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AULA 2 CONSTITUIÇÃO - ALUNO

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Ciência Política e TGE II						AULA 2
CONSTITUIÇÃO
DEFINIÇÕES
Cidadania - direito político, conferido ao cidadão para que possa participar da vida política do país em que reside. É expressão que identifica a qualidade da pessoa que, estando na posse de plena capacidade civil, também se encontra investido no uso e gozo dessa cidadania (De Plácido e Silva).
Cidadão - indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este. Cidadão que vai participar "bem" na formação do seu Estado.
Soberania - Qualidade do poder; é o poder de impérium exercido pelo Estado em seus cidadãos em sua jurisdição com amplitude internacional. Autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder.
 
Art. 2° São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Analisando: - União - Característica de Estado Composto . União de dois ou mais estados, apresentando duas esferas distintas de poder governamental, obedientes a um regime jurídico especial com predominância do governo da união como sujeito de direito público internacional.
CONSTITUIÇÃO - DEFINIÇÃO
Deriva do prefixo cum e do verbo stituire, stituto - compor, organizar, constituir.
CONCEITO – A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO É UM SISTEMA DE NORMAS JURIDICAS, ESCRITAS OU COSTUMEIRAS, QUE REGULA A FORMA DO ESTADO, A FORMA DE SEU GOVERNO, O MODO DE AQUISIÇÃO E O EXERCÍCIO DO PODER, O ESTABELECIMENTO DE SEUS ÓRGAOS, OS LIMITES DE SUA AÇÃO, OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO HOMEM E AS RESPECTIVAS GARANTIAS.
Sentido: A doutrina moderna entende que o sentido na nossa Constituição é o conjunto dos três sentidos, inclusive o dever-ser, só que não tão radical como Kelsen prega. Desde que cumpra a função social.
Sociológico - Estabelecer regras para o homem viver em sociedade. A lei vem do grupo social. TRATA-SE DA SOMA DOS FATORES REAIS DO PODER QUE REGEM O PAIS. LASSALE.
Político - (política é a arte de defender ideias,) Defender ideias políticas. Ao se fazer a opção pela forma de governo tomou-se uma decisão, um posicionamento político. CARL SCHMITT – DECISÃO POLITICA FUNDAMENTAL, DECISÇAO CONCRETA DE CONJUNTO SOBRE O MODO DE FORMA DE EXISTENCIA DA UNIDADE POLÍTICA. PARA ELES A CONSTITUIÇÃO SÓ SE REFERE A DECISÃO POLÍTICA FUNDAMENTAL, ESTRUTURA E ORGAOS DO ESTADO, DIREITOS INDIVIDUAIS, VIDA DEMOCRÁTICA.
Jurídico - Princípio da hierarquia da norma. Sentido de dever-ser. Se a constituição diz tem que cumprir. HANS KELSEN – CONJUNTO DE NORMAS QUE REGULAMENTAM OUTRAS NORMAS, LEI NACIONAL NO SEU MAIS ALTO GRAU.
 
Quanto ao conteúdo (sobre os assuntos que trata).
Materiais - de forma ampla - os artigos tratam de maneira genérica, ampla, os assuntos. De forma estrita - quando especifica o artigo, o assunto.
Quando se busca a identificação da Constituição através do seu conteúdo material deve-se procurar sua própria substância, aquilo que está consagrado nela como expressão dos valores de convivência e dos fatos prováveis do povo a que ela se liga.
Formais - traz uma mensagem formal. Está nas entrelinhas.
Quando se trata da Constituição em sentido formal, tem-se a lei fundamental de um povo, ou o conjunto de regras jurídicas dotadas de máxima eficácia, concernentes à organização e ao funcionamento do Estado.
 
Quanto à Forma; (de apresentação)
Escrita (ou orgânicas)- É a pronta e acabada. (no nosso ordenamento jurídico, feita pelos legisladores). 
É aquela que consiste em um conjunto de normas de direito positivo. Esse conjunto de normas pode constar de um só código ou de diversas leis formalmente distintas. Tanto pode ser codificada ou não. Normalmente as Constituições dos Estado Modernos são escritas e codificadas.
Consistem num corpo explícito de regras referentes à organização do Estado, ao exercício do poder de governo, etc. A Constituição escrita recebe também as denominações de lei fundamental, lei magna, lei das leis, lei máxima, lei suprema, etc.
Não escrita - Vai se formando de acordo com a evolução da sociedade. Ela é aberta, não é escrita, formal como a nossa, não vem pronta e acabada. É de fácil alteração. Acompanha os anseios da base. A grande desvantagem é que precisa de cidadão consciente. Commow Law (lei comum).
A constituição escrita é melhor para a sociedade que não tem base, consciência.
É aquela que se baseia nos usos, costumes e tradições nacionais. Chama-se também inorgânica, costumeira ou consuetudinária.
 
