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Secretário-Executivo Adjunto: Maria Terezinha Tourinho Saraiva Secretário-Executivo: Arlindo Lopes Corrêa Presidente do MOBRAL Mário Henrique Simonsen Ministro da Educação e Cultura: Jarbas G. Passarinho Presidente da Republica. Emílio Garrastazu Medici Brasil — Movimento Brasileiro de Alfabetização Documento básico MOBRAL Rio de Janeiro, 1973 66 p. graf. 27cm 1. Educação de Adulto. 2. Alfabetização Funcional I Título CDU 374.7: 376.76.018 CDD 374 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA MOVIMENTO BRASILEIRO DE ALFABETIZAÇÃO RIO DE JANEIRO JULHO 1973 MENSAGEM SENHORES PREFEITOS A alfabetização de adultos não constitui experiência nova nem no Brasil nem em qualquer outra parte do mundo. Mas a alfabetização de milhões de pessoas por ano representa, por certo, movimento sem precedentes em nossa História. O MOBRAL tem sido o responsável por esse movimento, graças à conjugação do apoio do Governo Federal com a ampla adesão das comunidades à causa da erradicação do analfabetismo. O lema "Você também é responsável" parece ter mobilizado toda a população brasileira no sentido de levar o conhecimento da leitura e da escrita às classes menos favorecidas e aos rincões mais afastados do pais. Entre setembro de 1970 e dezembro de 1972, 3,5 milhões de adolescentes e adultos aprenderam a ler e a escrever nos cursos do MOBRAL, e o programa custou apenas um terço do que seria orçado pelos critérios internacionais. Tal como o recente êxito brasileiro nas taxas de desenvolvimento econômico, o MOBRAL não representa um milagre, mas o resultado de um trabalho árduo e pragmático. Procuramos ser realistas e, nesse sentido, a primeira preocupação foi a de assegurar a solidez financeira do movimento conseguindo receitas da Loteria Esportiva e do Imposto de Renda; procuramos ser econômicos, aproveitando a capacidade ociosa das escolas e das estruturas municipais de ensino fundamental para alfabetização de adultos em cursos noturnos; procuramos ser funcionais, descentralizando os nossos critérios de ação e confiando as principais tarefas executivas da alfabetização às Comissões Municipais. O atual ritmo do MOBRAL nos convence de que chegaremos a 1980 com índices de alfabetização semelhantes aos das nações de maior progresso econômico e social. E estamos certos de que esse movimento, que não é mais uma promessa e, sim, uma realização, atesta o que o povo brasileiro pode construir pela conjugação do seu entusiasmo com uma administração racional. A contribuição dos Prefeitos Municipais tem sido a mola-mestra da logística do MOBRAL, desde que este iniciou sua nova fase de atividades em 8 de setembro de 1970. Estamos certos de que Vossa Senhoria continuará a inscrever seu Município entre os que mais se destacam nesta causa que hoje mobiliza todo o povo brasileiro: a da erradicação do analfabetismo. Mário Henrique Simonsen Presidente do MOBRAL APRESENTAÇÃO Ao ser publicado este documento. o MOBRAL já se terá implantado efetivamente em todo o território nacional. abrangendo aqueles municípios que em 1973 ainda permaneciam fora do sistema por ele implantado. Esta publicação cabe. porém, pelo fato de representar o repositório de informações que constituem um manancial permanente de inspiração para as ati- vidades daqueles que. ao nível local. têm a responsabilidade de operar a imensa máquina logística, administrativa e pedagógica estabelecida pelo MOBRAL em todo o pais. Esta é a oportunidade, também, para que o MOBRAL/Central reconheça que. nestes quase 3 (três) anos de atuação. o sucesso obtido na realização do programa se deveu principalmente — em muitos casos, quase exclusivamente — ao esforço despendido pelos membros das Comissões Municipais e pelos Prefeitos que lhe propiciaram todo o apoio esperado desde o seu lançamento Este documento contém apenas as idéias bási- cas para o funcionamento das ativida-des mantidas ou apoiadas financeiramente pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização. Mas ele não deseja ser uma camisa de força: não pretende esgotar as inúmeras possibilidades de atuação que, a todo momento, em função da criatividade própria do povo brasileiro, vão surgindo em todos os recantos do pais e enriquecendo as realizações da Instituição. Em função dessas iniciativas locais. este documento já contém uma série de inovações em relação aos documentos que. no mesmo sentido, foram lançados ante r io rmente pelo MOBRAL para definir sua implantação nos Municípios. Esperamos que este trabalho, portanto, seja transitório. no sentido de que. por força da riqueza de imaginação e realizações do MOBRAL ao nivel local, ele venha a necessitar reformulações para prever novas formas de atuação. ARLINDO LOPES CORRÊA SECRETÁRIO-EXECUTIVO SUMÁRIO MENSAGEM APRESENTAÇÃO 1 OS PORQUÊS' DO MOBRAL----------------------------------------------------------------------------11 2 DESCENTRALIZAR PARA AGIR -------------------------------------------------------------------------- 15 3 COMISSÃO MUNICIPAL: A CÉLULA BÁSICA ----------------------------------------------------------- 19 4 A AÇÁO DO MOBRAL ------------------------------------------------------------------------------------------ 33 5 CONVÉNIO: O PRIMEIRO PASSO--------------------------------------------------------------------------41 6 VERIFICANDO OS RESULTADOS--------------------------------------------------------------------------45 7 DE 70 A 72---------------------------------------------------------------------------------------------------------53 8 MOBRAL—73: UMA VISÃO DO FUTURO---------------------------------------------------------------- 57 9 INFORMAÇÕES ÚTEIS ----------------------------------------------------------------------------------------63 O MOBRAL foi criado em 15 de de- zembro de 1967. pela Lei n.° 5.379. Reestruturado em 1970. procurou-se garantir o alcance de seus objetivos através de uma avaliação prévia das prioridades educacionais, sociais e econômicas da sociedade brasileira. Esse estudo concluiu ser aquela a ocasião mais favorável ao lançamento de um vasto PROGRAMA DE ALFA- BETIZAÇÃO DE ADULTOS. Além dis- so, determinou as diversas possibili- dades e estratégias de modo a asse- gurar. ao movimento que se iniciava, viabilidade e pronta deflagração. UM POUCO DA HISTÓRIA Os principais objetivos do MOBRAL são a erradicação do analfabetismo e a educação continuada de adolescentes e adultos. Por muito tempo, uma grande parcela da população brasileira ficou marcada pela falta de perspectivas devida ao ônus de uma herança negativa que a atingiu em fases anteriores à do atual desenvolvimento do país. Em sua plena dimensão social, portanto, o MOBRAL pode ser considerado como um instrumento que permitirá a promoção social dos alunos, desenvolvendo, além do PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO, o de EDUCAÇÃO INTEGRADA equivalente ao antigo primário, em forma compacta. para os já alfabetizados em seus postos. Atualmente, o MOBRAL dirige seus esforços para que várias entidades com ele colaborem no sentido de um mais rápido atingimento de seus objetivos. O PORQUÊ DOS OBJETIVOS Ao iniciar suas atividades o MOBRAL estabeleceu prioridades nas quais baseou sua ação: • atendimento imediato à população O PORQUÊ urbana analfabeta; DO • atendimento prioritário da fa ixa ATENDIMENTO etária de 15 a 35 anos; • ênfase no Programa de Alfabetiza- ção sobre o de Educação Integrada. OS PORQUÊS DAS PRIORIDADES ATENDIMENTO PRIORITÁRIO À PO- PULAÇÃO URBANA ANALFABETA PORQUE... • é a que pode ser recrutada mais ra- pidamente; • é mais pronta a instalação de pos- tos de alfabetização: • é mais fácil mobilizar alfabetizado- res; • é a população que mais padece de carências educacionais, dada a complexidade da vida moderna e o sentido altamente competitivo da sociedade industrial; • os adultos e adolescentes alfabeti- zados são elementos importantes na produtividade do sistema eco- nômico. ATENDIMENTO PRIORITÁRIO À FAI XA ETÁRIA DE 15 A 35 ANOS POR- QUE... __________________________ • é a que apresenta maior probabili- dade de devolver em termos de acréscimo de produtividade, os recursos investidos na sua forma- ção; • é mais fácil, neste grupo, o ajusta- mento social por oferecer menor resistência a mudanças de vida. ÊNFASE NO PROGRAMA DE ALFA- BETIZAÇÃO SOBRE O DE EDUCA- ÇÃO INTEGRADA PORQUE... • é mais democrático atender ao maior número possível de pessoas; • os analfabetos constituem o con- tingente populacional de menor renda, no quadro da população total. OS PORQUÊS DAS CARACTERÍSTICAS As características do MOBRAL, até o momento, garantiram náo só a viabili- dade, como o êxito de seus programas. São elas: • RECURSOS FINANCEIROS O MOBRAL conta com recursos pro- venientes do orçamento nacional, de 24% da renda líquida da Loteria Es- portiva e mais a arrecadação advinda do Decreto n.