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Atraso na conclusão dos cursos nas escolas isoladas de ensino superior 1982

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Prévia do material em texto

MINISTRO DA EDUCAÇÃO E CULTURA 
Esther de Figueiredo Ferraz 
SECRETARIO GERAL Sérgio 
Mario Pasquali 
COORDENADOR DOS ÓRGÃOS REGIONAIS E COLEGIADOS 
Hipérides Ferreira de Melo 
DELEGADO DO M. E. C. NA BAHIA 
Ester Maria Sande de Oliveira e Santos Souza 
DIRETOR DA DIVISÃO DE SUPERVISÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA 
Maria Lycia Simões Cardoso de Sá 
PESQUISADORES 
Regina Beltrão Espinheira da Costa - Coordenadora 
Regina Maria de Sousa Fernandes 
COLABORADORES 
Yvonne Lucas Mattos 
Professora do Instituto de Matematica da UFBA na Consultoria dos 
Cálculos Estatísticos e Crítica do Relatório 
Cristina Maria d'Ávila Teixeira 
Estagiária da Faculdade de Educação da Bahia 
na Apuração dos dados 
OFERECERAM CRÍTICAS E SUGESTÕES 
Lezenita Coelho Silva Maritha 
Ferreira Luz Maria Jorgiza Mello 
 S U M Á R I O 
. INTRODUÇÃO 
. O PROBLEMA DO "ATRASO" NA CONCLUSÃO DOS CURSOS NAS ESCOLAS 
ISOLADAS DE ENSINO SUPERIOR 
CAPÍTULO I 
METODOLOGIA 
1. OBJETIVOS DA PESQUISA 
2. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA E DA AMOSTRA 
3. DEFINIÇÃO DO TERMO "ATRASO" 
4. COLETA DE DADOS 
5. PROCEDIMENTOS USADOS NA APURAÇÃO 
CAPÍTULO II
INSTITUIÇÕES ISOLADAS DE 
ENSINO SUPERIOR 
1. CARACTERIZAÇÃO DAS I. E. S. 
2. DURAÇÃO DOS CURSOS ESTUDADOS 
CAPÍTULO III 
RESULTADOS 
1. VARIÁVEIS INDIVIDUAIS E SUA RELAÇÃO COM 0 "ATRASO" 
2. VARIÁVEIS DO SUBSISTEMA DE ENSINO E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS 
INDIVIDUAIS E DO CONTEXTO FAMILIAL ENTRE ALUNOS COM "ATRASO" 
3. VARIÁVEIS ESTRANHAS AO SUBSISTEMA DE ENSINO E SUA RELAÇÃO COM 
VARIÁVEIS INDIVIDUAIS E DO CONTEXTO FAMILIAL, ENTRE ALUNOS COM 
"ATRASO" 
. CONCLUSÕES 
. ANEXOS 
I N T R O D U Ç Ã O 
INTRODUÇÃO 
Observa-se hoje na educação um paradoxo sobre o qual 
muito se deve refletir. Pela primeira vez na história verifica-
se em diferentes países a rejeição pela sociedade de numerosos 
"produtos" do sistema de educação formal mantido pela mesma so-
ciedade. Faure explica o fenômeno pela defasagem entre a acele-
ração de evolução das estruturas, das infras-estruturas e das 
superestruturas sociais. A estrutura do sistema educativo a ca-
da momento torna-se defasada em relação às superestruturas em 
contínua renovação decorrente dos avanços da ciência e da tecno 
logia. 
Bem diversa foi a situação no decorrer de séculos da 
história. Em poucos anos o homem podia adquirir o conhecimento 
existente (acervo de "verdades" que raros ousavam discutir). E 
como o sistema de ensino só acolhia uma minoria privilegiada 
pelo nascimento - não havia o risco de "o produto" do sistema ser 
rejeitado, por ser de má qualidade ou por ser demasiado para as 
necessidades sociais. 
Não havia porque mudar e não mudando nada piorava; nem 
melhorava. Melhorar também não era preciso, porque o conhecimen 
to, repita-se, era algo estável, transmitido fielmente pelos mes_ 
tres aos discípulos. 
Na época contemporânea porém, o conhecimento passou a 
avançar rapidamente, a ser questionado incessantemente, a popu-
lação cresceu de modo considerável, a tecnologia impôs novos com 
portamentos e modo de viver, exigiu um novo homem e gerou novo 
sistema de valores. E com isso a sociedade se transformou: modi 
ficou-se sua estrutura, com notável alteração na composição de 
suas classes e na mobilidade dos indivíduos que passaram a re-
clamar mais e mais educação, vista como o mais rápido conduto de 
 
ascensão social. 
O "foco da educação em si mesmo começou a deslocar-
se, muito lentamente, fugindo ao passado e encaminhando-se para 
o presente" (Toffler, 1972). Isso já não basta hoje. Se agora 
as mudanças sao em ritmo acelerado, no futuro esse ritmo será mais 
vertiginoso ainda, cumprindo então à educação antecipar as dire 
ções e o índice das mutações futuras, prever, por pressuposições , 
as espécies de empregos e profissões que existirão daqui a algu 
mas décadas, as espécies de problemas éticos e morais que emer-
girão, as espécies de tecnologia e de estruturas organizacionais 
que o homem defrontará (Toffler, passim) . 
Quem tem usado da prerrogativa de decidir sobre prio-
ridades educacionais não tem tido êxito, ao que parece. Só uma 
Política Educacional apoiada em sólidos fundamentos filosóficos 
e princípios científicos válidos que atentem para que o HOMEM é 
o sujeito e a própria finalidade da educação, poderá apontar os 
rumos a imprimir-se ao trabalho educativo. Daí então se partiria 
para o planejamento da expansão e melhoria da educação não fun-
damentada apenas no fato econômico mas em princípios humanísticos, 
e que atentem na tendência pluralista da sociedade atual. 
Ao lado da reflexão metódica sobre os problemas atuais 
da educação, faz-se preciso todo um trabalho exploratório do cam 
po, de busca, de pesquisa, não defrontado há duzentos anos atrás. 
O problema educativo é um problema moderno que só emergiu quando 
se compreendeu que a educação é um problema na medida em que tem 
como sujeito o HOMEM. 
Em sua essência obviamente o HOMEM é sempre o mesmo; 
mas, cada homem em particular apresenta diferenças individuais 
e em cada situação o homem vive numa sociedade cuja estrutura pro 
voca modificações em seu comportamento, em suas atitudes, em seus ideais , 
gerando necessidades novas, cuja satisfação não é menos premen-
te que suas necessidades básicas, por força mesmo da pressão so 
cial. 
Assim, parece que o HOMEM e as NECESSIDADES SOCIAIS 
são incógnitas que em tôda situação cumpre sopesar para equacio 
nar os problemas educacionais que urge resolver. 
 
O PROBLEMA DO ATRASO NA CONCLUSÃO DO CURSO SUPERIOR
Talvez a problemática educacional brasileira seja em 
parte o mau resultado de em nosso país ainda se usar e abusar 
de "soluções educativas" consoantes com "teorias educativas". 
A realidade não é suficientemente perquirida; por vê-
zes, se nao deliberadamente ao menos por incompetência, despre-
zada. Por que? Será pela facilidade de "importar" soluções: mé-
todos, técnicas, pontos de vista que alcançaram êxito em outros 
países, ao invés de partir-se da reflexão, da pesquisa da reali_ 
dade brasileira para construção de "modelos" adequados ao con -
texto de nossa sociedade? 
Haja vista como vem-se tentando reformar o ensino no 
Brasil. 
Elabora-se uma legislação fundamentada em teorias avan 
çadas e postula-se a sua eficácia, o seu alcance, o seu poder má 
gico de corrigir as deficiências do sistema de educação. 
Porém, na prática, a mágica falha. Os males de que pa 
dece a educação no Brasil resistem às prescrições da lei. 
Na mente dos planejadores não pesa o suficiente a exis_ 
tência do "gap" existente entre duas realidades; a dos países 
desenvolvidos exportadores dos modelos que se quer implantar aqui 
e a nossa realidade. 
A atitude do poder decisorio, que mal e mal ouve, mas 
raramente escuta, o que dizem os educadores, o povo, os conhece 
dores dos nossos problemas, tem gerado uma volumosa legislação que 
na prática é esquecida e desrespeitada (por vêzes até em boa ho 
ra,..), pois não sao reformas autênticas, mas meros simulacros. 
Essas considerações vêm a calhar no que diz respeito à duração 
dos cursos de nível superior, regulamentada pela leis 4.024 de 
20.12.61 e 5,540 de 28.11.68, bem como a numerosos outros pro 
blemas que não vem ao caso trazer à luz aqui, Hã prós e contras 
à determinação de um prazo de duração mínima e de um máximo pa 
ra cada curso, • 
 
