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CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS Contabilidade Pública Professor Nelson Andrade Consultor do Departamento de Assistência Técnica aos Municípios do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará Funções essenciais do Estado: Função normativa, ordenadora ou legislativa; Função disciplinadora ou jurisdicional; Função executiva ou administrativa. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Poderes do Estado: Legislativo; Executivo; Judiciário. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Estruturação Administração Direta ou Centralizada: É constituída dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, no âmbito federal e do Gabinete do Governador e Secretarias de Estado, no âmbito estadual, e, a administração municipal segue estrutura semelhante. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Estruturação Administração Indireta ou Descentralizada: É aquela atividade administrativa, caracterizada como serviço público ou de interesse público, transferida ou deslocada do Estado, para outra entidade por ele criada ou cuja criação é por ele autorizada. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Na administração indireta ou descentralizada, o Estado pode instituir entidades com personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Integram a administração indireta: Autarquias; Empresas Públicas; Sociedades de Economia Mista; Fundações; e Serviços Sociais Autônomos. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Autarquias: Constitui serviço autônomo, criado por lei, com personalidade de direito público interno, com patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, ou seja, atribuições estatais específicas. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA São exemplos de autarquias: Autarquia Previdenciária: INSS, IPESP e IPM; Autarquias Profissionais: CFC e OAB; Autarquias Industriais: Depto. Est. de Águas e Energia Elétrica e Depto. Est. de Estradas e Rodagens; Autarquias Especiais: Banco Central do Brasil, USP e UNICAMP; Autarquias Educacionais: Faculdades. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Empresa Pública: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente governamental, criação autorizada por lei, para exploração de atividade econômica ou industrial, que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA São exemplos de empresas públicas: Da União: Casa da Moeda do Brasil, CEF e EBCT; De Estados: Imprensa Oficial, Caixa Econômica Estadual; De Municípios: Emlurb. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Sociedades de Economia Mista: Entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, criação autorizada por lei para a exploração de atividade econômica ou serviço, com participação do poder público e de particulares no seu capital e na sua administração. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA São exemplos de sociedades de economia mista: Da União: Petrobrás e Banco do Brasil; De Estados: CEMIG e Cagece; De Municípios: ETUFOR. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundações: Entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, criação autorizada por lei, escritura pública e estatuto registrado e inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, com objetivos de interesse coletivo, geralmente de educação, ensino, pesquisa, assistência social etc., com a personificação de bens públicos, sob o amparo e controle permanente do Estado. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA São exemplos de fundações: Da União: Funai (Assistência Social); De Estados: Fundação Pe. Anchieta (Educação); e De Municípios: FUNCI (Assistência Social). ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Serviços Sociais Autônomos: São aqueles autorizados por lei, com personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e administração particular, com finalidade específica de assistência ou ensino a certas categorias sociais ou determinadas categorias profissionais, sem fins lucrativos. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA São exemplos de serviços sociais autônomos: SESI; SESC; SENAI; SENAC; e SEBRAE. