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Grata pela atenção! Disciplina: Engenharia de Petróleo e Gás II Parte: Perfuração 1 Prof. Dra. María del Pilar Hidalgo Falla Gama-DF – 27/11/2012 Grata pela atenção! CONTIDO � Perfuração � Sondagem Onshore - Offshore � Equipamentos: Colunas e Brocas 2 � Fluidos de Perfuração � Poços Convencionais e Avançados � Avaliação de Formações � Completação de um poço. Grata pela atenção! POÇO DE PETRÓLEO O petróleo se encontra na natureza ocupando os vazios de uma rocha porosa, denominada rocha reservatório, o poço de petróleo permite a comunicação do reservatório de petróleo com a superfície, e conseqüentemente, a produção deste reservatório. 3 A Figura mostra uma visão esquemática da sonda de perfuração e um poço atingindo o reservatório de petróleo. DEFINIÇÃO: Perfuração CONJUNTO DE ATIVIDADES E PERFURAÇÃO DE POÇOS CONJUNTO DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES DESTINADAS A PROJETAR, PROGRAMAR E REALIZAR A ABERTURA DE POÇOS. Grata pela atenção! CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS DE PETRÓLEO Podemos classificar os poços de petróleo quanto à 1) finalidade, 2)profundidade final e 3)o percurso. 1) Tabela 1- Classificação dos Poços Quanto à Finalidade. Finalidade Categoria Classificação Pioneiro 1 Estratigráfico 2 Exploração Extensão 3 5 Exploração Extensão 3 Pioneiro Adjacente 4 Jazida mais rasa 5 Jazida mais profunda 6 Desenvolvimento 7 Explotação Injeção 8 Especial 9 Grata pela atenção! Em Terra No Mar 7-MG-50-BA 7: Poço para desenvolvimento MG: Sigla do campo de Miranga 1-RJS-245 1: Poço pioneiro 245: Duocentésimo quadragésimo 6 MG: Sigla do campo de Miranga 50: Quinquagésimo poço do Campo de Miranga BA: O campo de Miranga localiza-se na Bahia 7-AR-35D-BA 7: Poço para desenvolvimento direcional AR: Sigla do campo de Araças na Bahia 35: Trigésimo quinto poço de Araças na Bahia D: Poço direcional BA: O campo de Aracas localiza-se na Bahia 245: Duocentésimo quadragésimo quinto poço RJS: Nas água costeiras do Estado do Rio de Janeiro 3-BD-1- ESS 3: Poço de extensão BD-1: Primeiro poço a ser perfurado após a descoberta da badejo em água. ESS: Localiza-se no Espírito Santo PERFURAÇÃO DE POÇOS Perfuração do Poço Pioneiro É o primeiro poço perfurado numa área em estudo. em estudo. Somente o poço pioneiro confirmará a existência de óleo ou gás nessa área. Extremamente cara, a perfuração de um poço pioneiro se faz com muita prudência e cautela, considerando que não se dispõe de informações sobre as características das formações atravessadas nem dos fluidos existentes no seu interior. Grata pela atenção! Jazida mais rasa ou mais profunda : são os poços perfurados dentro dos limites de um campo, visando descobrir jazidas mais rasas ou profundas daquela já conhecida. Poço descobridor de uma jazida mais profunda. 8 Grata pela atenção! Os poços exploratórios são aqueles que visam à descoberta de novas jazidas de petróleo, permitem à avaliação das reservas das jazidas de petróleo, ou simplesmente permitem a coleta de dados para estudos geológicos. Os poços exploratórios servem para extrair o petróleo da rocha reservatório podendo ser: • de Desenvolvimento: perfurado dentro dos limites do campo para drenar racionalmente o petróleo (atendem 9 campo para drenar racionalmente o petróleo (atendem aos preceitos econômicos e de espaçamento entre poços) • de Injeção: perfurado com a intenção de injetar fluidos na rocha reservatório para ajudar na manutenção da pressão, e conseqüentemente na recuperação final do petróleo, ou seja, aumenta o fator de recuperação (FR) do reservatório. Os poços especiais são todos os que são perfurados sem o objetivo de procurar e produzir petróleo e que não estejam enquadrados em qualquer das categorias anteriores. Ex. Poço para produção de água. Grata pela atenção! 