Entre os argumentos favoráveis a essa medida arrolam-
se: 
. A demanda da sociedade pelo ensino superior atingiu 
dimensões tais que, se por um lado atendê-la integralmente seria 
um erro, geraria hipertrofia de um componente do sistema social 
e em conseqüência lhe acarretaria desequilíbrios (desemprego , 
subemprêgo, frustração de grupos profissionais), de outro lado 
ignorá-la, cerceá-la sem justificativas convincentes e válidas 
e adoção de ofertas alternativasaos jovens não causaria menor 
descontentamento e prejuízo; ora, a realização dos cursos an pra-
zo dilatado obstrui o quadro de vagas do ensino, incha-o, pois 
ele aumenta de volume desordenadamente, não se desenvolve e o 
ensino perde em qualidade, em eficácia, em eficiência. 
. A média bruta de anos de atividade dos brasileiros no 
intervalo de 15 a 64 anos situava-se em 1970 em 43,3 anos (1) 
apenas. Portanto, urge assegurar meios para que os profissionais 
de nível superior não retardem seu ingresso na força de traba 
lho de sua especialização, a fim de atuarem durante um período 
mais longo. 
. Parece acertado pedagogicamente ingressar a tempo 
nas profissões de nível superior porque só a prática, tão escas 
sa no decorrer do curso, completa o profissional. Note-se que o 
princípio da educação permanente deve ser associado nos planos 
de educação ao empenho de impedir o atraso na conclusão do curso. 
Os profissionais deverão contar com numerosas oportunidades de 
atualizar seus conhecimentos e técnicas de trabalho, à medida que 
ambas, ciência e técnica, avançam, sob pena de se tornarem defa 
sados, ineficientes e desacreditados. E se jovens e já experien 
tes, melhor poderão os profissionais universitários acompanhar 
a evolução das áreas de sua especialização, 
(1) Fonte: Revista Brasileira de Estatística IBGE ano XXXVIII . 
nº 150/ab/jun, 77, p 126 
 
Em contrapartida pode-se citar como argumentos desfa-
voráveis à limitação do prazo para realização do curso: 
. Numerosos indivíduos só podem cursar o 39 grau num 
prazo longo, pressionados pela necessidade de trabalhar muitas 
horas por dia. 
. Estudantes que trabalham são transferidos de uma pa 
ra outra localidade e além de por vezes os estabelecimentos de 
ensino deque procedem retardarem o seu processo de transieren -
cia, ocorre frequentemente não encontrarem logo vaga ou oferta 
das disciplinas em que lhes cumpre matricular-se. 
. Há quem nutra desconfiança (clientes e empresas) por 
profissionais muito jovens em certas áreas de atividades. 
Outro ponto a ponderar-se é que educação de boa quali-
dade é necessariamente cara e assim seria recomendável estrutu-
rar o ensino de modo a assegurar a regularidade, no fluxo do alu 
nado ao longo dos cursos. 
Porém, o que se tem verificado, através do trabalho de 
supervisão dos Técnicos em Assuntos Educacionais, é que existe 
em IES de Salvador, (Instituição de Ensino Superior Isolada) um 
fenômeno de "inchação", que se refere à existência de uma matrí 
cula superior àquela permitida por lei ao estabelecimento, de -
corrente da permanência por demais prolongada do aluno nos cur-
sos superiores que frequenta. Isso ocorre não obstante ser cui-
dadosamente controlado, a cada ano, o número de estudantes que 
ingressam nas referidas IES. 
Através levantamento procedido pela DSAT da DEMEC na 
Bahia/verificou-se que num total de 625 prováveis formandos no 
29 semestre do ano de 19 81, cerca de 18%, ou sejam, 120 alunos 
estavam concluindo o curso com "atraso" em relação ao ano de sua 
aprovação no vestibular. 
Quadro semelhante vem-se apresentando em universida -
des, haja vista o fato de a Universidade Federal da Bahia(UFBA) 
ter 18.500 alunos frequentando-a, quando possui apenas 12.500 
vagas, como foi apurado pela Superintendência Acadêmica da Ins-
tituição. 
 
Qualquer que seja a opinião sobre as inconveniências ou 
justificativas para o atraso na conclusão do curso, esclarecer 
os fatores com ele relacionados é uma necessidade para tomadas 
de decisão. 
Assim se justifica a preocupação com o problema que se 
aborda neste trabalho: 
"Fatores relacionados com o atraso na conclusão do cur 
so superior". 
C A P Í T U L O 
I 
 
C A P Í T U L O I 
METODOLOGIA 
1. OBJETIVOS 
Neste trabalho buscou-se: 
1.1. Verificar o percentual de Concluintes com "atraso" 
nos cursos das IES de Salvador, no 29 semestre do 
ano de 19 81. 
1.2. Averiguar a relação entre o "atraso" desses estu 
dantes e algumas variáveis, distribuídas em dois 
grupos : 
. do subsistema de ensino superior . 
estranhas ao subsistema de ensino su 
perior. 
1.3. Estabelecer conclusões à guisa de oferecer algum 
subsídio para equacionar o problema estudado. 
2. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA E AMOSTRA 
2.1. Procedeu-se a um estudo exploratório, efetuado 
através de trabalho de campo. 
2.2. A população estudada - os prováveis formandos 
das IES de Salvador no 29 semestre do ano de 
1981 - é vista nesta pesquisa tal qual na reali-
dade se constitui, como uma AMOSTRA de todos os 
estudantes que já se formaram em anos passados e 
virão a se formar no 29 semestre de 1981 e nos 
próximos anos, com atraso. 
Essa colocação é fundamental para jus-
tificar o teste de hipóteses empregado. 
0 Quadro I apresenta o número de prováveis 
 
formandos no 2º semestre de 19 81 e o número deles 
(2) 
em "atraso"(2) em cada um dos cursos das IES. 
Já o Quadro II distribui os alunos com 
atraso, segundo o turno que freqüentam. 
3. DEFINIÇÃO DO TERMO "ATRASO" 
. Neste trabalho "atraso" é entendido como conclusão 
do curso em tempo mais longo que o mínimo oferecido 
pela escola. Portanto, nada tem a ver com a idade 
do diplomando, nem expressa retardo em relação ao 
tempo mínimo permitido por lei. 
4. COLETA DE DADOS 
. Construiu-se um questionário de 25 questões. Empre-
garam-se três tipos de questões: estruturadas, com 
alternativas de respostas expressas a serem assina-
ladas pelos alunos como julgarem pertinente a seu 
caso; abertas , sem qualquer sugestão de resposta e 
mistas, onde se apresentavam algumas alternativas e 
também oferecia-se oportunidade de respostas origi-
nais. Tanto o questionário como o Projeto da Pesquisa, 
integralmente, foram objeto de discussão com os TAEs 
da SOIE da DSAT desta DEMEC. Além disso, efetuou-se 
uma pesquisa piloto para testar a clareza das ques-
tões. Houve reformulação de algumas questões que se 
apresentaram como ambíguas na pesquisa piloto. 
Os trabalhos de campo foram executados pe 
los TAEs do GT de Pesquisa e da SOIE, auxiliados por 
uma estagiária do GT de Pesquisa. 
(2) 
Veja-se definição de "atraso'' no topico 3. 
 
