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ELEVAÇÃO ARTIFICIAL Prof. Patricia Braga Disciplina: Engenharia de Petróleo e Gás 1 2 Elevação Artificial Principais métodos gas-lift contínuo e intermitente (GLC e GLI) bombeio centrífugo submerso (BCS) bombeio mecânico com hastes (BM) bombeio por cavidades progressivas (BCP) 3 Gas-Lift utiliza a energia do gás comprimido para elevar os fluidos até a superfície. gas-lift contínuo (GLC): injeção contínua de gás que serve para gaseificar a coluna de fluido. gas-lift intermitente (GLI): injeção de gás por tempos definidos que serve para deslocar o fluido até a superfície. 4 Sistema de Gas-Lift Figura 1. Sistema de gas-lift. fonte de gás a alta pressão controlador de injeção de gás de subsuperfície controlador de injeção de gás de superfície 5 Gas-Lift Gas-Lift Contínuo Gas-Lift Intermitente Válvula com Pequena Abertura Válvula com Abertura Rápida Não necessita de válvulas para controle de injeção de gás internamente Necessita de duas válvulas para controle de injeção do gás internamente a coluna de produção Controle de injeção feito somente na superfície Controle de injeção realizado na subsuperfície e na superfície Tabela 1. Quadro comparativo entre GLC e GLI. 6 Gas-Lift 7 Gas-Lift vantagens pode ser utilizado em áreas de produção onshore e offshore utilizado para reservatórios que possuem grandes teores de areia e razão gás – líquido (RGL) baixo custo operacional pode ser utilizado em poços direcionais 8 Gas-Lift desvantagens só irá funcionar com a injeção de gás comprimido gás deverá ser não corrosivo não pode trabalhar com grande distância entre o poço e os compressores que irão fornecer gás comprimido 9 Bombeio Centrífugo Submerso método em expansão devido ao melhoramento dos equipamentos. energia elétrica é transformada em energia mecânica que posteriormente é transmitida ao fluido sob forma de pressão, elevando-o para a superfície. 10 Bombeio Centrífugo Submerso Figura 2. Sistema de bombeio centrífugo submerso, adaptado de Silva 2002. 11 Bombeio Centrífugo Submerso vantagens utilizado em poços que produzam alto teor de água e baixa razão entre gás – óleo (RGO) flexibilidade quanto sua utilização em variados tipos de poço usado em poços com fluidos viscosos e com alta temperatura 12 Bombeio Centrífugo Submerso desvantagens não trabalha com poços que produzam areia não é apropriado para poços que produzam H₂S manutenção da bomba é necessário bastante cuidado com o cabo elétrico pode ocorrer deposição de detritos na bomba 13 Bombeio Mecânico com Hastes método de elevação artificial mais utilizado em todo mundo. movimento rotativo de um motor é transformado em movimento alternativo para o fundo do poço que eleva os fluidos para a superfície. 14 Bombeio Mecânico com Hastes Figura 3. Sistema de bombeio mecânico com hastes, adaptado de Silva 2002. 15 Bombeio Mecânico com Hastes Figura 4. Sistema de bombeio mecânico com hastes. 16 Bombeio Mecânico com Hastes vantagens utilizado em poços terrestres utilizado em poço com médias vazões ou baixas vazões e grandes profundidades pode trabalhar com fluidos de diferentes composições químicas 17 Bombeio Mecânico com Hastes desvantagens não pode ser utilizado em poços direcionais utilização não apropriada para poços com alto teor de areia utilização não apropriada para poços com alto teor de gás 18 Bombeio Mecânico com Hastes 19 Bombeio por Cavidades Progressivas transferência de energia ocorre através de uma bomba de cavidades progressivas, a qual trabalha imersa no fluido. início de uso no Brasil em 1984 e o método tem sido difundido rapidamente. 20 Bombeio por Cavidades Progressivas Figura 5. Sistema de bombeio por cavidades progressivas. 21 vantagens utilizado em poços com pequenas profundidades possui dois acionamentos: na superfície e outro na subsuperfície possui sistema de freio mecânico para travar o sistema caso haja parada no processo Bombeio por Cavidades Progressivas 22 desvantagens possui limitação em relação a pressão que é formada na bomba por cavidade progressiva não pode trabalhar com poços direcionais não é apropriado para trabalhar em poços com alta produção de areia não trabalha em poços com altas temperaturas Bombeio por Cavidades Progressivas 23 Bombeio por Cavidades Progressivas 24 Elevação no Brasil Tabela 2. Principais métodos de elevação utilizados no Brasil. Método de Elevação Número de Aplicações Surgente 238 Gas-Lift Contínuo 538 Gas-Lift Intermitente 543 Bombeio Mecânico 5.849 Bombeio Centrífugo Submerso 278 Bombeio por Cavidades Progressivas 898 Outros 130 Total 8.474 Fonte: PETROBRAS (2010). PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DE PETRÓLEO 25 Prof. Patricia Braga Disciplina: Engenharia de Petróleo e Gás 26 é encontrado juntamente com água, gás e outros compostos orgânicos, que estão separados no reservatório de acordo com suas densidades. zona superior: gás associado rico em metano (CH4) e gases corrosivos (H2S e CO2). zona intermediária: óleo propriamente dito, contendo água emulsionada. zona inferior: água livre com sais inorgânicos dissolvidos e sedimentos. Petróleo 27 ocorre após a descoberta do poço, seus estudos de viabilidade de produção e explotação. objetivos separar óleo, gás e água com impurezas em suspensão tratar ou condicionar os hidrocarbonetos, a fim de serem enviados as refinarias para o processamento propriamente dito tratar a água para reinjeção ou descarte Processamento Primário 28 RESERVATÓRIO PROCESSAMENTO PRIMÁRIO Óleo cru gás natural óleo água, sais e sedimentos 1 2 3 condicionar processar tratar tratar destinar Figura 6. Representação esquemática do processamento primário. 