2. Classificação Quanto à Profundidade Final Os poços de petróleo podem ser classificados em rasos, médios e profundos, já que o petróleo é encontrado em vários horizontes nas diversas bacias sedimentares ao longo do mundo. A título de referência podemos limitar a 1500 metros a profundidade de máxima de um poço raso, e classificar um poço como profundo quando a profundidade final a ser atingida for superior a 2500 metros. A Tabela 2 apresenta a profundidade 10 ser atingida for superior a 2500 metros. A Tabela 2 apresenta a profundidade média dos poços em algumas bacias sedimentares brasileiras. Tabela 2 BACIA CAMPO ROCHARESERVATÓRIO PROFUNDIDADE MÉDIA (m) CLASSIFICAÇÃO Sergipe/Alagoas Carmópolis Muribeca 150 Raso Sergipe/Alagoas Fazenda Treme Riachuelo 300 Raso Recôncavo Fazenda Imbé Marfim 1000 Raso Campos Namorado Campos 2500 Profundo Sergipe/Alagoas Pilar Barra de Itiuba 3200 Profundo Grata pela atenção! 3 Quanto ao Percurso (Vertical, Direcional) Sabe-se desde do final da década de 20 que um poço de petróleo nunca é perfeitamente vertical. São vários os fatores que influenciam a direção do poço: • Dureza das formações a serem atravessadas, • A inclinação e direção das camadas de rocha bem como as características da coluna que se está empregando na perfuração. 11 É importante ter em mente que o poço descreve uma trajetória diferente da vertical que passa pela sonda de perfuração. Grata pela atenção! 12 Poço MRC – MRC (multi-reservoir contact): poços com muitas ramificações Poço Fish Bone: (tipo garfo) Poço Extended Reach : poços desviados que entram no reservatório a uma distancia muito longa da vertical da sua localização na superfície. PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS HORIZONTAIS A perfuração horizontal é a inovação de crescimento mais rápido na indústria de petróleo nos anos 90; Estimasse que 10 % dos poços perfurados nos EUA, nesta década, pertencem a esta categoria. VANTAGENS: -Aumenta a produção potencial do poço; -Requer a perfuração de menos poços para drenar os reservatórios; -Pode aumentar a recuperação primária do reservatório até 50 a 75 %; -Minimiza a produção de água salgada; -Dá excelentes resultados em reservatórios fraturados PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS MULTILATERAIS A perfuração de poços multilaterais obedece uma técnica que visa a perfuração de poços sob a forma de ramificações, a partir de um poço principal, considerado o eixo do sistema. Objetivo dos poços multilaterais: -Re-utilização de poços já perfurados e em vias de serem abandonados; -Aumentar a exposição do reservatório; -Aumentar a produção e índice de recuperação final de um único poço diminuindoassim o numero de poços; -Interceptar diversas zonas produtoras; -Perfurar poços em reservatórios de pequena espessura, dispostos ao longo de um poço cuja explotação isolada seria anti-econômica. PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS DE LONGO AFASTAMENTO LATERAL São poços em que o afastamento lateral do poço, é no mínimo duas vezes a profundidade vertical do poço. PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS A técnica da perfuração direcional, visa o desvio intencional do poço para atingir um determinado alvo prefixado. Consiste em escolher, projetar e executar a trajetória de um poço inclinado ou horizontal, bem como indicar os parâmetros compatíveis com a trajetória escolhida. APLICAÇÃO DA PERFURAÇÃO DIRECIONAL 1 - Atingir locais inacessíveis para a perfuração convencional; Por exemplo: Uma zona habitada, uma salina, a base de uma montanha, etc. 2 – Perfurar diversos poços a partir de uma mesma alocação, no mar ou em terra 3 - Desviar lateralmente um poço obstruído (side track) ou por motivo de ordem técnica. 4 – Perfurar poços de alívio para interceptar um poço em erupção; 5 – Perfurar poços horizontais, multilaterais e de grande afastamento lateral para fins de desenvolvimento de uma jazida. PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS Atingir locais inacessíveis para a perfuração convencional PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS Perfurar diversos poços a partir de uma mesma alocação PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS Perfurar poços de alívio para interceptar um poço em erupção. PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS N Í V E I S D E J U N Ç Ã O D E P O Ç O S M U L T I L Á T E R I S G E O M E T R I A D E P O Ç O S H O R I Z O N T A I S N Í V E I S D E J U N Ç Ã O D E P O Ç O S M U L T I L Á T E R I S G E O M E T R I A D E P O Ç O S H O R I Z O N T A I S PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PROJETO POÇO DIRECIONAL Uma vez fixado o modelo da trajetória o projeto do poço direcional é apresentado sob a forma de projeções do poço nos planos vertical e horizontal. -Seção horizontal: Dados necessários. - Coordenadas do poço - Coordenadas do alvo- Coordenadas do alvo - Direção do poço - Distância entre as alocações - Raio do cilindro de perfuração -Seção Vertical: Dados necessários: - Profundidade do ponto de desvio (KOP) -`Profundidade vertical do alvo - Afastamento lateral do alvo - Razão do aumento do ângulo: Dog leg = 3°/100 pes PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS HORIZONTAIS Perfurar poços horizontais, multilaterais e de grande afastamento lateral PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS DEFINIÇÃO DOS PARAMETROS E ELABORAÇÃO DA TRAJETÓRIA DE UM POÇO DIRECIONAL Uma vez fixadas as coordenadas do ponto de partida (coordenadas da locação) e do ponto de chegada (coordenadas do alvo), escolhe-se o modelo da trajetória entre três modelos básicos: Elementos e Tipos • Profundidade do ponto de desvio, KOP (kick-off point); • Afastamento horizontal; • Direção locação-objetivo; • Profundidade e inclinação do trecho reto inclinado. • Poços horizontais (aumento da produtividade); • Poços de longo alcance (mais de 10 Km); • Poços multilaterais. Grata pela atenção! Equipamentos da sonda de perfuração Todos os equipamentos de uma sonda rotativa responsáveis por determinada função na perfuração de um poço são agrupados nos chamados “sistemas” de uma sonda. Os principais sistemas são: •Sustentação de cargas; 26 •Sustentação de cargas; • Geração e transmissão de energia; •Movimentação de carga; • Rotação ou torque; • Circulação de fluido; • Segurança do poço; •Monitoração das operações de perfuração; • Sistema de subsuperfície (coluna de perfuração) PRINCIPAIS ELEMENTOS DA PERFURAÇÃO DE POÇOS AS SONDAS: PERFURAÇÃO DE POÇOS - SONDAS A CABO - SONDAS ROTATIVAS - Sistema de Movimentação de Carga - Sistema de Rotação - Sistema de Circulação • Sub-estrutura – vigas de aço sobre a base da sonda para criar um espaço de trabalho abaixo da Torre para movimentar e instalar os equipamento de segurança do poço • Torre – prover a altura necessária ás manobras de içamento de seção de tubos aiçamento de seção de tubos a serem descidos ou retirados do poço • Bloco de Coroamento – Conjunto de Polias Fixas, em geral de 4 a 6, dispostas em linha num eixo central suportado por dois mancais de deslizamento. Suporta todas as cargas transmitidas pelo cabo. • Catarina – Conjunto de Polias móveis. Se movimenta ao longo da altura da Torre içando ou descendo equipamentos no poço. • Gancho – localizado na parte inferior da Catarina. Apresenta sistema de amortecimento para evitar choques. •• Elevador – Movimentar tubos de perfuração e comandos. • Cabo – arames trançados em tornos de uma arame central • Guincho – recebe energia mecânica/elétrica para movimentação de cargas por acionamento do cabo de perfuração. Bloco de Coroamento Catarina Gancho Guincho Sistema de Geração de Energia • Sonda Mecânica – energia gerada por motores a diesel MOTORES DIESEL COMPOUND GERADOR AC PEQUENOS MOTORES AC CONVERSOR DE TORQUE EMBREAGEM EQUIPAMENTOS GUINCHO BOMBAS DE LAMA MESA ROTATIVA Sistema de Geração de Energia • Sonda diesel-elétrica – motores a diesel ou turbinas a gás acionam geradores de corrente alternada. Geralmente estas sondas são do tipo AC/DC. 600 v AC BOMBAS DE LAMA SCR1 SCR2 MOTORES DIESEL GERADORES A.C. MOTORES D.C. MESA ROTATIVA GUINCHO SCR2 SCR3 MOTORES A.C. Trasformador Sistema de Rotação •Mesa Rotativa – transmite rotação à coluna de perfuração e permite o livre deslizamento do Kelly no seu interior. • Kelly – elemento de ligação entre a Bucha do Kelly • Kelly – mesa rotativa e a coluna de perfuração. Mesa Rotativa Kelly Sistema de Rotação • Swivel – equipamento que liga as partes girantes das não- girantes, injeta o fluido de perfuração no interior da coluna, por isso conhecido como cabeça de injeção. • Top drive –• Top drive – permite perfurar o poço de 3 em 3 tubos, permite a retirada da coluna com rotação e circulação. Elimina o uso da mesa rotativa e do