5. PROCEDIMENTOS USADOS NA APURAÇÃO 
. A apuração dos dados foi manual. A codificação e tabu-
laçáo dos mesmos ficaram a cargo do GT de Pesquisa e 
de sua estagiária, que também elaboraram os mapas de 
resultados. A análise estatística dos dados foi 
efetuada no Instituto de Matemática da UFBA. 
C A P Í T U L O 
II 
 
C A P Í T U L O II 
INSTITUIÇÕES ISOLADAS DO ENSINO SUPERIOR 
Os estabelecimentos isolados de ensino superior ( I ES) estão fundamentados na 
Lei 5 . 5 4 0 de 28 de novembro de 1968, que em seu artigo 2º estatui: 
"O ensino superior, indissociável da pesquisa» será ministrado em universidades e, 
excepcio -nalmente, em estabelecimentos isolados, organi-zados como instituições de 
direito público ou privado." Mais adiante o artigo 69 estabelece que : 
"A organização e o funcionamento dos estabelecimentos isolados serão disciplinados em 
regimentos, cuja aprovação deverá ser submetida ao Conselho de Educação competente." 
No que concerne ã duração dos cursos diz o artigo 269 da refe_ rida lei : 
"O Conselho Federal de Educação fixará o curri culo mínimo e a duração mínima 
dos cursos supe-riores correspondentes a profissões reguladas em lei e de outros 
necessários ao desenvolvi -mento nacional." As IES funcionam no regime de curso 
seriado. Algumas se referem a matrícula por disciplina, o que de fato só ê 
facultado a alunos que necessitem complementar créditos. 
São esses aspectos da estrutura das IES que importa ter em mente para 
melhorcompreensão dos resultados desta pesquisa. 
 
2. O grupo estudado abrange alunos dos cursos abaixo relaciona-
dos, cuja duração mínima por lei está apontada ao lado da du 
ração mínima oferecida pelo estabelecimento onde ele é minis_ 
trado. 
Duração mínima 
oferecida na 
escola 
Duração mínima 
permitida por 
lei 
 
Administração 
Agrimensura 
Ciências Contábeis 
Ciências Econômicas 
Educação 
Estatística 
Fisioterapia 
Medicina 
Terapia Ocupacional 
4 anos 
4 anos 
4 anos 
4 anos 
4 anos 
4 anos 
3 anos 
6 anos 
4 anos 
4 anos 
2,5 anos 
4 anos 
4 anos 
3 anos 
3,5 anos 
2,5 anos 
5 anos 
2,5 anos 
Comprova-se assim, que alguns cursos entre os estuda-
dos não oferecem condição para o aluno optar pelos prazos mínimos 
permitidos por lei. 
C A P Í T U L O III 
 
C A P Í T U L O 
I I I RESULTADOS 
O atraso, como se definiu, é a variável independente 
desta pesquisa. Procurou-se investigar as relações por acaso 
existentes entre ela e um certo número de variáveis, distribuí-
das em dois grupos - variáveis do subsistema de ensino e variá-
veis estranhas ao subsistema de ensino. 
As variáveis estranhas ao subsistema de ensino só podem 
ser atingidas quando se processam alterações profundas na orga-
nização social. As características pessoais só em casos particu 
laríssimos poderão ser modificadas. Já as do subsistema de ensino 
são passíveis de alteração no sentido desejável. 
Essas considerações explicam porque, de um ponto de 
vista imediatista, ou melhor, pragmatista, as que mais importa es 
tudar são as variáveis do subsistema de ensino. 
Todas entretanto merecem ser estudadas, a fim de melhor 
esclarecer o problema do "atraso" na conclusão do curso. 
Qualquer problema educacional é de difícil solução , 
porque também difícil é apoiar-se em bases inteiramente confiá-
veis , devido á grande quantidade de fatores que interferem na 
educação. Isto é próprio das ciências sociais, onde se insere o 
fato educativo. 
Porém, não obstante a polêmica gerada em torno de ques_ 
toes educacionais (educação é "coisa" de que todos entendem...) 
parece possivel descartar , através de investigações metódicas, 
os fatores secundários e, se não se consegue alcançar uma verda 
de absoluta, vai-se, aos poucos, construindo um conjunto de apro 
ximações empíricas de qualidade crescente. 
Essas ponderações devem ser lembradas ao se apresenta 
rem os resultados obtidos nesta pesquisa. 
Num esforço de organizar a investigação, procurou -se 
 
confrontar a variável estudada - "atraso" (como foi definido) 
cem variáveis do subsistema de ensino superior e com variáveis estranhas ao 
subsistema de ensino superior. 
1. Variáveis Individuais 
Posto que este trabalho procurou relacionar com varia 
veis individuais e do contexto socia] tanto variáveis do subsis_ 
tema de ensino como variáveis estranhas ao subsistema de ensino 
inicialmente serão apresentados de "per se" os resultados refe-
rentes a variáveis individuais e do contexto familial. 
0 Quadro III apresenta a distribuição dos alunos com 
"atraso", por idade. 0 percentual mais alto incidiu na classe de ( 3 ) 24 a 26 anos, onde se concentram 26%(3) dos alunos. Encontrou-se 
X = 29,22 anos, sendo o desvio padrão da ordem de 4,59 anos e o 
coeficiente de variação de 16% para n = 111, (excluídos os casos 
sem informação). 
A distribuição por sexo denota a predominância de for 
mandos com "atraso" do sexo masculino - 66% para 34% do sexo fe 
minino, números esses extraídos do Quadro IV. 
0 número de alunos solteiros é de 54%, superando o de 
casados, de 43%. 0 Quadro V informa sobre os contingentes de ca 
da estado civil. 
Mais da metade dos alunos, ou seja 53%, não tem depen 
dentes. Entre os que os têm, 28% mantêm 1 a 2 dependentes, 16%, 
3 a 4. Os alunos com número de dependentes mais elevado são ra 
ros. Veja-se a respeito o Quadro VI. 
Verificou-se ser considerável o número de alunos sem 
filhos menores de 11 anos, perfazendo tal categoria 60%, enquan 
to 30% têm 1 a 2 filhos e 9%, 3 a 4. Não se encontrou quem ti - 
(3) - 
Os números percentuais, apresentados nos Quadros com aproxi-
mação ate centesimos, estão aproximados para números intei -
ros no texto, a fim de facilitar a leitura. 
 
vesse mais de 4 filhos, segundo os valores consignados no Quadro 
VII. 
Apenas 2% dos formandos com "atraso" são estrangeiros, 
segundo os valores do Quadro VIII. 
Hã 83% de baianos, informa o Quadro IX. 72% dos for -
mandos trabalham e 25% não trabalham; 3% não prestaram informação 
(Quadro X). 
0 salário dos que trabalham variou de Cr$ 7.128, 00 
(sete mil, cento e vinte e oito cruzeiros) , amais de Cr$ 50.000,00 
(cinqüenta mil cruzeiros) sendo o salário médio da ordem de 
Cr$ 32.080,04 (trinta e dois mil, oitenta cruzeiros e quatro cen 
tavos) e o desvio padrão de Cr$ 15.048,77 (quinze mil, quarenta 
e oito cruzeiros e setenta e sete centavos). A distribuição dos 
- (4) 
salarios e encontrada no Quadro XI. 
A maior parte dos alunos com "atraso" que trabalham têm 
mais de 5 anos de serviço (37%), informação extraída do Quadro 
XII, e 60% têm uma carga horária semanal de trabalho de mais de 
30 h. (Quadro XIII) , sendo que 53% com horário fixo (Quadro XIV) . 
Indagou-se a ocupação exercida pelos que trabalham. Os dados 
colhidos a respeito encontram-se no Quadro XV, o qual revela 13 
(treze) tipos de ocupação, sendo que o maior número de estudan-
tes desempenha funções de assessoramento e supervisão em empresas 
públicas (.14%) ; em segundo lugar figuram os serviços de contabi 
lidade (13%), seguido de serviços auxiliares em empresas - 11%, 
técnicos de engenharia e arquitetura 7%, altas funções de dire-
ção e gerência de empresas, 7%. Contingentes menores dedicam-se 
a outras ocupações discriminadas no quadro referido 
Os níveis de instrução dos pais (pai e mãe) dos estu-
dantes com "atraso" constam do Quadro XVI, constatando-se que 
nos estabelecimentos isolados é mais elevado o número de estu -
dantes com "atraso" cujos pais têm escolaridade de 19 grau in -
completo. Quanto à ocupação do chefe da família (pai, o próprio 
(4)À epoca da coleta de dados o salario minimo em Salvador era 
de Cr$ 7.128,00. 
 