29 Processamento Primário Figura 7. Fluxograma do processamento primário de fluidos. 30 ocorre através de separadores bifásicos (gás/líquido) ou trifásicos (óleo/água). funcionamento: ação da gravidade diferença de densidade mudanças bruscas de velocidade e fluxo aglutinação de partículas Separação do gás natural 31 Separação do gás natural Figura 8. Separador bifásico. Mateus Coelho Nota Separador bifásico: o fluido entra no separador e encontra defletores que se encontram separadamente e influenciam na direção do fluido. Pela ação do força da gravidade, o oleo é separado e vai para o fundo do vaso separador permanecendo por um tempo aproximadamente de 3 a 4 minutos. O gas flui para a seção secundaria, que tambem, por ação da gravidade ocorre separação de gotas de liquidos que ainda estavam presentes em fase gasosa. O gas ainda passa para a seção de aglutinação, que por meio de aletas de metal, almofadas de telas de arames ou placas pouco espaçadas permitem a coalescência e aglutinação das goticulas de 1 liquido. 32 Separação do gás natural Figura 9. Separador trifásico. 33 possui o mesmo princípio de funcionamento do separador bifásico, porém apresenta dispositivos a mais: condutor de líquido: evitar a perturbaçãoda interface água/óleo. chaminé ou condutor de gás: equalizar a pressão do gás entre a coleta do líquido e a decantação na parte superior. espalhador: separar o óleo e a água. Separação do gás natural – Separador Trifásico 34 espuma: deve ser evitada, pois dificulta o controle do líquido dentro do separador. obstrução por parafina: atrapalha a extração do líquido e os extratores de névoa. areia: causa erosão nas válvulas e acumula-se no separador. emulsões e arraste: reduzem a eficiência do processo. Problemas nos separadores 35 objetivo: remover e/ou reduzir os níveis de contaminantes para atender as especificações dos órgãos governamentais (ANP – Portaria 309, 27/12/ 2001). processos: desidratação: evitar corrosão/redução da capacidade dos gasodutos a partir da formação de hidratos. absorção adsorção dessulfurização: remover compostos de S capazes de causar corrosão, utilizando soluções com aminas. Condicionamento do gás natural 36 Desidratação por Absorção o gás flui por uma solução de glicol que possui grande poder de reter a água, sendo regenerado por aquecimento. (a) (b) Condicionamento do gás natural Figura 10. Principais glicóis utilizados na desidratação por absorção: (a) monoetilenoglicol e (b) trietilenoglicol. 37 Desidratação por Adsorção o gás é adsorvido em materiais com alta área superficial e alta afinidade por água, sendo posteriormente dessorvido por aquecimento. principais materiais: sílica gel alumina peneiras moleculares Condicionamento do gás natural 38 após a separação da fase líquida, o gás natural é enviado para a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), a fim de separar as frações leves das pesadas, as quais apresentam maior valor comercial. gás úmido (LGN) UPGN gás seco elevação artificial de petróleo recuperação secundária combustível processos Processamento do gás natural 39 processos: refrigeração simples: condensar os HC`s mais pesados, reduzindo a temperatura com fluido refrigerante. absorção refrigerada: submeter o gás a alta pressão e baixa temperatura com fluido refrigerante. turboexpansão: condensar os HC`s mais pesados, reduzindo a temperatura com fluido refrigerante em uma turbina. expansão Joule -Thompson: expandir o gás com a redução da pressão e conseqüente abaixamento de temperatura. Processamento do gás natural 40 objetivo: eliminar a maior quantidade possível de água contendo sais, microorganismos e gases dissolvidos. fundamento: desestabilizar a emulsão água/óleo, a partir da adição de desemulsificantes, agitação moderada e tempo de contato. tipos de tratamentos: termoquímico aplicação de campo elétrico Tratamento do Óleo 41 quebra da emulsão água/óleo por aquecimento (45-60oC) em tanques de lavagem ou tratadores localizados em campos de petróleo terrestre. os principais desemulsificantes são: Poli(óxido de etileno) e Poli(óxido de propileno). Fonte: Anselmo, A.G. Dissertação de mestrado, Campinas, 2006. (a) (b) Tratamento do Óleo - Termoquímico Figura 11. Principais desemulsificantes : (a) POE e (b) POP. 42 quebra da emulsão água/óleo pela aplicação de um campo elétrico de alta voltagem. as partículas de água dispersas no óleo se alinham na direção do campo, criando pólos induzidos de sinais contrários que criam uma força de atração provocando a coalescência. são mais encontrados em sistemas marítimos de produção. Tratamento do Óleo – Aplicação de Campo Elétrico 43 Fonte: http://www.flargent.com/CatDetail-PT.php?CatId=13 acessado em outubro de 2014. Figura 12. Tratador termoeletrostático. 44 Tratamento da Água recuperar o óleo por decantação remover traços de gás no líquido 1. usado em plataformas marítimas. 2. possui câmaras de decantação e anteparos de retenção. Figura 13. Tratamento da água. 45 deve ser descartada após tratamento adequado, o qual permita que os teores de óleo estejam dentro das especificações governamentais. deve ocorrer próxima do campo produtor: campos terrestres: reinjetar nos poços, desde que não cause problemas ao reservatório. campos marítimos: lançá-la ao mar, desde que não cause problemas ambientais. Destino da Água 46 Processamento Primário
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