kelly. Imprescindível para poços de alta inclinação ou horizontais. •Motor de fundo – elemento de ligação entre a mesa rotativa e a coluna de perfuração. Swivel Top drive TOP DRIVE Sistema de Circulação Compõem este sistema os equipamentos que permitem circulação e o tratamento do fluido de perfuração. Fase de injeção – fluido succionado dos tanques de lama pelas bombas e injetado na coluna de perfuração até passar pelos jatos da broca. Fase de retorno – fluido saindo dos jatos da broca, preenchendo o espaço anular (entre a coluna de perfuração e o revestimento) até chegar na peneira vibratória. Fase de tratamento – equipamentos que permitem o condicionamento do fluido, onde ocorre eliminação de sólidos ou gás, adição de produto químico. Sistema de Circulação Bomba Tubo Bengala Mangueira Swivel Kelly Interior da Coluna Jatos da Broca Anular Sistema de Monitoração São equipamentos necessários ao controle da perfuração • Registrador de Parâmetros de Perfuração – p.e. taxa de penetração da broca • Indicador de Peso no gancho e sobre a broca• Indicador de Peso no gancho e sobre a broca • Manômetro– pressão de bombeio • Torquímetro – torque na coluna • Tacômetro – velocidade da mesa rotativa e da bomba de lama • Indicador do Nível dos Tanques Indicador de Peso Manômetro Mesa do Sondador – Terra VOLUME NOVOLUME NO TRIP TANQUETRIP TANQUE RETORNORETORNO DE LAMADE LAMA CPM DA BOMBACPM DA BOMBA DE LAMADE LAMA TOTALIZADORTOTALIZADOR DE CPMDE CPM VARIAÇÃO DO VOLUMEVARIAÇÃO DO VOLUME DE LAMADE LAMA VOLUME TOTALVOLUME TOTAL DE LAMADE LAMA PESO SOBREPESO SOBRE A BROCAA BROCA CPMCPM PRESSÃO DEPRESSÃO DE BOMBEIOBOMBEIO RPM DARPM DA M.R.M.R. TORQUETORQUE ELÉTRICOELÉTRICO TORQUE NATORQUE NA CHAVE FLUTUANTECHAVE FLUTUANTE TORQUE DATORQUE DA MESA ROTATIVAMESA ROTATIVA TORQUETORQUE ELÉTRICOELÉTRICO Grata pela atenção! O sistema de segurança é constituído dos Equipamentos de Segurança de Cabeça de Poço (ESCP) e de equipamentos complementares que possibilitam o fechamento e controle do poço. Blowout Preventer (BOP), é um conjunto de válvulas que permite fechar o poço. •Os preventores são acionados sempre que houver ocorrência de um kick, fluxo indesejável do fluido contido numa formação para dentro do poço. SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇO 42 •Se este fluxo não for controlado eficientemente poderá se transformar num blowout, ou seja, poço fluindo totalmente sem controle, e criar sérias conseqüências, tais como dano aos equipamentos da sonda, acidentes pessoais, perda parcial ou total do reservatório,poluição e dano ao meio ambiente, etc. BOP (BOP (Blowout PreventerBlowout Preventer)) TerraTerra MarMar BOPBOP TerrestreTerrestre EsquemaFoto Grata pela atenção! Arranjo típico de um coniunto Preventores 1.6 SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇO 45 Cabeça de poço de superfície. BOP TerrestreBOP Terrestre BOP SubmarinoBOP Submarino Blowout 1. Definição Fluidos de perfuração misturas complexas de sólidos, líquidos e produtos químicoslíquidos e produtos químicos Aspecto dos fluidos Suspensão, dispersão coloidal ou emulsão 2. Finalidades principais Transportar os cascalhos formados no fundo do poço pela broca e trazê-los para a superfície; Manter em suspensão os cascalhos contidos na lama durante a paralisação da perfuração; Exercer pressão hidrostática sobre as formações, de modo aExercer pressão hidrostática sobre as formações, de modo a evitar a entrada de fluidos indesejáveis; Estabilizar as paredes do poço - aditivos; Lubrificar e refrigerar as brocas de perfuração – atrito e aquecimento; Facilitar a realização de testes de formação, perfilagens, etc. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO •Os fluidos de perfuração são misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e, por vezes, até gases. Do ponto de vista químico, eles podem assumir aspectos de suspensão, dispersão coloidal ou emulsão, dependendo do estado físico dos componentes. •Os fluidos de perfuração devem ser especificados de forma a garantir uma perfuração rápida e segura. Fluidos de Perfuração •Historicamente, quando foi introduzido junto com a perfuração rotativa, a finalidade do fluido de perfuração era simplesmente a remoção do cascalho produzido pela broca no fundo do poço. Nestas circunstâncias, qualquer tipo de fluido capas de realizar esta função podia ser considerado um fluido de perfuração: água, ar,gás natural, sólidos em suspensão na água, emulsões. •Com o progresso tecnológico e as exigências dos órgãos ambientais, o fluido de perfuração tornou-se uma mistura complexa de sólidos, líquidos e produtos químicos. Grata pela atenção! CLASSIFICAÇÃO DOS FLUIDOS DE PERFURAÇÃO 52 Fluxograma dos Tipos de Fluidos de Perfuração. Critério – constituinte principal da fase contínua ou dispersante – Fluidos à base de água – Fluidos à base de óleo Tipos de fluidos de perfuração – Fluidos à base de óleo – Fluidos à base de ar ou gás Escolha e formulação propriedades das formações geológicas profundidade das jazidas Fluidos à base de água São os fluidos mais utilizados Fase dispersante - água doce, “dura” ou salgada Fase dispersa – aditivos (materiais coloidais e outros produtos químicos) principalmente argilas, polímeros e saisprincipalmente argilas, polímeros e sais Principais funções dos aditivos Aumentam a viscosidade, controlam o limite de escoamento, a força-gel e reduzem o filtrado Esquema de classificação dos fluidos de petróleo à base de água Ref: Fundamentos de Engenharia de Petróleo, Ed. Interciência, Rio de Janeiro (2001) Não inibido – perfuração de camadas de rocha superficiais Inibido – perfuração de rochas com alto grau de atividade na presença de água doce PLATAFORMA FIXA Aditivos usados nos fluidos de perfuração •Alcalinizantes e controladores de pH (soda cáustica); • dispersantes; • floculantes; • floculantes; • polímeros para viscosificar; • surfactantes para emulsificar e reduzir a tensão superficial • removedores de cálcio e magnésio (carbonato de sódio) • anticorrosivos FLUIDOS DE PERFURAÇÃO Destaca-se as seguintes funções básicas: Modificadores de Densidade Barita Promotores de Viscosidade Bentonita, Polímeros Estabilizadores Gipsita (CaSO4) Polímeros Material com perda de Circulação Mica Lubrificantes Grafite Glicol* Além de participar da composição dos fluidos de perfuração, os minerais também são Usados em outra fase de produção do petróleo, como na recuperação secundaria, completação de poços e no craqueamento. Aditivos químicos em fluidos à base de água Aditivos Funções Goma xantana Viscosificante Amido, amido modificado, carboxi- metil celulose (CMC) Redutores de filtrado Polímeros catiônicos Inibidores de inchamento de argila Soda cáustica, cal e cloreto de sódio Floculantes Soda cáustica, potassa cáustica e cal hidratada Alcalinizantes e controladores de pH Lignossulfonatos, taninos, lignitos e fosfatos Dispersantes Carbonato e bicarbonato de sódio Removedores de Ca e Mg Cloreto de potássio, sódio e cálcio Inibidores de formações ativas Paraformaldeído, compostos organoclorados, soda cáustica Bactericidas Fluidos à base de óleo Formam emulsões de água em óleo Fase dispersante: óleo diesel, mineral, parafinas lineares Fase dispersa: água e aditivos – gotículas de água ou de solução aquosa – sólidos coloidais (natureza orgânica e inorgânica)– sólidos coloidais (natureza orgânica e inorgânica) Teor de água Teor de água: < 10% Teor de água entre 10% e 45% - emulsificantes Principais funções dos aditivos Viscosificantes, emulsificantes, redutores de filtrado, adensantes, etc. Vantagens dos fluidos à base de óleo Grau de lubrificação elevado Grau de inibição elevado em relação às rochas ativas Baixíssima taxa de corrosão Amplo intervalo de variação de densidade Baixíssima solubilidade em sais inorgânicos Desvantagens dos fluidos à base de óleo alto custo inicialalto custo inicial maior grau de poluição. Exemplos de uso: poços HPHT (alta pressão e temperatura) poços direcionais ou de longo afastamento: para formações danificáveis por fluidos à base de água Exemplo de uso de fluidos de perfuração Fases de perfuração do poço Profundidade (m) Tipo de fluido Componentes principais do fluido (lb/bbl) Fase 1 O a 150 Fluido à base de água Água, argila ativada, soda cáustica, mica, etc Fase 2 150 a 1000 Fluido à base de água Água, argila ativada, soda cáustica, mica fina e calcário Fluido à base Água, polímeros, KCl, barrilha, Fase 