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Cabeamento Estruturado Unid IV

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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Unidade IV
7 ESPAÇOS EM SISTEMAS DE CABEAMENTO ESTRUTURADO
7.1 Área de trabalho
7.1.1 Introdução
Entrada de antena
Infraestutura do 
edifício para cabos
Infraestutura do 
edifício para cabos
Infraestutura do 
edifício para cabos
Infraestutura para 
rede de campus
Infraestutura de 
entrada
Sala de 
telecomunicações
Tomada de 
telecomunicações
(TO)
Área de trabalho
(WA)
Sala de 
telecomunicações
Sala de 
equipamentos
Entrada principal
Entrada alternativa
Infraestutura do 
edifício para cabos
Infraestutura do 
edifício para cabos
Pavimento do edifício
Figura 68 
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Unidade IV
Os principais espaços em sistemas de cabeamento estruturado são as áreas de trabalho e os espaços 
de telecomunicações. Os espaços de telecomunicações encontrados nas organizações são: sala de 
telecomunicações, sala de equipamentos e infraestrutura de entrada. A figura anterior mostra os espaços 
em sistemas de cabeamento estruturado.
A área de trabalho é muito conhecida pelo seu acrônimo em inglês WA, que significa Work Area. 
Essas áreas são os espaços onde o usuário está situado no edifício comercial e também onde está 
disponível a conectividade necessária para que as aplicações funcionem.
Sob o aspecto técnico, é considerado um espaço do sistema de cabeamento estruturado, porque é 
lá que o usuário consegue utilizar o seu computador em rede ou fazer uma chamada de voz pelo seu 
telefone.
A norma NBR 14565 (ABNT, 2013, p. 4) define a área de trabalho “como espaço do edifício no qual 
seus ocupantes interagem com os serviços disponibilizados pelo cabeamento estruturado”.
O cabeamento que chega até a área de trabalho é normalmente oriundo do distribuidor de piso 
situado na sala de telecomunicações. Conforme mencionado, esse cabeamento é conhecido por 
horizontal, terminando em uma tomada de telecomunicações, conhecida pelo seu acrônimo em inglês 
TO (Telecommunication Outlet).
 Lembrete
O cabeamento estruturado é composto de dois subsistemas: subsistema 
de cabeamento horizontal e subsistema de cabeamento de backbone.
A figura a seguir apresenta uma área de trabalho típica.
Área de trabalho
WA
TO
Cabeamento horizontal
Cabos U/UTP, F/UTP categoria 5 e/ou superior
Figura 69 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Uma tomada de telecomunicações normalmente obedece ao padrão RJ-45. A figura a seguir 
apresenta a imagem de um conector fêmea RJ-45:
Figura 70 
7.1.2 Especificações da área de trabalho
Como todo e qualquer espaço, ou subsistema do cabeamento estruturado, a área de trabalho 
obedece a uma série de especificações estabelecidas pela norma NBR 14565, descritas na ABNT (2013). 
A primeira especificação, que parece até um pouco controversa em comparação com o cabeamento 
não estruturado, é a exigência de instalação de duas tomadas de telecomunicações por área de trabalho. 
Essas tomadas, blindadas ou não, obrigatoriamente são terminadas em conectores RJ-45, onde é 
conectado o cabo de par trançado categoria 5e ou superior.
 Observação
Caso o subsistema de cabeamento horizontal seja provido por cabos 
ópticos multimodo de 50/125 micrômetros ou 62,5/125 micrômetros, é 
recomendável que apenas uma das tomadas seja terminada em conectores 
ópticos. Dessa forma, conserva-se uma das tomadas provida por cabo de 
par traçado.
Outra importante determinação diz respeito aos espelhos das tomadas de telecomunicações. 
Eles devem ser no padrão 4 x 2” ou 4 x 4”, montados em caixas de piso, caixas de superfície ou 
fixados no próprio mobiliário de escritório.
Uma área de trabalho deve ter pelo menos um tamanho de 5 m², podendo chegar a 10 m². 
Não obstante, nada impede que, a partir do conhecimento do projeto físico e do layout da edificação, as 
áreas de trabalho sejam menores que 5 m², atendendo, é claro, às necessidades do usuário.
O cabeamento horizontal deve ser encaminhado na área de trabalho pelo piso e/ou pelo teto, 
utilizando também caminhos adequados na própria mobília presente na área de trabalho. Usando o 
mobiliário como caminho de passagem do cabo, é necessária a percepção da importância das mudanças 
no cabeamento estruturado quando ocorrerem mudanças de layout ou mobília no escritório.
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Unidade IV
Uma regra de ouro na instalação de tomadas de telecomunicações em uma área de trabalho indica que 
elas devem ser instaladas em locais de fácil acesso, sem descuidar da segurança. Um bom exemplo seria a 
instalação de tomadas de telecomunicações em pisos frios. Tomadas de telecomunicações instaladas em 
caixas diretamente implementadas em pisos frios estão sujeitas a problemas como eventuais lavagens 
do piso e poeiras frequentes que podem danificar os contatos metálicos dos conectores RJ-45 fêmea.
Quando instaladas em quaisquer outros lugares sujeitos a ação de agentes químicos, limpeza, 
poeira etc., recomenda-se que as tomadas de telecomunicações tenham protetores.
7.2 Espaços de telecomunicações
Os espaços de telecomunicações são definidos como aqueles destinados 
a abrigar os distribuidores do sistema de cabeamento estruturado, bem 
como equipamentos ativos de redes. Os espaços de telecomunicações 
devem ser dedicados aos sistemas de telecomunicações e não podem 
ser compartilhados com outros sistemas do edifício. Algumas normas 
técnicas que se aplicam a encaminhamentos e espaços para sistemas 
de cabeamento estruturado em edifícios comerciais utilizam uma 
nomenclatura comum a todos os espaços de telecomunicações e outros 
utilizam termos específicos para cada espaço (sala de telecomunicações, 
sala de equipamentos etc.). Na prática, é comum encontrarmos 
nomenclaturas específicas para cada espaço; isso ajuda a diferenciá-
los por funções específicas, bem como no sistema de gerenciamento da 
infraestrutura de cabeamento (MARIN, 2013, p. 61).
7.2.1 Sala de telecomunicações
A sala de telecomunicações também é conhecida pelo seu acrônimo em inglês TR – Telecommunications 
Room. Ela é um espaço de telecomunicações dentro do edifício comercial, destinado à interligação 
do subsistema de cabeamento horizontal ao subsistema de cabeamento vertical por meio do 
distribuidor de piso.
A norma NBR 14565 (ABNT, 2013) especifica que a sala de telecomunicações é o espaço que abriga o 
distribuidor de piso e pode também abrigar o distribuidor de edifício e equipamentos de redes destinados 
ao atendimento dos usuários do pavimento em que se situa a sala de telecomunicações.
Nas salas de telecomunicações, é importante que haja facilidade no espaço, alimentação elétrica, 
controles do ambiente, dentre outros, destinados à instalação de componentes passivos.
As principais normas de cabeamento estruturado recomendam a implantação de uma sala de 
telecomunicações por andar de um edifício comercial com a finalidade de atender a todas áreas de 
trabalho daquele pavimento.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A figura situa a sala de telecomunicações no sistema de cabeamento estruturado:
Cabeamento de 
backbone
TR
ER
TR
TR
TR
TO
TO
TO
TOCabeamento horizontal
Figura 71 
 Observação
Quando não é possível a implementação de uma sala de telecomunicações 
em um pavimento, as áreas de trabalho podem ser interligadas à sala de 
telecomunicações de um pavimento adjacente.
Além norma NBR 14565, as normas ANSI/TIA-569-C, ISO/IEC 14763-2, ISO/IEC 18010 fazem uma 
série de recomendações sobre as dimensões da sala de telecomunicações baseada no número de tomadas 
de telecomunicações atendida pelo distribuidor de piso da sala.
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Unidade IV
A tabela a seguir apresenta o dimensionamento recomendado pela norma ANSI/TIA-569-C:
Tabela 11
Tomadas de 
telecomunicações (TO)
Área aproximada da sala de 
telecomunicações (m²) Dimensões da sala (m)
Até 200 15 3 x 5
Entre 201 e 800 36 6 x 6
Entre 801 e 1600 72 6 x 12
Entre 1601 e 2400 108 9 x 12
Fonte: Marin (2013, p. 55).
As normas ISO/IEC 14763-2 e ISO/IEC 18010 recomendam que a menor sala de telecomunicações 
não tenha uma área inferior a 9,6 m² (com dimensões de 3 x 3,2 metros) para até 500 tomadas de 
telecomunicações. A figura a seguir apresenta a sala de telecomunicações com essas dimensões:
3,
2 
m
3,0 m
1,6 m
Figura 72 
As normas ISO/IEC 14763-2 e ISO/IEC 18010 também recomendam que até 1.000 tomadas 
de telecomunicações sejam atendidas por uma sala de telecomunicações de área 14,72 m² 
(com dimensões 3,2 x 4,6 metros). A figura a seguir apresenta a sala de telecomunicações com 
essas dimensões:
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
4,6 m
1,6 m 1,6 m
3,
2 
m
Figura 73 
A partir de 1.000 tomadas de telecomunicações, o adicionamento de 500 tomadas de telecomunicações 
aumenta uma de suas dimensões em 1,6 metros.
