639.330
418.985
309.820
211.281
305.314
298.411
249.982
209.751
343.525
199.908
157.522
124.206
361.383
341.907
287.815
249.180
273.700
222.510
184.218
147.144
3.161.911
899.072
1.311.253
1.426.694
643.400
4.292.208
458.611
6.575.734
5.154.094
4.724.389
4.113.911
4.510.872
3.630.218
2.993.337
2.526.833
4.377.895
3.918.597
3.845.104
3.456.021
3.239.185
2.795.397
2.411.950
2.151.271
1.192.773
694.239
424.441
286.099
553.328
349.518
225.778
136.169
816.013
394.001
317.427
248.660
565.306
365.391
276.518
193.455
364.082
283.212
249.718
197.802
220.980
172.462
140.626
114.578
407.122
358.406
315.534
262.920
272.640
223.952
187.424
151.600
3.205.975 
783.591 
1.298.119 
806.288 
324.051 
4.111.120 
461.989 
7.079.742 
5.170.049 
4.684.209 
4.399.330 
4.656.172 
3.834.103 
3.218.865 
2.750.084 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
 
Tabela A.2 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas 
Via Fluxo Escolar - Rondônia 
ANO (t) Variável 
1996 1997 1998 
 
POP{6,t} 
SUP{14,t} 
SUP{58,t} 
CA{t} 
CA{6,t} 
PRE{t} 
PRE{6,t} 
MAT{1,t} 
MAT{2,t} 
MAT{3,t} 
MAT{4,t} 
MAT{5,t} 
MAT{6,t} 
MAT{7,t} 
MAT{8,t} 
AP{1,t} 
AP{2,t} 
AP{3,t} 
AP{4,t} 
AP{5,t} 
AP{6,t} 
AP{7,t} 
AP{8,t} 
RPR{1,t} 
RPR{2,t} 
RPR{3,t} 
RPR{4,t} 
RPR{5,t} 
RPR{6,t} 
RPR{7,t} 
RPR{8,t} 
AB{1,t} 
AB{2,t} 
AB{3,t} 
AB{4,t} 
AB{5,t} 
AB{6,t} 
AB{7,t} 
AB{8,t} 
AD{1,t} 
AD{2,t) 
AD{3,t} 
AD{4,t} 
AD{5,t} 
AD{6,t} 
AD{7,t} 
AD{8,t} 
TR{1,t} 
TR{2,t} 
TR{3,t} 
TR{4,t} 
TR{5,t} 
TR{6,t} 
TR{7,t} 
TR{8,t} 
30.850
8.063
31.227
1.603
583
32.693
5.829
58.643
46.236
41.770
37.724
39.380
26.655
19.495
15.843
35.790
35.981
33.698
30.213
22.469
16.578
13.198
11.428
14.410
5.831
4.157
2.995
8.234
5.080
2.552
1.605
7.650
3.412
2.828
2.488
6.141
3.602
2.418
1.703
4.012
3.568
3.055
2.563
4.676
2.190
1.520
1.282
5.752
4.847
3.921
3.350
2.874
2.005
1.450
1.272
30.046
7.528
25.826
3.314
984
33.206
5.385
55.829
46.856
43.403
39.528
43.077
29.909
21.209
16.463
34.696
36.537
34.915
32.034
26.870
19.537
14.724
12.471
12.115
5.326
3.640
2.858
7.349
4.476
2.444
1.473
6.802
2.964
2.696
2.391
6.515
3.843
2.625
1.756
4.425
3.503
2.954
2.376
2.900
2.036
1.518
1.200
5.491
5.072
4.466
3.630
3.022
2.306
1.764
1.472
30.361 
7.776 
27.272 
4.544 
1.384 
31.977 
4.941 
59.884 
43.648 
43.064 
39.743 
47.037 
33.359 
23.839 
18.418 
Fonte:MEC/INEP/SEEC 
 
Tabela A.3 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas 
Via Fluxo Escolar - Acre 
 