aluno ou outro) e da mãe achou-se, em relação ao primeiro, domi-
nância do nível 4 (Altas posições de supervisão, inspeção e ou -
tras ocupações não manuais) e em relação à mãe, do nível 3 (Po -
sições mais baixas de supervisão e inspeção e outras ocupações 
não manuais) , como se poda ler no Quadro XVII. 
As ocupações foram agrupadas conforme a escala de ní-
veis ocupacionais organizadas por Glass na Inglaterra e adaptada 
por B. Hutchinson às condições brasileiras (Hutchinson, 1960). 
Nível 1 - Ocupações manuais semi-especializadas e sem 
especialização. 
Nível 2 - Ocupações manuais especializadas e cargos de 
rotina não manuais. 
Nível 3 - Posições mais baixas de supervisão, inspeção 
e outras ocupações não manuais. 
Nível 4 - Altas posições de supervisão, inspeção e ou-
tras ocupações nao manuais. 
Nível 5 - Cargos de gerência e direção. 
Nível 6 - Profissões liberais e altos cargos adminis -
trativos. 
0 aparente desacordo entre os níveis predominantes de 
instrução do pai e ocupação do responsável é explicado pelo 
Quadro XVIII, onde se encontra a informação de 62% dos chefes de 
fami -lia serem o próprio aluno - o estudante que, pelo próprio 
esforço, já tem status superior ao de sua família de origem, 
obteve em prego de bom nível e volta a estudar. 
Comprovou-se que 5 3% dos estudantes haviam ingressado 
no curso por vocação, que 14% o fizeram para alcançar melhor de-
sempenho na ocupação que já exercia, 12% por acharem o curso pro 
missor, como está registrado no Quadro XIX. Foram poucos os es -
tudantes que indicaram outros motivos de escolha do curso cueconcluíam. 
Como era esperado, a quase totalidade dos estudantes 
pretende exercer ocupação relacionada com o curso; atingiu o 
 
total de 9 3% o nùmero dos que têm essa pretensão. 2% nao a têm e 
5% ainda estão indecisos, segundo os valores do Quadro XX. 
Formulou-se, no tocante às variáveis individuais e do 
contexto familial abordadas acima, a hipótese: 
"Há relação entre variáveis individuais e do contexto 
familial e "atraso" na conclusão do curso." 
A hipótese foi confirmada com relação às variáveis in 
dividuais "alunos que trabalham ou não","carga horária semanal 
de trabalho" e ã variável do contexto familial "nível de instru 
ção do pai", encontrando-se forte associação (significante ao 
nível de 0,1%) entre o "atraso" e as variáveis supra menciona-
das. Como era esperado os alunos com "atraso" que trabalham e 
os que têm carga horária semanal de trabalho superior a 30 h. fo 
ram mais numerosos do que os que não trabalham ou têm carga ho-
rária semanal reduzida. 
Também foi confirmada a expectativa de que os alunos 
com "atraso" cujo pai tivesse nível de instrução alto fossem me 
nos numerosos que aqueles cujos pais tivessem nível de instrução 
baixo ou médio. Revejam-se, a propósito, os Quadros X, XIII e 
XVI. 
2. Variáveis de Subsistema de Ensino e sua relação com Variáveis 
Individuais e do Contexto Familial entre alunos com "Atraso" . 
Neste item, foram analisadas as relações entre a vari 
ável estudada e trancamento de matrícula, reprovação, falta de 
oferta de disciplina, choque de horário de disciplina, matricula 
no mínimo de disciplinas e transferência. 
Essas variáveis são evidentemente passíveis de corre-
ção. Caso afetem de modo negativo a realização do curso em tempo 
desejável, é possivel ao estabelecimento de ensino ou às autori-
dades educacionais com poder decisòrio propor revisão no regi-
mento e submetê-lo à aprovação do Conselho de Educação competen 
te. 
Por trancamento de matrícula entende-se a interrupção 
da freqüência às aulas de disciplina (s) na(s) qual(is) o aluno 
 
esteja matriculado, assegurando-se-lhe reserva de vaga para o pe riodo letivo seguinte. 
Para tanto é necessário ao aluno requerer em tempo hábil o trancamento de matrícula. 
Em conformidade com a lei, os regimentos das faculdades dispõem sobre prazo e outros 
requisitos para a concessão de trancamento. 
No caso de a matrícula ser por disciplina, o trancamen to poderá ser 
em todas as disciplinas que o aluno esteja cursando ou em numero que não 
comprometa o mínimo estipulado em lei Quando o curso for seriado o aluno terá 
que fazer o trancamento no elenco de disciplinas que compõem o currículo da 
série que cursa. 
A reprovação pode decorrer de insuficiente aproveitamento (matéria 
regimental) e/ou se "o aluno deixar de comparecer a um mínimo previsto em estatuto ou 
regimento das atividades programadas para cada disciplina"(art. 29, §49 da Lei 5.540 de 
28.11.968) 
A preferência das IES pela adoção de cursos seriados as desobriga de 
atender à demanda de matrícula em todas as discipli_ nas pelos alunos que necessitam 
de complementar créditos, simpli ficando a administração escolar e reduzindo custos. 
Mas ocasiona "atraso" para esses alunos. 
O choque de horário (isto é, coincidência) de disciplinas é 
um empecilho deparado nas IES por alunos que necessitam compie - 
mentar créditos , por motivo de transferência, mudança de turno dentro do 
mesmo estabelecimento de ensino e/ou reprovação. Eis outra situação que 
denota o inconveniente do curso seriado, ocasionando "atraso" no fluxo do alunado. 
No caso de transferência evidencia-se, mais uma vez,ser o curso 
seriado desvantajoso, pois O aluno se atrasa, enquanto aguarda vaga para matricular-se 
nas disciplinas que lhe cumpre frequentar para adaptação ao curso no estabelecimento 
para onde se transferiu. 
Essas, "reprovação" e "mudança de turno", são, portanto, as situações que 
ocasionam o aluno matricular-se num mínimo de disciplinas, como foi apontado 
pelos informantes. 
Submeteram-se ao teste do qui-quadrado os valores en -contrados ao 
relacionarem-se com variáveis do subsistema as va- 
 
riáveis individuais e do contexto familial seguintes: idade, se 
xo, número de filhos menores de 11 anos, alunos que trabalham ou 
não, nível de instrução do pai, ocupação do chefe da família , 
motivo da escolha do curso e pretensão de exercer ocupação rela 
cionada com o curso feito. 
Os Quadros XXI a XXVIII mostram como essas variáveis se 
associam aos casos de trancamento de matrícula, reprovação , im 
possibilidade de matricular-se em todas as disciplinas do semes 
tre letivo e perda de prazo de matrícula (variáveis do subsiste 
ma de ensino). 
Tomou-se como hipótese de trabalho que: 
"Há relação entre variáveis do subsistema de ensino e 
variáveis individuais e do contexto familial entre os alunos que 
concluem o curso superior com "atraso". 
A fim de permitir o cálculo do qui-quadrado, reuniram 
se na categoria "impossibilidade de matricular-se em todas as 
disciplinas do semestre" (Quadro XXI,XXII e XXIV) as catego-
rias "falta de oferta de disciplina", "choque de horário" e "ma 
trícula no mínimo de disciplinas". 
Encontrou-se associação de alta significancia entre 
variáveis do subsistema e sexo (significante a 1%), sendo predo 
minante no sexo feminino a associação com a variável "trancamen 
to de matrícula" e no masculino, com "reprovação". Talvez se ex 
pliquem essas associações pelo fato de a mulher, prudente, pon-
derar com cautela a carga de trabalhos domésticos e/ou profissi 
onais que a oneram e prever com mais acerto suas chances quanto ao tempo 
de que dispõe para enfrentar cada período letivo. Já o homem , 
ousado, aventureiro opta por "pagar para ver", matricula-se sem 
avaliar devidamente os encargos sob sua responsabilidade e , 
consequentemente, com mais freqüência é reprovado. Vem a propó-
sito lembrar que foram computados, no Quadro X, 72% de alunos com 
atraso que trabalham. Esses alunos, obviamente não dispõem de 
tempo suficiente para cursar todas as disciplinas oferecidas em 
cada semestre. 
Contrariando em parte a expectativa, não foi encontra 
 