° 1.124 de 8 de setembro de 1970 (de 1 a 2% sobre o Imposto de Renda devido pelas Empresas). • DESCENTRALIZAÇÃO DE AÇÃO O MOBRAL criou as COMISSÕES MUNICIPAIS, que se tornaram células básicas de atuação do Movimento. Através delas passou a realizar um movimento comunitário até então iné- dito, que vem apresentando gradati- vamente elevado dinamismo, o que se reflete no recrutamento dos recursos da comunidade. • APOIO DA INICIATIVA PRIVADA Foi dada uma resposta imediata, por parte de editoras, à solicitação de grandes tiragens de conjuntos didáti-cos a baixo custo e com colocação em qualquer ponto do território nacional. Além disso, houve a oferta para a utilização da capacidade ociosa de escolas, igrejas, clubes, sindicatos, etc — dois exemplos, entre muitos, do apoio da iniciativa privada. TENDO EM VISTA OS OBJETIVOS E A ES- TRATÉGIA PROPOSTOS, A ESTRUTURA E O FUNCIONAMENTO DO MOBRAL ESTÃO BASEADOS NESTAS LINHAS DE ORIEN- TAÇÃO: AS LINHAS DE ORIENTAÇÃO DO MOBRAL • DESCENTRALIZAÇÃO DE AÇÕES: • CENTRALIZAÇÃO DO CONTROLE: • RELACIONAMENTO ENTRE OS DIVER- SOS SETORES, ESTABELECIDO A PAR- TIR DE NECESSIDADES FUNCIONAIS E NÃO HIERÁRQUICAS; • FIXAÇÃO DE OBJETIVOS COMO CON- DIÇÃO ESSENCIAL PARA O FUNCIO- NAMENTO E A COERÊNCIA ENTRE OS RELACIONAMENTOS. OS NÍVEIS ADMINISTRATIVOS PARA DAR CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO A ESSES CRITÉRIOS, EXISTEM NO MOVI- MENTO BRASILEIRO DE ALFABETIZAÇÃO APENAS TRÊS NÍVEIS ADMINISTRATIVOS: • MOBRAL/CENTRAL • COORDENAÇÕES ESTADUAIS (COEST) • COMISSÕES MUNICIPAIS (COMUN) • operar com as Comissões Municipais (COMUN) por meio de convênios, forne- cendo material didático. orientação téc- MOBRAL / CENTRAL: A ação das Coordenações Regionais (CO- REG) não tem características executivas, a não ser quando recebem delegação numa linha de assessoramento a nível regional. O MOBRAL / CENTRAL nelas se apoia para compatibilizar seus programas estaduais em uma mesma região. AS COORDENAÇÕES REGIONAIS QUEM FAZ O QUE Como se verá adiante, as COMUN são os verdadeiros agentes executivos dos pro- gramas do MOBRAL. Espalhadas por todo o Brasil — quase 4.000 — mobilizam anal- fabetos. alfabetizadores. monitores e ani- madores. Providenciam locais para salas de aula e instalam postos de alfabetização. Em suma — procuram juntar os esforços comunitários em prol da educação de adultos. COMISSÕES MUNICIPAIS A COEST tem como funções principais pla- nejar. coordenar e controlar as atividades re lac ionadas com os o b j e t i v o s do MOBRAL. a nível de Estado. COORDENAÇÕES ESTADUAIS • fiscalizar os convénios e avaliar os re- sultados obtidos; • desencadear o fluxo de decisões dentro de uma perspectiva nacional. nica e verba para a gratificação de alfa- betizadores. animadores, supervisores de área e estaduais: QUAIS AS FORÇAS ATIVAS DA COMUNIDADE? O êxito do trabalho desenvolvido pela Comissão Municipal, formada por elementos repre- sentativos das forças ativas da comunidade, está diretamente ligado à sua capacidade de mobilizar recursos — humanos, materiais ou financeiros — e de utilizá-los de forma adequada e criativa. MOBILIZAR PARA CONSTRUIR É pela coesão do grupo envolvido, pela fé no que realizam e pela participação ativa de todos os que se integram nos programas do MOBRAL que se garante o atingi-mento dos objetivos traçados. • o Presidente • o Secretário-Executivo • os Encarregados: — da Área Pedagógica; — da Área de Mobilização, — da Área de Apoio; — da Área Financeira; =- da Supervisão Global. São membros da COMUN: quem é quem MEMBROS DA COMISSÃO MUNICIPAL: ENCARREGADO DE APOIO ____________ • deve ser, de preferência, alguém com experiência em controle e estocagem de material como. por exemplo, um mem bro do comércio local. ENCARREGADO DE MOBILIZAÇÃO • deve ser um elemento interessado em trabalho de comunidade, conhecendo a realidade socioeconómica do município, demonstrando capacidade de liderança para envolvimento da comunidade no trabalho de integração do MOBRAL. • deve ser, de preferência, um elemento da Secretaria de Educação Municipal. ENCARREGADO DA ÁREA PEDAGÓGICA • deve ser, de preferência, um professor com experiência de magistério, dinâmi co. e com um bom relacionamento hu mano. Deve conhecer os principais pro blemas do município e demonstrar capa cidade para encontrar soluções, quando a seu alcance. SECRETÁRIO-EXECUTIVO _______________ • para que não se verifique um acúmulo de encargos com consequentes problemas de tempo, é recomendável que esta indi cação não recaia sobre o prefeito. • deve ser, de preferência, um representan te da iniciativa privada (empresa, indús tria. comércio, etc); PRESIDENTE __________________________ ASSIM, SEMPRE QUE POSSÍVEL: As indicações para a escolha dos membros da COMUN, dadas abaixo são aconselháveis, embora não indispensáveis. Também age como incentivador permanente dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão. cedendo, na medida do possível, recursos humanos, financeiros e materiais. É ainda o prefeito que, no caso de substi- tuição de membros da Comissão Municipal, aprova os substitutos indicados por eleição realizada pela própria COMUN. Como ponto de partida, convoca os ele- mentos representativos já mencionados, presidindo em seguida a reunião e eleição dos que ocuparão os cargos na COMUN. É o prefeito que desencadeia, em sua co- munidade. o movimento de implantação do MOBRAL no município. A ESCOLHA DOS ELEMENTOS PREFEITO: elemento catalisador das forças da comunidade — de levantamentos; — de determinação de áreas operacionais; — de preparação de alfabetizadores e ani- madores: — de avaliação: — de supervisão; — de transportes E OUTRAS. • ainda podem ser criadas outras subco missões para fins específicos em caráter transitório ou permanente: SÃO AS CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CADA MUNICÍPIO QUE DETERMINAM A OPÇÃO MAIS ACERTADA. — por um elemento para cada área; — por subcomissões, com um encarregado geral. • as funções relativas às áreas de apoio. financeira, de mobilização e pedagógica podem ser exercidas: • os cargos da COMUN não são remune- rados: ALGUNS LEMBRETES • DESIGNA o Secretário-Executivo para representá-lo quando de seus eventuais impedimentos; • PROMOVE a AVALIAÇÃO do desempe- nho da COMUN pelos seus membros. bem como o intercâmbio de informa- rnac • ASSINA a correspondência endereçada aos órgãos superiores: • GERE, com o assessoramento do Encar- regado da Área Financeira o FUNDO ES- PECIAL PARA ALFABETIZAÇÃO (FEALA) do Município; •"ORIENTA. DIRIGE e FAZ EXECUTAR os serviços afetos à COMUN; • CONVOCA e PRESIDE as reuniões da Comissão; • REPRESENTA a COMUN perante qual- quer órgão ou entidade do Governo ou particular; • APROVA as diretrizes gerais da COMUN dirigindo seus trabalhos em harmonia com os demais níveis de descentralização. • O PRESIDENTE COMUN: quem faz o quê • deve ser professor ou pessoa com for mação semelhante e experiência em educação, com relacionamento humano e. de preferência, formação ou experiên cia em supervisão. ENCARREGADO DA ÁREA FINANCEIRA • sempre que possível, um elemento com experiência bancária ou de contabilida de. • O SECRETÁRIO-EXECUTIVO • COORDENA os trabalhos dos grupos encarregados da execução dos Programas do MOBRAL em âmbito municipal. • INCENTIVA os membros da COMUN a participar das reuniões, a fim de obter um trabalho em equipe atuante; • VERIFICA a pontualidade do pagamento da gratificação dos alfabetizadores e a distribuição do material; • ELABORA relatórios trimestrais e anuais das atividades do MOBRAL, remetendo-os à Coordenação Estadual ou Territorial. • O ENCARREGADO OU SUBCOMISSÃO DA ÁREA PEDAGÓGICA Sua ação se exerce em relação às