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação e controle relativas aos atos e fatos administrativos, e a Contabilidade Governamental é uma especialização voltada para o estudo e a análise dos fatos administrativos que ocorrem na administração pública. Lino Martins da Silva Características da Contabilidade Governamental Área de Atuação: 3 níveis de governo; Finalidade: estudar, registrar, interpretar, selecionar, orientar, controlar, resumir e demonstrar os atos e fatos da administração pública; Pessoas jurídicas obrigadas: de direito público interno Objeto de estudo: gestão do patrimônio público (contábil, orçamentário, patrimonial, financeiro e de resultado); Instrumento de planejamento e controle; Campo de Aplicação da Contabilidade Governamental ADMINISTRACÃO DIRETA (CENTRALIZADA) PODER EXECUTIVO: União: Ministérios I Secretarias Especiais Estados e Municípios: Secretarias PODER LEGISLATIVO: União: Congresso Nacional Estados: Assembléias Legislativas Municípios: Câmaras Municipais (Tribunais de Contas) PODER JUDICIÁRIO: Federal e Estadual (Ministério Público) Campo de Aplicação da Contabilidade Governamental ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (DESCENTRALIZADA) AUTARQUIAS FUNDAÇOES PÚBLICAS EMPRESAS DEPENDENTES (aquelas que utilizam recursos à conta do orçamento público para despesas de custeio e investimentos específicos) Objetivos da Contabilidade Governamental Conforme Lei 4.320/64: Registrar os fatos contábeis; Acompanhar a execução orçamentária, financeira e patrimonial; Elaborar Balanços Gerais; Determinar custos dos serviços industriais; Possibilitar análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros; Controlar direitos e obrigações Objetivos da Contabilidade Governamental Conforme o Conselho Normativo de Contabilidade Financeira dos Estados Unidos (FASB): Apresentar informações úteis sobre a utilização dos recursos públicos; Demonstrar capacidade de prestar o serviço público; Apresentar os resultados alcançados no manejo da coisa pública; Demonstrar a arrecadação e aplicação dos recursos públicos, bem como o endividamento; Facilitar a interpretação por parte dos usuários. AUXILIAR O ADM. PÚBLICO O PAPEL DA CONTABILIDADE PÚBLICA CONTROLE DOS ATOS TOMADA DE DECISÕES POSSIBILITANDO A TRANSPARÊNCIA DO ATOS PRATICADOS DECISÕES MAIS EFETIVAS Instrumentos de Planejamento Lei do Plano Plurianual (PPA) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Lei de Orçamento Anual (LOA) Elaboradas com a participação popular e audiências públicas (Art. 48, parágrafo único, da LRF) PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Princípio da Programação É o ato de selecionar objetivos que se pretende alcançar Princípio da Universalidade Implica na universalização das Receitas e Despesas no Orçamento (Todas as receitas e despesas devem constar na LOA) Princípio da Anualidade Vigência limitada a um período anual, o exercício financeiro coincide com o ano civil. Princípio da Clareza Deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Princípio da Unidade Orçamentária Estabelece que todas as receitas e despesas devem estar contidas em uma só lei orçamentária, Princípio da Exclusividade Significa que a lei de orçamento não poderá conter dispositivo estranho à previsão de receitas e fixação de despesas. Princípio do Equilíbrio Se resume na igualdade entre receitas e despesas SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO PPA 2002/2005 2005 2004 2003LDO 2002 2005 2004 2003 LOA 2002 INTERAÇÃO PPA X LDO X LOA REGIME CONTÁBIL ADOTADO NO BRASIL “Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil”. (Lei nº 4.320/64) REGIME CONTÁBIL ADOTADO NO BRASIL “Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I – as receitas nele arrecadas; e II – as despesas nele legalmente empenhadas”. (Lei nº 4.320/64) REGIME CONTÁBIL ADOTADO NO BRASIL Conceitos: - Exercício financeiro: É o período de tempo durante o qual se exercem todas as atividades administrativas e financeiras relativas à execução do orçamento. (Lei nº 4.320/64) REGIME CONTÁBIL ADOTADO NO BRASIL Conceitos: - Regime de Caixa: É aquele em que a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a despesa no período em que é paga; - Regime de Competência: É aquele em que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios de acordo com a real incorrência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador, e não quando são recebidas ou pagas em dinheiro. Regime Contábil X Regime Orçamentário REGIME ORÇAMENTÁRIO “Art. 35 – Pertencem ao exercício financeiro I - as receitas nele arrecadadas II – as despesas nele legalmente empenhadas” (Lei 4.320/1964) REGIME CONTÁBIL “Princípio da Competência: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.” (Art. 9º da Resolução CFC 750/1993) Regimes Contábeis “Título IX – Da Contabilidade Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. Lei nº 4.320/64 Regimes Contábeis “Título IX – Da Contabilidade Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.” Fonte: Tesouro Nacional Lei nº 4.320/64 Regimes Contábeis Regime Misto Consiste no