É comum também considerar a área do pavimento para a tomada de decisão sobre as dimensões da 
sala de telecomunicações. Não obstante, a área do pavimento não pode ser a base para a definição das 
dimensões da sala de telecomunicações.
A figura a seguir apresenta um exemplo de uma sala de telecomunicações:
Luminárias
Luminárias
Duto de ar
Duto de ar
Shaft
Barramento 
de terra
Esteira para cabos
Eletroduto
Eletroduto
Eletroduto
Prancha de madeira
Prancha de 
madeira
Quadro 
elétrico : Tomada elétrica
Figura 74 
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Unidade IV
As normas ainda recomendam para a sala de telecomunicações:
• Caso haja equipamentos instalados, seja provida de um sistema de climatização 24 horas, 365 
dias por ano, com temperaturas variando entre 18º e 24º C e uma umidade entre 30% e 55%.
• A iluminação deve possuir pelo menos 540 luxes, de forma que não haja problemas na 
manutenção do cabeamento.
• O aterramento deve ser ligado ao sistema de aterramento do prédio.
• A porta de acesso da sala ter no mínimo 910 mm x 2.000 mm.
• Deve possuir um ambiente controlado, fechado e com acesso limitado para pessoas autorizadas.
• Esteja situada em uma área do pavimento cujo acesso não dependa do acesso a outros espaços.
• A distribuição do cabeamento seja aérea, evitando uso de teto falso.
Em edifícios e pavimentos onde não seja exequível a construção de uma sala com as 
dimensões outrora especificadas, pode-se utilizar um espaço menor. A norma ANSI/TIA-569-C 
recomenda que a menor sala de telecomunicações tenha dimensões mínimas de 1,3 m x 1,3 m. 
Se nem esse espaço estiver disponível, é possível instalar um “armário de telecomunicações” 
no shaft do edifício.
A figura a seguir apresenta um exemplo de um armário de telecomunicações em um shaft:
Componentes de conexão
Dutos (tubulações)
Portas
Figura 75 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
7.2.2 Sala de equipamentos
A norma NBR 14565 (ABNT, 2013) define que a sala de equipamentos é o espaço de telecomunicações 
destinado a abrigar os equipamentos de uso comum em toda a rede, a terminação de cabos e os 
distribuidores do sistema de cabeamento estruturado.
A sala de equipamentos também é conhecida pelo seu acrônimo em inglês ER – Equipment 
Room, atendendo um edifício inteiro ou todo um campus. Assim, a sala de equipamentos, 
enquanto local mais importante do sistema de cabeamento estruturado, pode conter um 
distribuidor de campus e/ou distribuidor de edifício, concentrando o cabeamento horizontal 
e o cabeamento de backbone.
Na sala de equipamentos, podem ser instalados equipamentos ativos de redes, (switches, 
roteadores, hubs e servidores), equipamentos de telefonia (central telefônica e outros equipamentos 
de gerenciamento de sistemas de voz), equipamentos de telecomunicações (modems, rádios, 
multiplexadores etc.) e demais equipamentos de informática.
Justamente pelo fato de a sala de equipamentos conter dispositivos tão cruciais para o 
funcionamento das redes, há a necessidade de um controle de temperatura do ambiente (18 ºC a 24 ºC) 
para não prejudicar a operação dos equipamentos. O controle de acesso e as questões de segurança 
relacionadas à sala de equipamentos também precisam ser observados. A iluminação precisa ser 
uniforme na faixa de 500 luxes, medidos a 1 metro do chão.
As funções da sala de telecomunicações podem ser absorvidas pela sala de equipamentos 
quando as duas forem projetadas no mesmo pavimento. Assim, em um mesmo andar não há 
necessidade das duas.
 Lembrete
A sala de telecomunicações tem a finalidade de atender apenas um 
pavimento. No máximo, pavimento adjacentes.
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A figura a seguir apresenta a sala de equipamentos e os elementos de cabeamentos interligados 
a ela.
TR
(FD)
TR: Sala de telecomunicações
ER: Sala de equipamentos
CD: Distribuidor de campus
BD: Distribuidor de edifício
FD: Distribuidor de piso
Backbone de 
campus
Backbone de 
edifício
TR
(FD)
TR
(FD)
TR
(FD)
ER
CD/BD
Figura 76 
Em um edifício, é de grande importância determinar a localização da sala de equipamentos 
no prédio, de forma a otimizar a interligação entre ela e os outros elementos do cabeamento 
estruturado. Convém dizer que as normas não mencionam qual é o local de implementação da 
sala de equipamentos. 
As principais normas que mencionam especificações para a sala de equipamentos são: 
ANSI/TIA-569-C e ISO/IEC 14763-2. Sobre o dimensionamento, essas normas seguem caminhos 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
distintos. A ANSI/TIA-569-C aponta que a sala de equipamentos tem que ter um tamanho mínimo 
de 10 m² (caso abrigue um distribuidor de edifício) e 12 m² (caso abrigue um distribuidor de 
campus). Caso a área provida pelo distribuidor de campus seja 50.000 m², para cada 10.000 m² 
aumenta-se o tamanho da sala de equipamentos em 1 m².
A ISO/IEC 14763-2 trata o tamanho da sala de equipamentos da mesma forma que trata a sala de 
telecomunicações.
 Lembrete
Até 1.000 tomadas de telecomunicações precisam ser atendidas 
por uma sala de telecomunicações de área 14,72 m² (com dimensões 
3,2 m x 4,6 m). A partir de 1.000 tomadas de telecomunicações, o 
adicionamento de 500tomadas de telecomunicações aumenta uma de 
suas dimensões em 1,6 metros.
7.2.3 Infraestrutura de entrada
É conhecida pelo seu acrônimo EF – Entrance Facility. A norma NBR 14565 (ABNT, 2013) define que 
a infraestrutura de entrada é o local de entrada de todos os serviços de telecomunicações do edifício e 
inclui a interface de rede externa. 
A infraestrutura de entrada é interligação do sistema de cabeamento estruturado com o mundo 
externo.
 Observação
O espaço de cabeamento estruturado é chamado popularmente de 
“facilidades” ou “facilidade de entrada”.
É normalmente na infraestrutura de entrada que se encontra o demarc (também conhecido 
como ponto de demarcação), que separa o cabeamento externo do cabeamento interno, ou seja, 
quando se encerra a responsabilidade do provedor de serviços e se inicia a responsabilidade da 
rede interna.
A figura a seguir situa a infraestrutura de entrada no sistema de cabeamento estruturado:
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TOTR
TO
Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho (WA)
ER EF
TOTR
TO
Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho (WA)
TOTR
TO
Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho (WA)
TOTR
TO
Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho (WA)
Infraestrutura de entrada
Figura 77 
Na infraestrutura de entrada, encontra-se o DG (Distribuidor Geral), o DID (Distribuidor Intermediário 
Digital) e o DGO (Distribuidor Geral Óptico). 
No DG, estão terminados os cabos de pares de telefonia oriundos da operadora de telefonia pública. 
No DID, as conexões que utilizam cabos coaxiais em links E1 e T1. No DGO, temos as fibras ópticas 
entregues pela operadora no demarc.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A figura a seguir apresenta uma DG:
Figura 78 
A localização da infraestrutura de entrada é um aspecto de grande importância. A ideia é implementar 
esse espaço em local seco, livre de inundações e mais próximo possível da entrada de energia elétrica do 
edifício, de forma a garantir uma agilidade na interligação do aterramento.
A norma ANSI/TIA-569-C especifica as dimensões da infraestrutura de entrada de modo similar à 
sala de equipamentos que abriga um distribuidor de campus, de maneira que o espaço mínimo é restrito 
a 12 m² para uma área de edifício de 50.000 m². Para cada 10.000 m², acrescenta-se 1 m² ao tamanho 
do espaço da infraestrutura de entrada.
A norma ISO/IEC 14763-2 dá uma tratativa diferenciada no que tange as dimensões da infraestrutura. 
Essa norma recomenda, para efeitos de dimensionamento, a infraestrutura de entrada como uma sala 
de telecomunicações de baixa densidade.
Uma inovação na norma ANSI/TIA-569-C foi a criação do “espaço do provedor”, que é um 
espaço adicional em edifícios monousuários (edifício de um mesmo cliente) dedicado à instalação de 
equipamentos de provedores de serviços de telecomunicações.