seguintes funções principais: • RECRUTA e SELECIONA alfabetizadores e animadores sob orientação do Encarregado de Supervisão Global; • ESTABELECE CRITÉRIOS para a seleção de alfabetizadores e animadores, juntamente com a COMUN e sob a orientação do Encarregado de Supervisão Global; • ORGANIZA as classes; • CONTROLA o recebimento e remessa dos Boletins de Frequência; • ASSESSORA o alfabetizador e animador no preenchimento dos Boletins de Novos Convênios. Professores e Locais de Fun- cionamento de Classes (CAC), segundo as instruções contidas no Manual de Processamento de Dados; • VERIFICA a compatibilidade de códigos entre o Boletim de Frequência, o volante, o cartão de controle de frequência e a lista de implementação; • VELA pela entrega dos Boletins de Frequência e dos volantes; • ENCAMINHA os cartões perfurados à COEST/COTER até 5 ou 10 dias após o término do mês. O ENCARREGADO OU A SUBCOMISSÃO DE MOBILIZAÇÃO Sua ação se exerce em relação a três funções principais, devendo ser orientado e supervisionado pelo Encarregado de Supervisão Global: • MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE, para: — erradicação do analfabetismo — continuidade do processo educativo — qualificação profissional • DIVULGAÇÃO • OBSERVAÇÃO DAS ASPIRAÇÕES DOS ALUNOS Quanto à primeira função: • MOBILIZA A COMUNIDADE para que a mesma participe efetiva e ativamente do movimento: — entrosando-se com órgãos e/ou entidades públicas; — promovendo convênios ou dinamizando os já existentes: — mantendo contatos frequentes com ex- alunos e alunos, com o intuito de promover a continuidade do processo de aprendizagem; — participando do recrutamento de analfabetos; — identificando as áreas problemáticas do município e sugerindo soluções; — contratando com lideres, empresas e autoridades competentes para obtenção de apoio e solução de problemas. Quanto à DIVULGAÇÃO; • DIVULGA através de todos os meios de comunicação disponíveis os Programas do MOBRAL e os números (metas) a atingir; • SUSTENTA a divulgação, mostrando as classes em funcionamento, as atividades dos mobralenses e as colaborações recebidas; • APROVEITA a realização de festas, congressos, festivais, etc. para divulgar o trabalho do MOBRAL. distribuindo, se necessário, faixas e cartazes; • ORGANIZA quermesses, gincanas, competições esportivas, festas e festivais. Quanto à OBSERVAÇÃO das ASPIRAÇÕES dos alunos: • ENTRA EM CONTATO com alunos e ex- alunos para ter conhecimento de suas condições socioeconómicas, expectati vas e sugestões, visando: — informar à COMUN; — levantar possibilidades do mercado de trabalho local; — encaminhar o ex-aluno a emprego-; — informar ao Encarregado de Supervisão Global; — incentivar e encaminhar para atividades culturais e cursos de semiquali-ficaçáo. • O ENCARREGADO OU A SUBCOMIS- SÃO FINANCEIRA O encarregado ou a subcomissão financeira exerce três funções principais, orientados e supervisionados pelo Encarregado da Supervisão Global: • MOBILIZA RECURSOS FINANCEIROS • EFETUA PAGAMENTOS • PRESTA CONTAS Quanto à MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS: • GERE, juntamente com o Presidente, o Fundo Especial de Alfabetização (FEA- LA) do município: • DESENVOLVE.'junto à comunidade, campanhas para a arrecadação de recur sos financeiros complementares; • ASSINA, junto com o Presidente, che ques e documentos que envolvam res ponsabilidade financeira. Quanto aos PAGAMENTOS: • ELABORA as folhas e efetua os paga- mentos de alfabetizadores; • REVISA, até novas determinações, os Boletins de Frequência recebidos pela COMUN e controla a remessa dos mesmos à COEST/COTER. Quanto à PRESTAÇÃO DE CONTAS: • ELABORA, mensalmente, o relatório do movimento financeiro; • ELABORA a prestação de contas ao final de cada programa. • O ENCARREGADO OU A SUBCOMIS-SÃO DE APOIO ________________ Exerce duas funções principais, orientado e supervisionado pelo Encarregado de Su- pervisão Global: • DISTRIBUIÇÃO e CONTROLE DO MATE RIAL DIDÁTICO (relacionado ao Sistema MOBRAL) • ORGANIZAÇÃO DE UMA INFRA-ES- TRUTURA (transporte, instalações, esto- cagem, merenda etc.) de natureza local. Quanto ao MATERIAL DIDÁTICO; • RECEBE, ARMAZENA e CONTROLA a quantidade e o estado do material didáti- conformativo recebido; • INFORMA à Coordenação Estadual ou Territorial das necessidades de material didático e informativo, bem como dos saldos existentes em seu município; • MANTÉM sob sua guarda o acervo da Comissão Municipal. OBSERVAÇÃO: Futuramente, será o elemento encarregado de controlar o estoque de material didático e informativo a nível municipal. • O ENCARREGADO DA SUPERVISÃO GLOBAL Sua função é treinar, orientar e supervisionar os Encarregados das demais áreas que são elementos de execução. Além disso: • ORIENTA a COMUN sempre que neces- sário; • TREINA e RETREINA, sistematicamente, alfabetizadores e animadores, solicitan do, se necessária, a participação do Su pervisor de Área; • MANTÉM o fluxo de inter-relacio-namento do Subsistema de Supervisão Global, em nível municipal; • PARTICIPA de reuniões mensais siste- máticas com o Supervisor de Área, com a finalidade de: — analisar os instrumentais de avaliação; — programar cooperativamente as ativi- dades de supervisão, estabelecendo uma linha de ação adequada ao município; — receber treinamento em serviço; — receber orientação quanto ao preen- chimento dos instrumentais de qualquer natureza, aos prazos a serem cumpridos e às metas para o município; — informar os problemas surgidos no município; — avaliar sua própria atuação. • PREENCHE e AVALIA os instrumentais de fluxo para acompanhamento e análise; • PROVIDENCIA para que o fluxo de infor- mações chegue ao Supervisor de Área corretamente e em tempo hábil; • REALIZA reuniões sistemáticas com al- fabetizadores e animadores com os obje- tivos de: — planejar cooperativamente; — controlar a execução do programa; — avaliar a situação de ensino e de aprendizagem; — motivar e incentivar os trabalhos; — entregar material informativo e de apoio; — orientar o preenchimento dos instru- mentais. • VISITA periodicamente as classes do MOBRAL com os objetivos de: — estabelecer maior contato com os alunos; — observar e encaminhar a solução de problemas porventura existentes; — fazer demonstrações de aulas, de téc- nicas de avaliação de utilização de material didático, etc; — acompanhar, avaliar e controlar o tra- balho'do alfabetizador e do animador; — incentivar a frequência de alunos, al- fabetizadores e animadores; — constatar, analisar e solucionar, sempre que possível, as causas da evasão. OS ENCARREGADOS DAS ÁREAS PEDA- GÓGICA, DE MOBILIZAÇÃO, DE APOIO E FINANCEIRA SÂO ELEMENTOS EXECUTI- VOS O ENCARREGADO DE SUPERVISÃO GLOBAL É O SUPERVISOR DESTES ELE- MENTOS: TREINA E ORIENTA. O CONSELHO COMUNITÁRIO é um órgão independente da COMUN. Também é cons- tituído por vários representantes das diversas forças de trabalho da comunidade e de UM ALUNO DO MOBRAL. eleito pelos próprios alunos. O Conselho Comunitário se reúne uma vez por mês, quando avalia e determina os pontos positivos e negativos dos trabalhos realizados, propondo então à COMUN solu- ções. O Conselho exerce, portanto, uma função de AVALIAÇÃO e ASSESSORAMENTO. Por esta razão participa do estabelecimento das l inhas-mestras de execução da COMUN. O Conselho Comunitário procura, ainda. conhecer e colaborar com as diferentes ati- vidades comunitárias desenvolvidas no mu- nicíoio. • O trabalho do MOBRAL nos municípios se caracteriza por um extremo dinamismo, mobilização e participação ativa de todos os envolvidos no processo. • As forças ativas da comunidade, aciona-das pelo prefeito, estão sempre intimamente ligadas à ação do MOBRAL, quer assumindo um papel e x e c u t i v o na COMUN, quer assessorando no Conselho Comunitário, atendendo às solicitações dos encarregados de di ferentes áreas da COMUN (e, eventualmente, dos próprios alfabetizadores. animadores e alunos), dentro de características de descentralização e funcionalidade. CONSELHO COMUNITÁRIO; • Visão Avaliativa • Assessoramento • Um dos aspectos mais marcantes da linha de ação da COMUN é a participação dos alunos, através do seu elemento no Conselho Comunitário, que pode, em última análise, chegar até a influência a ní- vel de reformulação dos objetivos espe- cíficos da ação do MOBRAL. O GRÁFICO ABAIXO SINTETIZA AS OBSERVAÇÕES: A COMUN recebe parte dos recursos finan- ceiros do MOBRAL através de CONVÊNIOS firmados pelo MOBRAL/Central. O valor do convénio varia de município para município. em função do número de alunos. Em 1973. ficou estipulado em Cr$ 24.00 o preço por aluno-programa. O QUE É ALUNO-PROGRAMA? Aluno-programa é o que. ao fim do 4.