da associação significante entre as variáveis do subsistema e as 
demais variáveis individuais e do contexto familial abordadas . 
3. Variáveis Estranhas ao Subsistema de Ensino e sua relação com 
Variáveis Individuais e do Contexto Familial entre Alunos com 
"atraso" 
As variáveis estranhas ao subsistema são muito numero 
sas e não seria possível controlar todas. Pelas limitações deste 
trabalho muitas variáveis do contexto social escapam-lhe a qual_ 
quer tentativa de abordagem. 
As variáveis estranhas ao subsistema relacionadas com 
o "atraso" na conclusão do curso foram apontadas pelos próprios 
estudantes em questões abertas (veja Questionário em Anexo), quan 
do informaram "por que" tinham trancado matrícula, tinham sido 
reprovados etc. 
Mediante tal procedimento arrolaram-se as variáveis 
"dificuldade de locomoção para a Faculdade", "dificuldades de -
correntes do trabalho", "mudança de residência", "doença do alu 
no", "problemas familiares", "falta de condições para frequen -
tar o curso", "reclusão penal", "dificuldades financeiras", "in 
compatibilidade com o mestre e/ou desinteresse pela matéria" , 
"falta de tempo devido a outras atividades", "método de ensino 
inadequado", "falta de base ou pré-requisito". 
As variáveis estranhas ao subsistema de ensino escapam 
à interferência da esfera educacional, Elas podem ser atributos 
do sistema social e/ou característica pessoal. 
Para orientar o estudo da associação dessas variáveis 
com as variáveis individuais e do contexto familial, o que se 
pode consultar nos Quadros XXIX a XXXVI, levantou-se a seguinte 
hipótese:"Há relação entre variáveis estranhas ao subsistema de 
ensino e variáveis individuais e do contexto familial, entre os 
alunos que concluem curso superior com "atraso". 
Encontrou-se associação significante a 5% entre as 
 
variáveis estranhas ao subsistema de ensino e "sexo" e também 
entre elas e "participação do aluno na força de trabalho". 
No Quadro XXX vê-se que, entre os alunos do sexo mas-
culino, houve prevalência de associação com a variável "dificul 
dades decorrentes do trabalho", seguida de "falta de condições 
para frequentar o curso" . Entre os alunos do sexo feminino a as_ 
sociação mais frequente incidiu sobre a mesma variável "dificul-
dades decorrentes do trabalho", mas houve pequena diferença para 
a associação seguinte em ordem decrescente ("falta de condições 
para frequentar o curso"). Além disso verificou-se flutuação de 
valores na associação entre sexo feminino e demais variáveis es_ 
tranhas ao subsistema de ensino. 
Quando se associaram as variáveis estranhas ao subsis-
tema de ensino aos alunos que participam ou não da força de tra 
balho, encontrou-se resultado significante ao nível de 5%. Como 
se esperava, os alunos com atraso na conclusão do curso que tra 
balham foram mais numerosos que os que não trabalham, emergindo 
da leitura do Quadro XXXII a revelação de ser "dificuldades decorrentes 
do trabalho" a variável estranha ao subsistema que está mais freqüentemente 
associada aos alunos que trabalham, seguida da variável "falta 
de condições para frequentar o curso". Os valores encontrados ao 
relacionarem-se os alunos que não trabalham com variáveis estra 
nhas ao subsistema estão diluídos, sem qualquer associação digna 
de destaque. 
Além das associações com "sexo" e com "participação ou 
não do alunado na força de trabalho" não foram encontradas ou -
tras entre as variáveis estranhas ao subsistema de ensino e va-
riáveis individuais e do contexto familial. 
Visando à melhor compreensão das abrangências das va-
riáveis estranhas ao subsistema de ensino contidas nos Quadros 
XXIX a XXXVI, cabe esclarecer que vários desses quadros englobam 
como "falta de condição para frequentar o curso" as variáveis 
"dificuldades na locomoção para a Faculdade", "falta de condições 
para frequentar o curso", "mudança de residência" e "reclusão pe-
nal" . Também a variável "desinteresse pela matéria" está inclu- 
 
indo outra: "incompatibilidade com o mestre", tendo-se admitido 
o pressuposto de que tal incompatibilidade provoca desinteresse 
pela matéria por ele lecionada. 
C O N C L U S Õ E S 
 
C O N C L U S Õ E S
. Verificou-se que apenas três dos nove cursos das IES propiciam a 
seus alunos oportunidade de realizá-los num prazo mí nimo coincidente com o da 
lei. Assim, se o constructo "atraso" tivesse neste trabalho abrangência maior (não 
adotada aqui porque seria a nosso ver inadequado à realidade das IES de 
Salvador) , o total de alunos que concluíram o curso num prazo mais longo que o 
permitido atingiria 70 ,56%. 
. Daí concluir-se parecer necessário as IES promoverem 
modificações em sua estrutura, no que concerne ao prazo mínimo por elas 
oferecido para a realização dos seus cursos. 
. O regime de curso seriado pelo "atraso" associado as variáveis 
"falta de oferta de disciplina", "transferência", por vezes a "matrícula no mínimo 
de disciplina" e a outras variáveis do subsistema, permitindo concluir-se ser 
preferível o regime de "matrícula por disciplina", ao menos no que diz respeito à 
facilitação do fluxo do alunado no curso, pois evita a interrupção da realização do 
curso até que surja para o aluno oportunidade de matricular-se nas disciplinas que 
lhe cabe cursar para complemen tar créditos. 
. Merece destaque "doença do aluno" ser fator de "atra so", o que 
atribui relevância à manutenção, pelo subsistema de ensino ou por outro órgão, 
de um eficiente sistema, de assistên -cia médica aos alunos. 
. A diversidade na incidência da maior freqüência na associação das 
variáveis "sexo masculino" e "sexo feminino" com diferentes variáveis do 
subsistema de ensino é, talvez, reflexo da cultura brasileira, na qual a mulher 
ainda e vítima de discri-minação. A maior (quando não total) carga de trabalhos 
domésticos que ainda lhe cabe constitui empecilho incontornável e 
a 
 
leva a trancar a matrícula, pois nao espera qualquer especie de 
ajuda para poder cursar a Faculdade, precisa prestar maior assis_ 
tência a filhos, familiares etc. 
É discutível ser de caráter negativo o "atraso" na rea 
lização do curso superior para os alunos que nele incorreram por 
desempenhar atividades ligadas ã natureza do curso. É de esperar 
se que sua formação tenha sido beneficiada pela prática no campo 
da profissão, o que, por certo, lhe dará maior competência. Isso 
porque sabemos quanto o ensino no Brasil ainda é omisso em ofere 
cer aos alunos oportunidades de prática e de estágio. 
A N E X O 
I 
 
Q U A D R O I 
FORMANDOS COM "ATRASO" POR CURSO 
 
C U R S O N9 provável Nº formandos % formandos 
 formandos C/ "atraso" c/ "atraso" 
Administração 81 20 17,24 
Agrimensura 44 15 12,93 
C. Contábeis 111 34 29,31 
C. Econômicas 59 13 11,21 
Educação 136 4 3,45 
Estatística 17 3 2,59 
Medicina 87 10 8,62 
Fisioterapia 64 11 9,48 
Ter. Ocupacional 26 6 5,17 
TOTAL 625 116 100,00 
 
