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Controle biológico de pragas com micro-organismos

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Disciplina: Microbiologia
Controle biológico de pragas com microorganismos 
Introdução
Os insetos constituem o maior e o mais diverso grupo de animais na Terra.
Habitam-se nos mais variados nichos ecológicos: vegetais, solos e águas, e são de extrema importância para as cadeias vitais do planeta. 
A multiplicação desmesurada de alguns insetos acabam atingindo a condição de pragas, exigindo assim, uma medida de controle.
O controle biológico é a base de um programa de manejo integrado de pragas, que visa adotar diferentes táticas de controle para reduzir o impacto dos insetos e outros organismos considerados como pragas, minimizando o uso e os efeitos negativos dos inseticidas químicos em atividades agrícolas e os efeitos danosos que são causados ao homem e ao meio ambiente.
Controle biológico é um fenômeno natural que consiste na regulação de plantas e animais por inimigos naturais, os quais se constituem nos agentes de mortalidade biótica (PARRA et al, 2002). 
Controle Biológico
Todas as espécies de plantas e animais têm inimigos naturais atacando seus vários estágios de vida. 
Dentre tais inimigos naturais existem grupos bastante diversificados, como insetos, vírus, bactérias e fungos
Trata-se de uma estratégia muito utilizada em sistemas agroecológicos . Usado pelo homem, aplicado como biotecnologia baseada na utilização de recursos genéticos microbianos, insetos predadores e parasitoides para controle de pragas, nos sistemas de produção agrícola.
As três formas de Controle Biológico
Controle biológico clássico
importação e colonizaçãode parasitoides e predadores, visando o controle de pragas exóticas .
Controle biológico natural
população de inimigos ocorre naturalmente e atende o princípio básico do controle biológico que é aconservaçãoou seja, parasitoides ou predadores devem ser preservados e se possível aumentados através da manipulação de forma favorável.
Controle biológico aplicado
liberação de parasitoides ou predadores de formainundativa, apóscriaçãoem massa em laboratório, visando obviamente a diminuição drástica da população de pragas .
Os microorganismos utilizados no
 Controle Biológico
O controle microbiológico, ou seja, o uso de microorganismos como os vírus, as bactérias e os fungos, tem se mostrado eficiente para reduzir os efeitos danosos causados por insetos-praga da agricultura e microorganismos fitopatogênicos. 
Principais organismos usados no Brasil como controle biológico 
Agente biológico
O que ele ataca
Como se aplica
FungoMetarhiziumanisopliae
Cigarrinha da folha da cana-de-açúcar
O fungo é pulverizado e, em contato com o corpo do inseto, causa doença.
FungoMetarhiziumanisopliae
Broca doscitrus
O fungo é polvilhado nos buracos da planta contaminando a praga.
FungoBeauveriabassiana
Besouro “moleque da bananeira”
O fungo é aplicado em forma de pasta em pedaços de bananeira que são colocados ao redor das árvores servindo de isca.
FungoInsectonrumsporothrix
Percevejo “mosca-de-renda”
O fungo é pulverizado e, em contato com o corpo do inseto, causa doença.
Agente biológico
O que ele ataca
Como se aplica
VírusBaculovirusanticarsia
Lagarta da soja
Pulverizado sobre a planta o vírus adoece a lagarta que se alimenta das folhas.
VírusBaculovirusspodoptera
Lagarta do cartucho do milho
Pulverizado sobre a planta, o vírus adoece a lagarta que se alimenta de espiga em formação.
VírusGranulose
Mandarová da mandioca
Pulverizado sobre a mandioca o vírus é nocivo à praga.
NematóideDeladendussiridicola
Vespa da madeira
Em forma de gelatina, o produto é injetado no tronco da árvore esterilizando a vespa.
BactériaBacillusthuringiensis
(Dipel)
Lagartas desfolhadoras
Pulverizado sobre as plantas oDipelé nocivo às lagartas.
Fonte: BRUMATTI & SOUZA, Controle Biológico. pag. 5, 6. 
Vantagens do 
Controle Biológico
O controle biológico de pragas reduz os riscos legais, ambientais e públicos do uso de produtos químicos. 
O uso de bioinseticidas, como são chamados os inseticidas biológicos, somente causa danos a praga alvo, não afetando outros insetos, plantas ou até mesmo animais. 
É uma alternativa de manejo, que pode trazer vantagens econômicas ao produtor, mas sem dúvidas é uma grande vantagem ambiental, pelo fato de diminuir as aplicações de inseticidas químicos, 
multiplicação, dispersão e produção: possuem capacidade de multiplicação e dispersão no ambiente, ou seja, podem permanecer em vários meios e passar de geração para geração através dos ovos; 
Vantagens do Controle Biológico
efeitos secundários: além da mortalidade direta, os patógenos podem afetar as gerações seguintes, 
controle associado: pode ser empregado juntamente com inseticidas seletivos em subdosagens, podendo obter um controle mais rápido e eficaz, sem inconvenientes das superdosagens de inseticidas químicos; 
engenharia genética: os patógenos podem sofrer modificações genéticas em laboratório, aumentando sua linhagem ou obtendo plantas transgênicas; 
aplicação: os patógenos podem ser aplicados com máquinas convencionais, incluindo aviões; 
poluição e toxicidade: os patógenos não poluem o ambiente, não são tóxicos ao homem nem aos animais.
comercial: a comercialização de alimentos a partir desse manejo possibilita a venda por produtos com preços mais elevados; 
resistência: os insetos dificilmente se tornam resistentes aos patógenos; 
ressurgência de pragas: o uso de inseticidas microbianos não favorece a ressurgência de pragas secundárias e terciárias, como acontece com os produtos químicos; 
custo de desenvolvimento e registro: apesar do custo de desenvolvimento ser aproximadamente o mesmo que os dos produtos químicos, os gastos de registros microbianos custam cerca de 80 a 90% menos que os produtos químicos. 
Considerações Finais
A crescente massa populacional mundial, além da enorme pressão para que o ambiente seja preservado, é inevitável que a utilização do controle biológico seja cada vez mais incorporada aos diferentes tipos de manejo na agricultura.
Há redução de custos de produção, ou seja, se torna uma agricultura economicamente viável, além de ser uma prática ecologicamente correta, dessa forma, a natureza e a sociedade serão favorecidos.
Referências
PARRA, José Roberto P. et al. Controle Biológico no Brasil: parasitóides e predadores. São Paulo: Manole, 2002. 
BRUMATTI, Catiana Regina; SOUZA, Clóvis Wesley Oliveira de. Controle Biológico. 15 f. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal de São Carlos.
Dia de Campo – Disponível em:
http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/secoes/Home.asp. Acessado em 18.05.14

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