° mês. continua presente nos cursos de alfabetização do MOBRAL. Neste critério não interfere a sua situação de aprendizagem. Os recursos enviados pelo MOBRAL podem ser reforçados pela comunidade para as despesas necessárias à execução dos programas, chegando a melhorar, se ne- cessário. a gratificação do alfabetizador. Além desses, outros recursos podem vir das próprias prefeituras e das empresas locais. As Prefeituras podem participar do Movimento por meio de doações diversas, especialmente a retirada do FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS, que obriga à aplicação de pelo menos. 20°o de seu orçamento em EDUCAÇÃO — e onde se inclui também o MOBRAL. • A COMUNIDADE E A PARTICIPAÇÃO NO FEALA Outros recursos podem ser adicionados aos Programas de Alfabetização e Desen- volvimento Comunitário através do FEALA. As contribuições da comunidade chegam através das rendas obtidas em quermesses. sorteios, gincanas, permitidas por lei. O Fundo Especial para Alfabetização (FEALA) ainda recebe doações de pessoas e de empresas locais. IMPORTANTE: OS RECURSOS QUE CHEGAM À COMUN PROVENIENTES DO MOBRAL/CENTRAL DESTINAM-SE. EXCLUSIVAMENTE. À GRATIFICAÇÃO DE ALFABETIZADORES E ANIMADORES. RECURSOS FINANCEIROS • COLABORAÇÃO DAS EMPRESAS A Lei n.° 4.506 de 30/11/1964 que "dispõe sobre o imposto que recai sobre as rendas e proventos de qualquer natureza'- diz em seu artigo 55: E no parágrafo 3.° do mesmo artigo completa: O artigo 184, letra C; e § 3° do Decreto 58.400. de maio de 1966. repete textualmente o estabelecido na Lei n.° 4.506: •... DESTA FORMA, TODA EMPRESA PODE FAZER DOAÇÕES EM DINHEIRO À COMISSÃO MUNICIPAL. COMPROVADAS ATRAVÉS DE RECIBO QUE É ANEXADO À DECLARAÇÃO DE RENDA DO DOADOR. Além disso, às Empresas ainda podem colaborar com o MOBRAL através de doações de que fala o Decreto n.° 1.124. Estas doações constam da Declaração de IMPOSTO DE RENDA da Empresa e são recolhidas pelo Banco do Brasil, que as transfe- re para o MOBRAL/CENTRAL. Desta forma. a empresa transfere para o MOBRAL o que deveria pagar ao Imposto de Renda. ASSIM. UMA MESMA EMPRESA PODE CO- LABORAR DE DUAS MANEIRAS COM O MOBRAL. "... serão admitidas como des- pesas operacionais as contri- buições e doações efetivamente pagas I — ... II — ... Ill — às instituições filantrópicas. para Educação, pesquisas cientificas e tecnológicas. desenvolvimento cultural e artístico." "... Em qualquer caso. o total das contribuições ou doações admitidas como despesas operacionais não poderá exceder. em cada exercício, de 5% do lucro operacional da empresa. ANTES de computada esta dedução.'" • A COMUN E OS RECURSOS OBTIDOS A Comissão Municipal leva todos os dados anteriormente descritos à comunidade. usando para isso diversos meios de comunicação. As contribuições recebidas são depositadas no FUNDO ESPECIAL PARA ALFABETIZAÇÃO e usadas de acordo com as necessidades dos programas. Finalmente, terminado o curso de alfabetização ou o programa de desenvolvimento comunitário, a comissão leva à comunidade o relato das atividades realizadas. A convocação das entidades sindicais (de categorias econômicas ou profissionais) encontra apoio na alínea a ' do artigo 514 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). DEVERES DOS SINDICATOS: -... COLABORAR COM OS PODERES PÚBLICOS NO DESENVOLVIMENTO DA SOLIDARIEDADE SOCIAL." Como reforço desta atuação. o artigo 513 da Consolidação das Leis do Trabalho esclarece que são prerrogativas dos Sindicatos: "b) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou os interesses individuais dos associados relativamente à ati-vidade ou profissão exercida; c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal; d) colaborar com o Estado, como órgão técnico e consultivo, no estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal." Estando assim fundamentada a possibilidade da participação dos sindicatos como um dos elementos da Comissão Municipal e do Conselho Comunitário, verifica-se que sua ação pode ser desenvolvida através da: • PARTICIPAÇÃO na Comissão Municipal dos municípios — sede das entidades através de seus representantes (sempre um dos diretores). funcionando como ENCARREGADO DE ASSUNTOS FINANCEIROS e de PROPAGANDA E DIVULGAÇÃO, quando se referir ao sindicato de categoria econômica (empregadores). • PARTICIPAÇÃO, nas Comissões Municipais. dos MUNICÍPIOS-SEDE das entidades. funcionando nas SUBCOMISSÕES DE LEVANTAMENTO, de DETERMINAÇÃO DE ÁREAS OPERACIONAIS e de FISCALIZAÇÃO, quando se referir a sindicato de categoria profissional (empregados e autónomos). • PARTICIPAÇÃO, como membros-natos. no Conselho Comunitário, sejam sindicatos de categoria económica ou profissional. OBSERVAÇÃO: Cada sindicato tem uma cadeira no Conselho Comunitário. Os que desejarem indicar mais de um representante deverão assinalar ao Prefeito qual o que terá assento no referido conselho. OS SINDICATOS REPRESENTATIVOS DE PROFISSÕES LIBERAIS SÃO. QUASE SEMPRE. ESTADUAIS. SEUS SÓCIOS. NOS MUNICÍPIOS. EXERCEM UMA LIDERANÇA QUE PODE SER ÚTIL AOS OBJETIVOS DO MOBRAL. A PARTICIPAÇÃO DOS SINDICATOS O MOBRAL desenvolve, consoante com seus objetivos, três programas que atendem à população de adolescentes e adultos, dentro das prioridades estabelecidas: • ALFABETIZAÇÃO FUNCIONAL • EDUCAÇÃO INTEGRADA • DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO • ao DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO: • à criação de HÁBITOS DE TRABALHO; • ao DESENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDADE visando, entre outros, ao aproveitamento de todos os recursos disponíveis a fim de melhorar as condições de vida: • ao CONHECIMENTO de seus DIREITOS E DEVERES: • ao empenho na CONSERVAÇÃO DA SAÚDE, na melhoria das condições de higiene pessoal, da família e da comunidade; • à DESCOBERTA das formas de vida e bem- estar social dos grupos que participam do Desenvolvimento, à motivação para ser CONSTRUTOR e BENEFICIÁRIO desse desenvolvimento. • DURAÇÃO DO CURSO FUNCIONAL porque faz com que o aluno não se limite a aprender a ler e escrever, mas sim a descobrir sua FUNÇÃO, seu papel. no TEMPO e no ESPAÇO em que vive. A alfabetização funcional é o primeiro passo para que se atinjam os objetivos do MOBRAL. procurando levar a pessoa humana: • A AQUISIÇÃO DE UM VOCABULÁRIO que permita um aumento de conhecimentos. a compreensão de orientações e ordens transmitidas por escrito e oralmente. à expressão clara de ideias e à comunicação escrita ou oral: ALFABETIZAÇÃO FUNCIONAL A duração do programa é de 5 meses, com 2 horas diárias de aula. Tendo em vista recuperar os alfabetizandos que não conseguiram aproveitamento satisfatório—principalmente devido às diferenças no ritmo de aprendizagem — o MOBRAL decidiu acrescentar um sexto mês. quando necessário. melhorando assim o rendimento. • ORGANIZAÇÃO DE CLASSES O MOBRAL recomenda que os postos sejam próximos à casa do aluno ou de seu trabalho, a fim de facilitar a frequência às aulas. A média de alunos por classe é de 25 a 30. • MATERIAL DIDATICO Para o Programa de Alfabetização o material didático é assim constituído: OBSERVAÇÃO Os alunos que. terminado o curso, ainda não se tenham matriculado no curso de Educação Integrada. recebem mensalmente a revista O Passo. • MÉTODO O método é o ECLÉTICO, baseado na de- composição das PALAVRAS GERADORAS, que se fundamenta no método linguístico da segmentação. As palavras geradoras são escolhidas a partir das NECESSIDADES BÁSICAS DO HOMEM. No processo educativo, o professor precisa conhecer e utilizar as motivações que ajudam a determinar e orientar a ação de seus alunos. Para isso. nada melhor que atender às necessidades vitais e aos interesses ime- diatos de alunos adolescentes e adultos. Por essa razão, as palavras geradoras foram escolhidas levando em conta as neces- sidades básicas ao nomem. universalmente as mesmas (educação, saúde, alimentação. emprego, habitação, vestuário, lazer, previ- dência