ANO (t) Variável 
1996 1997 1998
 
POP{6,t} 
SUP{14,t} 
SUP{58,t} 
CA{t) 
CA{6,t} 
PRE{t} 
PRE{6,t} 
MAT{1,t} 
MAT{2,t} 
MAT{3,t} 
MAT{4,t} 
MAT{5,t} 
MAT{6,t} 
MAT{7,t} 
MAT{8,1} 
AP{1,t} 
AP{2,t} 
AP{3,t} 
AP{4,t) 
AP{5,t) 
AP{6,t} 
AP{7,t) 
AP{8,t) 
RPR{1 ,t} 
RPR{2,t} 
RPR{3,t} 
RPR{4,t} 
RPR{5,t} 
RPR{6,t} 
RPR(7,t} 
RPR(8,t} 
AB{1,t} 
AB{2,t} 
AB{3,t} 
AB{4,t} 
AB{5,t} 
AB{6,t} 
AB{7,t} 
AB{8,t} 
AD{1,t) 
AD{2,t} 
AD{3,t} 
AD{4,t} 
AD{5,t} 
AD{6,t} 
AD{7,t} 
AD{8,t} 
TR{1,t} 
TR{2,t} 
TR{3,t} 
TR{4,t} 
TR{5,t} 
TR{6,t} 
TR{7,t} 
TR{8,t} 
12.145
5.634
6.685
941
370
12.591
1.980
32.899
20.905
16.564
13.900
14.350
10.144
8.368
6.490
17.288
13.690
11.900
10.564
8.105
6.668
5.499
4.687
8.791
3.309
1.821
1.407
2.849
1.320
694
385
9.990
3.778
2.705
2.004
3.178
1.865
1.394
817
389
501
419
436
1.554
835
517
465
1.458
981
936
806
809
621
512
313
11.572
7.273
9.086
1.604
391
14.071
1.915
37.904
22.357
17.801
15.105
15.015
11.549
8.921
7.474
16.860
14.389
12.272
10.997
8.764
7.033
6.078
5.124
9.145
3.547
1.942
1.090
2.209
1.342
856
439
9.127
3.885
2.713
1.968
3.123
1.714
1.384
864
1.157
1.205
892
740
1.142
620
437
297
1.639
1.305
1.028
1.035
879
642
551
437
14.679 
9.422 
10.021 
1.384 
412 
13.890 
1.850 
40.583 
23.520 
18.332 
15.623 
14.340 
11.162 
9.199 
7.417 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
 
Tabela A.4 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matriculas Via Fluxo 
Escolar - Amazonas 
ANO (t) 
Variável 
1996 1997 1998 
 
POP{6,t} 
SUP{14,t} 
SUP{58,t} 
CA{t} 
CA{6,t} 
PRE{t} 
PRE{6,t) 
MAT{1 ,t} 
MAT(2,t} 
MAT{3,t) 
MAT{4,t} 
MAT{5,t} 
MAT{6,t} 
MAT{7,t} 
MAT{8,t} 
AP{1,t} 
AP{2,t) 
AP{3,t} 
AP{4,t} 
AP{5,t} 
AP{6,t} 
AP{7,t} 
AP{8,t} 
RPR{1,t} 
RPR{2,t} 
RPR{3,t} 
RPR{4,t} 
RPR{5,t} 
RPR{6,t} 
RPR{7,t} 
RPR{8,t} 
AB{1,t} 
AB{2,t} 
AB{3,t} 
AB{4,t} 
AB{5,t} 
AB{6,t} 
AB{7,t} 
AB{8,t} 
AD{1,t} 
AD{2,t} 
AD{3,t} 
AD{4,t} 
AD{5,t) 
AD{6,t} 
AD{7,t} 
AD{8,t} 
TR{1,t} 
TR{2,t} 
TR{3,t} 
TR{4,t} 
TR{5,t} 
TR{6,t} 
TR{7,t} 
TR{8,t} 
58.711
32.490
9.908
88.347
63.520
39.971
1.782
113.286
85.162
70.702
58.477
77.450
57.336
46.342
38.280
63.498
58.188
51.333
44.302
41.205
35.808
32.274
28.451
28.402
15.635
10.499
6.839
15.090
8.466
4.973
2.934
17.017
9.497
7.362
5.985
18.770
12.221
9.349
6.592
2.511
2.366
2.085
1.920
5.686
2.973
2.208
1.890
4.506
3.211
2.506
2.139
3.170
2.581
2.087
1.690
55.450
32.783
9.669
75.158
45.410
42.046
1.446
142.049
84.758
72.292
61.065
80.143
59.134
47.571
40.029
83.872
61.346
55.032
48.578
49.030
40.211
34.157
30.406
34.263
13.234
9.082
5.829
10.707
5.291
3.294
2.088
23.070
9.845
7.559
5.979
18.322
11.988
9.362
7.103
5.549
3.422
2.385
2.138
2.395
1.929
1.782
1.605
5.151
3.120
2.767
2.410
3.864
3.097
2.424
2.091
67.425 
37.770 
14.094 
56.792 
27.299 
42.814 
1.110 
160.413 
102.147 
74.882 
64.039 
80.030 
64.235 
50.866 
41.691 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
 