3 1000 a 2300 Fluido à base de água Água, polímeros, KCl, barrilha, bactericida, MgO,etc Fase 4 2300 a 4050 Fluido à base de óleo Parafina, emulsionantes, cal viva, argila, salmoura, baritina,etc Fase 5 4050 a 4820 Fluidoà base de óleo Parafina, emulsionantes, cal viva, argila, salmoura, redutor de filtrado,etc Ref: R. Lomba, Apostila “Engenharia de Poços”, Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Petróleo, PUC/RIO, 2004 FLUIDOS DE PERFURAÇÃO LAMAS DE BASE AR AR COMPRIMIDO OU GÁS (N2); é o melhore fluido de perfuração sob o ponto de vista da taxa de penetração da broca. Nele, é o ar ou o gás que é injetado no poço no lugar da lama. É ideal para perfuração através de zona de perda de circulação, zonas produtoras de baixa pressão ou muito sensíveis a danos, formações muito duras, estáveis ou fissuradas. Seu uso entretanto fica interditado as formações que produzem água. AR COMPRIMIDO COM NÉVOA;AR COMPRIMIDO COM NÉVOA; Consiste em uma mistura de água dispersa no ar. É utilizado quando são encontradas formações que produzem água em quantidade suficiente para prejudicar a perfuração com ar ESPUMA; A espuma é um fluido resultante da mistura de ar, água e um agente espumante (tensoativo). Com este tipo de fluido, a água produzida pelo poço é retirada sob a forma de espuma. VANTAGENS: - Vazão de ar reduzida - Melhor limpeza do poço - Estabilidade do fluido em presença moderada de água - Alta eficiência na remoção dos cascalhos do poço devido à elevada FLUIDOS DE PERFURAÇÃO LAMAS DE BASE AR - Alta eficiência na remoção dos cascalhos do poço devido à elevada viscosidade do fluido. -DESVANTAGENS: Impossibilidade de tratamento da espuma na superfície. Propriedades medidas • Tixotropia do fluido • A força gel é um parâmetro que indica o grau de tixotropia da lama. • Um fluido tixotrópico é aquele que quando em repouso desenvolve uma estrutura gelificada e que quando posto em movimento recupera a fluidez. cisalhamento repouso Gel Sol Densidade (lb/gal) - baritina versus água / óleo Parâmetros de filtração – filtrado e reboco Teor de sólidos pH – teor alcalino baixo redução da corrosão Teor de salinidade – controle Teor de bentonita Alcalinidades: As alcalinidades dos fluidos de perfuração são determinadas por métodos diretos de titulação volumétrica de neutralização e leva em consideração as espécies carbonatos (CO3 -=) e bicarbonatos (HCO3 -) dissolvidos na lama, alem dos íons hidroxilas (OH-) dissolvidos e não dissolvidos. PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO FLUIDOS DE PERFURAÇÃO dos íons hidroxilas (OH-) dissolvidos e não dissolvidos. São determinadas as seguintes alcalinidades: -Alcalinidade parcial do filtrado; -Alcalinidade da lama; -Alcalinidade total do filtrado. “Alcalinidade é a habilidade de uma solução ou mistura de reagir com um ácido” PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO FLUIDOS DE PERFURAÇÃO DENSIDADE, por definição é a relação entre o massa do corpo e o seu volume em condições definidas de pressão e temperatura. • O aumento da densidade da lama se faz mediante o acréscimo de sulfato de bário (baritina), hematita e calcita. • A redução da densidade se faz pela diluição com água ou óleo diesel para os • A redução da densidade se faz pela diluição com água ou óleo diesel para os fluidos a base de água. • A densidade é uma propriedade muito importante e deve ser mantida controlada de modo que a sua pressão hidrostática seja suficiente para controlar os fluidos das formações. • Na indústria de petróleo as principais unidades de medida da densidade são as seguintes: lb/gal, lb/cuft, kg/dm3, e gravidade específica •Densímetro de lama: A verificação da densidade da lama é feita com a balança de lama. PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO FLUIDOS DE PERFURAÇÃO VISCOSIDADE: É a medida da resistência da lama para fluir. Em outras palavras mede a consistência da lama. A viciosidade deve ser suficientemente elevada para manter a baritina em suspensão e assegurar o transporte dos cascalhos para fora do poço. Medidas da viscosidade: - Viscosidade Marsh: Seu princípio fundamenta-se na medição do tempo de escoamento de um volume definido de lama através