social, liberdades humanas) como tradução de seus anseios. • TREINAMENTO DE ALFABETIZADO- RES Visando a capacitação do elemento humano envolvido no programa, a fim de permitir maior produtividade no desempenho da função de alfabetizador, foram treinados até 72: • diretamente pelo MOBRAL/CENTRAL: • CONTROLE Tem sido feito através dos BOLETINS DE FREQUÊNCIA que. preenchidos, pelos alfa- betizadores, são remetidos mensalmente ao MOBRAL/CENTRAL. Da chegada em tempo útil dos Boletins depende a remessa ao Município da parcela para pagamento da gratificação dos Alfabetizadores. Em 1973. com a implantação do PROCES- SAMENTO DE DADOS, as informações dos Boletins de Frequência, resumidas, passam para o VOLANTE, preenchido pelo alfabetizador. que o entrega ao Encarregado do Processamento de Dados que. por sua vez. o remete ao MOBRAL/CENTRAL para ser processado. O MOBRAL/CENTRAL. no entanto, pode interferir no processo, em certos momentos. com o fim de obter dados para pesquisas. • AVALIAÇÃO O MOBRAL parte do principio que a Avaliação é um processo global, co n t í nu o , abrangente. Isto faz com que o alfabetiza-dor sinta a necessidade de acompanhar dia a dia o desenvolvimento de seus alunos. Como orientação para a avaliação do Programa de Alfabetização, o MOBRAL estabeleceu 10 itens (DECÁLOGO DO MOBRAL) segundo os quais se pode considerar o aluno alfabetizado. des adquiridas no programa de alfabetização. • FORNECER conhecimentos mais amplos que permitam uma melhor qualificação profissional. • DESENVOLVER atividades que promovam a gradual autonomia de aluno. integrando-o na comunidade, dando-lhe condições de se tornar elemento produtor e consumidor. Os cursos de Educação Integrada constituem-se num imperativo na atual realidade educacional brasileira, principalmente diante do grande número de adolescentes e adultos que possuem escolaridade inferior ao antigo curso primário. Soma-se a isto o grande numero de alunos recém- alfabetizados pelo MOBRAL que não conseguem ser absorvidos pelas redes de ensino das Secretarias de Educação. municipais ou estaduais. • DURAÇÃO DO PROGRAMA A duração do curso é de 12 meses, dividido em duas etapas de 6 meses, ou em 3 de 4 meses. Esta distribuição se baseia no próprio princípio de aceleração que é uma constante dos Programas do MOBRAL. Este esquema pode ser adaptado pelas Secretarias de Educação, de acordo com a realidade local. Recomenda-se. no entanto, que o período letivo seja estabelecido atendendo às necessidades socioeconômicas da clientela e que o período de férias não seja tão longo que prejudique a mobilização dos alunos para o processo de aprendizagem. • MÉTODO O programa foi elaborado obedecendo ao princípio de FUNCIONALIDADE, onde se procura capitalizar ao máximo as experiências de vida do aluno, interesses e aspirações. Assim, no trabalho de classe, parte-se da exploração dos TEXTOS GERADORES tendo como constante preocupação a integração das áreas de ensino numa sequência quanto à complexidade crescente de assuntos. • OFERECER aos alunos aprovados no Programa de Alfabetização Funcional e que esperam dar continuidade a seus estudos. oportunidade de firmar e enriquecer conhecimentos, atitudes e habilida- EDUCAÇÃO INTEGRADA PELO PARECER N.° 44 DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. APROVADO EM 25/1/73, O CURSO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA FOI CONSIDERADO COMO SUPLETIVO EQUIVALENTE ÀS QUATRO PRIMEIRAS SERIES DO ENSINO DE 1.° GRAU. • OBJETIVOS I MATERIAL DIDATICO Especialmente elaborado para o o material didático consta de: • TREINAMENTO DE PROFESSORES • O R G A N I Z A Ç Ã O E CONTROLE DE CLASSES Em 1972, foram treinados professores das Secretarias de Educação quanto aos prin- cípios. metodologia e técnicas do Curso de Educação Integrada. • diretamente pelo MOBRAL/CENTRAL: 2.777 professores • por efeito de RETRANSMISSÃO: 10.353 professores Cabe às Secretarias de Educação a organi- zação de classes e o controle do programa. comunicando ao MOBRAL/CENTRAL os seguintes-dados: • pessoal da Secretar ia de Educação (sede) ou da Secretaria Municipal de Educação responsável pelo programa SEC/ MOBRAL ou SEMEC/MOBRAL: • implantação do programa: • qualificação dos professores; • tre.namentos (necessidade e execução); • possibilidade de atendimentos (previsão; • resumo do mapa de frequência. Pelo convénio, as Secretarias de Educação assumem a responsabilidade da avaliação. Esta envolve, como em alfabetização, uma avaliação não apenas da aprendizagem. mas também do comportamento do indivíduo isoladamente e em grupo. Sendo constante e continuado, tem. no entanto, períodos sistemáticos de avaliação ao final de cada semestre. Como decorrência desta avaliação progres- siva admite-se: • SAÍDA dos alunos ao TÉRMINO DE CADA ETAPA, conforme tenham ab sorvido um conteúdo equivalente ao ní vel das 4 primeiras séries do ensino de 1.° grau; OU • CONTINUIDADE no Programa e REA GRUPAMENTO em novas classes. DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO • OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Capacitar o aluno recém-alfabetizado para participar do processo com vistas à sua promoção e integração social, oferecendo-Ihe continuidade do processo educacional de modo permanente. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • ESTABELECER atividades que fazem de- saparecer as atitudes de dependência por parte da comunidade por serem as pessoas agentes, objetos e beneficiárias do desenvolvimento; • ESTABELECER atividades para desen- volver o espirito associativo e o sentido de "pertencer" (participação); • ESTABELECER fases para o processo de integração social através da capacidade para determinar, hierarquizar valores e alcançá-los e para a integração no mercado de trabalho, incorporando-o pro- gressivamente no sistema de produção e distribuição da renda; IMPORTANTE: OS CERTIFICADOS DE CON- CLUSÃO EXPEDIDOS APÓS A AVALIAÇÃO DE APRENDIZA- GEM NO PROCESSO SÃO CONSIDERADOS VÁLIDOS PARA PROSSEGUIMENTO DE ESTUDO EM CURSOS SU- PLETIVOS OU EM SÉRIES REGULARES DO 1.° GRAU. NA FASE RESTANTE. OFERE- CIDOS PELOS SISTEMAS DE ENSINO. • LEVAR o aluno à compreensão dos dife- rentes papéis o entendimento do exercício da autoridade e da liderança; • DESENVOLVER no aluno a capacidade de utilizar racionalmente os recursos reais e potenciais internos e externos; • DESENVOLVER habilidades para a agri- cultura, indústria, comércio e serviços, valorizando o artesanato, etc. através da capacitação de recursos humanos para os requisitos do desenvolvimento (reori- entação da utilização da mão-de-obra); • DESPERTAR a consc iênc ia co le t iva quanto à melhoria dos padrões de habitação. saúde, nutrição e higiene, escolaridade. recreação e segurança social; • REFORÇAR a linguagem oral e escrita. tendo em vista maior e melhor comunicação. • DURAÇÃO A duração do curso é de dois meses, em duas horas diárias. • ORGANIZAÇÃO DE CLASSES Devem estar próximas às casas dos alunos ou de seu local de trabalho, para facilitar a frequência às aulas. O número de alunos oscilará entre o mínimo de 20 e o máximo de 30. • MATERIAL DIDÁTICO ____________________ Especialmente elaborado para este tipo de programa, é constituído de três livros que abordam, em níveis diferentes, os mesmos aspectos do desenvolvimento comunitário: • VOCÊ É IMPORTANTE (livro do aluno) Levanta problemas da comunidade através de textos curtos e atraentes e leva-os a desenvolver, ao final do programa, um plano de ação comunitária que responda às necessidades do meio em que vive. • VOCÊ E AÇÃO (livro do animador) Contém a orientação pedagógica necessária para o desenvolvimento, em classe e junto à comunidade, desse processo de integração. • VOCÊ É LÍDER (livro da COMUN) Tem como objetivo geral orientar a deflagração do programa fornecendo dados e orientação necessária, possibilitando a concretização de uma ação conjunta: COMUN. animador e alunos. • MÉTODO Cabe ao animador a adequação das ativi-dades à classe e à realidade de sua comunidade. usando sempre técnicas de trabalho em grupo. Realizam, entre outras, atividades artísticas. culturais, sociais e recreativas. • TREINAMENTO DO ANIMADOR É realizado pelo MOBRAL/CENTRAL através de correspondência dirigida aos Animadores