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1 - (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Pedro, servidor público federal, foi eleito vereador na cidade onde reside e desempenha as atribuições de seu cargo. Deseja permanecer no cargo público, concomitantemente ao exercício do mandato eletivo. De acordo com as disposições da Lei nº 8.112/90, tal pretensão é
R= legal, devendo afastar-se do cargo público quando não houver compatibilidade de horário com as funções de vereador, hipótese que deverá optar por uma das remunerações.
2 - A retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévia indenização, denomina-se:
R: encampação
3 - (OAB/Exame Unificado-201.3) Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando estava na frente da sua casa, de bermuda e sem camisa, discute com um transeunte e acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu avô lhe dera.
R: não será responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente público, não atuou nessa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser imputada ao Ente Público.
4 – Acerca da Desapropriação, marque a afirmativa correta.
R: Desapropriação é uma forma de intervenção supressiva do Estado na propriedade privada. 
5 - Para a execução de obras de melhoria na rede de gás canalizado, previstas no edital da licitação correspondente e no contrato de concessão, é imprescindível que a empresa concessionária instale seu canteiro de obras em local adequado. Faz-se, para tanto, necessário desapropriar imóvel pertencente a particular. O contrato de concessão é omisso a respeito do assunto. Nesta situação, a declaração de utilidade pública para fins de desapropriação compete
R: ao Poder Concedente, que poderá optar por promover a desapropriação diretamente ou outorgar os poderes correspondentes à concessionária.
6 – Quanto aos servidores públicos, é correto afirmar que:
R: São as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às Entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
7 – O Sr Miranda empresário potiguar possui vários imóveis no município de Natal que são locados para aumentar sua renda verificando a viabilidade em relação a locação de imóveis o Sr Miranda construiu um bloco de 20 apartamentos para a mesma finalidade. Ocorre que com uma crise global ocorrida tal ramo sofreu desvalorização e com isso o proprietário passou um longo prazo sem utilizar o bem acabando por ser abandonado pelo mesmo. A prefeitura de natal verificou o descumprimento da função social da propriedade urbana do Sr Miranda. Em relação ao descumprimento da função social de propriedade urbana qual espécie de desapropriação pode ser aplicada ao presente caso de que forma ocorre a indenização do proprietário? Fundamente sua resposta.
R: A desapropriação sanção é aquela decorrente do não cumprimento da função social daquele bem, da propriedade urbana. Tal instituto está disposto no Estatuto da Cidade, em seu artigo 8º. Art. 8º. Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública. Para uma maior compreensão, cumpre esclarecer que o IPTU progressivo pode ser aplicado de duas maneiras: seja pela não utilização daquela propriedade urbana, ou seja pelo descumprimento da função social, sendo então o valor do IPTU majorado devido a tal violação. Outra hipótese de aplicação do IPTU progressivo seria no caso de comutatividade de propriedades urbanas, sendo então o valor do imposto majorado de acordo com o número de bens que aquela pessoa possui (lembrando que trata-se de bens situados no mesmo município, visto que a competência para cobrar IPTU pertence ao município) Tanto a desapropriação sanção quanto a desapropriação por utilidade pública devem ser indenizadas, porém tal indenização será efetuada de maneira diferente. A indenização realizada nos casos da desapropriação por utilidade pública deve ser efetuada em dinheiro, moeda corrente e deve ser prévia. Já a indenização realizada em virtude da desapropriação sanção não é necessariamente prévia, podendo ocorrer a posteriores, em títulos de dívida pública.
8- Discorra acerca das intervenções restritiva e supressiva do estado na propriedade privada, apontando suas principais diferenças. 
R: A Intervenção restritiva é aquela na qual o Estado impõe restrições e condições ao uso da propriedade sem retirá-la de seu dono. A doutrina tradicionalmente considera modalidade de intervenção restritiva: a servidão administrativa, a requisição, a ocupação temporária, as limitações administrativas e o tombamento. Já a Intervenção supressiva, ao contrário da restritiva, é aquela na qual o Estado, valendo-se de sua supremacia sobre os particulares, transfere coercitivamente a propriedade de um bem de terceiro para si. 
9- O Estado “Y”, mediante decreto, declarou como de utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, em favor da concessionária de serviço público “W”, imóveis rurais necessários à construção de dutos subterrâneos para passagem de fios de transmissão de energia. A concessionária “W”, de forma extrajudicial, conseguiu fazer acordo com diversos proprietários das áreas declaradas de utilidade pública, dentre eles, Caio, pagando o valor da indenização pela instituição da servidão por meio de contrato privado. Entretanto, após o pagamento da indenização a Caio, este não permitiu a entrada da concessionária “W” no imóvel para construção do duto subterrâneo, descumprindo o contrato firmado, o que levou a concessionária “W” a ingressar judicialmente com ação de instituição de servidão administrativa em face de Caio. Levando em consideração a hipótese apresentada, responda, de forma justificada, aos itens a seguir. 
É possível a instituição de servidão administrativa pela via judicial?
R: A resposta deve ser positiva. O fundamento legal genérico do instituto da servidão é o Art. 40, do Decreto Lei n. 3.365/41. Assim, às servidões se aplicam as regras de desapropriação presentes no Decreto Lei em referência, dentre as quais a possibilidade de instituição pela via judicial.
Um concessionário de serviço público pode declarar um bem como de utilidade pública e executar os atos materiais necessários à instituição da servidão?
R: Os concessionários não podem declarar um bem como de utilidade pública, mas, de acordo com o Art. 3º, do Decreto Lei n. 3.365/41, c/c o Art. 29, Inciso VIII, da Lei n. 8.987/95, os concessionários de serviços públicos podem executar/promover a instituição de servidão administrativa.
10 – O Prefeito do Município XYZ desapropriou um sítio particular para instalação de um novo centro de atendimento médico de emergência. Entretanto, antes do início das obras, o Estado ABC anunciou que o Município XYZ receberá um novo Hospital Estadual de Atendimento Médico Emergencial.
Responda, fundamentadamente, aos itens a seguir
A) O Município pode desistir da construção do centro de atendimento médico e destinar a área desapropriada à construção de uma escola?
R: A resposta é positiva. Após a efetivação de uma desapropriação, o ente expropriante deve empregar o bem à finalidade pública que desencadeou o processo de desapropriação. Em não o fazendo, estar-se á diante da tredestinação, que nada mais é do que a destinação do bem em desconformidade com o plano inicialmente previsto. A tredestinação, entretanto, distingue-se em lícita (na qual o bem é empregado em finalidade diversa da inicialmente pretendida, mas ainda afetada ao interesse público) e ilícita (na qual não se emprega o bem em uma utilização de interesse público). A tredestinação lícita, isto é, a alteração na destinação do bem, por conveniência da administração pública, resguardando, de modo integral, o interesse público, não é vedada pelo ordenamento.
B) Com o anúncio feito pelo Estado, o antigo proprietáriodo sítio desapropriado pode requerer o retorno da área à sua propriedade, mediante devolução do valor da indenização? 
R: A resposta é negativa. A tredestinação lícita, por manter o bem afetado a uma finalidade de interesse público não configura direito de retrocessão, isto é, o direito do particular expropriado de reaver o bem, em virtude da sua não utilização. E a própria legislação de regência, o Decreto-lei n. 3.365/1941, dispõe, em seu Art. 35, que os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação.

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