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Sistema de produção litoral

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ANÁLISE TÉCNICA E ECONÔMICA COMPARATIVA DE SISTEMAS 
DE PRODUÇÃO E DE SUAS PRINCIPAIS ATIVIDADES 
- NO LITORAL SUL CATARINENSE (UPR 8) 
 
- 2004/05 – 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
 1 
 
- 
- ANÁLISE TÉCNICA E ECONÔMICA COMPARATIVA DE SISTEMAS DE 
PRODUÇÃO E DE SUAS PRINCIPAIS ATIVIDADES 
NO LITORAL SUL CATARINENSE (UPR 8) 
 
Luis Augusto Araújo1 
Luiz Carlos de Pellegrin2 
Roberto Francisco Longhi3 
Vamilson Prudêncio da Silva Jr4 
 
 
 
Resumo 
 
A região do Sul do Estado de Santa Catarina, caracteristicamente oferece razoável mix 
de alternativas agropecuárias competindo por recursos. Realizou-se uma análise 
comparativa dos resultados de desempenho técnico-econômico de um grupo de 40 
propriedades da região de Tubarão e Criciúma referente ao ano agrícola 2004/05, 
tanto para os sistemas de produção como para suas principais atividades. O 
processamento dos dados técnico-econômicos foi realizado através do software 
Contagri. O estudo realizado permitiu constatar a existência de diferenças significativas 
na performance dos indicadores técnicos e econômicos dos sistemas de produção 
acompanhados . 
 
Conclui-se que as informações deste estudo poderão ser úteis aos produtores rurais e 
aos técnicos, contribuindo para a melhoria nas análises das referências produzidas e 
na divulgação das recomendações ao público alvo. 
 
 
 
1 Introdução 
 
A Região Sul do Estado de Santa Catarina, caracteristicamente oferece um razoável 
mix de alternativas potenciais, competindo por recursos. Dispondo-se de padrões de 
desempenho técnico-econômico das atividades potenciais da região e de informações 
da disponibilidade individual de recursos das propriedades agrícolas no exercício da 
assistência técnica e/ou consultoria, poder-se-á avaliar e propor decisões que 
promovam ganhos de utilidade para o produtor e sua família. 
 
O objetivo deste documento é apresentar o desempenho técnico-econômico dos 
sistemas de produção Bovino de Leite, Arroz Irrigado, Fumo Estufa e Banana, obtidos a 
partir de 40 propriedades localizadas na região de Criciúma e de Tubarão, referentes 
ao ano agrícola 2004/05. 
 
 Pretende-se analisar suas características essenciais e diferenciadoras, tais como, as 
relacionadas ao tamanho e escala de produção, disponibilidade e organização dos 
recursos produtivos, nível tecnológico e orientação técnico-econômica. 
 
 
1 Eng. Agr., M.Sc, Epagri/Gerência Regional de Tubarão, (48) 3626-0577, e-mail: laraujo@epagri.rct-sc.br. 
2 Eng. Agr., especialização, Epagri/Gerência Regional de Criciúma,(48)3433-9944, e-mail: pelegrin@epagri.rct-sc.br. 
3 Eng.Agr., especialização Epagri/Escritório municipal de Içara (48) 3432-3277, e-mail: longhi@epagri.rct-sc.br. 
4 Eng. Agr., M.Sc., Epagri/GTE, fone: (48) 3239-5679, e-mail: vamilson@epagri.rct-sc.br. 
 2
 
Também apresenta-se resultados das análises das principais atividades envolvidas 
nesses sistemas de produção. 
Além disso, apresentam-se os coeficientes técnicos de mão-de-obra e de máquinas 
para a atividade bovino de leite, arroz irrigado e banana na Região Sul Catarinense. 
 
Os dados e informações apresentados neste documento poderão ser úteis para 
diagnosticar e planejar as propriedades agrícolas, elaborar projetos de crédito rural, 
estudar a situação do meio rural, avaliar o impacto da introdução de inovações 
tecnológicas e também para planejar e avaliar o impacto de políticas agrícolas. 
 