registro das despesas quando incorridas independentemente de estarem pagas ou não, e o registro das receitas somente quando efetivamente recebidas. Lei nº 4.320/64 De Caixa para as Receitas (Arrecadadas) De Competência para as Despesa (Empenhadas). Regime Misto Regimes Contábeis O Legislador foi Prudente, ao estabelecer que os Órgãos Públicos só devem contar com os Recursos para financiar seus Gastos após terem efetivamente ingressado no Cofre do Tesouro Público. Entretanto, foi Conservador, quanto à apropriação dos Gastos, considerando como Fato Gerador o Empenho da Despesa, independentemente dos serviços e bens terem sido recebidos (liquidados) e pagos no exercício. Com a adoção do Regime Misto na Contabilidade aplicada ao setor Público surgem a Dívida Ativa e os Restos a Pagar. RECEITA PÚBLICA São todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidos pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas. Classificação da Receita Pública: - Orçamentária: Corresponde à arrecadação de recursos financeiros autorizados pela Lei Orçamentária e que serão aplicados na realização das despesas públicas. - Extra-orçamentária: São os ingressos financeiros temporários, portanto, sujeitos à devolução, por pertencerem à terceiros. Nesse caso, o Estado atua como mero depositário. Quanto à Natureza: RECEITA PÚBLICA Classificação da Receita Pública: Quanto à Regularidade: RECEITA PÚBLICA - Ordinárias: São as receitas que tem a característica de continuidade, representando ingressos permanentes e estáveis dos cofres públicos. - Extraordinárias: São as receitas com ingresso de caráter transitório, inconstante, e, por vezes, excepcional. Classificação da Receita Pública: Quanto à afetação patrimonial: RECEITA PÚBLICA - Receitas efetivas: São aquelas, sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, integram-se ao patrimônio público, como elemento novo e positivo, e deste modo aumentam o patrimônio líquido. - Receitas por mutações patrimoniais: São as que decorrem de mutações que nada acrescem ao patrimônio líquido, constituindo simples entradas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem. Estágios: - Previsão - Lançamento - Arrecadação - Recolhimento RECEITA PÚBLICA Da Previsão e da Arrecadação Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos. (LRF) RECEITA PÚBLICA Da Renúncia de Receita Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: (LRF) RECEITA PÚBLICA I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias; II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. RECEITA PÚBLICA Renúncia de Receita Anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção não geral, alteração de alíquota ou modificação da base de cálculo Demonstrar a estimativa do impacto orçamentário-financeiro para 3 exercícios e: - Estar prevista na estimativa de receita (LOA) e não afetar as metas fiscais, ou - Adotar medidas de compensação aumento de alíquotas ampliação da base de cálculo majoração ou criação de tributos RECEITA PÚBLICA Classificação Econômica da Receita Pública: - CORRENTE: ingressos oriundos das atividades operacionais para aplicação em despesas correntes. - CAPITAL: são obtenções de recursos através da constituição de dívidas, amortização de empréstimos e financiamentos e alienação de bens públicos, bem como as transferências para aplicação em despesas de capital. Classificação Econômica da Receita Representada por oito dígitos: Categoria Econômica 1000.00.00 – Receitas Correntes 2000.00.00 – Receitas de Capital Origens da Receita Corrente 1100.00.00 – Receita Tributária 1200.00.00 – Receitas de Contribuições 1300.00.00 – Receita Patrimonial 1400.00.00 – Receita Agropecuária 1500.00.00 – ReceitaIndustrial 1600.00.00 – Receita de Serviços 1700.00.00 – Transferências Correntes 1900.00.00 – Outras Receitas Correntes RECEITA PÚBLICA Classificação Econômica da Receita Representada por oito dígitos: Categoria Econômica 2000.00.00 – Receita de Capital Origens da Receita de Capital 2100.00.00 – Operações de Crédito 2200.00.00 – Alienação de Bens 2300.00.00 – Amortização de Empréstimos 2400.00.00 – Transferências de Capital 2500.00.00 – Outras Receitas de Capital RECEITA PÚBLICA Classificação Econômica da Receita DESPESA PÚBLICA Gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à satisfação dos compromissos da dívida pública; ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos, consignações etc. Estágios: Fixação Programação Financeira - Licitação - Empenho - Liquidação, e - Pagamento DESPESA PÚBLICA Classificação Econômica da Despesa Despesas Correntes - Pessoal e Encargos Sociais - Juros e Encargos da Dívida - Outras Despesas