Quanto à Elaboração;
Dogmática - Valores absolutos. Normalmente a constituição escrita tem plataforma predominantemente dogmática. Só os valores mais sólidos são elevados à norma. O resto fica no âmbito da moral e da ética.
Histórica ou costumeira - É considerada, observada, a história do Estado. 
Quanto à Origem
Populares (ou dogmáticas)- pede-se ao povo para escolher representantes que vão elaborar a constituição. É aquela que o próprio povo elabora e promulga, por intermédio de uma assembleia especialmente eleita por sufrágio universal e direto, denominada Assembleia Constituinte. São exemplos de Constituições dogmáticas as brasileiras de 1891, 1934, 1946 e a atual, de 1988.
Outorgadas - Não pergunta nada ao povo. Vem de cima para baixo. Sem representantes do povo. Não escolhemos os constituintes. Como exemplo temos nossa primeira constituição que foi imposta por Portugal. É aquela que não resulta de uma manifestação da soberania nacional, mas provém da vontade pessoal e onipotente de um detentor eventual do poder. 
Quanto à Estabilidade;
Flexível - Fácil de alterar. É a costumeira. Também chamadas plásticas, podem ser modificadas por ato legislativo ordinário, ou seja, pelos mesmos trâmites da lei comum. As Constituições flexíveis só servem às nações democraticamente evoluídas e de alto nível cultural. NORUEGA, FRANÇA
Rígida - É difícil de alterar seu conteúdo. Princípio da rigidez constitucional (nós). É mais difícil emendar do que fazer leis constitucionais 
É aquela que não pode ser alterada pelo processo comum de elaboração das leis ordinárias. A reforma ou emenda neste tipo de Constituição, exige a observância de solenidades especiais, debates mais amplos, prazos dilatados e quorum de dois terços, ou, em determinadas hipóteses, de maioria absoluta do congresso. – EUA, AUSTRALIA, SUIÇA BRASIL
Semi-Rígida - Tanto faz emendar ou criar lei. Parte dela é determinada, rígida e outra parte não. Não tem exemplo de estado que a utilize. – CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO DO BRASIL DE 1824.
HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES
CONSTITUIÇÃO DE 1824
Em 1823 foi criada a assembleia constituinte, composta por 90 deputados pertencentes a aristocracia rural.
Defendiam a monarquia constitucional que garantisse os direitos individuais e limitasse os poderes do imperador.
Sistema continuava com uma aristocracia, escravista.
D Pedro não aceito pois, limitava seu poder – logo fechou a constituinte e nomeou um conselho de estado – composto por conselheiros vitalícios nomeados por ele.
Quatro poderes – poder moderador – executivo – legislativo e judiciário.
CONSTITUIÇÃO DE 1891
Fase republicana
Decreta o fim do império
Fomos influenciado pelo sistema americano
Presidencialista – bicameral e com tripartição dos poderes
Retira-se o poder moderador do império.
Proibi-se a penas mais graves, como banimento judicial, pena de morte
Estabelece liberdade de reunião e associação
Liberdade de imprensa, inviolabilidade de domicilio e de correspondência 
Passamos a ter a previsão de habeas corpus
CONSTITUIÇÃO DE 1934
Era Vargas prometia um governo mais transparente e justo
Queda do sistema oligárquico
Considerada progressista para a época, a nova Constituição:
instituiu o voto secreto;
estabeleceu o voto obrigatório para maiores de 18 anos;
propiciou o voto feminino, direito há muito reivindicado, que já havia sido instituído em 1932 pelo Código Eleitoral do mesmo ano;
previu a criação da Justiça do Trabalho;
previu a criação da Justiça Eleitoral;
nacionalizou as riquezas do subsolo e quedas d'águano país;
De suas principais medidas, podemos destacar que a Constituição de 1934:
— Prevê nacionalização dos bancos e das empresas de seguros;
— Determina que as empresas estrangeiras deverão ter pelo menos 2/3 de empregados brasileiros;
— Confirma a Lei Eleitoral de 1932, com Justiça Eleitoral, voto feminino, voto aos 18 anos (antes era aos 21) e deputados classistas (representantes de classes sindicais);
— Cria a Justiça do Trabalho;
— Proíbe o trabalho infantil, determina jornada de trabalho de oito horas, repouso semanal obrigatório, férias remuneradas, indenização para trabalhadores demitidos sem justa causa, assistência médica e dentária, assistência remunerada a trabalhadoras grávidas;
— Proíbe a diferença de salário para um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil;