Observe-se ainda que a definição e a caracterização dos sistemas de produção podem 
constituir-se numa das primeiras etapas na busca pela otimização no uso dos recursos 
privados e públicos. 
 
2 Metodologia 
 
O trabalho tratará de análise de Sistemas de produção e de atividades agrícolas. Cabe 
definir claramente o que significam. 
 
Atividade pode ser definida como um setor da empresa agrícola que se caracteriza pela 
natureza dos bens e serviços que desenvolve e no qual se consegue medir a 
contribuição que faz para a formação da Renda Bruta Total. As atividades da empresa 
agrícola podem ser descritas de forma simples, como: feijão, arroz, milho, suínos, etc; 
podem também ser decompostas, como suínos ciclo completo, suínos produção de 
leitões etc. 
 
Já o Sistema de Produção é a combinação de atividades e de fatores de produção 
praticados por uma propriedade agrícola. Também pode ser definido como o conjunto 
de atividades agrícolas à que uma propriedade se dedica. Ainda que um sistema de 
produção possa ser composto de uma única atividade, os indicadores (lucro, margem 
bruta, etc) do sistema e da atividade dificilmente serão iguais. 
 
O acompanhamento das propriedades foi desenvolvido por meio da formação de 
grupos homogêneos, no tocante a solo, clima, mercado, sistemas de produção e 
tamanho da superfície útil, embora para alguns sistemas trabalhou-se com estudos de 
caso. O acompanhamento e assistência às propriedades foram realizados por meio de 
visitas, reuniões, dias de campo, excursões, seminários, e treinamentos, sendo que 
para o processamento dos dados técnico-econômicos utilizou-se o software Contagri. 
Para atingir os objetivos propostos neste documento, utilizou-se a metodologia de 
análise comparativa entre as propriedades participantes do grupo. As propriedades que 
apresentaram os melhores indicadores de desempenho (top 25% ou grupo de cabeça) 
serão utilizadas como referências ou para a geração de benchmarks. 
 
Os índices produtivos e econômicos foram comparados por meio de análises 
descritivas, utilizando a planilha eletrônica MS Excel, e agrupados em tabelas, 
objetivando uma melhor comparação, discussão e apresentação dos resultados. 
 
A seguir são apresentados os resultados técnico-econômicos dos sistemas de 
produção e das principais atividades extraído da rede do contábil de produtores do 
Litoral Sul Catarinense, que utilizou o software Contagri. 
 
 
 3
 
3 Resultados e discussão 
 
Inicialmente são apresentados os indicadores técnico-econômicos para cada um dos 
sistemas de produção divididos em três partes: indicadores de uso dos fatores de 
produção, indicadores técnicos e indicadores econômicos. 
 
Na seqüência são apresentados os indicadores técnico-econômicos das principais 
atividades do sistema, por hectare (ha), superfície forrageira principal (SFP) e por 
unidade de vaca (matriz). 
 
Finalmente, apresentam-se informações sobre coeficientes de mão-de-obra e 
mecanização para a atividade bovino de leite, arroz irrigado e banana na Região Sul 
Catarinense. 
 
3.1 Indicadores técnico-econômicos dos principais sistemas de produção 
 
3.1.1 Sistema bovino de leite da região de Tubarão 
 
O sistema de produção de leite típico da região de Tubarão tende para animais da raça 
Jersey, atividade para a qual está havendo um aumento na especialização, 
principalmente pela inseminação artificial. No entanto, existem no grupo propriedades 
que trabalham com a raça Holandesa. 
 
A Tabela 1 mostra o uso dos fatores de produção deste sistema. 
 