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A figura a seguir apresenta a ideia de espaço do provedor:
TR
TREF
Sala de 
equipamentos
Infraestrutura 
de entrada
Espaço 
do provedor
Sala de 
telecomunicações
Sala de 
telecomunicações
ER TR
Figura 79 
A figura a seguir mostra o layout de um espaço do provedor:
Portas
Interruptor 
de luz
Rack de 
gabinete
TGB (aterramento)
Luminárias
Tomada elétrica
Encaminhamentos 
da EF ou provedor
Encaminhamentos da sala de 
equipamento ou provedor
Suprimento ou 
retorno do ar
Prancha de 
madeira
$
Figura 80 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
7.2.4 Requisitos importantes nos espaços de telecomunicações
A partir de um apanhado geral das normas para espaços de telecomunicações, destacam-se alguns 
pontos primordiais de forma resumida para o perfeito funcionamento do sistema de cabeamento 
estruturado. São eles:
• Requisito 1 – segurança: as normas reforçam a importância da segurança física das instalações, 
de forma que o controle de acesso seja restrito a pessoal autorizado. Ainda nesse requisito, a 
norma prescreve a existência de um plano de segurança do edifício.
• Requisito 2 – localização: é preciso valorizar os locais onde os espaços serão implementados, 
destacando a possibilidade de expansão, facilidade de acesso, inclusive permitindo a locomoção 
com grandes e pesados equipamentos.
• Requisito 3 – altura: as normas especificam que a altura entre o piso acabado e o teto do 
espaço seja de pelo menos 2,4 metros, além do vão entre as lajes de pavimentos, que deve ser 
de pelo menos 3 metros.
• Requisito 4 – piso/parede/teto: devem ser tratados de forma a acumular o mínimo possível 
de poeira, além de ser claros e antiestéticos. Ainda nesse requisito, deve-se mencionar a 
importância de não haver infiltrações.
• Requisito 5 – climatização: os espaços de telecomunicações precisam ter um controle de 
temperatura e umidade, de forma a não prejudicar a operação dos dispositivos ativos de rede.
8 IMPLEMENTAÇÃO DO CABEAMENTO ESTRUTURADO
8.1 Testes e certificação do cabeamento estruturado
8.1.1 Testes do cabeamento de par metálico
Um sistema de cabeamento estruturado utiliza-se de diversas infraestruturas dos mais variados 
fabricantes, provocando a necessidade de se atribuir importância aos testes feitos em todos os 
subsistemas, seja ele horizontal ou de backbone. Os testes no cabeamento estruturado são conhecidos 
como “certificação”.
A certificação do cabeamento é um termo utilizado para os conjuntos de testes executados no 
cabeamento que visam assegurar garantia do sistema, sua completa aderência às normas e o desempenho 
esperado pela categoria a que o cabo se propõe.
Especificamente o cabo de par metálico deve ser certificado e aprovado quando obtiver sucesso nos 
testes a seguir:
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Unidade IV
• 1º teste: configuração de terminação (wiremap);
• 2º teste: comprimento;
• 3º teste: perda de inserção;
• 4º teste: diafonia;
• 5º teste: relação diafonia e atenuação;
• 6º teste: alien crosstalk;
• 7º teste: perda de retorno;
• 8º teste: atraso de propagação;
• 9º teste: delay skew.
8.1.2 Testes do cabeamento de par metálico: wiremap, comprimento e perda de inserção
O primeiro e mais fácil dos testes em cabos de pares balanceados é o wiremap, que verifica o mapa 
de fios, bem como a continuidade e a conectorização (terminação) dos pares metálicos nas tomadas de 
telecomunicações fio a fio.
A figura a seguir mostra as terminações no padrão T568A e T568B:
Par 3 Par 2Par 4 Par 4Par 1 Par 1
Par 2
T568A
Par 3
T568B
1 12 23 34 45 56 67 78 8
Figura 81 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A figura a seguir mostra a configuração de terminação dos pares nas tomadas de telecomunicações:
1
3
4
7
1
3
4
7
2
6
5
8
2
6
5
8
Figura 82 
 O wiremap tem o objetivo de verificar a existência ou não de:
• continuidade pino a pino: demonstra se os pares estão íntegros e sem quaisquer descontinuidades 
ou rompimentos;
• paresinvertidos: demonstra se há uma inversão acidental dos fios de um determinado par;
• pares transpostos: apresenta quaisquer transposições de pares nas terminações;
• condutores abertos: verifica se há algum condutor que está rompido;
• condutores ou pares em curto-circuito: verifica se há condutores ou pares que, acidentalmente 
decampados, estejam em curto-circuito;
• split-pair (pares divididos): verifica se um condutor de um par está invertido com o condutor 
de outro par.
O segundo teste a ser apresentado é o teste de comprimento, que verifica se o lance de cabos de 
pares metálicos atende às exigências da norma. O parâmetro comprimento é fortemente relacionado e 
dependente do parâmetro velocidade de propagação nominal.
O terceiro teste é conhecido por perda de inserção, ou popularmente chamado de teste de atenuação 
nos cabos. A atenuação representa o enfraquecimento da potência do sinal elétrico transportado no 
meio físico, devido às características resistivas do material condutor e da capacitância mútua entre os 
condutores e entre os condutores e a terra.
A perda de inserção é sempre medida em decibel, conhecido apenas por dB por unidade de 
comprimento, normalmente o metro. Os cálculos com dB envolvem o logaritmo da base 10 da 
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Unidade IV
relação entre a potência de saída (recebida) e a potência de entrada (transmitida) em um meio. 
A figura a seguir apresenta essa ideia:
Circuito ou canal
de transmissão
Entrada Saída
Sinal de 
entrada
Sinal de 
saída
Figura 83 
A fórmula a seguir é utilizada para calcular a atenuação:
A
pot ncia do al de entrada
pot ncia do al de entrada
=

10log
sin
sin
ê
ê

 dB
A fim de fornecer uma ideia das variações em dB, verifique a tabela a seguir:
Tabela 12 
Relação de potência dB
2 para 1 3
10 para 1 10
20 para 1 13
40 para 1 16
100 para 1 20
200 para 1 23
1.000 para 1 30
Fonte: Marin (2013, p. 91).
 Observação
As perdas de inserção não têm uma variação linear e proporcional ao 
lance de cabos. Isso porque existem outros fatores oriundos de componentes 
que contribuem para o enfraquecimento do sinal.
8.1.3 Testes do cabeamento de par metálico: diafonia
O quarto teste é a diafonia, também conhecida como crosstalk ou linha cruzada, que ocorre a 
partir dos mecanismos de acoplamento indutivo e capacitivo, limitando o desempenho do sistema 
de comunicação. A diafonia pode ser também compreendida como interferência eletromagnética 
propagada em diferentes pares de fios.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Os efeitos da diafonia são atenuados ou ampliados a partir dos seguintes fatores: bitola dos 
condutores, trancamento dos pares, existência ou não de blindagem e isolante utilizado. Portanto, para 
minimizar os seus efeitos, é possível tomar algumas ações, tais como:
• menor destrançamento possível dos pares ao conectorizá-los nas terminações;
• uso de cabos com blindagem individual e/ou geral;
• utilização exaustiva das normas vigentes de cabeamento estruturado.
A diafonia pode ser classificada, de forma geral, em dois modos: paradiafonia e telediafonia. A 
paradiafonia é conhecida pelo acrônimo NEXT (Near End Crosstalk), sendo medida no par interferido que 
está na mesma extremidade do par interferente (origem da interferência). A telediafonia é conhecida 
pelo acrônimo FEXT (Far End Crosstalk), sendo medida no par interferido na extremidade oposta ao par 
interferente (origem da interferência).
A figura a seguir apresenta as duas formas de diafonia:
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
FEXT
NEXT
Informação propagando-se pelo par do cabo
Figura 84 
 Observação
Os testes de NEXT e FEXT são semelhantes sob o ponto vista elétrico.
Existem duas metodologias de teste de NEXT e FEXT conhecidas: NEXT (ou FEXT) par a par e powersum 
NEXT (ou FEXT). 