e COMUN. • CONTROLE DE FREQUÊNCIA_____________ É feito através dos Boletins de Frequência. Mediante sua chegada ao MOBRAL/CENTRAL. é feito o envio da parcela para pagamento da gratificação do animador (CrS 5.30 o aluno- programa). • AVALIAÇÃO É feita através do sistema de Supervisão Global. A EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS DO MOBRAL E GARANTIDA POR MEIO DE CONVÉNIOS CELEBRADOS ENTRE A FUNDAÇÃO MOVIMENTO BRASILEIRO DE ALFABETIZAÇÃO E A COMISSÃO MUNICIPAL. CONVÊNIO: ALFABETIZAÇÃO FUNCIONAL d) MOBRAL/CENTRAL • material didático e oaradidáticc para alunos e professores; • treinamento de alfabetizadores; • supervisão do programa; • liberação de verba para gratificação dos alfabetizadores. O CONVÉNIO é celebrado com a interveni- ência da Prefeitura Municipal, considerando os seguintes dados: • zoneamento do município; • levantamento do número de analfabetos; • localização e quantidade de postos para alfabetização; • número de alunos matriculados; RESPONSABILIDADES a) COMISSÃO MUNICIPAL: • execução do programa; • movimento financeiro. b) PREFEITURA • apoio legal; • material humano e financeiro. c) ESTADO • participação junto à COMUN no que diz respeito a: — recursos humanos — apoio técnico sempre de acordo com as diretrizes do MOBRAL/CENTRAL CONVÉNIO: EDUCAÇÃO INTEGRADA A execução do Programa de Educação In- tegrada é garantida por duas formas de convênio: I — CONVÉNIO celebrado entre o MO-BRAL e a SEC (Secretaria Estadual de Educação). II — CONVÉNIO celebrado entre o MO-BRAL e a SEMEC (Secretaria Municipal de Educação). OBJETIVO O objetivo dos dois convênios é o mesmo: SUPRIR, EM NÍVEL EQUIVALENTE ÀS QUATRO PRIMEIRAS SÉRIES DO PRIMEIRO GRAU. AS NECESSIDADES DOS EVADIDOS DA ESCOLA OU DESPROVIDOS DE ESCOLARIZAÇÃO ADEQUADA. EM CARÁTER DE SUPLÊNCIA E EM DINÂMICA ACE- LERADA. RESPONSABILIDADES a) MOBRAL/CENTRAL: • material didático e paradidático para alunos e professores; • assistência técnica; • treinamento (com financiamento). b) SEC ou SEMEC: • recursos humanos; • recursos materiais; • acompanhamento e avaliação do programa; • comunicação de observação e aná- lises ao MOBRAL/CENTRAL; • distribuição do material didático fornecido pelo MOBRAL/CENTRAL. CONVÊNIO: ' DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO É celebrado com a interveniência da Prefei- tura Municipal, considerando os seguintes dados: • local ização e número de postos para a execução do Programa: • número de alunos matriculados; • número de animadores. RESPONSABILIDADES a) COMISSÃO MUNICIPAL: • execução do programa; • movimento financeiro. b) PREFEITURA MUNICIPAL: • apoio legal; • recursos humanos e financeiros. c) MOBRAL/CENTRAL: • liberação de verba para gratificação do animador; • material didático; • supervisão do programa. • treinamento de animadores; • DESCOBRIR e aproveitar atitudes, habi- lidades e interesses especiais dos super- visionados para melhor rendimento do trabalho; • PROMOVER a avaliação do processo educativo e de sua contribuição para o desenvolvimento cultural e sócio-eco- nômico da comunidade. • ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO SUPERVISÃO GLOBAL O projeto que, em 1973, determinará consi- derável aumento da produtividade dos Pro- gramas do MOBRAL é o de Supervisão Global, que tem como: • OBJETIVO GERAL • CONTRIBUIR para o alcance dos objetivos estabelecidos pelo MOBRAL no sentido de: — CONSEGUIR um melhor aproveita- mento de recursos humanos; — COORDENAR o desenvolvimento har- mônico de planos e programas em todos os níveis: — ORIENTAR e COORDENAR o trabalho em todas as atividades do Sistema MOBRAL; — PROMOVER a avaliação integral do Sistema MOBRAL, para assegurar sua eficiência, estabelecendo padrões mínimos universais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS_______________ • TREINAR os supervisores quanto à apli- cação .de novos métodos e técnicas nas áreas pedagógica, de mobilização, finan- ceira e de apoio. • PROMOVER e incentivar o bom relacio- namento entre os participantes do processo educativo. • COOPERAR na solução dos problemas que possam afetar o trabalho dos super- visionados; • REALIZAR trabalho preventivo, detectando dificuldades; * o número de supervisores estaduais (SE) depende do número de supervisores de área (SA). Em princípio, há um SE para cada grupo de 10 SA. ** o número de SA depende do número de municípios do estado. Em princípio, há um SA para cada 8 municípios. • ÁREAS DE SUPERVISÃO • ÁREA LOCAL de supervisão é o conjunto de municípios atendidos pelo Supervisor de área. • ÁREA ESTADUAL de supervisão é o conjunto de municípios constituído pelo grupamento de Áreas Locais de Supervi são e atendida pelo Supervisor Estadual. Em princípio, a Área Estadual de Super visão será constituída por 80 municípios. FLUXO E INTER-RELACIONAMENTO DOS SUPERVISORES A AVALIAÇÃO, no Sistema de Supervisão Global, se fundamenta na transmissão cor- reta de informações, o que é de fundamental importância para o MOBRAL. Constatada a necessidade da correção dos dados informativos, organizou-se uma ESTRUTURA DE INFORMAÇÃO estabelecendo-se PADRÕES MÍNIMOS DE AVALIAÇÃO criando-se MECANISMOS DE INFORMAÇÃO no sentido de DISCIPLINAR O FLUXO uma vez que existem limites para a quanti- dade de informações que pode ser RECEBIDA CODIFICADA E EFICIENTEMENTE TRABALHADA dentro de uma organização. Com esses objetivos, procurou-se. na Avali- ação Integrada no Subsistema de Supervisão Global, reduzir as informações difusas e ocasionais, criando-se uma ESTRUTURA FORMAL para se obter dados mais objetivos, aumentando, assim, a quantidade de informações relevantes. • A AVALIAÇÃO NA SUPERVISÃO A avaliação, no Subsistema de Supervisão Global, se propõe chegar ao DIAGNÓSTICO do desenvolvimento dos Programas do MOBRAL através da observação sistemática dos resultados, nos seus aspectos qualitativos e quantitativos. • PARA QUE AVALIAR? As informações resultantes dessa observação sistemática são encaminhadas às fontes do PODER DECISÓRIO nos diferentes níveis administrativos do Sistema MOBRAL: • COMUN • COEST/COTER • MOBRAL/CENTRAL São, então, utilizadas na REVISÃO DO PLA- NEJAMENTO DOS PROGRAMAS ou das DECISÕES tomadas a cada nível de ação descentralizada: • municipal • estadual • central Adotam-se, assim, novas MEDIDAS num processo de REALIMENTAÇÃO DO SISTE- MA. • VANTAGENS DA AVALIAÇÃO Através da avaliação, no Subsistema de Su- pervisão Global, é possível RECONHECER rapidamente os possíveis erros e suas con- sequências, CORRIGINDO-SE, então, o cur- so da ação operante. A avaliação implica em um maior DINAMIS- MO dos Programas do MOBRAL pois uma vez DIAGNOSTICADA a situação torna-se possível modificá-la de acordo com as ne- cessidades. Mas a principal vantagem da avaliação é o de proporcionar à COMUN, à COEST/CO- TER e ao MOBRAL/CENTRAL condições objetivas para a TOMADA DE DECISÕES sobre alternat ivas de planejamento dos Programas do MOBRAL. • O QUE AVALIAR Os Programas do MOBRAL são avaliados como um todo, considerando os seguintes aspectos básicos: ESTRUTURA — a forma de organização do MOBRAL em seus vários níveis (MOBRAL/ CENTRAL. COEST/COTER e COMUN) e nas grandes áreas de trabalho (fi nanceira, de mobilização, pedagógica e de apoio); a forma de organização da comunidade e dos órgãos que exe cutam as tarefas educativas; a orga nização inicial necessária à implanta ção dos Programas do MOBRAL (le vantamento de analfabetos, zonea- mento, etc). PROCESSO — todas as fases de desenvolvimento do programa, desde a sua implantação e consolidação até o seu término. PRODUTO — os resultados da ação educativa dos Programas, em termos de: — aluno — professor — COMUN — supervisores — comunidade. • QUEM AVALIA • QUEM É AVALIADO Tomada no sentido de DIAGNÓSTICO, a avaliação é o processo pelo qual TODOS os participantes em cada um dos Programas do MOBRAL — aluno, professor. COMUN. supervisores — tomam consciência das METAS e OBJETIVOS propostos para 0 programa e verificam até que ponto estes objetivos estão sendo ATINGIDOS. Assim, no processo de avaliação, são consideradas duas FORMAS de avaliação: 1 — AUTO-AVALIAÇÁO _____________________ É considerada como uma constante no processo. Fundamenta-se no princípio de que o aluno, o professor e o supervisor, enquanto PARTICIPANTES são também PROTAGONISTAS da ação educativa que se desenvolve nos Programas do MOBRAL. A auto-avaliação objetiva criar CONDIÇÕES para que os participantes dos programas desenvolvam uma atitude de CRITICA e REFLEXÃO e se sintam estimulados a coletar, de forma SISTEMÁTICA, evidências concretas a respeito da qualidade do próprio trabalho. 