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3 Sentença de Pronúncia Júri 2

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Estado de Mato Grosso do Sul
Poder Judiciário
Campo Grande
2ª Vara do Tribunal do Júri
1
Modelo 1016503 - Endereço: Rua da Paz, 14, 1º Andar - Bloco I, Jardim dos Estados - CEP 79002-919, Fone: 
3317-3475, Campo Grande-MS - E-mail: cgr-2tjuri@tjms.jus.br 
Ação Penal: 0004261-10.2014.8.12.0001
Parte Autora: Ministério Público Estadual
Parte Ré: Marcos Roberto Canaver
Vítima(s): Diego Barreto Canhoto
Vistos etc.
O Promotor de Justiça, Humberto Lapa Ferri, denunciou 
MARCOS ROBERTO CANAVER no art. 121, § 2º, incisos II e IV do 
Código Penal, porque no dia 23 de janeiro de 2010, por volta das 18h35m, 
jardim Noroeste, nesta capital, desferiu tiros contra Diogo Barreto 
Canhoto, causando-lhe a morte.
A denúncia descreveu que MARCOS agiu por motivo fútil, porque 
praticou o crime de maneira desproporcional, ceifando a vida da vítima 
pela simples razão desta lhe ter chamado a atenção durante uma discussão 
banal de família.
Discorreu que MARCOS usou de recurso que dificultou a defesa de 
Diogo, por ter repentinamente efetuado disparo contra a vítima, sem que 
pudesse supor a agressão diante uma simples desavença familiar e por ter 
recebido disparo quando estava caída ao solo, sem chance defesa.
Por isso, pediu a condenação (f. 1-4).
Recebida a denúncia em 27-1-2014 (f. 195-6), foi citado (f. 212) e 
apresentou Defesa Escrita (f. 214), por intermédio do Defensor Público, 
Ronald Calixto Nunes, que o acompanhou até o final.
Durante a formação da culpa, inquiriram-se 7 (sete) testemunhas: 
Cleuza da Silva (f. 317-21), Vanessa Martinez Pires (f. 322-32), Candida 
Herculano Martinez (f. 333-5), Wanda Martinez Pires (f. 336-42), Tereza 
Herculano Martinez (f. 369-74), Sônia Herculano Martinez (f. 343-7) e 
Gilberto dos Santos Martinez (f. 375-83).
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3317-3475, Campo Grande-MS - E-mail: cgr-2tjuri@tjms.jus.br 
Na sequência, interrogou-se o acusado MARCOS (f. 348-56).
Nas alegações finais, o referido Promotor de Justiça pediu a 
pronúncia nos termos da denúncia (f. 358-67). 
Na sua vez, o acusado MARCOS ROBERTO CANAVER, assistido 
pelo aludido Defensor Público, reservou-se o direito de debater o mérito 
em plenário (f. 384-5).
É o relatório. Decido.
Preliminarmente, salienta-se que nesta fase processual, o juízo é de 
probabilidade e não de certeza. Portanto, concorrendo a materialidade e 
indícios suficientes de autoria, deve a causa ser submetida a julgamento 
(art. 413 do CPP).
Pois bem.
No que pertine à materialidade, o laudo necroscópico atesta que a 
causa da morte de Diogo Barreto Canhoto foi "TRAUMATISMO 
CRANEOENCEFÁLICO POR AÇÃO PERFUROCONTUNDENTE COMPATÍVEL 
COM PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO," f. 36-41.
Na senda dos indícios de autoria, reputo-os presentes e 
suficientes. 
Isso porque, MARCOS ROBERTO, quando ouvido em juízo, 
confessou de forma qualificada, ou seja, ter agido em legítima defesa, f. 
350.
Não bastasse isso, as testemunhas Cleuza da Silva (f. 317), Vanessa 
Martinez Pires (f. 325), Wanda Martizez Pires (f. 339), Sonia Herculano 
Martinez (f. 345-6), Tereza Herculano Martinez (f. 371) e Gilberto dos 
Santos Martinez (f. 380) apontam o denunciado como o pretenso autor do 
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3317-3475, Campo Grande-MS - E-mail: cgr-2tjuri@tjms.jus.br 
injusto penal.
Acerca das qualificadoras, devem ser mantidas para valoração do 
Conselho de Sentença. Explica-se.
Infere-se que, em tese, MARCOS agiu por motivo fútil, porque 
praticou o crime de maneira desproporcional, ceifando a vida da vítima 
pela simples razão desta lhe ter chamado a atenção durante uma discussão 
banal de família, f. 318, f. 323, f. 337-9 e f. 380.
Deduz-se, em princípio, que MARCOS usou de recurso que 
dificultou a defesa de Diogo, pois repentinamente efetuou disparo contra a 
vítima, sem que pudesse supor a agressão diante uma simples desavença 
familiar e por ter recebido disparo quando estava caída ao solo, sem 
chance defesa, f. 326-7, f. 339, f. 342, f. 345, f. 371-2 e f. 380-1.
Posto isso, com esteio no art. 413, do CPP, pronuncio MARCOS 
ROBERTO CANAVER [brasileiro, nascido aos 21-7-1985, natural de Duartina-SP, filho de José 
Carlos Canaver e Eliana Maria Pires Canaver] no art. 121, §2º, incisos II e IV do Código 
Penal.
Diante disso, passo a circunscrever a causa de pedir.
Segundo consta, no dia 23 de janeiro de 2010, por volta das 
18h35m, jardim Noroeste, nesta capital, DIOGO BARRETO CANHOTO 
foi atingido com tiros, os quais lhe causaram os ferimentos descritos no 
laudo necroscópico de f. 36-41.
Deduz-se, em tese, que MARCOS ROBERTO CANAVER é o 
autor dos tiros contra Diogo Barreto Canhoto.
Supõe-se, em princípio, que MARCOS ROBERTO CANAVER 
agiu por motivo fútil, porque praticou o crime de maneira 
desproporcional, ceifando a vida da vítima pela simples razão desta lhe ter 
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Modelo 1016503 - Endereço: Rua da Paz, 14, 1º Andar - Bloco I, Jardim dos Estados - CEP 79002-919, Fone: 
3317-3475, Campo Grande-MS - E-mail: cgr-2tjuri@tjms.jus.br 
chamado a atenção durante uma discussão banal de família.
Infere-se que, "in thesis," MARCOS ROBERTO CANAVER usou 
de recurso que dificultou a defesa de Diogo Barreto Canhoto, pois 
repentinamente efetuou-lhe disparos, sem que pudesse supor a agressão 
diante uma simples desavença familiar e por ter recebido disparo quando 
estava caída ao solo, sem chance defesa.
Poderá aguardar o julgamento em liberdade, pois assim respondeu 
aoprocesso, estando, por ora, ausentes os requisitos do art. 312, do CPP.
Todavia, intime-se MARCOS ROBERTO para comparecer em 
juízo a cada 3 (três) meses para atualizar seu endereço.
ATUALIZEM-SE OS ANTECEDENTES, do acusado e vítima, de 
forma circunstanciada [se há inquérito policial, qual a infração e fase; se ação 
penal, qual a infração, em que está incurso, qual a fase processual se em andamento, se 
já houve sentença (absolutória, condenatória, etc), se há Guia de Recolhimento, etc].
Preclusas as vias recursais, abra-se vista às partes para se 
manifestarem na fase própria, nada requerido, venham conclusos para 
observar o que determina o art. 423 do CPP.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Campo Grande, 29 de maio de 2015.
Aluizio Pereira dos Santos
Juiz de Direito
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