Tabela A.5 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas 
Via Fluxo Escolar - Roraima 
ANO (t) 
Variável 
1996 1997 1998 
 
POP{6,t) 
SUP{14,t} 
SUP{58,t} 
CA{t} 
CA{6,1} 
PRE{t} 
PRE{6,t} 
MAT{1 ,t} 
MAT{2,t} 
MAT{3,t} 
MAT{4,t) 
MAT{5,t} 
MAT{6,t} 
MAT{7,t} 
MAT{8,t} 
AP{1,t} 
AP{2,t} 
AP{3,t} 
AP{4,t} 
AP{5.t} 
AP{6,t} 
AP{7,t} 
AP{8,t} 
RPR{1,t} 
RPR{2,t} 
RPR{3,t} 
RPR{4,t} 
RPR{5,t} 
RPR{6,t} 
RPR{7,t} 
RPR{8,t} 
AB{1,t} 
AB{2,t} 
AB{3,t} 
AB{4,t} 
AB{5,t} 
AB{6,t} 
AB{7,t} 
AB{8,t} 
AD{1,t} 
AD{2,t} 
AD{3,1} 
AD{4,t} 
AD{5,t} 
AD{6,t} 
AD{7,t} 
AD{8,t} 
TR{1,t} 
TR{2,t} 
TR{3,t} 
TR{4,t} 
TR{5,t} 
TR{6,t} 
TR{7,t} 
TR{8,t} 
6.363
2.144
7.371
138
76
11.111
1.769
12.928
9.893
8.803
7.895
7.614
6.016
3.898
3.227
7.504
7.160
6.731
6.307
5.100
4.201
3.249
2.746
3.319
1.537
934
626
1.294
761
210
145
1.169
455
437
423
797
607
295
274
745
648
550
508
504
418
287
267
1.068
890
736
688
811
638
394
322
6.190
2.881
9.272
248
238
12.296
1.892
13.361
10.130
9.375
8.346
8.632
6.462
4.463
3.524
8.268
7.890
7.736
6.847
6.329
5.101
3.715
3.101
2.746
1.243
688
409
796
550
199
97
1.299
495
427
449
908
542
262
224
965
720
648
535
447
402
271
177
1.306
924
823
734
772
565
388
277
6.178 
3.423 
10.699 
1.318 
400 
13.644 
2.014 
13.776 
10.307 
9.638 
8.716 
8.240 
7.248 
4.774 
3.910 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
 
Tabela A.6 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas 
Via Fluxo Escolar - Pará 
 