Tabela 1 - Indicadores do uso dos fatores de produção - terra, mão-de-obra e capital 
no sistema bovino de leite na região de Tubarão. Ano Agrícola 2004-2005 
Indicador Unidade Cabeça1 % Média2 % 
Superfície Agrícola Útil (SAU) ha 15,10 100,00 17,36 100,00
 Pastagem perene de verão ha 7,30 48,60 5,76 33,20
 Milho forrageiro (pasto) ha 3,00 19,90 2,13 12,30
 Reflorestamento ha 2,10 13,90 2,75 15,80
 Sorgo forrageiro ha 1,33 8,81 0,31 1,80
 Pastagem nativa ha 1,00 6,63 4,05 23,30
 Milheto (pasto) ha 0,20 1,52 0,05 0,30
 Outras culturas ha 0,10 0,66 2,31 13,30
Área Adicional com Pastagens3 ha 10,00 5,30 
Área Adicional Total ha 10,00 5,70 
Área Total com Pastagens ha 22,90 18,00 
SAU/Área Total(%) % 53,40 60,10 
Unidade Trabalho Homem (UTH) –
Familiar UTH 1,90 2,21 
Unidade Trabalho Homem (UTH) –
Total UTH 2,04 2,30 
Unidade de Tração (UT) HP 
Capital Total4 R$/ha 
SAU 12.737,00 100,00 8.513,00 100,00
(1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período 
analisado (2004-05). Estes valores servem de referência para outras propriedades cujo desempenho técnico-econômico seja 
inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Média das propriedades acompanhadas que fazem parte do grupo no período analisado. 
(3) Área adiciona - é uma área que é ocupada com uma cultura ou pastagem após ou antes uma outra cultura ou pastagem, esta 
considerada como principal, dentro de um mesmo ano agrícola. 
(4) Valores nominais do período de 2004/2005. 
 4
 
 
Quanto ao uso da área, a representação do sistema de produção bovino de leite, em 
percentual da superfície agrícola útil, por período do ano agrícola, pode ser observada 
na Figura 1. No eixo vertical tem-se o percentual de ocupação das atividades do 
sistema de produção do total da superfície agrícola útil, enquanto que no eixo 
horizontal está o período de tempo permitindo-se observar a sazonalidade da 
produção. 
 
 100 
Pasto perene verão 
Pasto nativo 
 
Milho forrageiro 
Pastagem de inverno 
 Sorgo forrageiro 
 Milheto 
 
Reflorestamento, subsistência + outras 
Jul. Set. Nov. Jan. Mar. Maio 
P
er
ce
nt
ua
l 
0 
M 
 
 Figura 1 - Uso da superfície agríc
sistema bovino de leite do grupo de
 
Quanto ao uso da mão-de-obra ca
presença física de mão-de-obra 
Considera-se que 1,0 UTH correspo
 
Os indicadores técnicos do siste
Tabela 3. Percebe-se que a contrib
renda bruta do sistema é de 100% p
propriedades acompanhadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ês
ola útil (SAU) de acordo com o período do ano no 
 cabeça (25% top) da região de Tubarão 
be mencionar que as 25% top (cabeça) têm uma 
1,9 UTH e para a média do grupo 2,21UTH. 
nde a 300 dias/homem. 
ma estão na Tabela 2 e os econômicos na 
uição da atividade bovino de leite na formação da 
ara o grupo de cabeça e de 83% para a média das 
5
 
Tabela 2 – Indicadores técnicos do sistema bovino de leite no Litoral Sul Catarinense 
– Tubarão - (UPR8). Levantamento realizado no período 2004/05 
Indicador Unidade Cabeça Média1 
Dimensão das atividades animais 
Bovino de leite 
 - Superfície Forrageira Principal 
(SFP)2 
ha 12,90 12,70
 - Número de vacas cabeça 41,30 25,98
Rendimento das principais atividades 
Bovino de leite 
 - Por ha de SFP2 litro/ano 13.435 7.763
 - Por vaca litro/ano 4.193 3.789
Preço de venda3 
Leite R$/litro 0,53 0,51
(1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período analisado 
(2004/05). Estes valores servem de referência (ou norma, padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Compreende as pastagens perenes e os pastos que sejam considerados como atividades principais. 
(3) Valor nominal médio em real no período 2004/05. 
 