Correntes Despesas de Capital - Investimentos - Inversões Financeiras - Amortização da Dívida - Transferências de Capital Classificação Orçamentária da Despesa Classificação Institucional (Local) Classificação Funcional (Portaria 42) Classificação da Receita e da Despesa (PORTARIAS DA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL - STN) 10.01 Gabinete do Prefeito Chefia de Gabinete 15.03 Secretaria de Obras Departamento de Limpeza Urbana Classificação Institucional (Local) Representação por 4 dígitos: os dois primeiros... Órgão os dois últimos...... Unidade Orçamentária Exemplo 1: Classificação Institucional (Local) Exemplo 2: 15 – Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos 15.01 – Gabinete do Secretário 15.03 – Coordenadoria Geral de Obras 15.04 – Coordenadoria Geral de Conservação Classificação Funcional (Portaria 42) As ações passam a ser identificadas por: Funções: 12 – Educação Subfunções: 361 – Ensino Fundamental Programas: Manutenção e Revitalização do E. Fund Projeto/Atividade/Operações Especiais: Transporte Escolar Classificação Funcional Definições: Programa: Instrumento da ação Governamental que expressa a concretização dos objetivos pretendidos, mensurados por indicadores estabelecidos no PPA.. Classificação Funcional Definições: Projeto: instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolve ações limitadas no tempo. Atividade: instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolve ações contínuas. Operações Especiais: não contribuem para a manutenção das ações do governo, não resulta em produto e não gera contraprestação direta de bens ou serviços. 1702.08.243.0091.105 Secretaria de Desenvolvimento Social Coordenação de Assistência Social Função: Assistência Social Subfunção: Assist. à criança e ao adolescente Programa: Ressocialização de Jovens em Situação de Risco Projeto Implantação de oficinas de iniciação profissional Classificação Econômica da Despesa CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA DESPESA Codificação da Despesa 3.1.90.11 Categoria Econômica – Despesa Corrente Grupo: Pessoal e Encargos Modalidade de Aplicação: Direta Elemento: Vencimentos e vantagens Fixas: Pessoal Civil CRÉDITOS ADICIONAIS São autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei do orçamento (Art. 40, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Classificam-se em: Suplementares Especiais Extraordinários (Incisos I, II e III, Art. 41, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Suplementares: São os destinados a reforçar as dotações orçamentárias que se tornaram insuficientes durante a execução do orçamento e objetivam a correção de erros de orçamentação (Inciso I, Art. 41, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Especiais: São os destinados a atender despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, em razão de erro de planejamento (Inciso II, Art. 41, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Extraordinários: São os destinados ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, tais como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública (Inciso III, Art. 41, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Todos os créditos adicionais são abertos por decreto do Poder Executivo. No entanto, os créditos especiais e suplementares dependem de prévia autorização legislativa e de indicação dos recursos disponíveis que compensarão a abertura dos respectivos créditos (Art. 42, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS São fontes de recursos: Superávit Financeiro Excesso de Arrecadação Anulação Parcial ou Total de Dotação Operações de Crédito Autorizadas (Art. 43, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Superávit Financeiro: É a diferença positiva apurada entre o ativo e o passivo financeiro do Balanço Patrimonial do exercício anterior. (Inciso I, § 1º, Art. 43, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Excesso de Arrecadação: É o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se ainda a possibilidade de arrecadação efetiva. (Inciso II, § 1º, Art. 43, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Anulação Parcial ou Total de Dotaçâo: É o recurso mais utilizado para abertura de créditos adicionais. Consiste na transferência do saldo de uma dotação que não é mais necessária para outra que é necessária (Inciso III, § 1º, Art. 43, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Operações de Crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las (Inciso IV, § 1º, Art. 43, Lei nº 4.320/64). CRÉDITOS ADICIONAIS Vigência: Suplementares: Vigência adstrita ao exercício financeiro; Especiais e Extraordinários: Caso abertos nos últimos quatros meses do ano, poderão ser reabertos pelos seus saldos no início do exercício seguinte e incorporados ao orçamento para viger até o final do ano. (§ 2º, Art. 167, Constituição Federal). Premissas: Ação planejada e transparente; Prevenção de déficits imoderados e reiterados (equilíbrio fiscal); Limitação da dívida pública a nível prudente; Preservação do patrimônio público; Política tributária previsível e estável; Ênfase nos controles; Sanções. RESPONSABILIDADE NA GESTÃO FISCAL Execução Orçamentária e Cumprimento das Metas Programação financeira e cronograma de execução mensal de desembolso 30 dias após a publicação do orçamento Conforme a LDO (metas e prioridades) Desdobramento das receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação Limitação de empenho e movimentação financeira Acompanhamento bimestral Descumprimento das metas do AMF Critérios previstos na LDO Limitação de Empenho Metas Bimestrais não sendo alcançadas (receita menor que a previsão): Os Poderes e órgãos promoverão por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo critérios fixados na LDO. O Poder executivo no final de fevereiro, maio e setembro demonstrará e avaliará o cumprimento das metas, em AUDIÊNCIA PÚBLICA na Comissão própria da Câmara. Período de apuração: Condição: receita não comportar o cumprimento do resultado primário ou nominal Prazo para limitação: 30 dias Critério: a ser definido na LDO Exceções: obrigações constitucionais, legais, serviço da dívida e outras previstas na LDO Limitação de Empenho Obrigatórias de duração continuada (art.17) Criação e expansão da ação governamental (art.16) Art. 15. Considera irregular (penade nulidade) a geração de despesas que não atendam arts. 16 e 17. Geração de novas despesas Geração de despesas Criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa Deverá apresentar: Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício e nos 2 seguintes, com metodologia de cálculo Declaração de compatibilidade com o PPA, LDO e LOA Demonstrar a origem dos recursos Geração da Despesa A estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício e a declaração de compatibilidade com o PPA, LDO e LOA são obrigatórias para toda e qualquer despesa? Não é qualquer despesa resultante da criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental, mas aquela que perdure no tempo – no exercício e nos dois seguintes - exigindo investimentos ou a continuidade dos gastos com o programa por mais de dois exercícios. Despesa Obrigatória de caráter continuado Despesa corrente derivada de lei ou ato normativo, com execução superior a 2 exercícios Para criar ou aumentar: Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício e nos 2 seguintes e origem dos recursos Comprovar que não afetará as metas fiscais e compensar nos exercícios seguintes com aumento permanente de receitas ou redução permanente de despesas CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Sistema Contábil O sistema contábil representa a estrutura de informações sobre identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público, com o objetivo de orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle social. NBC T 16.2 – PATRIMÔNIO E SISTEMAS CONTÁBEIS CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Subsistema de Contas – Art. 85 da Lei n.º 4.320/64: - Orçamentário: Evidencia o registro contábil da receita e da despesa, de acordo com as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos Créditos Adicionais, assim como o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis, ou seja, no final do exercício apresenta os resultados comparativos entre a previsão e a execução orçamentária, registrados. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Subsistema de Contas – Art. 85 da Lei n.º 4.320/64: - Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público; (Redação dada pela Resolução CFC n. 1.268/09) CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Subsistema de Contas Custos – Registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública; (Redação dada pela Resolução CFC n. 1.268/09) CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Subsistema de Contas – Art. 85 da Lei n.º 4.320/64: - Compensação: Registra e movimenta as contas representativas de direitos e obrigações, geralmente decorrentes de contratos, convênios ou ajustes. Muito embora seja um sistema escriturado com elaboração de balancetes mensais, independentes, a Lei nº 4.320/64 o considerou, simplesmente, como contas de compensação e, quando forem elaborados os balanços, no final do exercício, os saldos de suas contas serão incluídos no balanço do sistema patrimonial. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL BALANÇOS PÚBLICOS Balanço Orçamentário: Segundo dispõe o artigo 102 do Estatuto de Direito Financeiro (Lei n.º 4.320/64): “o Balanço Orçamentário apresenta as receitas e as despesas previstas em confronto com as realizadas.” De acordo com o artigo 91 da mesma Lei, o Balanço Orçamentário deve evidenciar o fato de que "o registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordo com as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos adicionais" . CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL BALANÇOS PÚBLICOS Balanço Financeiro: O Balanço Financeiro, em razão do fato de que "o exercício financeiro coincidirá com o ano civil", deverá corresponder ao movimento financeiro ocorrido no período de 1.º de janeiro a 31 de dezembro do ano a que se referir e conterá, além das relativas às operações orçamentárias, também "todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária". CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL BALANÇOS PÚBLICOS Balanço Patrimonial: Consiste no demonstrativo contábil que demonstra de forma relativamente padronizada os saldos das contas patrimoniais representativas dos bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido (Ativo Real Líquido), no final do exercício financeiro (31 de dezembro), visando permitir a quem o analisa o conhecimento rápido da posição econômico-financeira da entidade governamental. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL BALANÇOS PÚBLICOS O balanço patrimonial (também denominado de Anexo XIV da Lei n.º 4.320/64) é apresentado em duas colunas, constando na da esquerda o ativo financeiro e o ativo permanente. Caso haja déficit patrimonial será demonstrado ainda nessa coluna o saldo patrimonial (passivo real a descoberto). A coluna da esquerda, por sua vez, apresenta o passivo financeiro, o passivo permanente e o saldo patrimonial (Ativo Real Líquido - Superávit). Consta ainda no final de ambas as colunas o grupo do ativo e passivo compensado que tem por finalidade registrar a movimentação dos direitos e obrigações decorrentes, na maioria das vezes dos contratos, convênios e ajustes que possam vir a afetar o patrimônio. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL BALANÇOS PÚBLICOS "A demonstração das variações patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício." CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL BALANÇOS PÚBLICOS Demonstração dos Fluxos de Caixa - Permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de manutenção do regular financiamento dos serviços públicos. NBC T 16.6 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL BALANÇOS PÚBLICOS - Demonstração do Resultado Econômico - Evidencia o resultado econômico de ações do setor público. A Demonstração do Resultado Econômico deve ser elaborada considerando sua interligação com o sistema de custos e apresentar na forma dedutiva, pelo menos, a seguinte estrutura: (a) receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos produtos fornecidos; (b) custos e despesas identificados com a execução da ação pública; e (c) resultado econômico apurado. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. As informações contidas nas notas explicativas devem ser relevantes, complementares ou suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Notas Explicativas CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Anexo Auxiliar A dívida flutuante consiste no resultado de operações de caráter financeiro que se refletem no fluxo de caixa e no Patrimônio Financeiro, decorrentes ou não da execução do orçamento. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Anexo Auxiliar O artigo 92 da Lei nº 4.320/64 assim dispõe sobre a dívida flutuante: I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; II - os serviços da dívida a pagar; III - os depósitos; e IV - os débitos de tesouraria. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Anexo Auxiliar A dívida fundada resulta de operações realizadas pela entidade, cujo prazo seja superior a 12 meses, a fim de atender a obras e serviços públicos. Poderá ser contraída mediante contratos ou emissão de títulos da dívida pública. CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Anexo Auxiliar A dívida fundada é assim constituída: interna: em títulos; por contratos; externa: em títulos; por contratos. A Bênção de Arão: O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobreti, e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz. Números 6:24-26 DEUS NOS ABENÇÕE. * *
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