ANO (t) Variável 
1996 1997 1998 
 
P0P{6,t} 
SUP{14,t) 
SUP{58,t) 
CA{t} 
CA{6,t} 
PRE(t) 
PRE{6,t} 
MAT{1 ,t} 
MAT{2,t} 
MAT{3,t} 
MAT{4,t} 
MAT{5,t} 
MAT{6,t} 
MAT{7,t} 
MAT{8,t} 
AP{1,t} 
AP{2,t) 
AP{3,t} 
AP{4,t} 
AP{5,t} 
AP{6,t} 
AP{7,t} 
AP{8,t) 
RPR{1,t} 
RPR{2,t} 
RPR{3,t} 
RPR{4,t} 
RPR{5,t} 
RPR{6,t} 
RPR{7,t} 
RPR{8,t} 
AB{1,t} 
AB{2,t} 
AB{3,1} 
AB{4,t} 
AB{5,t} 
AB{6,t} 
AB{7,t} 
AB{8,t} 
AD{1,t} 
AD{2,t} 
AD{3,t} 
AD{4,t} 
AD{5,t} 
AD{6,t} 
AD{7,t} 
AD{8,t) 
TR{1,t) 
TR{2,t) 
TR{3,t} 
TR{4,t} 
TR{5,t) 
TR{6,t} 
TR{7,t} 
TR{8,t} 
141.689
29.130
79.785
138.900
104.744
179.296
23.201
412.676
250.221
202.492
164.818
140.309
91.663
60.708
46.543
200.630
145.031
125.778
108.587
73.032
56.650
40.866
35.933
109.389
53.281
34.484
23.365
38.925
18.473
8.910
5.247
70.854
31.690
24.882
19.372
21.582
12.003
7.374
4.571
10.267
7.768
6.461
5.744
6.424
3.029
2.075
1.700
13.437
9.725
8.354
7.665
5.386
3.509
2.746
1.972
137.317
47.791
104.304
160.266
67.923
173.224
19.616
460.017
265.023
212.718
173.129
148.966
99.942
64.745
51.316
243.440
162.350
137.050
116.761
88.786
69.209
46.765
38.602
122.756
51.365
32.727
21.852
27.608
11.988
5.695
4.085
80.349
32.521
24.711
19.327
21.858
11.379
7.122
4.434
12.616
6.881
5.633
4.483
3.963
2.227
1.572
1.248
16.987
11.845
9.819
8.713
5.666
3.839
2.753
2.252
158.953 
51.331 
113.966 
74.645 
31.101 
148.324 
16.030 
534.783 
277.488 
214.572 
176.328 
144.177 
109.842 
72.702 
55.347 
Fonte: MEC/INEP/SEEC 
 
Tabela A.7 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via 
Fluxo Escolar - Amapá 
ANO (t) Variável 
1996 1997 1998 
 
POP{6,t) 
SUP{14,t) 
SUP{58,t} 
CA{t} 
CA{6,t} 
PRE{t} 
PRE{6,t} 
MAT{1,t} 
MAT{2,t} 
MAT{3,t} 
MAT{4,t} 
MAT{5,t} 
MAT{6,t} 
MAT{7,t) 
MAT{8,t} 
AP{1,t} 
AP{2,t} 
AP{3,t} 
AP{4,t} 
AP{5,t} 
AP{6,t} 
AP{7,t} 
AP{8,t} 
RPR{1,t) 
RPR{2,t} 
RPR{3,t} 
RPR{4,t} 
RPR{5,t} 
RPR{6,t} 
RPR{7,t} 
RPR{8,t} 
AB{1,t) 
AB{2,t} 
AB{3,t} 
AB{4,t} 
AB{5,t} 
AB{6,t} 
AB{7,t} 
AB{8,1} 
AD{1 ,t} 
AD{2,t} 
AD{3,t} 
AD{4,t} 
AD{5,1} 
AD{6,t} 
AD{7,t} 
AD{8,t} 
TR{1,t) 
TR{2,t} 
TR{3,t} 
TR{4,t} 
TR{5,t} 
TR{6,t} 
TR{7,t} 
TR{8,t} 
9.964
3.183
7.249
406
212
18.535
2.511
21.274
19.549
16.070
13.216
13.834
9.580
7.308
6.286
13.977
11.632
11.020
9.717
7.563
6.048
4.882
4.532
4.497
5.519
2.992
1.785
4.337
2.048
1.178
810
1.823
969
789
698
1.400
949
692
675
529
667
526
430
487
280
294
173
1.124
1.197
919
785
901
657
489
406
9.934
7.648
13.516
938
333
21.456
2.047
22.415
21.782
16.636
14.145
14.535
10.757
7.314
6.882
15.092
13.575
12.210
11.001
8.888
7.559
5.458
5.215
4.452
5.799
2.872
1.715
3.665
1.795
880
692
2.009
1.351
1.042
782
1.323
748
544
558
976
875
679
503
371
296
252
190
1.429
1.360
1.073
846
1.121
802
617
515
11.370
9.896
16.648
1.174
454

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