Q U A D R O II 
MATRICULA, POR TURNO 
 
Turno n % 
DIURNO 45 38,80 
NOTURNO 65 56,03 
DIUTURNO* 5 4,31 
S/ INF. 1 0,86 
TOTAL 116 100,00 
* Refere-se a alunos matriculados em dois turnos 
Q U A D R O III 
IDADE 
IDADE n % 
21 23 8 6,90 
24 26 30 25,86 
27 29 27 23,27 
30 32 18 15,52 
33 35 11 9,48 
35 e + 17 14,66 
S/ INF. 5 4,31 
TOTAL 116 100,00 
X = 29,22 anos 
S = 4,59 anos 
Cv = 15,71 % 
Kl = 111 
 
Q U A D R O IV 
SEXO 
 
SEXO n % 
MASC. 
FEM. 
76 
40 
65,52 
34,48 
TOTAL 116 100,00 
Q U A D R O 
V ESTADO CIVIL 
 
EST. CIVIL n % 
SOLTEIRO 63 54,31 
CASADO 50 43,10 
VIÚVO 1 0,86 
SEPARADO 2 1,73 
DIVORCIADO - - 
S/ INF. — —
TOTAL 116 100,00 
 
Q U A D R O VI Nº 
DE DEPENDENTES 
 
Nº DEPENDENTES tt % 
NENHUM 62 53,45 
1 a 2 32 27,59 
3 a 4 19 16,38 
5 ou mais 2 1,72 
S/ INF. 1 0,86 
TOTAL 116 100,00 
Q U A D R O VII Nº DE 
FILHOS MENORES DE 11 ANOS 
 
Nº DE FILHOS 
MENORES DE 11 ANOS 
n % 
0 1 
2 3 4 
S/ INF. 
70 
35 
10 
1 
60,35 
30,17 
8,62 
0,86 
TOTAL 116 100,00 
 
Q U A D R O VIII 
NACIONALIDADE 
 
NACIONALIDADE n % 
BRASILEIRA 
ESTRANGEIR
A S/ INF. 
112 2 
2 
96,56
1,72 
1,72
TOTAL 116 100,00
Q U A D R O IX 
NATURALIDADE 
 
NATURALIDADE n % 
BAIANA 
OUTRA 
S/ INF. 
96 
17 
3 
82,76
14,66
2,58
TOTAL 116 100,00
 
Q U A D R O X 
ALUNO QUE TRABALHA OU NAO 
 
ALUNO QUE TRABALHA Kl % 
SIM NAO S/ 
INFORMAÇÃO 
83 
29 
4 
71,55 
25,00 
3,45 
TOTAL 116 100,00 
* Isto é, a probabilidade de os valores encontrados serem casuais 
é de 0,1% que representa alta significancia; quanto menor for 
P, tanto mais segurança se tem quanto aos resultados. 
 
Q U A D R O XI 
SALÁRIO MENSAL 
 
SALARIO MENSAL n % INDICADORES 
7.128 14.256 3 2,59 
14.256 21.384 9 7,76 X = 32.080,04 
21.384 28.512 4 3,45 
28.512 35.640 10 8,62 S = 15.048,77 
35.640 42.768 9 7,76 
42.768 49.896 7 Cv = 46,91 % 
49.896 e mais 39 
6,03 
33,62 n = 81 
S/ INFORMAÇÃO 6 5,17 
Ñ SE APLICA 29 25,00 
TOTAL 116 100,00 
 
Q U A D R O XII 
TEMPO DE SERVIÇO 
TEMPO DE SERVIÇO*Começou a trab. este ano 
Até 2 anos 
De 3 até 5 anos 
Mais de 5 anos 
Desempregou-se 
NAO SE APLICA 
S/ INFORMAÇÃO 
10 
9 
17 
43 
4
29 
4 
8,62 
7,76 
14,65 
37,07 
3,45 
25,00 
3,45 
TOTAL 116 100,00 
* Calculada em relação a janeiro de 1981 
Q U A D R O XIII 
JORNADA DE TRABALHO 
 
CARGA HORARIA SEMANAL n % 
Mais de 10 a 15 h. 
Mais de 15 a 20 h. 
Mais de 20 a 25 h. 
Mais de 26 a 30 h. 
Mais de 30 h. NAO 
SE APLICA S/ 
INFORMAÇÃO 
1 
2 
2 
7 
70 
29 
5 
0,86 
1,73 
1,73 
6,03 -
60,34 
25,00 
4 ,31 
TOTAL 116 100,00 
 
Q U A D R O XIV 
HORARIO DE TRABALHO 
 
H O R A R I O n % 
Sempre o mesmo 62 53,45 
Varia (inclusive qto. ao turno) 6 5,17 
Inclui domingos e feriados 1 0,86 
Varia de acordo c/ a necessidade do 
serviço. A depender da conveniencia 
9 7,76 
Varia de acordo c/ o estágio . Varia com 
o horario 
5 4,31 
S/ INFORMAÇÃO 4 3,45 
NAO SE APLICA 29 25,00 
TOTAL 116 100,00 
 
Q U A D R O XV 
OCUPAÇÃO DO ESTUDANTE 
 
OCUPAÇÃO DO ESTUDANTE n % 
Serv. de secretaria de inter./similares 5 4,27 
Representação de vendas e similares 1 0,86 
Serviços de contabilidade 15 12,82 
Funções de assessoramento e supervisão em empresas 
públicas e privadas 
17 14,53 
Serviços auxiliares em empresas públicas e privadas 13 11,11 
Auxiliar técnico de manutenção 4 3,42 
Serviços técnicos e auxiliares na área de saúde 3 2,56 
Altas funções de direção e gerência de empresas privadas 
e mistas 
8 6,84 
Altas funções técnicas em educação 2 1,71 
Funções de segurança, nas esferas oficiais e privadas 4 3,42 
Funções de magistério 2 1,71 
Comércio autônomo 1 0,85 
Auxiliares técnicos de engenharia e arquitetura 8 6,84 
Resp. vaga ou absurda S/ 
INFORMAÇÃO 
6 5,13 
TOTAL* 117 100,00 
*0 total ultrapassa o n porque as categorias nao sao mutuamente exclusivas 
(isto e, há estudantes com mais de uma ocupação). 
 
Q U A D R O XVI 
NÍVEL DE INSTRUÇÃO 
 
PAI MÃE NÍVEL DE INSTRUÇÃO 
n % n % 
 1. Analfabeto 2 1,72 2 1,72 
Baixa 2. Lê, escreve, mas nunca 
freq. escola 
5 4,31 8 6,90 
 3. 19 grau incompleto 42 36,21 39 33,62 
 4. 1º grau completo 23 19,83 23 19,83 
Média 1 5. 29 grau incompleto 
6. 29 grau completo 
9 
14 7,76 
12,07 
12 
22 
10,34 
18,97 
 - 7. Superior incompleto 5 4,31 - - 
 8. Superior completo 10 8,62 9 7,76 
Alta 9. Mestrado 1 0,86 - - 
 10. Doutorado 1 0,86 - - 
 NAO SABE - - - - 
 S/ INFORMAÇÃO 4 3,45 1 0,86 
TOTAL 116 100,00 116 100,00 
Q U A D R O XVIa 
 
NÍVEL DE INSTRUÇÃO tt % 
Baixo 
Médio 
Alto 
(1 a 3) (4 
a 7) (8 a 
10) 
49 
51 
12 
43,8 
45,5 
10,7 
TOTAL 112 100,00 
 