A primeira é conhecida como NEXT par a par e é obtida a partir da influência dos pares uns 
nos outros de forma individual. A NEXT par a par foi a primeira metodologia utilizada em cabos 
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Unidade IV
de categoria 5, mostrando-se de grande eficiência no relato de interferências eletromagnéticas 
devido ao fato de utilizar apenas dois pares de fios no processo de comunicação. As combinações 
encontradas par a par são:
• P1  P2
• P1  P3
• P1  P4
• P2  P3
• P2  P4
• P3  P4
A figura a seguir mostra a interferência do par P1:
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
NEXT 1-2 FEXT 1-2
NEXT 1-3 FEXT 1-3
NEXT 1-4 FEXT 1-4
Sinal aplicado ao cabo
Figura 85 
A figura a seguir mostra a interferência do par P2:
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
NEXT 2-1
FEXT 2-1
NEXT 2-3 FEXT 2-3
NEXT 2-4 FEXT 2-4
Sinal aplicado ao cabo
Figura 86 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A figura a seguir mostra a interferência do par P3:
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
NEXT 3-1 FEXT 3-1
NEXT 3-2
FEXT 3-2
NEXT 3-4 FEXT 3-4
Sinal aplicado ao cabo
Figura 87 
A figura a seguir mostra a interferência do par P4:
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
NEXT 4-1 FEXT 4-1
NEXT 4-2
FEXT 4-2
NEXT 4-4
FEXT 4-4
Sinal aplicado ao cabo
Figura 88 
A segunda é conhecida como powersum NEXT, também chamada de PS-NEXT, que substituiu a NEXT 
par a par e é utilizada nas categorias superiores à categoria 5, contabilizando o efeito de todos os pares 
em um mesmo par. As combinações encontradas são as seguintes:
• P1  P2, P3, P4
• P2  P1, P3, P4
• P3  P1, P2, P4
• P4  P1, P2, P4
Para encontrar o PS-NEXT, os equipamentos encontram primeiro o NEXT par a par e somam os seus 
efeitos. A figura a seguir apresenta os efeitos do PS-NEXT no par 4:
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Unidade IV
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4 PS-FEXT, Par 4PS-NEXT, Par 4
Figura 89 
A figura a seguir apresenta os efeitos do PS-NEXT no par 1:
Par 1
PS-FEXT, Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
PS-NEXT, Par 1
Figura 90 
A figura a seguir apresenta os efeitos do PS-NEXT no par 2:
Par 1
PS-FEXT, Par 2
Par 2
Par 3
Par 4
PS-NEXT, Par 2
Figura 91 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A figura a seguir apresenta os efeitos do PS-NEXT no par 3:
Par 1
PS-FEXT, Par 3
Par 2
Par 3
Par 4
PS-NEXT, Par 3
Figura 92
8.1.4 Testes do cabeamento de par metálico: outros testes
O quinto teste utilizado em cabos de pares metálicos trata-se de uma relação entre a diafonia e a 
atenuação, estabelecendo um parâmetro para certificação que reporte influências conjuntas desses dois 
aspectos. Os dois métodos encontrados nesse teste são: ACRN (Attenuation to Crosstalk Ratio Near End) 
e o ACRF (Attenuation to Crosstalk Ratio Far End). 
Da mesma forma que ocorre com a diafonia, os testes de ACRN e ACRF também possuem as suas 
variações, podendo ser medidos par a par e powersum. Assim, temos:
• ACRN par a par: diferença entre a resposta de atenuação par a par em um lance de cabos com 
diferentesNEXT par a par.
• ACRF par a par: diferença entre a resposta de atenuação par a par em um lance de cabos com 
diferentes FEXT par a par.
• PS-ACRN: diferença entre a resposta de atenuação de cada par em um lance de cabos com 
diferentes combinações de PS-NEXT.
• PS-ACRF: diferença entre a resposta de atenuação de cada par em um lance de cabos com 
diferentes combinações de PS-NEXT.
O alien crosstalk é o sexto teste feito em sistemas de cabeamento estruturado utilizando pares 
metálicos. Esse teste tem o intuito de verificar a interferência dos pares de um cabo em pares de outros 
cabos ou feixes de cabos. Ele é de grande importância em redes que utilizam aplicações em gigabit 
ethernet ou 10 gigabit ethernet.
Da mesma forma que na diafonia, ACRN e ACRF, o alien crosstalk também pode ser medido par a par 
e em powersum, em suas variações NEXT e FEXT.
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Unidade IV
O sétimo teste a ser destacado é a perda de retorno, que representa a medida de todas as reflexões 
causadas por descasamento de impedância característica em um lance de cabos. O descasamento de 
impedância ocorre porque não há uma continuidade no canal (meio físico), que precisa ser conectorizado 
em distribuidores, conectores, dentre outros, causando as reflexões.
A perda de retorno, também conhecida como relação de onda estacionária, varia com a frequência 
do sinal. A unidade de medida da perda de retorno é o decibel (dB).
As normas ISO/IEC 11801 e NBR 14565 especificam valores para perda de retorno em cabeamento 
estruturado que podem ser vistos na tabela a seguir:
Tabela 13 
Escala de frequências Limite mínimo para perda de retorno
1 a 10 MHz 18 dB
10 a 16 MHz 15 dB
16 a 20 MHz 15 dB
20 a 100 MHz 10 dB
Fonte: ABNT (2013, p. 45).
A figura a seguir mostra como se dá uma perda de retorno:
Sinal transmitido
Sinal refletido por 
causa da conexão
Sinal atenuado devido 
à reflexão que segue 
rumo ao receptor
TX RX
Conector
Figura 93 
O oitavo teste é o atraso de propagação, como a medida de tempo utilizado por um sinal ao 
propagar-se no lance de cabo entre a origem e o destino. A medida de atraso está fortemente 
relacionada às características construtivas e elétricas do cabo, tais como resistência, indutância, 
capacitância e condutância.
O delay skew é o nono teste, também conhecido como desvio do atraso de propagação. Ele expressa 
a diferença no tempo entre atrasos de propagação de pares que têm maior velocidade e aqueles mais 
lentos em um cabo de par metálico.
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
A tabela a seguir apresenta os valores referenciais de atraso de propagação e de delay skew para 
cabos de categoria 5e e 6:
Tabela 14 
Frequência (MHz) Atraso de propagação máximo (ns/100 m)
Velocidade de 
propagação mínima (%)
Delay skew máximo 
(ns/100 m)
1 570 58,5 45
10 545 61,1 45
100 538 62 45
250 536 62,1 45
Fonte: Marin (2013, p. 91).
A figura a seguir apresenta o atraso de propagação e o desvio de atraso de propagação 
(delay skew):
Par 1
490 ns
505 ns
500 ns
510 ns
Par 2
Par 3
Par 4
Desvio de atraso de 
propagação = 20 ns 
(510 - 490)
Figura 94 
8.1.5 Testes de campo
O teste de campo é o trabalho de certificação propriamente dito em cabos de pares metálicos. Esses 
testes podem ocorrer das seguintes formas: enlace permanente e canal. 
No enlace permanente, são consideradas as partes fixas (permanentes) do sistema de cabeamento 
estruturado, ou seja, do patch panel do distribuidor de piso até a tomada de telecomunicações. 
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Unidade IV
A figura a seguir mostra esse modelo de testes:
Cabos e cordões Componentes de conexão Comprimento máximo
Cordão de teste T Distribuidor de piso FD
Cabo horizontal A Ponto de consolidação CP A + B = 90 m (máx.)
Cabo ou CP B Tomada de telecomunicações TO
Distribuidor de piso
(FD) Cabeamento 
horizontal TO
Área de trabalho 
(WA)
Equipamento 
teste
Equipamento 
teste
90 m (máximo)
Ponto de 
consolidação (CP)
A
T T
B
Figura 95 
 Observação
Para todo o enlace permanente, são permitidos no máximo 90 metros.
 Lembrete
Em um subsistema de cabeamento horizontal só pode existir um ponto 
de consolidação.
Para o teste de canal, são considerados os elementos permanentes e todos os cordões de manobra 
e patch cords.
A figura a seguir apresenta a configuração de teste de canal:
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Cabos e cordões Componentes de conexão Comprimento máximo
Cordão de equipamento A Distribuidor de piso FD
Patch cord B
Ponto de consolidação CP
C + D = 90 m (máx.)
Cabo horizontal C A + B + E = 10 m (máx.)
Cabo do CP (opcional) D
Tomada de telecomunicações TO
Cordão do usuário E
Distribuidor de piso Cabeamento 
horizontal
Área de trabalho 
(WA)Ponto de 
consolidação (CP)
100 m (máximo)
TO
C
A
E
B
D
Figura 96 
 Observação
Para o teste de canal, são permitidos até 100 metros, respeitando o 
tamanho de até 90 metros para o enlace permanente.
Encontram-se no mercado diversos equipamentos que efetuam os testes de certificação no 
cabeamento estruturado. De posse desses equipamentos, é importante observar alguns procedimentos 
relevantes para efetuar uma correta certificação. São eles:
• De posse do equipamento de testes, verificar se o software é o mais adequado e atualizado 
para uso.
• Seguir todas as recomendações do fabricante do equipamento, respeitando as configurações e 
conexões corretas.
• Efetuar sempre a calibragem, de acordo com as especificações e recomendações do fabricante.
• Configurar corretamente as opções de testes, a fim de atender às necessidades do usuário.
8.1.6 Testes do cabeamento óptico
Assim como ocorre com os cabos de pares metálicos, os cabos de fibra óptica precisam ser 
adequadamente testados, com o objetivo de garantir eficiência e eficácia no uso desse meio físico no 
sistema de cabeamento estruturado.
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Unidade IV
 Observação
Não utilizamos o termo certificação para cabos de fibras ópticas, e o 
motivo é muito simples; nas fibras ópticas não se comparam os resultados 
com padrões predeterminados.