— Prevê uma lei especial para regulamentar o trabalho agrícola e as relações no campo (que não chegou a ser feita) e reduz o prazo de aplicação de usucapião a um terço dos originais 30 anos.
CONSTITUIÇÃO 1937
Fruto do Golpe de Estado
A principal característica dessa constituição era a enorme concentração de poderes nas mãos do chefe do Executivo. Seu conteúdo era fortemente centralizador, ficando a cargo do presidente da República a nomeação das autoridades estaduais, os interventores. A esses, por sua vez, cabia nomear as autoridades municipais.
Poloca – pois baseou-se na constituição autoritária da Polonia.
De suas principais medidas, pode-se destacar que a Constituição de 1937:
Concentra os poderes executivo e legislativo nas mãos do Presidente da República;
Estabelecer eleições indiretas para presidente, que terá mandato de seis anos;
Acabar com o liberalismo;
Admitir a pena de morte;
Retirar do trabalhador o direito de greve;
Permitir ao governo expurgar funcionários que se opusessem ao regime;
Prever a realização de um plebiscito para referendá-la, o que nunca ocorreu.
CONSTITUIÇÃO DE 1946
Foram dispositivos básicos regulados pela carta:
A igualdade de todos perante a lei;
A liberdade de manifestação de pensamento, sem censura, a não ser em espetáculos e diversões públicas;
A inviolabilidade do sigilo de correspondência;
A liberdade de consciência, de crença e de exercício de cultos religiosos;
A liberdade de associação para fins lícitos;
A inviolabilidade da casa como asilo do indivíduo;
A prisão só em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade competente e a garantia ampla de defesa do acusado;
Extinção da pena de morte;
Separação dos três poderes.
CONSTITUIÇÃO DE 1967
Concentra no Poder Executivo a maior parte do poder de decisão;
Confere somente ao Executivo o poder de legislar em matéria de segurança e orçamento;
Estabelece eleições indiretas para presidente, com mandato de cinco anos;
Tendência à centralização, embora pregue o federalismo;
Estabelece a pena de morte para crimes de segurança nacional;
Restringe ao trabalhador o direito de greve;
Ampliação da justiça Militar;
Abre espaço para a decretação posterior de leis de censura e banimento.
A EMENDA DE 1969
A Constituição de 1967 recebeu em 1969 nova redação conforme a Emenda Constitucional n° 1, decretada pelos "Ministros militares no exercício da Presidência da República". É considerada por alguns especialistas, em que pese ser formalmente uma emenda à constituição de 1967, uma nova Constituição de caráter outorgado.
A Constituição de 1967 foi alterada substancialmente pela Emenda Nº 1, baixada pela Junta Militar que assumiu o governo com a doença de Costa e Silva, em 1969. Esta intensificou a concentração de poder no Executivo dominado pelo Exército e, junto com o AI-12, permitiu a substituição do presidente por uma Junta Militar, apesar de existir o vice-presidente (na época, Pedro Aleixo).
Além dessas modificações, o governo também decretou uma Lei de Segurança Nacional, que restringia severamente as liberdades civis (como parte do combate à subversão) e uma Lei de Imprensa, que estabeleceu a Censura Federal que durou até o governo José Sarney.
Atos institucionais
O regime militar, assim como Getúlio no Estado Novo, fez uma constituição mas não se guiou por ela. Apesar de já serem Cartas autoritárias, tanto Vargas quanto os militares de 64 preferiram governar por decreto. A Constituição de 1967, em si, quase não vigorou, mas tão ou mais importantes do que ela foram as complementações e modificações, fossem por meio de emendas, quanto por AIs (atos institucionais), que foram 17 ao todo até o fim do regime.
Entre 1964 e 1968, o governo militar decretou os seguintes AIs:
Ato Institucional Número Um – Cassou políticos e cidadãos de oposição, marca eleições para 65;
Ato Institucional Número Dois – Extinguiu os partidos existentes e estabeleceu, na prática, o bipartidarismo;
Ato Institucional Número Três – Estabeleceu eleições indiretas para os governos dos estados; Prefeitos de capitais e "municípios área de segurança nacional" passam a ser nomeados pelos governadores.
Ato Institucional Número Quatro – Compeliu o Congresso a votar o projeto de constituição;
Ato Institucional Número Cinco – Fechou o Congresso, suspende garantias constitucionais e deu poder ao executivo para legislar sobre todos os assuntos.

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