Q U A D R O XVII 
NÍVEL DE OCUPAÇÃO 
 
NÍVEL DE OCUPAÇÃO CHEFE DE 
nFAMÍLIA% 
MÃ
n 
E 
% 
Ocup. manuais semi-espec. 
-sem especialização 
 - - - 
Ocup. manuais esp. e car 
gos de rotina ñ manuais 
11 9,48 6 5,17 
Posições mais baixas de 
superv. e insp. e outras 
ocup. ñ manuais 
35 30,17 14 12,07 
Altas posições de superv. 
insp. e outras ocup. não 
manuais 
43 37,07 2,59 
Cargos de gerência e dire 
ção 
14 12,07 
3 
2
1,72 
Prof. liberais e altos 
cargos administrativos 
10 8,62 1 0,86 
Prendas domésticas - - 76 65,52 
S/ INFORMAÇÃO 3 2,59 14 12,07 
TOTAL 116 
100,00 
116 100,00 ' 
 
Q U A D R O X V I I I 
RESPONSÁVEL PELO ALUNO 
 
RESPONSÁVEL PELO ALUNO n % 
O próprio 66 62,27 
0 pai 28 26,42 
A mãe 1 0,94 
0 marido 10 9,43 
Outro 1 0,94 
TOTAL 106 100,00 
Q U A D R O XIX MOTIVO 
DA ESCOLHA DO CURSO 
 
MOTIVO DA ESCOLHA DO CURSO ni % 
Vocação 75 53,19 
Curso promissor 17 12,06 
Conveniência de horário 2 1,42 
Curso relacionado c/ o de nível 
médio 
5 3,54 
Melhor desempenho da ocupação já 
exercida 
20 14,18 
Viabilidade de acesso ao curso 10 7,09 
Aspiração de trabalho autônomo 2 1,42 
Influência de terceiros 3 2,13 
Permite ajudar pessoas 5 3,55 
Ñ escolheu mas encontrou satisf. 1 0,71 
S/ INFOFMAÇÂO 1 Q,71 
TOTAL 141 100,00 
 
Q U A D R O XX PRETENSÃO DE EXERCER 
OCUPAÇÃO RELACIONADA COM O CURSO 
 
PRETENSÃO DE EXERCER OCUPAÇÃO 
RELACIONADA COM O CURSO 
tt % 
SIM NÃO 
AINDA Ñ SABE 
108 
2 6 
93,1 
1,7 
5,2 
TOTAL 116 100,00 
Q U A D R O XXI RELAÇÃO ENTRE IDADE 
E VARIÁVEIS DO SUBSISTEMA DO ENSINO SUPERIOR, EM 
ALUNOS COM "ATRASO" 
 
VARIÀVEIS DO I D A D E 
SUBSISTEMA. 21 a 23 24 a 26 27 a 28 30 a 32 33 a 35 Mais de 35 Total % 
Trancou matrí 
cula 
4 10 8 5 8 10 45 27,61
Foi reprovado 2 23 20 12 3 9 69 42,33
Impossibilida de 
de matricu lar-se 
em todas as disci-
plinas do se-
mestre. 
2 14 9 7 4 36 22,08
Perda prazo 
matrícula 
 2 3 3 2 3 13 7,98
TOTAL* 8 49 40 27 13 26 163 100,00
* 0 tt e maior do que o da Amostra porque a questão admitiu resposta múltipla , pois as 
alternativas nao sao mutuamente exclusivas. 
 
Q U A D R O X X I I RELAÇÃO 
ENTRE SEXO E VARIÁVEIS DO SUBSISTEMA DE ENSINO 
SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
 S E X O 
VARIÁVEIS DO SUBSISTEMA M F T % 
Tranc. de matrícula 
Reprovação 
Falta oferta discip. 
Choque horario discip. 
Mat. mínimo disciplina 
Perda prazo matrícula 
25 
53 
12 
11 
7 
13 
22 
18 
2 
2 
3 
47 
71 
12 
13 
9 
16 
27,98 
42,26 
7,14 
7,74 
5,36 
9,52 
TOTAL* 121 47 168 100,00 
* O n é maior do que a Amostra porque a questão admitiu resposta múltipla , pois as alternativas 
nao são mutuamente exclusivas. 
Q U A D R O X X I I I 
RELAÇÃO ENTRE "Nº DE FILHOS MENORES DE 11 ANOS" E VARIÁVEIS DO 
SUBSISTEMA DE ENSINO, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
VARIÁVEL DO Nº DE FILHOS MENORES DE 11 ANOS 
SUBSISTEMA nenhum filho 
1 
1 a 2 f. 
2 
3 a 4 f. 
3 
TOTAL % 
Trancou matrícula 
Foi reprovado 
Falta oferta dis-
ciplina 
Cheque horário 
disciplina 
Mat. mínimo disc. 
Perda prazo mat. 
25 
45 
9 
11 
8 
7 
17 
19 2 
2 
1 6 
7 
4 
1 
1 
2
49 
68 
12 
14 
9 
15 
29,34 
40,72 
7,19 
8,38 
5,39 
8,98 
TOTAL* 105 47 15 167 100,00 
* 0 n i maior do que a Amostra porque a questão admitiu resposta multipla,pois as alternativas não 
são mutuamente exclusivas. 
 
Q U A D R O X X I V 
v 
RELAÇÃO ENTRE "ALUNOS QUE TRABALHAM OU NAO" E VARIÁVEIS DO 
SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
 ALUNOS QUE TRABALHAM OU NAO 
VARIÁVEIS DO SUBSISTEMA Ñ trab. Trabalha Total % 
Trancou matrícula 12 45 57 35,40 
Foi reprovado 15 39 54 33,54 
Impossibilidade de matricu - 8 26 34 21,12 
lar-se em todas as discip. 
Perda prazo matrícula 2 14 16 9,94 
TOTAL* 37 124 161 100,00 
O n é maior do que a Amostra porque a questão admite resposta múltipla,pois as alternativas nao 
sao mutuamente exclusivas. 
 
 
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Q U A D R O XXVI 
RELAÇÃO ENTRE "NÍVEL OCUPACIONAL DO CHEFE DA FAMÍLIA" E VARIÁVEIS DO 
SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
 NÍVEL OCUPACIONAL - CHEFE 
DA
FAMÍLIAVARIÁVEIS DO SUBSISTEMA BAIXA MÉDIA ALTA TOTAL % 
Tranc. de matrícula 1 34 10 45 26,95 
Reprovação 9 47 14 70 41,92 
Falta oferta disciplina 3 6 3 12 7,18 
Choque horário disciplina 2 8 5 15 8,98 
Matrícula min. disciplina - 6 3 9 5,39 
Perda prazo matrícula 2 13 1 16 9,58 
TOTAL* 17 114 36 167 100,00 
O n é maior do que a Amostra porque a questão admite resposta múltipla,pois as alternativas nao 
são mutuamente exclusivas. 
 
Q U A D R O X X V I I 
RELAÇÃO ENTRE "MOTIVO DA ESCOLHA. DO CURSO" E VARIÁVEIS 
DO SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, ALUNOS COM "ATRASO" 
 
 MOTIVO DA ESCOLHA DO CURSO 
VARIÁVEIS DO SUBSISTEMA VOCAÇÃO ASPIRAÇÃO CE 
MELHOR STATUS 
OUTROS TOTAL % 
Tranc. de matrícula 
Foi reprovado 
31 
41 
20 
34 10 7 61 
82 
29,90 
40,20 
Falta oferta disciplina 10 5 1 16 7,84 
Choque horário disciplina 10 5 1 16 7,84 
Mat. mínimo disciplina 5 3 1 9 4,41 
Perda prazo matrícula 8 10 2 20 9,81 
TOTAL* 105 77 22 204 100,00 
* 0 n é maior do que a Amostra porque a questão admite resposta multipla,pois as alternativas 
nao sao mutuamente exclusivas. 
 