A Figura 2 mostra uma vista parcial de duas propriedades integrantes do grupo de 
cabeça, com destaque para área de superfície forrageira principal. 
 
 
 
Figura 2 – Vista parcial da superfície forrageira de duas propriedades integrantes do grupo de cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
 
Tabela 3 – Indicadores econômicos do sistema bovino de leite no Litoral Sul 
Catarinense – Tubarão - (UPR8). Levantamento realizado no período 2004/05 
Indicador Unidade Cabeça1 Média2 
Renda Bruta Total (RBT) R$/ha Sau 9.929,00 5.055,00
Composição da RBT 
Bovinos de leite % 100,00 83,00
Outros % - 17,00
Custo Variável R$/ha Sau 2.679,00 1.730,00
Custo Fixo R$/ha Sau 1.708,00 1.245,00
Margem Bruta R$/ha Sau 7.251,00 3.325,00
Lucro R$/ha Sau 5.543,00 2080,00
Renda da Operação Agrícola R$/ha Sau 6.626,00 2.953,00
Remuneração mão-de-obra familiar R$/UTH/mês 3.584,00 1.477,00
Remuneração do capital próprio % 50,00 30,00
 (1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico ( 5% melhores) no período analisado 
(2004/05). Estes valores servem de referência (norma, padrão) para outras propriedades, cujo desempenho técnico-econômico 
seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
 (2) Média das propriedades do grupo acompanhadas em Tubarão, no período analisado (2004/05). 
 
 
3.1.2 Sistema arroz irrigado da região de Criciúma 
 
O sistema de arroz está bem caracterizado por empregar muito capital em máquinas e 
equipamentos e pouca mão-de-obra (1,52 UTH), com a predominância da monocultura 
(na média 89,28% da SAU). 
 
Tabela 4 - Indicadores do uso dos fatores de produção - terra, mão de obra e capital 
- no sistema arroz irrigado - no Litoral Sul Catarinense (UPR8), Levantamento 
realizado no período 2004/2005 
Indicador Unidade Cabeça1 % Média2 % 
Área total ha 40 52,88 
Superfície Agrícola Útil (SAU) ha 35 100,00 46,62 100,00
 Pastagem nativa ha 0,00 0,00 2,75 5,90
 Arroz irrigado ha 35,00 100,00 41,58 89,21
 Outras culturas ha 0,01 0,00 2,48 4,89
SAU/Área Total (%) % 87,50 88,15 
Unidade Trabalho Homem (UTH) –
Familiar UTH 1,10 1,52 
Unidade Trabalho Homem (UTH) –
Total UTH 1,25 1,72 
Unidade de Tração (UT) HP 30,86 25,31 
Capital Total4 R$/ha SAU 15.490,00 100,00 15.489,00 100,00
(1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período 
analisado (2004-05). Estes valores servem de referência para outras propriedades cujo desempenho técnico-econômico seja 
inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Média das propriedades acompanhadas que fazem parte do grupo no período analisado. 
(3) Área adiciona - é uma área que é ocupada com uma cultura ou pastagem após ou antes uma outra cultura ou pastagem, esta 
considerada como principal, dentro de um mesmo ano agrícola. 
(4) Valores nominais do período de 2004/2005. 
 
 
Quanto ao uso da terra, a representação do sistema de produção de arroz, em 
percentual da superfície agrícola útil, por período do ano agrícola, pode ser observado 
no diagrama da Figura 3. 
 7
 
 
 
 
Pousio
Jul
Arroz irrigado (100% )
Set N ov Jan M ar M ai
%
 d
a 
S
up
er
fíc
ie
 A
gr
íc
ol
a 
Ú
til
 100
0
Figura 3 - Uso da superfície agrícola útil (SAU) de acordo com o período do ano no 
sistema arroz irrigado na UPR 8. 
 