de um funil calibrado. A viscosidade Marsh exprassa-se em segundos. Por exemplo a viscosidade Marsh da água doce a 70 °F é de 26 s; - Viscosidade plástica e aparente: São determinadas através de aparelhos denominados viscosímetros. Ambas são medidas em centipoise. Viscosímetro VISCOSÍMETRO MARSH MODO DE OPERAÇÃO Enche-se o funil com lamaEnche-se o funil com lama e mede-se o tempo de escoamento (s) de ¼ de galão (946 cm3). Por exemplo a viscosidade Marsh da água pura 20°C É de 26 segundos Marsh. VISCOSIDADE PLÁSTICA VISCOSÍMETRO FANN VISCOSIDADE PLÁSTICA (VP) em CP VP = leitura 600 rpm – leitura 300 rpm Limite de escoamento (γ) = leitura 300 rpm – VP (lbf/100 ft2) PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO FLUIDOS DE PERFURAÇÃO FILTRADO: O fluido de perfuração submetido a pressão hidrostática, deposita defronte das formações permeáveis uma película de baixa permeabilidade denominada Reboco (mud cake) ; enquanto uma parte líquida chamada Filtrado é drenada para dentro da formação. Uma lama de boa qualidade deve apresentar um filtrado baixo e um reboco fino e Uma lama de boa qualidade deve apresentar um filtrado baixo e um reboco fino e de ótima plasticidade. O filtrado API é a quantidade de líquido em cm3 que é recolhido quando a lama é submetida a uma pressão de 100 psi. O REBOCO :é medido em mm ou frações da polegada e tem a sua consistência igualmente avaliada em mole, duro, firme, elástico, etc. PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO FLUIDOS DE PERFURAÇÃO TEOR DE SÓLIDOS: O controle do teor de sólido é muito importante e deve ser objeto de todo cuidado uma vez que ele influi sobre diversas propriedades da lama: densidade, viscosidade e força gel, produzindo desgaste nos equipamentos pela sua abrasividade e reduz a taxa de penetração da broca. pH : É medido usando papeis indicadores ou potenciômetros, sendo mantido na faixa de 7 a 10. Ele determina apenas uma alcalinidade relativa a concentração de íons H+ através de métodos comparativos. Conclusões e Tendências Principal desafio na formulação de fluidos - atendimento às condições cada vez mais exigentes de altas temperaturas e pressões, evitando danos ao meio ambiente.evitando danos ao meio ambiente. Pesquisas de novos sistemas à base de óleos minerais e sintéticos, menos poluentes do que fluidos à base de óleo diesel. PERFURAÇÃO DE POÇOS 3 – COLUNA DE PERFURAÇÃO e Ferramentas de Manuseio: A coluna de perfuração é formada pela junção de vários elementos tubulares, com as Seguintes funções: FUNÇÕES DA COLUNA DE PERFURAÇÃO 1 – Aplicar peso sobre a broca1 – Aplicar peso sobre a broca 2 – Transmitir rotação para a broca no método rotativo convencional 3 – Permitir a circulação do fluido de perfuração até a broca COMPONENTES DA COLUNA DE PERFURAÇÃO Os principais elementos constituintes da coluna são: •Elementos tubulares • Elementos acessórios COLUNA DE PERFURAÇÃO TUBOS DE PERFURAÇÃO São tubos de aço especial sem solda, cujas extremidades são reforçadas internamente ou externamente ou ainda externa e internamente onde são instalados os conectores (tool-joints), responsáveis pelo enroscamento dos tubos. CARCTERÍSTICAS DOS TUBOS DE PERFURAÇÃO Grau Limite elástico Carga de ruptura Minima (psi) Máxima (psi) Minima (psi) E 75.000 105.000 100.000 X – 95 95.000 125.000 105.000 G – 105 105.000 135.000 115.000 S -135 135.000 165.000 145.000 COLUNA DE PERFURAÇÃO Tubo de aço após sofrer explosão por pressão interna. PERFURAÇÃO DE POÇOS 3 – COLUNA DE PERFURAÇÃO e Ferramentas de Manuseio: Elementos tubulares: · Tubos de perfuração (Drill pipes); · Comandos (Drill collars); · Tubos de perfuração pesados (Heavy Wall Drill Pipe); · Kelly.