Os dois parâmetros testados nas fibras ópticas são a atenuação e o comprimento. A atenuação, 
como primeiro parâmetro, é normalmente função do comprimento de onda do sinal de luz transmitido. 
O comprimento do enlace óptico, como parâmetro físico importante, influencia decisivamente o 
desempenho do sistema de cabeamento estruturado.
 Lembrete
A atenuação é o enfraquecimento da potência de um sinal transmitido 
ao longo de um meio físico.
A atenuação nas fibras ópticas pode se dar a partir de diversos fatores, tais como:
• absorção do sinal propagado no núcleo da fibra devido às impurezas do próprio núcleo;
• espalhamento (oposto à absorção), quando o sinal de luz atinge partículas presentes no núcleo 
e são refletidas e refratadas;
• qualidade das terminações e fusões ópticas.;
• raios de curvatura das fibras ópticas.
A tabela a seguir apresenta coeficientes de atenuação nas fibrasópticas:
Tabela 15 
Tipo de cabo óptico Comprimento de onda (nm)
Coeficiente de 
atenuação (dB/km)
Largura de banda modal 
(MHz.km)
Fibra multimodo 50/125 
micrômetros 850 3,5 500
Fibra multimodo 50/125 
micrômetros 1.300 1,5 500
Fibra multimodo 62,5/125 
micrômetros 850 3,5 160
Fibra multimodo 62,5/125 
micrômetros 1.300 1,5 500
Monomodo – cabos de 
uso interno 1.310 1,0 Não se aplica
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Monomodo – cabos de 
uso interno 1.550 1,0 Não se aplica
Monomodo – cabos de 
uso externo 1.310 0,5 Não se aplica
Monomodo – cabos de 
uso externo 1.550 0,5 Não se aplica
Fonte: Marin (2013, p. 109).
 Observação
A largura de banda modal, também conhecida como dispersão modal, é 
a especificação da largura de banda das fibras ópticas multimodo.
As medições dos testes nos segmentos de cabos de fibra óptica são feitas por um instrumento 
conhecimento pelo seu acrônimo OTDR (Optical Time Domain Reflectometer), que significa refletor 
óptico no domínio do tempo. O OTDR injeta pulsos de sinais luminosos no núcleo da fibra óptica para 
medir o seu comprimento utilizando o princípio da reflectometria no domínio no tempo. O pulso 
gerado pelo OTDR é transmitido para o destino e refletido de volta, possibilitando a verificação do 
cabeamento óptico.
Os OTDR conseguem localizar os pontos de falhas nos enlaces, porque cada vez que o pulso de 
luz encontra quaisquer emendas, acompladores e até descontinuidades, o sinal é refletido de volta 
para a origem.
Na medição de atenuação, é comum o uso de um método, descrito nas normas, chamado de jumper 
de referência. A figura a seguir ilustra esse modelo de teste:
Fonte
óptica
Jumper de teste 1 
(J1)
Power meter
Jumper de teste 2 
(J2)
Acoplador 
óptico
Acoplador 
óptico
Enlace óptico 
sob teste
Figura 97 
A atenuação total em sistemas de cabeamento estruturado que utilizam fibras ópticas é a somatória 
dos seguintes itens:
• atenuação das emendas;
• atenuação dos acopladores ópticos;
• atenuação do segmento de cabos.
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Unidade IV
As normas especificam valores de referência para atenuação máxima na emenda óptica em 0,3 dB. 
Para os acopladores ópticos, a atenuação máxima é de 0,75 dB.
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre testes no cabeamento estruturado, leia o 
capítulo 6 de:
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do 
projeto à instalação. 4. ed. São Paulo: Erica, 2013.
8.2 Práticas de instalação e gerenciamento do cabeamento estruturado
8.2.1 Projetos em cabeamento estruturado
Para uma boa prática de instalação, é necessário o estabelecimento de um projeto de cabeamento 
estruturado. Por isso, é preciso entender um pouco o que vem a ser um projeto.
Dinsmore e Barbosa (2009) afirmam que um projeto é como um empreendimento único temporário, 
ou seja, com início e fim determinados, utilizando recursos e conduzido por pessoas, com a finalidade de 
criar um produto ou serviço único.
Monteiro (2008) cita a definição de projeto dada pelo Conjunto de Conhecimento para Gestão 
de Projetos (PMBOK – Project Management Body of Knowledge): um empreendimento de caráter 
temporário com atividades relacionadas e executadas progressivamente para atingir uma meta definida, 
com um produto ou serviço único.
Rabechine Junior et al. (2002) citam que projeto é um processo único, consistindo de um grupo de 
atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, composto de pessoas dedicadas 
que visam atingir a um propósito ou objetivo específico.
Partindo das definições apontadas por esses autores, percebe-se pelo menos três características 
inerentes à definição de projeto. São elas:
• Temporal: essa característica denota a limitação de tempo inerente a um projeto, ou seja, ele 
tem “dia e hora” para iniciar e para acabar.
• Exclusividade: entregável, seja produto, seja serviço, produzido por um projeto é algo único, 
exclusivo, diferente de qualquer outro produto ou serviço já visto.
• Objetiva: um projeto sempre tem uma meta/objetivo definido.
Em um projeto de cabeamento estruturado, observamos essas três características, porque normalmente 
são estabelecidos prazos de início e fim de implantação dos sistemas e subsistemas. Também observamos que 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
os projetos de cabeamento não são iguais, cada um tem a sua particularidade. Sobre a característica objetivo, 
é possível entender que o projeto de cabeamento estruturado sempre tem uma meta a cumprir.
As realidades que envolvem os projetos de forma geral (não somente em cabeamento estruturado) 
envolvem pessoas, processos, ferramentas e práticas que sem as quais não é possível atingir os objetivos 
ligados a eles.
Os autores Marques Junior e Plonski (2011) afirmam que os projetos têm papel preponderante na 
estratégia organizacional, comportando-se como vetores de mudanças e inovações, trazendo vantagens 
competitivas para as empresas.
Dinsmore e Barbosa (2009) afirmam ainda que o ciclo de vida de um projeto é composto de fases, 
que são determinadas por características específicas e necessidades de cada projeto.
A quantidade de fases de um projeto depende da complexidade do projeto e da área, mas, de um 
modo geral, as fases são quatro: concepção e início do projeto; planejamento e organização do trabalho 
do projeto; execução do trabalho do projeto; encerramento e conclusão do projeto. 
A figura a seguir mostra as etapas do ciclo de vida de um projeto:
Concepção/
Iniciação
Planejemento
Execução
Conclusão
1
1
3
4
Figura 98 
A primeira etapa engloba a identificação de necessidades, problemas ou oportunidades que 
podem resultar em um projeto. A segunda etapa envolve o desenvolvimento e o planejamento 
da solução proposta para a necessidade e o problema outrora apresentados. A terceira etapa é a 
execução do projeto, ou seja, a implementação da solução proposta. A quarta etapa é a final, em 
que o projeto é encerrado.
Especificamente, a primeira etapa (iniciação) de um projeto de cabeamento estruturado ocorre 
a partir de informações importantes, oriundas do cliente e de sua engenharia, que podem e devem 
repassar as seguintes informações:
• Projeto de arquitetura do local onde o sistema de cabeamento estruturado será instalado, de 
forma a identificar os espaços de telecomunicações e as áreas de trabalho.
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• Projeto de distribuição elétrica, ar-condicionado, segurança, circuito fechado de TV, automação 
do edifício, dentre outros.
• Projeto de localidades apresentando requisitos e informações importantes sobre as áreas do 
edifício.
• Aplicações a serem implementadas no subsistema de cabeamento estruturado.
• Fator de crescimento da rede de computadores.
Após a coleta das informações prestadas pela engenharia e pelo usuário, executa-se uma visita de campo, 
a fim de confirmar os dados repassados anteriormente pela engenharia e pelo usuário. Esse trabalho contribui 
para o estabelecimento de um escopo de atividades e integra a etapa de planejamento do projeto.
É ainda na etapa planejamento que são mapeadas as premissas e as restrições do projeto de 
cabeamento estruturado. As premissas são suposições consideradasverdadeiras, certas e reais para 
propósitos de planejamento, afetando diversos aspectos do projeto. Elas precisam ser validadas e 
analisadas no intuito de descobrir os impactos que podem causar nos projetos, além de terem um 
profundo envolvimento com a gestão de riscos de um projeto. As restrições são fatores limitantes para 
a equipe de projeto e o gerente de projetos.
Na próxima etapa, chamada de execução, o cabeamento estruturado é implementado conforme 
definido no plano de gerenciamento de projetos, utilizando as melhores práticas de instalação dos 
subsistemas de cabeamento estruturado e espaço de telecomunicações e respeitando todas as normas. 
Ainda na fase de execução, é efetuada uma constante verificação do desempenho, estabelecendo os 
parâmetros de testes utilizados, bem como as certificações do cabeamento (caso sejam de pares metálicos).