2 — A AVALIAÇÃO NUMA LINHA DE CO- MUNICAÇAO ASCENDENTE____________ As informações relativas ao DESEMPENHO do aluno, professor, COMUN e supervisores são obtidas através do elemento ou elementos tecnicamente mais qualificados. Assim, • COMO AVALIAR A avaliação é feita através de instrumentais adequados aos objetivos e aos fatores a serem avaliados. Nos instrumentais acham-se definidos os PADRÕES MÍNIMOS para a avaliação dos Programas do MOBRAL, as CATEGORIAS de codificação, bem como os PROCEDIMENTOS para o PROCESSA- MENTO e INTERPRETAÇÃO dos dados ob- tidos de conformidade com tais categorias. É IMPORTANTE RESSALTAR QUE O PRE- ENCHIMENTO DOS INSTRUMENTAIS. ALÉM DO OBJETIVO ESPECÍFICO DE CO- LETAR DADOS PARA A AVALIAÇÃO. É O MEIO PELO QUAL OS PARTICIPANTES DOS PROGRAMAS A CADA NÍVEL DE OR- GANIZAÇÃO DO SISTEMA VIVENCIAM E INCORPORAM OS PRINCÍPIOS QUE ORI- ENTAM A METODOLOGIA DO MOBRAL. • QUANDO AVALIAR A avaliação deve-se realizar de forma pro- gressiva, continuada, abrangente e global. No entanto, é válida a previsão de datas pré- fixadas para a aplicação dos instrumentais que venham comprovar ou reforçar os julgamentos que progressivamente o supervisor já venha estabelecendo. Assim, no sentido de disciplinar o FLUXO de informações, foram determinadas as se- guintes etapas para a aplicação de cada professor: INÍCIO-MEIO-FIM. • FLUXO DE INFORMAÇÕES DOS INSTRUMENTAIS ESTA FOI A PERCENTAGEM DE ANALFABETOS NA POPULAÇÃO DE MAIS DE 15 ANOS DE 1940 ATE O ANO DA EXECUÇÃO DO PLANO DE ALFABETIZAÇÃO FUNCIONAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA DE ADOLESCENTES E ADULTOS A partir de 8 de setembro de 1970. o MOBRAL conveniou 613 municípios, envol- vendo 510.340 alunos. A produtividade, por região, foi a seguinte: ALFABETIZAÇÃO FUNCIONAL Em 1971. os convénios atingiram 2.569.862 alunos, em 3.405 municípios, com a seguinte produtividade: Em 1972 o total de alunos conveniados foi de 4.289.226. em 3.694 municípios. Segundo os últimos cálculos, em apenas pouco mais de dois anos de ação do MOBRAL, o indice de analfabetismo baixou para 28%. 1971 O MOBRAL realizou, em todo o território nacional, o Programa de Educação Inte grada, em caráter experimental, em 181 municípios para um total de 34.000 alu nos. | Em 1972, o Programa de Educação Inte- grada foi colocado à disposição das se- cretarias de Educação (estaduais e muni- cipais) num total de 816.940 alunos matri- culados em 2.277 municípios. 1971 Iniciado em 1971, contou com 363.758 alu- nos conveniados, num total de 1.347 mu- nicípios. 1972 Já dispondo de material didático específi- co, o programa, em 1972, atendeu a 127.061 alunos em 459 municípios ANO CONVENIADOS PRODUTIVIDADE GLOBAL ALFABETIZADOS 70 510.340 33 169.943 71 2.589.862 44 1.139.509 72 4.289.226 48 2.061.000 1 EDUCAÇÃO INTEGRADA VIA RADIOFÔNICA Desde maio de 1973 o MOBRAL vem de- senvolvendo um pro je to-p i lo to no Rio Grande do Norte, em convénio com a Secretaria de Educação e o SAR (Serviço de Assistência Rural), com elevada carga de inovações metodológicas, mas utilizando o mesmo conteúdo programático da Educação Integrada. O programa, desenvolvido em 16 meses (em 4 fases de 4 meses) permitirá aos alunos. de acordo com suas características individuais e seu ritmo de aprendizagem. concluir o curso em um. dois ou mais qua-drimestres e receber o certificado equiva- lente à conclusão das quatro primeiras séries do ensino de 1 ° grau. Além disso, a possibilidade de conclusão do curso não necessariamente ao final do programa deverá motivar aqueles que. tendo o primário incompleto, necessitam apenas de um reforço para consolidar a aprendizagem. Com um mínimo de escolarização. poderão sa t i s fazer as ex igênc ias atuais do mercado de trabalho quanto à apresentação de certificado de conclusão do antigo curso primário. o ALFABETIZAÇÃO FUNCIONAL VIA RADIOFÔNICA A Universidade de Viçosa, em convénio com o MOBRAL. vem elaborando um projeto de Alfabetização Funcional, via radiofónica. que deverá atender à população da zona rural. Será tentada a utilização da Radio Educativa como alternativa viável para regiões de rarefação demográfica. Ao lado de esforços para ampliar quantitativamente os programas que vem desenvolvendo sem descurar da qualidade dos mesmos, o MOBRAL, consciente de sua missão, vem desenvolvendo e elaborando projetos que virão aumentar as oportunidades de educação e cultura de sua clientela e melhorar a capacidade administrativa do sistema. o TREINAMENTO DE ALFABETIZADORES PELA TV O MOBRAL e a FCBTVE (Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa) assinaram um Termo de Ajuste pelo qual a FCBTVE assegura ao MOBRAL a prestação de serviços referentes à produção e realização de uma série de programas de televisão destinados a Treinamento de Alfabetizadores e.em caráter experimental, à Alfabetização Funcional. A filmagem, a cores, será para uso tríplice: transmissão em circuito aberto, em vídeo- cassette" ou em cinema, num total de 36 programas com a duração de 15 minutos cada um. em forma de novela. 4 TREINAMENTO PROFISSIONAL Foi assinado, no inicio de 1973. convénio com o PIPMO com o Objetivo de aproveitar adequadamente, na força de trabalho, ado- lescentes e adultos alfabetizados ou concluintes do curso de Educação Integrada. Mediante treinamento através de cursos intensivos de formação profissional, será possibilitada a educação continuada e oferecidas oportunidades de integração ao meio social através da semiqualificação e qualificação profissionais. Serão atendidos, num primeiro convénio. 30.000 indivíduos em todo o pais. obedecendo à seguinte escala de prioridades 1. adolescentes e/ou adultos que concluí- ram o curso de Educação Integrada e estão desempregados: 2. adolescentes e/ou adultos que concluí- ram o curso de Educação Integrada; 3 adolescentes e/ou adultos que concluíram o curso de Alfabetização Funciona! e estão desempregados. 5 MOBRAL — LBA O convênio MOBRAL/LBA visa o atendimento da clientela da LBA em relação aos programas do MOBRAL. bem como aos serviços que visem ao bem-estar social da mulher, da criança e do adolescente através da família, do atendimento nas ativida-des de educação para o trabalho, médicas e jurídicas. 6 MOBRAL INFORMA Constitui um sistema de treinamento não- convencional. realizado através do processo de correspondência. E dirigido às pessoas ou entidades direta ou indiretamente ligadas ao sistema MOBRAL. com uma tiragem mensal de 40.000 exemplares, e objeti-va transmitir não só o conteúdo doutrinário e f i losóf ico do MOBRAL. como pretende transformar-se num permanente veiculo de comunicação normativa dos setores de operação desse Movimento _________________________________________ 7 PROCESSAMENTO DE DADOS A rápida expansão do MOBRAL verificada por sua ação em quase todos os municí- pios brasileiros, desde o início de suas ati-vidades e mais acentuadamente no último ano. tornou clara a necessidade de estudos internos para a implantação de um sistema mecanizado de processamento de dados. Os objetivos básicos para a implantação de uma Central de Informação: a) possibilidade de obter, imediatamente. informações sobre os programas desenvolvidos pelo MOBRAL, com relação a números de alunos em sala de aula. municípios conveniados. alunos alfabetizados. causas de evasão, etc. b) possibilidade de serem analisados todos os fatores intervenientes no processo MOBRAL. a qualquer instante e em grau razoável de complexidade: c) possibilidade de acompanhamento da população de alunos vinculados às turmas do MOBRAL. 