Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE NUTRIÇÃO Nutrição Clínica em Pediatria Introdução à Fisiologia Infantil Profa. Marta Magalhães Introdução • Fisiologia gastrointestinal envolve aspectos dinâmicos específicos; • Adaptação funcional; • Mudanças básicas no comportamento alimentar-digestivo da criança (nascimento- 02 anos de idade) • Avanços morfológicos e funcionais paralelos à fase de maturação do processo alimentar e digestório – Sucção do leite e amamentação – Erupção dos dentes – Mastigação – Instalação dos reflexos condicionados (alimentação rítmica e defecação) Introdução • Lembrar que os conhecimentos básicos do processo digestivo da criança não ficam restrito aos fenômenos bioquímicos gastrintestinais, mas também estão ligados à vida sensorial e emocional da criança Alimentação, Nutrição e Metabolismo Energético • Nos períodos de crescimento as necessidades energéticas são expressas por quilo de peso corporal; – Ao nascimento: 12 kcal/kg de peso – Após 10 anos: 50 kcal/kg de peso Ritmo Alimentar • Trabalho digestivo está sujeito ao rítmo circadiano – Recém nascido é exceção, sequência rítmica de ciclos digestivos obedece ao compasso fome ↔choro – Aos poucos a criança se adapta ao ritmo circadiano com padrão alimentar diurno Mecanismos Digestivos Altos • Sucção, deglutição e salivação amamentação • Incoordenadas nas primeiras 24 hs de vida, • Eficientes em torno do terceiro dia (prematuro – 7º dia); FATORES IMPORTANTES Fisiologia da amamentação • Influxos nervosos aferentes tingem SNC • Geram as primeiras formas e memória molecular (ligadas aos circuitos emocionais) • Provocam sensação de bem-estar e gratificação na criança → melhoram relação materno-infantil; • Sob outras formas, esses fenômenos se manifestarão no desenrolar de toda a vida. Fisiologia da amamentação • Reflexo da sucção integrado ao processo de deglutição e à respiração • Dependente de uma boa adaptação oro labial ao seio materno e à sucção; • Sucção decorrente da pressão negativa oral e à movimentação rítmica mandibular; • Ejeção do leite e deglutição (breve inibição da respiração) OBS; no recém nascido, o 1/3 inferior do esôfago é levemente hipotônico, aumentando até o final do 1º mês. A falta dessa adaptação pode ser uma das causas da regurgitação nessa fase Fisiologia Digestiva • Ritmo dos fenômenos da deglutição, sua frequência varia com a fase alimentar do desenvolvimento da criança; • Aparentemente se assemelha a do adulto jovem (automática) • Salivação é pouco estudada, porém é bastante estimulada durante a amamentação ou mastigação • A secreção salivar lubrifica os segmentos oroesofágicos, embebe os alimentos e dá início ao processo digestivo (amilase) OBS: quantidade de saliva e concentração da amilase salivar são relativamente pequenas nos primeiros tres meses. Fisiologia Digestiva • Dentição e Mastigação – a mastigação é uma função aprendida e adaptável, que depende de inúmeros fatores, dentre eles o aumento do espaço intra-oral através do crescimento craniofacial = GRADATIVA E SUA EVOLUÇÃO! – Essa evolução da mastigação é facilitada com a variação da oferta do alimento durante o processo de amadurecimento, – que acaba exigindo padrões cada vez mais complexo – Processo mastigatório a princípio é de modo reflexo – Progressivamente → regulado por controle voluntário e por movimentos altamente coordenados – Com o decorrer do tempo a atividade exercida pelos molares para fragmentação de alimentos sólidos aumenta progressivamente – Eficiência mastigatória é completa aos 10 anos (75%) e aos 16 anos (100%) DIGESTÃO FACILITADA Fisiologia Digestiva • Fase Gástrica (motricidade e esvaziamento) – Capacidade gástrica difícil de estabelecer (↑no recém nascido) – Movimentos gástricos aumentam progressivamente com o crescimento – Até duas semanas de vida a atividade peristáltica é detectada durante o sono ou provocada por leve massagem no abdome. – Esses movimentos são seguidos por eructação de grande quantidade de ar. – Esvaziamento gástrico em tempo variável → mais rápido com leite materno – Sofre influência da natureza e composição do quimo , bem como do volume de alimento ingerido DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES • QUALIDADE PROTEICA Conteúdo em AA essenciais e não essenciais • QUALIDADE LIPÍDICA Conteúdo em ácidos graxos essenciais (linoleico, linolênico e araquidônico) • QUALIDADE GLICÍDICA 60% em amido, 30% em sacarose, 10% em lactose (amamentação – 40% em lactose) Os mil dias que definem a saúde da criança • O sucesso de uma gestação leva ao sucesso de uma vida. O período de crescimento e desenvolvimento intrauterino é o mais vulnerável do ciclo de vida • Prevenir obesidade ou subnutrição depende também da saúde da gestante e do feto • A amamentação é responsável por uma nutrição saudável e de bons prognósticos para diversas patologias • Então, necessário se faz o esforço para os objetivos que garantam o sucesso da gestação Saúde da mulher na gravidez Saúde do feto Bem estar da lactante Proteção contra desenvolvimento de DCNT na vida adulta Procedimentos relacionados à nutrição • Semiologia nutricional • Avaliação antropométrica • Planejamento nutricional • Acompanhar e avaliar o planejamento OBS . A oferta nutricional adequada em paciente pediátricos, hospitalizados ou não, determina benefícios importantes, como a melhora do estado nutricional, redução de complicações, permanência hospitalar e na taxa de mortalidade O objetivo da dietoterapia infantil é garantir a melhora do estado nutricional e garantir crescimento e desenvolvimento normal da criança Referências • Marcondes, Eduardo;Vaz, Flávio Adolfo Costa; Ramos, José Lauro Araujj; Okay, Yassuhiko. Pediatria básica, tomo I. 9ª ed., S. Paulo: Sarvier, 2003 • Weffort, Virgínia Resende Silva; Lamounier, Joel Alves. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescência. 1ª ed. S. Paulo: Manole, 2010. • Accioly, Elizabeth; Saunders, Cláudia; Lacerda, Elisa Maria de Aquino. Nutrição em obstetrícia e pediatria. 2ª ed.; Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009. • www.bireme.br
Compartilhar