Para a conclusão do projeto, são efetuadas todas as documentações do cabeamento estruturado 
e armazenadas todas as lições aprendidas nesse projeto, a fim de que projetos futuros não tenham os 
mesmos problemas.
Um projeto de cabeamento estruturado chega ao seu sucesso quando atende a pelo menos três 
condições fundamentais: tempo (execução dentro do prazo estipulado); custo (execução dentro do 
custo desenhado); escopo (com a qualidade planejada, de acordo com os requisitos de negócios e dentro 
das expectativas dos clientes).
Esses fatores de sucesso são descritos por meio da restrição tripla, representada por um triângulo 
que indica um perfeito equilíbrio entre três itens: prazo, custo e escopo.
Seja qual for a combinação das três restrições, sempre é preciso levar em consideração o adequado 
equilíbrio, no intuito de alcançar a satisfação do cliente dentro da qualidade almejada por ele.
Essas três restrições podem impactar os objetivos e o sucesso dos projetos, e também cada uma 
delas pode influenciar outras, uma vez que:
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• Diminuindo-se o prazo do projeto, haverá um aumento de custo ou uma redução do escopo.
• Diminuindo-se o custo, haverá um aumento do prazo ou redução no escopo.
• Aumentando-se o escopo, haverá um aumento de prazo ou aumento de custo do projeto.
A figura a seguir mostra a restrição tripla:
Qualidade
e satisfação 
do cliente
Prazo
Es
co
po Custo
Figura 99 
8.2.2 Metodologia para gerenciamento de projetos
Uma das metodologias mais utilizadas para gerenciamento de projetos é o PMBOK (Project 
Management Body of Knowledge). Ele foi elaborado pelo Project Management Institute (PMI) 
conjuntamente com diversos profissionais e especialistas filiados; há diversas versões e atualizações 
publicadas desde a sua primeira versão em 1996.
O PMBOK fornece vocabulário comum aos gerentes de projetos, assim como um guia de processos, 
ferramentas e técnicas que são extremamente úteis na condução dos projetos de uma organização.
O Guia PMBOK é o padrão para gerenciar a maioria dos projetos na 
maior parte das vezes em vários tipos de setores econômicos. Descreve os 
processos, ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos usados 
até a obtenção de um resultado bem-sucedido. Esse padrão é exclusivo ao 
campo de gerenciamento de projetos e tem relacionamento com outras 
disciplinas de gerenciamento de projetos, como gerenciamento de programas 
e gerenciamento de portfólios. Os padrões de gerenciamento de projetos 
não abordam todos os detalhes de todos os tópicos. Esse padrão limita-se a 
projetos individuais e aos processos de gerenciamento de projetos amplamente 
reconhecidos como boa prática (PMI, 2008, p. 14).
Segundo Fernandes e Abreu (2012), o método do PMBOK pode ser utilizado nos mais variados 
projetos possíveis, incluindo os de Tecnologia da Informação (TI).
A ênfase do modelo é sobre a gestão de projetos e não sobre a engenharia 
do produto resultante do projeto. Por exemplo, podemos utilizar o modelo 
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Unidade IV
para a gestão de projetos de software e sistemas, mas não para o processo 
metodológico do desenvolvimento do software. O PMBOK, para ser utilizado 
de forma consistente em uma organização de TI, necessita de adaptações 
em função dos tipos, portes e riscos dos projetos. Além do mais, deve ser 
estabelecido um processo de gerenciamento de projetos que interligue, 
de forma lógica e coerente, as boas práticas entre si. Adicionalmente, 
formulários específicos devem ser elaborados para o uso do processo. O 
modelo também pode ser aplicado em ferramentas de gerenciamento de 
projetos existentes no mercado, sendo que algumas ferramentas podem 
apoiar total ou parcialmente as boas práticas do modelo. Como toda 
inovação, a implantação do gerenciamento de projetos na organização 
também não é uma tarefa fácil. Necessita de forte comprometimento 
das lideranças da organização e dos executivos e gerentes (FERNANDES; 
ABREU, 2012, p. 365).
O PMBOK recomenda que os projetos sejam gerenciados em ciclos de vidas, que incluem um conjunto 
de processos que necessitam ser seguidos para a boa administração do projeto. Esses processos se 
dividem em cinco grandes grupos de gerenciamento de processos relacionados, que são:
• grupo de processos de iniciação;
• grupo de processos de planejamento;
• grupo de processos de execução;
• grupo de processos de monitoramento e controle;
• grupo de processos de encerramento.
O mapeamento dos grupos de processos do gerenciamento de projetos pode ser visto na figura a seguir:
Monitoramento 
e controle
Execução
Planejamento
EncerramentoIniciação
Figura 100 
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O grupo de processos de iniciação reúne os processos de definição de um novo projeto ou nova fase 
do projeto, incluindo as aprovações para comprometimento dos recursos organizacionais necessários ao 
início de um projeto ou de uma fase específica.
O grupo de processos de planejamento inclui os processos que estabelecem o escopo total do esforço, 
determinando um planejamento, bem como revisitando e refinando as metas e objetivos do projeto. 
Essa é uma das fases mais importantes de um ciclo de vida de gerenciamento de projetos
O grupo de processos de execução é composto de processos que concretizam os planos de 
projeto. Assegura, também, que a execução do processo permaneça sincronizada com os objetivos 
e as metas definidas.
O grupo de processos de monitoramento e controle efetua as avaliações de desempenho e as analisa, 
visando regular, rever e controlar o progresso do desempenho do projeto.
O grupo de processos de encerramento tem a responsabilidade de terminar formalmente 
e ordenadamente as atividades de uma fase ou do projeto propriamente dito. Em muitas 
situações, a esse grupo de processo é dispensada pouca atenção, o que prejudica o alinhamento 
final do projeto.
A progressão pelos grupos de processos do gerenciamento de projetos 
tem as mesmas características que a progressão pelas fases do projeto. 
Isto é, os custos são mais baixos durante os processos de iniciação, e 
poucos membros da equipe estão envolvidos. No grupo de processo de 
execução, o custo e o número de pessoas participantes aumentam e 
voltam a diminuir conforme o projeto se aproxima do encerramento. As 
chances de sucesso são mínimas durante a iniciação e muito grandes 
durante o encerramento. As chances de risco são maiores durante os 
processos de iniciação, planejamento e execução, mas o impacto dos 
riscos é maiordurante os últimos processos. As partes interessadas têm 
maior influência durante os processos de iniciação e planejamento e 
veem essa influência diminuir ao longo dos processos de execução, 
monitoramento e controle e encerramento (HELDMAN, 2009, p. 30).
Os processos dos grupos de processos interagem e se sobrepõem uns aos outros, de formas muitas 
vezes iterativas, devendo ser revisitados várias vezes ao longo do ciclo de vida. Esses processos produzem 
saídas que são entradas em outros processos, inclusive de grupos diferentes, conforme pode ser verificado 
na figura a seguir:
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Unidade IV
Iniciação
Planejamento
Execução
Monitoramento e 
controle
Encerramento
Figura 101 
Além dos grupos de processos, o modelo PMBOK é constituído por nove áreas de conhecimento 
em gerenciamento de projetos: gerenciamento da integração do projeto; gerenciamento do escopo do 
projeto; gerenciamento do tempo do projeto; gerenciamento dos custos do projeto; gerenciamento da 
qualidade do projeto; gerenciamento dos recursos humanos do projeto; gerenciamento das comunicações 
do projeto; gerenciamento dos riscos do projeto; gerenciamento das aquisições do projeto.
Do relacionamento entre as áreas de conhecimento e os grupos de processos, encontram-se os 
processos de gerenciamento de projetos, conforme visto a seguir:
• Área de conhecimento: gerenciamento da integração do projeto:
— Processo de iniciação: desenvolver o termo de abertura do projeto.
— Processo de planejamento: desenvolver o plano de gerenciamento do projeto.
— Processo de execução: orientar e gerenciar a execução do projeto.
— Processos de monitoramento e controle: monitorar e controlar o trabalho do projeto; realizar 
o controle integrado do projeto.
— Processo de encerramento: encerrar o projeto ou fase.
• Área de conhecimento: gerenciamento do escopo do projeto:
— Processos de planejamento: coletar requisito; definir escopo; criar EAP.
— Processos de monitoramento e controle: verificar escopo; controlar escopo.
• Área de conhecimento: gerenciamento do tempo do projeto:
— Processos de planejamento: definir atividades; sequenciar atividades; estimar os recursos das 
atividades; estimar a duração das atividades; desenvolver o cronograma. 
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— Processo de monitoramento e controle: controlar o cronograma.
• Área de conhecimento: gerenciamento dos custos do projeto:
— Processos de planejamento: estimar os custos; determinar o orçamento.
— Processo de monitoramento e controle: controlar os custos.
• Área de conhecimento: gerenciamento da qualidade do projeto:
— Processo de planejamento: planejar a qualidade.
— Processo de execução: realizar a garantia da qualidade.