· Kelly. Elementos Acessórios: · Substitutos;· Estabilizadores · Escareadores; · Alargadores; · Amortecedores de choque. Grata pela atenção! Tubos de Perfuração (Drill pipes) Elementos Tubulares Material: Aços 77 Comandos (Drill Collars) Tubos de Perfuração Pesados (Heavy-Wall Drill Pipe- HWDP) Escareador! ELEMENTOS ACESSÓRIOS Material: Aços 78 Estabilizadores Alargador Amortecedores ou Absorvedores de Choque Grata pela atenção! ELEMENTOS TUBULARES: a) Tubos de Perfuração (Drill pipes) Os tubos de perfuração são tubos de aço, sem costura (seamless), com uniões cônicas soldadas em suas extremidades.Na especificação de um tubo de perfuração leva-se em conta as seguintes características: 79 Range: refere-se à faixa de tamanho dos tubos , os 2 (Mais usado) 27 – 30 ft Peso nominal (lb/ft) Reforço (upset) Grau do aço: G ( Mais usado) 105.000 (psi) Uniões cônicas: O tool joint inferior é pino e o superior é caixa. COLUNA DE PERFURAÇÃO b)Comandos (Drill Collars) Os comandos são tubos de aço de parede espessa posicionados logo acima da broca. •Sua função é permitir a aplicação de peso sobre a broca. Figura – Detalhe de drill collar e um drill collar espiralado. •Os comandos espiralados são úteis na prevenção da prisão por diferencial de pressão, pois são capazes de reduzir de maneira significativa a superfície em contato direto com as paredes do poço. Figura - Comando em contato com a parede do poço. COLUNA DE PERFURAÇÃO Tubos de Perfuração Pesados (Heavy-Wall Drill Pipe- HWDP) •Os HWDP são elementos de peso intermediário entre os tubos de perfuração e os comandos. •São colocados acima dos comandos permitindo uma mudança mais gradual na rigidez do coluna. Sua forma é semelhante a dos tubos de perfuração, diferindo apenas no tamanho dos tool jointsmaiores e no reforço central do corpo do tubo. • São bastantes usados em poços direcionais como elementos auxiliares no fornecimento • São bastantes usados em poços direcionais como elementos auxiliares no fornecimento de peso sobre a broca, substituindo partes do comandos. Os comandos , sendo mais pesados e largos , provocam mais torques e arrastes ( drag ) durante a movimentação da coluna em trechos inclinados. Figura - Detalhe de um heavy wall drill pipe. Elementos Acessórios COLUNA DE PERFURAÇÃO Estabilizadores •Os estabilizadores, como o próprio nome indica, são ferramentas que servem para centralizar a coluna de perfuração; são pontos de apoio da coluna às paredes do poço. •Podem ser de lâminas soldadas ou integradas, de camisas intercambiáveis ou de camisa de borracha não rotativa. São peças muito usadas em poços de camisa de borracha não rotativa. São peças muito usadas em poços direcionais. •A seguir mostra detalhes de dois tipos de estabilizadores, onde podemos observar a preocupação em não impedir a passagem dos fluido de perfuração Figura - Estabilizadores COLUNA DE PERFURAÇÃO Escareadores O escareador (reamer) é também uma ferramenta estabilizadora, sendo mais usada quando perfurando rochas duras e/ou abrasivas. Os pontos de contato com as paredes do poço são os roletes; se há a tendência de desgaste do calibre da broca tende a manter o diâmetro do poço. Figura - Escareador.Figura - Escareador. Alargadores São ferramentas que servem para aumentar o diâmetro de um trecho já perfurado do poço. Amortecedores ou Absorvedores de Choque COLUNA DE PERFURAÇÃO •São ferramentas que absorvem as vibrações da coluna de perfuração induzidas pela broca, principalmente quando perfurando rochas duras e zonas com mudança de dureza. • Sua função é bastante importante quando se perfura com brocas de insertos de carbureto de tungstênio, pois aumenta a vida útil deste tipo de broca, que é muito cara. Figura - Amortecedor de choque. Grata pela atenção! FERRAMENTAS DE MANUSEIO Para o manuseio da coluna de perfuração na plataforma existem vários equipamentos que permitem enroscar, desenroscar e ancorar a coluna na mesa rotativa. Os principais são: Chave Flutuante Detalhe das Cunhas para Revestimento 85 Detalhe das Cunhas para Revestimento Colar de Segurança para Drill Collar Definição de Brocas São equipamentos que têm a função de promover a ruptura e desagregação das rochas ou das formações durante a perfuração de um poço. REVESTIMENTOS BROCAS DE PERFURAÇÃO O estudo das brocas, considerando seu desempenho e economicidade, é um dos fatores importantes na perfuração de poços de petróleo. Bourgoyne classifica as brocas de perfuração em dois grupos: · Brocas draga, ver figura 1 a seguir, e; · Brocas de cones cortantes, ver figura 2 a seguir. Figura 1 Figura 2 BROCAS COMPACTAS POLICRISTALINAS E R R O R : u ndefined O F F E N D I N G C O M M A N D : ‘ ~ STACK:
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