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Taninos METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Corresponde a um grupo diverso de substâncias fenólicas, hidrossolúveis e com peso molecular superior a 500 D De acordo com sua estrutura química, pode se dividir nos seguintes grupos: Taninos hidrolisáveis (gálicos ou elágicos ) - após hidrólise ácida dá origem a pequenas moléculas Taninos catéquicos (condensados, proantocianidinas condensadas) -tratamento ácido origina moléculas de elevado peso molecular, e apenas uma pequena quantidade de pequenas moléculas (antocianidinas) Taninos complexos:contem unidades de taninos hidrolisáveis e condensados TANINOS Taninos hidrolisáveis Ésteres de glicose (ou outros açúcares) e de ácidos fenólicos: ác. gálico (taninos gálicos) ou ác. hexahidroxidifênico e seus derivados (taninos elágicos). TANINOS Taninos hidrolisáveis (gálicos ou elágicos) TANINOS L-fenilalanina Ácido gálico Formação de taninos elágico a partir do acoplamento oxidativo. Éster galoil (tanino gálico ) Éster Hexahidroxidifenoil (tanino elágico) Ac. 3-des-hidroshiquimato Carboidrato TANINOS Taninos condensados (taninos catéquicos, proantocianidinas) Oligômeros e polímeros formados pela policondensação de duas ou mais unidades de flavan-3-ol e flavan- 3,4-diol. Não são hidrolisados e não são heterosídeos Flavan-3-óis Classificação: 1) Taninos hidrolisáveis ( caracterizado por um poliol central (beta-D-glicose), cujas funções hidroxilas são esterificadas com o ácido gálico. Gálicos + 7 H+/H2O TANINOS Classificação: 2) Taninos hidrolisáveis Elágicos + 1 H+/H2O + 2 TANINOS Classificação: 3) Taninos condensados São oligômeros e polímeros formados pela policondensação de duas ou mais unidades flavanol e flavandiol. TANINOS Classificação: 3) Taninos condensados Ligação C4 –C6 Ligação C4 – C8 Flavan-3,4- diol TANINOS TANINOS Taninos condensados (taninos catéquicos, proantocianidinas) 2 2 cianidinas + catequina (extensão) grupo terminal Procianidina Epicatequina2 4b->8catequina Embora o termo taninos condensados seja amplamente usado para descrever estes polifenois baseados em flavanoides, o termo proantocianidina tem ganho aceitação. Proantocianidinas são compostos que produzem pigmentos antocianidínicos após quebra oxidativa em em meio alcoólico ácido à quente (não é hidrólise) H+ Quando tratados com ácidos ou enzimas, se convertem em compostos vermelhos insolúveis conhecidos por flobafenos (coloração vermelha de muitas drogas) Taninos condensados TANINOS AntocianidinaCátion flavilium Esta classe de taninos também é denominada como proantocianidina devido ao fato dos taninos condensados produzirem pigmentos avermelhados da classe das antocianidinas, tais como cianidina, após degradação com ácido. TANINOS QUANTIDADE DE CATEQUINAS CLASSIFICAÇÃO PROPRIEDADES 1 2 FLAVONÓIDE BIFLAVONÓIDE • SOLUVEL EM ÁGUA • NÃO PRECIPITA PROTEÍNAS 3 - 10 TANINOS CONDENSADOS • SOLUVEL EM ÁGUA • PRECIPITA PROTEÍNAS > 10 FLOBAFENOS /TANINOS VERMELHOS • INSOLUVEL EM ÁGUA • NÃO PRECIPITA PROTEÍNAS TANINOS - Os taninos ajudam no processo de cura de feridas, queimaduras e inflamações através da formação de uma camada protetora ( complexo tanino-proteína/polissacarídeo) sobre a pele ou mucosa danificada. - Na úlcera gástrica, em que uma camada de tanino-proteína complexados protege a mucosa do estômago. TANINOS Propriedades Farmacêuticas Como polifenol, os taninos podem interagir com outras moléculas (especialmente proteínas) de forma múltipla. - interações covalentes (tanagem, curtimento); - interações não covalentes (int. hidrofóbicas, pontes de H) TANINOS PONTES DE HIDROGÊNIOLIGAÇÃO IÔNICA LIGAÇÃO COVALENTE (CURTIMENTO) C N O R OH O OH C N O H R TANINO C N O H R TANINO O - OH C N R NH3 + O H H CADEIA POLIPETÍDICA N C O H R CN O H R H H TANINO TANINOS Propriedades Farmacêuticas Complexos com proteínas levam a redução da solubilidade das mesmas (no caso de proteína solúvel) levando a agregação e precipitação. Em mucosas, forma uma mebrana de coagulação insolúvel (originando o sabor adstringente); pode ser responsável por efeitos antiinflamatório e inibidor de secreção. Proteínas ricas em prolina (principais aminoácidos) prolina glicina glutamina Superfície da cavidade bucal Polifenol Ligação cruzada multidentada de PRP e polifenóis com perda de lubrificação e desenvolvimento de adstringência proteína proteína proteína Precipitação polifenol-proteína proteína proteína proteína proteína TANINOS Baixa concentração de proteínas Alta concentração de proteínas Monocamada Exclusão do solvente Exterior hidrofóbico proteína fenol TANINOS Precipitação polifenol-proteína proteína TANINOS Associação polifenol-proteína Polifenol Bolsas hidrofóbicas Durante a primeira fase da interação, o polifenol “interage” preferencialmente em ambientes hidrofóbicos da cadeia polipeptídica. Durante esta fase há expulsão de solvente e a associação é reforçada através da formação de pontes entre hidroxilas fenólicas e grupos polares da cadeia polipeptídica (guanidina, amida, amina, hidroxila e carboxílicos). TANINOS Associação polifenol-PVP TANINOS Doseamento de taninos Precipitação Complexação com proteínas (pó de pele cromado – sigma; caseína; gelatina; PVP). Influência de pH; força iônica do meio; concentração; temperatura... Após precipitação Determinação gravimétrica Determinação espectrofotomérica 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 0 30 60 90 120 150 180 Agente complexante/catequina (m/m) F C L Caseína PVP Avaliação de complexos formados entre catequina e agentes precipitantes TANINOS 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 pH F C L PVP Caseína Avaliação de complexos formados entre catequina e agentes precipitantes TANINOS Taninos totais em solução extrativa de M. ilicifolia 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Quantidade de agente complexante (mg) TT (g % ) Caseína PVP F. BRAS IV, 2003 TANINOS
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