— Processo de monitoramento e controle: realizar o controle da qualidade
• Área de conhecimento: gerenciamento de recursos humanos do projeto:
— Processo de planejamento: desenvolver o plano de recursos humanos.
— Processos de execução: mobilizar a equipe do projeto; desenvolver a equipe do projeto; 
gerenciar a equipe do projeto.
• Área de conhecimento: gerenciamento das comunicações do projeto:
— Processo de iniciação: identificar as partes interessadas.
— Processo de planejamento: planejar as comunicações.
— Processos de execução: distribuir informações; gerenciar as expectativas das partes interessadas.
— Processos de monitoramento e controle: reportar o desempenho.
• Área de conhecimento: gerenciamento dos riscos do projeto:
— Processos de planejamento: planejar o gerenciamento de riscos; identificar os riscos; 
realizar a análise qualitativa dos riscos; realizar a análise quantitativa dos riscos; planejar 
a resposta aos riscos.
— Processo de monitoramento e controle: monitorar e controlar os riscos.
• Área de conhecimento: gerenciamento de aquisições do projeto:
— Processo de planejamento: planejar as aquisições.
— Processo de execução: conduzir as aquisições.
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Unidade IV
— Processo de monitoramento e controle: administrar as aquisições.
— Processo de encerramento: encerrar as aquisições.
8.2.3 Práticas de instalação do cabeamento estruturado com pares trançados
Com o objetivo de garantir o desempenho dos sistemas de cabeamento estruturado, várias 
especificações de práticas de instalação dos subsistemas são aconselhadas na etapa de execução do 
projeto. Essas práticas mencionam desde o uso do ferramental adequado até a forma de utilização e 
implementação do cabeamento propriamente dito.
Recomenda-se na instalação do cabeamento estruturado a observação dos seguintes itens:
• observar a utilização dos forros falsos e dos pisos elevados;
• verificar os problemas de compatibilidade e interferência eletromagnética que podem surgir no 
encaminhamento inadequado dos cabos em infraestrutura compartilhada com a rede elétrica;
• efetuar de forma adequada os processos de testes e certificação do cabeamento estruturado 
antes da entrega do produto final ao cliente;
• garantir a inexistência de tradicionais problemas envolvendo o cabeamento de cobre e/ou 
óptico, tais como: cabos com capas danificada; curvaturas excessivas; cabos estrangulados por 
amarras e abraçadeiras; caixas de superfície soltas.
Na instalação do cabeamento de cobre, as normas recomendam envolver pouca tensão nas cintas 
que organizam os cabos e desencorajam o uso de abraçadeiras plásticas, apresentando as fitas de velcro 
como opção.
Outro importante detalhe, ainda no cabeamento de par metálico, é o raio de curvatura. Este é um 
dos parâmetros mais críticos na instalação do cabeamento. A tabela a seguir apresenta a recomendação 
de raios mínimos de curvatura:
Tabela 16 
Tipo de cabo Raio mínimo de curvatura (em repouso e instalado)
U/UTP 4 pares 4x o diâmetro externo
F/UTP e S/FTP 4 pares 8x o diâmetro externo
U/UTP multipares 10x o diâmetro externo
U/UTP patch cord 6 mm
F/UTP e S/FTP patch cord 50 mm
Fonte: Marin (2013, p. 71).
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 Observação
Caso o segmento de cabo seja dobrado além de suas especificações, seu 
desempenho ficará comprometido.
As imagens a seguir apresentam raios de curvatura corretamente estabelecidos em um sistema de 
cabeamento estruturado:
Figura 102 
Sobre a tensão máxima de tração no puxamento dos cabos, os fabricantes e as normas apontam as 
suas especificações, mas essa não é uma grande preocupação. A recomendação é sempre a utilização do 
bom senso no emprego da força para puxar cabos.
O destrançamento é mais um critério que precisa ser observado para que o balanceamento elétrico 
não seja afetado. Para cabos de categoria 3, recomenda-se o destrançamento na terminação no valor de 
75 mm. Para os cabos de categoria 5e e superiores, a recomendação é destrançar 13 mm.
O cabo precisa ser decapado corretamente, bem como crimpado de forma adequada, com o 
ferramental recomendado para as atividades que envolvem o cabeamento estruturado. A figura seguir 
apresenta algumas dessas ferramentas:
Figura 103 
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As normas também recomendam sobras de cabos tantona área de trabalho (30 cm) quanto nos 
espaços de telecomunicações (3 metros). Essas sobras são destinadas a manutenções necessárias no 
sistema de cabeamento estruturado.
Sobre a construção de patch cords, as normas não recomendam sua construção pelo instalador. Não 
obstante, há uma prática de mercado em que se autoriza esse procedimento quando todos os recursos 
utilizados procedem do mesmo fabricante.
A qualidade das conexões é de grande importância para um sistema de cabeamento estruturado 
de qualidade. Por isso, é fundamental que as ferramentas de inserção/conectorização (punch down e 
alicate de crimpar) estejam em perfeito estado de uso. A figura a seguir ilustra essas ferramentas:
Figura 104 
8.2.4 Práticas de instalação do cabeamento estruturado com fibras ópticas
Para a instalação de cabeamento estruturado envolvendo cabos e conectores ópticos, é importante 
considerar que as fibras são instaladas aos pares (TX e RX), considerando sempre a ordem direta de 
conexões, em ambas as extremidades. A figura a seguir apresenta essa ideia:
B
A
A
B
B
A
A
B
B
A
A
B
Acopladores 
B para A
Acopladores 
A para B
Numeração 
consecutiva
Numeração 
consecutiva
Legenda
Vista frontal Vista frontalConexão (vista lateral)
Distribuidor de edifício
Conexão (vista lateral)
Distribuidor de piso
Conector SC simplex Posição A Fibras pares
Acoplador 568SC Posição B Fibras ímpares
1 1
2 2
3 3
4 4
N. ímpar N. par
N. par N. ímpar
Figura 105 
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A instalação pode ser feita dessa maneira porque os acopladores ópticos são instalados na ordem 
inversa, conforme visto na figura anterior.
Os raios de curvatura nas fibras ópticas são ainda mais críticos. A tabela a seguir apresenta as 
particularidades de raio de curvatura nas fibras ópticas:
Tabela 17 
Subsistema de 
cabeamento
Número de fibras 
no cabo
Raio mínimo de 
curvatura em 
repouso (cm)
Raio mínimo de 
curvatura durante a 
instalação (cm)
Backbone de edifício Até 12 10,5 7,0
Backbone de edifício Até 24 15,5 10,5
Backbone de edifício Até 84 22,5 15,0
Backbone de campus Até 48 26,5 17,5
Backbone de campus Até 72 30,5 20,5
Backbone de campus Acima de 200 29,5 19,0
Horizontal 2 6,5 4,5
Horizontal 4 7,2 4,8
Fonte: Marin (2013, p. 76).
Na implementação do cabeamento estruturado utilizando fibras ópticas, é necessária, em muitas 
situações, a execução de emendas usando a técnica de fusão. Para compreender bem esse processo, 
é bom recordar e aprofundar a construção de um cabo óptico. A figura a seguir resgata o conceito 
construtivo e apresenta um pouco mais de detalhes:
Acrilato
Buffer
Capa
Kevlar
Fibra
Figura 106 
Para executar esse processo, é necessária uma máquina de fusão de fibras ópticas de alta precisão, 
que efetua a fusão em dois passos: alinhamento dos núcleos das fibras ópticas e geração do arco 
voltaico capaz de fundir as fibras e soldá-las umas às outras.
As etapas a seguir precisam ser cumpridas no processo de fusão:
• Etapa 1: decapagem do cabo óptico: deve-se remover um metro da capa do cabo.
• Etapa 2: remoção de resíduos: deve-se remover todos os resíduos da fibra decapada, além de 
retirar toda poeira, a fim de garantir que a fusão tenha alto grau de qualidade.
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Unidade IV
• Etapa 3: remoção do buffer: deve-se remover 10 cm do buffer de cada fibra, individualmente, 
e proceder com uma limpeza.
• Etapa 4: remoção da cobertura da fibra: deve-se remover 5 cm da cobertura da fibra óptica.
• Etapa 5: inserção do tubete: deve-se inserir um tubete com uma barra de reforço da fusão para 
que ele cubra a emenda após a fusão. Esse tubete é um material termorretrátil que se molda à 
fusão sob aquecimento. A barra metálica confere uma resistência maior à emenda. A figura a 
seguir apresenta o tubete:
Tubete de proteção Fibra óptica
Fibra óptica
Emenda por fusão
Barra de reforço da fusão
a) Detalhe da instalação do tubete sobre 
a emenda para proteção mecânica
a) Exemplo de um tubete para 
proteção de emenda óptica
Figura 107 
• Etapa 6: clivagem e limpeza da fibra: a fibra é clivada e limpada com um pano embebido de 
álcool isopropílico e colocada na máquina de fusão.