8 MOBRAL CULTURAL Em decorrência dos resultados já obtidos nos seus programas, o MOBRAL teve. como desdobramento normal de seus objetivos, a atenção voltada para um Programa Cultural. Este programa significa mais um meio de fixar a aprendizagem (evitando o fenómeno natural de regressão) e também de ampliar o universo cultural do homem brasileiro. Observando a c l i en te la do MOBRAL. verifica-se ser caracterizada por um baixo nível de escolaridade, horizonte cultural restrito e. quase sempre, baixo poder aquisitivo. Assim, um programa cultural promovido pelo MOBRAL. com sua vasta rede de postos que atende à totalidade dos municípios brasileiros e que tem nos seus alunos expressiva amostra de uma faixa de população carente de recursos, representa um incentivo às atividades culturais bem como uma valorização das diferentes expressões regionais de cultura. meira fase. em unidades volantes, M0- BRALTECAS. e em unidades fixas, o POSTO CULTURAL. O Posto Cultural pode começar como um pequeno local dentro de um dos postos de alfabetização do MOBRAL. Sua implantação depende, fundamentalmente, de um local que a comunidade possa oferecer. Obtido o local, o MOBRAL/CENTRAL se encarregará de ali colocar os recursos materiais necessários ao funcionamento do Posto Cultural. Estes recursos, incluindo jornais, revistas, livros, rádio, material para artesanato, etc. serão ampliados de acordo com os interesses que as comunidades vierem a manifestar. Também está prevista a realização, em caráter eventual, da FEIRA CULTURAL, manifestação itinerante destinada a compor e difundir uma visão panorâmica dos padrões culturais de um estado ou uma região. gerando o intercâmbio e acelerando o processo de integração nacional. O MOBRAL Cultural inclui os seguintes programas: • LITERATURA Publicação de obras escolhidas, adaptadas ou escritas especialmente para a clientela do MOBRAL. • PUBLICAÇÕES Inclui a edição e distribuição de jornais, revistas, enciclopédia em fascículos e dicionário visual. • TEATRO Incentivo e utilização de grupos teatrais de amadores e universitários, em espetá-culos programados para os mobralen-ses. • CINEMA Promoção da exibição, nos Postos Culturais e nas MOBRALTECAS, de filmes e diafilmes selecionados ou produzidos pelo MOBRAL. • MÚSICA Programada como meio (apoiando sub- programas) e como fim, com a elaboração de um repertório básico universal (erudito) e nacional (popular), prevê a realização de torneios de bandas e a implantação. nos postos culturais, de núcleos vocais e instrumentais. • ARTE POPULAR E FOLCLORE Estímulo e apoio às manifestações artís ticas e artesanais, tradições e ritos popu lares, com ê n f a s e no a r t e s a n a t o . valorizando-o, divulgando-o e criando canais para sua distribuição*e comercia lização. • RÁDIO Transmissão de mensagens culturais através de programa recreativo e educativo, também destinado à divulgação dos subprogramas do MOBRAL Cultural. • PATRIMÔNIO HISTÓRICO Valorização e preservação do Patrimônio Histórico e Artístico nacional. • PESQUISA, AVALIAÇÃO E DOCUMEN- TAÇÃO Contribuição com pesquisas e avaliações durante a execução dos subprogramas e projetos para a atualização gradativa do património cultural brasileiro. O DESAFIO PODE VIRAR REALIDADE: DEPENDE MUITO DA COOPERAÇÃO ENTUSIASTA DE TODOS OS QUE NELE SE ENVOLVEM... UNIDADES DA FEDERAÇÃO PESSOAS A ALFABETIZAR (TOTAL) META 73 ANO PREVISTO DA ERRADICAÇÃO (5°o residual) ACRE 61.953 22.000 1979 ALAGOAS 355.278 177.000 1975 AMAZONAS 213.632 87.000 1978 AMAPÁ 17.729 8.000 1977 BAHIA 2.182.653 604.000 1979 CEARÁ 1 332.548 360.000 1978 DISTRITO FEDERAL 9.529 18.000 1973 ESPÍRITO SANTO 211.048 105.000 1976 GUANABARA 109.023 90.000 1974 GOIÁS 577.693 165.000 1976 MARANHÃO 880.410 238.000 1978 MINAS GERAIS 1.669.183 645.000 1977 MATO GROSSO 251.748 80.000 1978 PARA 366.996 140.000 1978 PARAÍBA PERNAMBUCO 364.064 1125.346 303.000 506.000 1974 1976 PIAUÍ 449.277 130.000 1978 PARANÁ 904.089 238.000 1978 RIO DE JANEIRO 368.137 202.000 1975 RIO GRANDE DO N. 340.266 154.000 1976 RIO GRANDE DO S. 425.820 170.000 1977 RONDÔNIA 5.600 4.700 1975 RORAIMA 10.121 3.300 1979 SANTA CATARINA 123.102 56.000 1975 SERGIPE 264.705 85.000 1978 SÁO PAULO 1.054.942 414.000 1977 .DEPENDE MUITO DA SUA PARTICIPAÇÃO. • MOBRAL CENTRAL ____________________ Rua Voluntários da Pátria, 53 Botafogo — 266-4422 — Rio—GB SEXEC—SEXAD— GABIN ASSUP—ASSOM—GEPED GERAP—GERAF—GEMOB Ladeira do Ascurra.... Cosme Velho — Rio — GB GETEP Fernandes Guimarães, 39 Botafogo — 226-1244 — GB GECULT • COORDENADORES REGIONAIS NORTE Rita de Cássia da Silva Pinto Rua Ramos Ferreira. 1.299 sala 302 277-98 — MANAUS — AMAZONAS NORDESTE Carlos Gomes Deschamps Filho Rua do Hospício, 619 22-4213 — RECIFE — PERNAMBUCO SUDESTE Nilda Caporali Cordeiro Rua Timbiras, 812 24-9437 — B. HORIZONTE — MG SUL João Carlos Schmitz Av. Maurício Cardoso, 510 95-2188 (0512) NOVO HAMBURGO — RS CENTRO OESTE Marco António de Moraes Setor de Diversões Sul BL N/ 306 — Ed. ACROPOL 23- 0189 — BRASÍLIA — DF. • COORDENADORES ESTADUAIS ACRE íris Célia Cabanellas Escola Normal Lourenço Filho Av. Getúlio Vargas RIO BRANCO —ACRE ALAGOAS Maria José Casado Marinho Rua Joaquim Távora, 245 36-932 — MACEIÓ — ALAGOAS AMAZONAS Elisa Benvinda Barbosa Tinoco Rua Leovegildo Coelho. 322 20-717 — MANAUS.— AMAZONAS BAHIA Maria América de Lima Rua Conselheiro Spinola. 7 36-980 (0712) SALVADOR — BAHIA BRASÍLIA Almon Botelho Alvarenga Edifício Venâncio IV — S. 406 e 409 23-1173 — BRASÍLIA — D.F. CEARÁ João Cavalcanti de Albuquerque Rua Paulino Nogueira, 283 FORTALEZA — CEARÁ ESPÍRITO SANTO Ademir Abdala Prata Av. César Hilal — Ed. São Jorge — 2.°A 70-913 — VITÓRIA — ESPÍRITO SANTO GOIÁS Adélcio de Oliveira RUA 9, 687 6-3378 — GOIÂNIA — GOIÁS Arlene Alves de Souza (Coordenadora adjunta) GUANABARA José Maria de Carvalho Júnior Rua Evaristo da Veiga, 16 — 3.°-F 224-5736 — RIO — GUANABARA MARANHÃO Filomena Maria de Almeida Mota Av. Sil Maia, 441 2005 — SÃO LUÍS — MARANHÃO MATO GROSSO/NORTE Pedro Gometti R. Voluntários da Pátria. 515 2054 — CUIABÁ — MATO GROSSO MATO GROSSO/SUL Hugo Filartiga do Nascimento Rua Rui Barbosa, 306 4-3934 — CAMPO GRANDE — MT MINAS GERAIS Maria Helena Zandonadi Rua dos Inconfidentes. 645 26-7405 — BELO HORIZONTE — MG MOBRAL PARA Maria Amélia Cordeiro Rua Aristides Lobo. 506 23- 3811 —BELÉM — PARA PARAÍBA Juarez do N. César de Carvalho Rua Prof.a Alice Azevedo, 226 2082 — JOÃO PESSOA — PARAÍBA PARANÁ José Carlos Alpendre Rua Augusto Stelfeld. 264 24-9790 — CURITIBA — PARANÁ PERNAMBUCO Zulmira Maria de Carvalho Rua do Sossego, 239 22-1661 — RECIFE — PERNAMBUCO PIAUÍ Pedro Ribeiro Vasconcelos Filho Rua Areolino de Abreu. 1507 2189 — TERESINA — PIAUÍ RIO GRANDE DO NORTE Iracema Brandão de Araújo Rua João Pessoa. 254 1376 — NATAL — RN RIO GRANDE DO SUL Colorinda Emília Sordi Rua Garibaldi. 1306 e 1313 25- 3878 — PORTO ALEGRE — RS RIO DE JANEIRO Eduardo Augusto da Silva Av. Estacio de Sá, 306 722-3422 - NITERÓI — RJ SANTA CATARINA Darci Anastácio Rua Duarte Schutel, 66 2441 — FLORIANÓPOLIS — SC SÂO PAULO Luís Thomasi Av. Duque de Caxias, 153 220-3475 — SÂO PAULO — SP SERGIPE José Luís Oliveira Praça Fausto Cardoso — Ed. S. Carlos.103 2529 — ARACAJU — SERGIPE • COORDENADORES TERRITORIAIS AMAPÁ Luís Ribeiro de Almeida Rua Procópio Rolla, 116 480 — MACAPÁ — AMAPÁ RONDÔNIA Abnael Machado de Lima Rua José do Patrocínio. Ed. Bichara-2 431 — PORTO VELHO — RONDÔNIA RORAIMA Munira Nasser Fraxe Divisão Escolar e Cultural BOAVISTA — RORAIMA FERNANDO DE NORONHA Lais S. de Clodoaldo Pinto Av. Agamenon Magalhães, 300 RECIFE — PERNAMBUCO MUNICÍPIOS-PÓLO SUPERVISORES ESTADUAIS REGIÃO NORTE Acre .................... Rio Branco Amapá ................ Macapá e Oiapoque Amazonas ............ Manaus e Tefé Pará .................... Belém Rondônia .............. Porto Velho Roraima ............... Boa vista REGIÃO NORDESTE Maranhão ............... São Luís e Caxias Piauí .........................Picos e Teresina Ceará .....................Fortaleza RN ...........................Natal Paraíba ..................Campina Grande e Patos Alagoas ....................Maceió Sergipe ...................Aracaju Pernambuco ..........Recife e Serra Talhada Bahia ......................Jacobina, Itabuna Alagoinhas, Barreiras e Caetité REGIÃO SUDESTE Espírito Santo .........Vitória Minas Gerais ...........Divinópolis, Caratinga. Teófilo Otoni, Leopoldina, Montes Claros. Belo Horizonte, Varginha, Uberaba e São João del Rei Guanabara ..............COEST/GB São Paulo ..............São José do Rio Preto, Araçatuba, Campinas, Ribeirão Preto Presidente Prudente Taubaté. Grande São Paulo Rio de Janeiro ...... Niterói
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