Q U A D R O X X V I I I 
RELAÇÃO ENTRE "PRETENSÃO DE EXERCER OCUPAÇÃO RELACIONADA COM O CURSO" E 
VARIÁVEIS DO SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
 PRETENSÃO DE EXERCER OCUP. RELACIONADA COM O 
0 CURSO 
VARIÁVEIS DO SUBSISTEMA SIM NAO OU Ñ SABE TOTAL % 
Tranc. de matrícula 43 4 47 27,65 
Reprovação 63 4 67 39,41 
Falta oferta disciplina 11 1 12 7,06 
Choque hor. disciplina 14 4 18 10,59 
Mat. mínimo disciplina 9 1 10 5,88 
Perda prazo matrícula 14 2 16 9,41 
TOTAL* 154 16 170 100,00 
* o né maior do que a Amostra porque a questão admite resposta múltipla,pois 
as alternativas não são mutuamente exclusivas. 
 
Q U A D R O X X I X 
RELAÇÃO ENTRE "IDADE" E VARIÁVEIS ESTRANHAS AD 
SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
VARIÁVEIS ESTRANHAS AO I D A D E 
SUBSISTEMA Até 26 anos 27 e mais Total % 
Falta de condições p/ fre 5 22 27 22,69 
quentar o curso 
Dificuldades decorrentes 10 28 38 31,93 
do trabalho 
Doença do aluno 2 7 9 7,57 
Problemas familiares 4 9 13 10,93 
Dificuldades financeiras 2 4 6 5,04 
Desinteresse p/ matéria 2 5 7 5,88 
Falta de tempo devido a 
outras atividades 
5,88 
Despreparo 
5. . 
5 
2 
7 
7 
12
10,08 
TOTAL 35 84 119 100,00 
 
Q U A D R O X X X 
RELAÇÃO ENTRE "SEXO" E VARIÁVEIS ESTRANHAS AO SUBSISTEMA CE ENSINO 
SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
VARIÁVEIS ESTRANHAS S E X 0 
AO SUBSISTEMA M F TOTAL % 
Falta de cond. p/freq. o curso 24 7 31 24,41 
Dificuldades decorrentes do 
trabalho 
32 9 41 32,28 
Doença do aluno 3 6 9 7,09 
Problemas familiares 7 4 11 8,66 
Dificuldades financ. 3 4 7 5,51 
Desinteresse p/ mat. 8 - 8 6,30 
Falta de tempo devido a outras 
atividades 
4 4 8 6,30 
Despreparo 8 4 12 9,45 
TOTAL * 89 38 127 100,00 
* O n é maior do que a Amostra porque a questão admite resposta múltipla, pois as alternativas nao sao 
mutuamente exclusivas. 
 
Q U A D R O X X X I 
RELAÇÃO ENTRE "Nº DE FILHOS MENORES DE 11 ANOS" E VARIÁVEIS 
ESTRANHAS AO SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
 Nº DE FILHOS 
VARIÁVEIS ESTRANHAS AO SUBSISTEMA Nenhum 1 a 2 3 a 4 Tot. %
 filho filhos filhos 
Falta de condição p/ freq. o curso 16 11 3 30 23,63
Dificuldades decorrentes do trab. 20 14 7 41 32,28
Mudança de residência 1 1 1 3 2,36
Doença do aluno 7 2 - 9 7,09
Problemas familiares 4 6 1 11 8,66
Reclusão p/ 2 anos - 1 - 1 0,79
Dificuldades financeiras 4 1 1 6 4,72
Desinteresse pela matéria 5 2 - 7 5,51
Falta de tempo devido a outras 
atividades 
7 - - 7 5,51
Despreparo 8 3 l 12 9,45
TOTAL* 72 41 14 127 100,00
* 0 n é maior do que a Amostra porque a questão admite resposta múltipla, pois as 
alternativas nao sao mutuamente exclusivas. 
 
Q U A D R O X X X I I 
RELAÇÃO ENTRE "ALUNOS QUE TRABALHAM OU NAO" E VARIÁVEIS ESTRANHAS 
AO SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
 ALUNOS QUE TRAB . OU NAO 
SUBSISTEMA Nao 
trab. 
Trab. Tot. % 
Falta de condição p/ freq. o 
curso 
4 26 30 25,21 
Dificuldades decorrentes 4 37 41 34,45 
do trabalho 
Doença do aluno 4 5 9 7,57 
Problemas familiares 5 6 11 9,24 
dificuldades financeiras 3 3 6 5,04 
Desint. pela matéria 1 6 7 5,88 
Falta de tempo devido a mitras 
atividades 
5,04 
Despreparo 
1 
3
5 
6
6 
9
7,57 
TOTAL 25 94 119 100,00 
 
 
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Q U A D R O X X X I V 
RELAÇÃO ENTRE "NÍVEL OCUPACIONAL DO CHEFE DA FAMILIA" E VARIÁVEIS 
ESTRANHAS AO SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
NÍVEL OCUPACIONAL DO CHEFE DA FAMÍLIA VARIÁVEIS ESTRANHAS AO SUBSISTEMA 
Baixa Média Alta Total % 
Falta de cond. p/ freq. o curso 2 23 5 30 25,00 
Dificuldades decorrentes do trab. 4 30 7 41 34,18 
Doença do aluno - 6 1 7 5,83 
Problemas familiares 1 7 2 10 8,33 
Dificuldades financeiras 2 3 1 6 5,00 
Desinteresse p/ matéria - 6 1 7 5,83 
Falta de tempo devido a outras 
atividades 
- 4 3 7 5,83 
Despreparo 2 4 6 12 10,00 
TOTAL 11 83 26 120 100,00 
 
Q U A D R O X X X V 
RELAÇÃO ENTRE "MOTIVO DA ESCOLHA DO CURSO" E VARIÁVEIS ESTRANHAS AO 
SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM ALUNOS COM "ATRASO" 
 
 MOTIVO DA ESCOLHA DO CURSO 
VARIÁVEIS ESTRANHAS AO 
SUBSISTEMA 
Vocação Aspiração de 
melhor status 
social 
Outros Total % 
Falta de cond. p/ freq. o curso 16 14 3 33 22,60 
Dificuldades decorren - 23 20 7 50 34,25 
tes do trabalho 
Doença do aluno 7 1 1 9 6,16 
Problemas familiares 8 5 1 14 9,59 
Dificuldades financeiras 5 2 1 8 5,48 
Desinteresse p/ matéria 4 4 - 8 5,48 
Falta de tempo devido a outras 
atividades 
4 4 - 8 5,48 
Despreparo 10 6 - • 16 10,96 
TOTAL* 77 56 13 146 100,00 
* 0 n é maior do que a Amostra porque a questão admite resposta multipla , pois as alternativas 
nao sao mutuamente exclusivas. 
 
Q U A D R O X X X V I 
RELAÇÃO ENTRE "PRETENSÃO DE EXERCER OCUPAÇÃO RELACIONADA COM O 
CURSO" E VARIÁVEIS ESTRANHAS AO SUBSISTEMA DE ENSINO SUPERIOR, EM 
ALUNOS COM "ATRASO" 
 
PRETENSÃO DE EXERCER OCUP. RELACIONADA C/ O 
CURSO
VARIÁVEIS NÃO REFERENTES 
AO SUBSISTEMA SIM NAO OU 
NÃO SABE 
TOTAL % 
Falta de cond. p/ freq. o curso 
Dificuldades decorrentes do 
trabalho 
Doença do aluno 
Problemas familiares 
Dificuldades financeiras 
Desinteresse p/ materia 
Falta de tempo devido a outras 
atividades 
DESPREPARO 
29 
38 
9 8 
4 7 
7 
12 
4 
2 
1 
33 
40 
9 8 
5 7 
7 
12 
27,28 
33,06 
7,44 
6,61 
4,13 
5,78 
5,78 
9,92 
TOTAL* 114 7 121 '100,00 
O n é maior do que a Amostra porque a questão admite reposta multipla, pois 
as alternativas nao sao mutuamente exclusivas. 
A N E X O 
II 
DELEGACIA REGIONAL DO M. E. C. NA BAHIA
DIVISÃO DE SUPERVISÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA
G. T. DE PESQUISA E SEÇÃO DE ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO CEESCOLAS - 1981
 
 
 
 
A N E X O III 
 
B I B L I O G R A F I A 
BORDIGNON, Genuino. Estabelecimentos isolados de ensino superior; 
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