• Etapa 7: fusão: as fibras são colocadas, juntamente com o tubete e sua barra de reforço, na 
máquina de fusão, que efetua a emenda óptica.
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre o processo de fusão das fibras ópticas, leia o 
capítulo 5 de:
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do 
projeto à instalação. 4. ed. São Paulo: Erica, 2013.
8.2.5 Encaminhamento de cabos
As normas ANSI/TIA-569-C e ISO/IEC 18010 mencionam as recomendações necessárias ao 
encaminhamento de cabos em edifícios comerciais, determinando a infraestrutura de calhas, canaletas, 
dutos, dentre outros.
A figura a seguir mostra uma série de materiais utilizados no encaminhamento de cabos:
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
Figura 108 
As normas indicam que os cabos precisam ser encaminhados em compartimentos somente a eles 
dedicados, ou seja, sem quaisquer tipos de compartilhamentos. Os caminhos trilhados pelos cabos 
devem estar adequados às características do ambiente, respeitando as proibições das normas.
Para a capacidade dos caminhos, é necessário observar as seguintes recomendações:
• Suportes tipo gancho ou anel devem ter a sua capacidade limitada para não gerar deformações 
geométricas nos cabos. A figura a seguir mostra esse tipo de suporte:
Figura 109 
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Unidade IV
• Ocupação de apenas 50% da capacidade das eletrocalhas. A figura a seguir mostra 
essa eletrocalha:
Figura 110 
• Ocupação inicial de canaletas aparentes e de mobiliários em torno de 40% e com ocupação 
final de 60%:
Figura 111 
• Para eletrodutos fechados, a ocupação inicial será de 30% e a ocupação final de 50%, 
observando o que dizem as normas e o que está descrito na tabela a seguir:
Tabela 18 
Diâmetro do 
eletroduto 
em mm
Número máximo de cabos baseado na ocupação de 30%
Diâmetro externo do cabo (mm)
3,3 4,5 5,6 6,1 7,4 7,9 9,4 13,5
16 (½ ) 1 1 0 0 0 0 0 0
21 ( ¾ ) 6 5 4 3 2 2 1 0
27 (1) 8 8 7 6 3 3 2 1
41 (1 ½ ) 20 18 16 15 7 6 4 2
53 (2) 30 26 22 20 14 12 7 4
63 (2 ½ ) 45 40 36 30 17 14 12 7
78 (3) 70 60 50 40 20 20 17 7
103 (4) 30 14
Fonte: Marin (2013, p. 85).
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
8.2.6 Administração do cabeamento estruturado
O objetivo principal da administração do cabeamento estruturado é fazer com que a organização de 
todos os subsistemas e espaços de telecomunicações sejam conservados, tenham uma longa vida útil e 
obedeçam sempre a padrões e normas nacionais e internacionais.
É possível utilizar uma série de boas práticas de gestão de infraestrutura de Tecnologia da Informação. 
Não obstante, o cabeamento estruturado é dotado de algumas particularidades que precisam ser 
consideradas para uma adequada gestão desse recurso.
Dentre essas considerações, convém destacar:
• utilização de identificaçõesdos componentes do sistema de cabeamento estruturado, sejam 
subsistemas, sejam espaços de telecomunicações;
• construção de registros e relatórios dos seus elementos;
• adoção de um plano de conservação dos ambientes de telecomunicações;
• estabelecimento de um plano de manutenção preventiva nos subsistemas de cabeamento 
estruturado;
• especificação gráfica do sistema, envolvendo simbologias e topologias;
• plano de verificação das questões de cabeamento estruturado relacionadas às instalações elétricas.
As administrações do cabeamento estruturado, bem como as suas especificações, reconhecem 
quatro classes de gerenciamento com as suas particularidades. São elas: classe I; classe II; 
classe III; classe IV.
A classe I é caracterizada por ter espaços atendidos por uma única sala de equipamentos e não há 
sala de telecomunicações, cabeamento de backbone ou sistemas de cabeamento de planta externa. 
Devido à simplicidade da infraestrutura gerenciada, os encaminhamentos não precisam integrar o 
sistema de gerenciamento.
A classe II é caracterizada por ter um único edifício com várias salas de telecomunicações, e os 
encaminhamentos não fazem parte do sistema de gerenciamento do cabeamento estruturado.
A classe III é caracterizada por ter uma infraestrutura de campus dotada de uma planta externa 
de cabeamento.
A classe IV é caracterizada por ter uma infraestrutura com vários campi em um único sistema 
de gerenciamento.
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Unidade IV
A tabela a seguir resume as identificações que precisam existir em cada classe de gerenciamento:
Tabela 19 
Identificação Classe I Classe II Classe III Classe IV
Identificador dos espaços de 
telecomunicações X X X X
Identificadores de enlaces horizontais X X X X
Identificador do barramento 
de aterramento principal de 
telecomunicações
X X X X
Identificador do barramento de 
aterramento de telecomunicações X X X X
Identificador do cabo de backbone 
de edifício X X X
Identificador dos pares ou fibras ópticas 
do backbone de edifício X X X
Identificador do sistema de proteção 
contra incêndio X X X
Identificador dos edifícios X X
Identificador dos cabos de backbone 
de campus X X
Identificador dos pares ou fibras ópticas 
do backbone de campus X X
Identificador do campus ou localidade 
do edifício X
Fonte: Lima Filho (2014, p. 154).
 Resumo
Esta unidade teve como foco os espaços em sistemas de cabeamento 
estruturado e a implementação do cabeamento estruturado, envolvendo 
métodos e técnicas de instalação e gerenciamento.
Foram estudados os principais espaços em sistemas de 
cabeamento estruturado, que são as áreas de trabalho e os espaços 
de telecomunicações. Os espaços de telecomunicações encontrados 
nas organizações são: sala de telecomunicações, sala de equipamentos 
e infraestrutura de entrada. Também foram mencionadas as suas 
especificações, requisitos e diversas recomendações feitas pelas normas 
vigentes para sistemas de cabeamento estruturado.
A partir da implementação do cabeamento estruturado, foram 
analisados os testes mais utilizados nos cabos de pares metálicos e de fibra 
óptica. Ainda, discutiu-se a prática de gestão de projetos em cabeamento 
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
estruturado, mostrando um pouco da metodologia em gestão de projetos 
de uma forma geral.
Para finalizar, contemplaram-se as práticas de instalação propriamente 
dita e houve uma abordagem sobre a administração dos sistemas de 
cabeamento estruturado.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 13.
Figura 2
GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 16.
Figura 3
GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017. p. 12.
Figura 4
GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 21.
Figura 5
GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 50.
Figura 6
FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente contínua e eletromagnetismo. 7. ed. São Paulo: 
McGraw-Hill, 2013. V. 1. p. 54.
Figura 7
FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente contínua e eletromagnetismo. 7. ed. São Paulo: 
McGraw-Hill, 2013. V. 1. p. 54.
Figura 8
FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente contínua e eletromagnetismo. 7. ed. São Paulo: 
McGraw-Hill, 2013. V. 1. p. 57.
Figura 9
SOUZA, L. B. Redes de computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2011. Adaptada.
Figura 10
SOUZA, L. B. Redes de computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2011. Adaptada.
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Figura 11
SOUZA, L. B. Redes de computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2011. Adaptada.
Figura 12
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro: Person Prentice Hall, 
2011. p. 62.
Figura 13
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro: Person Prentice Hall, 
2011. p. 63.
Figura 14
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro: Person Prentice Hall, 
2011. p. 64.
Figura 15
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São 
Paulo: Erica, 2013. p. 179.
Figura 16
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São 
Paulo: Erica, 2013. p. 179.
Figura 17
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São 
Paulo: Erica, 2013. p. 185.
Figura 18
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São 
Paulo: Erica, 2013. p. 175.
Figura 19
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São 
Paulo: Erica, 2013. p. 186.
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Figura 20
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São 
Paulo: Erica, 2013. p. 187.
Figura 21
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São 
Paulo: Erica, 2013. p. 191.
Figura 22
TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 370.
Figura 23
SHIMONSKI, R. J.; STEINER R.; SHEEDY, S. Cabeamento de rede. Rio de Janeiro: LTC, 2014. p. 91.
Figura 24
SHIMONSKI, R. J.; STEINER R.; SHEEDY, S. Cabeamento de rede. Rio de Janeiro: LTC, 2014. p. 92.
Figura 25
SHIMONSKI, R. J.; STEINER R.; SHEEDY, S. Cabeamento de rede. Rio de Janeiro: LTC, 2014. p. 95.
Figura 26
SHIMONSKI, R. J.; STEINER R.; SHEEDY, S. Cabeamento de rede. Rio de Janeiro: LTC, 2014. p. 95
Figura 27
TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 372.
Figura 28
TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 373.
Figura 29
TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 374.
Figura 30
SOUZA, L. B. Redes de computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2011. Adaptada.

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