 
Os indicadores técnicos deste sistema estão na Tabela 5 e os econômicos na Tabela 6. 
O fumo de estufa participa com 68 % na formação da renda bruta do sistema. 
 
Tabela 5 – Indicadores técnicos do sistema arroz irrigado no Litoral Sul Catarinense 
– Criciúma - (UPR8). Levantamento realizado no período 2004/05 
Indicador Unidade Cabeça Média1 
Dimensão das atividades animais 
 - Arroz irrigado ha 35,00 41,58 
Rendimento das principais atividades 
 - Arroz irrigado sc50/ha 163 156 
Preço de venda3 
 - Arroz irrigado R$/sc50 19,19 19,85 
(1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período 
analisado (2004/05). Estes valores servem de referência (ou norma, padrão) para outras propriedades cujo desempenho 
técnico-econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Compreende as pastagens perenes e os pastos que sejam considerados como atividades principais. 
(3) Valor nominal médio em real no período 2004/05.Tabela 6 – Indicadores econômicos do sistema arroz irrigado no Litoral Sul 
Catarinense – Criciúma - (UPR8). Levantamento realizado no período 2004/05 
Indicador Unidade Cabeça1 Média2 
Renda Bruta Total (RBT) R$/ha SAU 3.495,00 3.044,00
Composição da RBT 
 - Arroz irrigado % 89 91 
 - Outros % 11 9 
 (1
(20
sej
 (2)
 
Custo Variável R$/ha SAU 1.320,00 1.323,00
Custo Fixo R$/ha SAU 1.865,00 1.746,00
Margem Bruta R$/ha SAU 2.175,00 1.721,00
Lucro R$/ha SAU 310,00 -25,00
Renda da Operação Agrícola R$/ha SAU 1.348,00 1.012,00
Remuneração mão-de-obra familiar R$/UTH/mês 1.026,00 208,00
muneração do capital próprio % 8,00 6,00
ia das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico ( 5% melhores) no período analisado 
Re
) Méd
04/05). Estes valores servem de referência (norma, padrão) para outras propriedades, cujo desempenho técnico-econômico 
a inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
 Média das propriedades do grupo acompanhadas em Tubarão, no período analisado (2004/05). 
8
 
 
 
3.1.3 Sistema fumo de estufa da região de Criciúma 
 sistema de produção fumo de estufa da região do Litoral Sul Catarinense caracteriza-
 Tabela 7 apresenta o uso dos fatores de produção neste sistema. 
abela 7 - Indicadores do uso dos fatores de produção - terra, mão de obra e capital 
Unidade Cabeça1 % Média2 % 
 
O
se pela dependência da atividade fumo, uma vez que representa 82% da formação da 
renda bruta total do sistema. 
 
A
 
 
T
- no sistema fumo de estufa - no Litoral Sul Catarinense (UPR8), Levantamento 
realizado no período 2004/2005. 
Indicador 
Área total 0 0 ha 14,5 17,3
Superfície Agrícola Útil (SAU) 100,00ha 14,11 14,72 100,00
 Pastagem nativa ha 6,60 46,78 3,62 24,59
 Fumo de estufa ha 5,00 35,44 5,00 33,97
 Eucalipto ha 1,50 10,63 2,42 16,44
 Milho safra ha 1,00 7,09 1,20 8,15
 Outras culturas 1ha 0,01 0,07 2,48 6,85
Área adicional com pastagens3 ha 0,00 0,00 
Área adicional com culturas ha 4,00 4,60 
Área total com pastagens ha 6,60 3,74 
SAU/Área Total (%) % 9 87,31 5,10 
Unidade Trabalho Homem (UTH) – UTH 2,50 2,80 Familiar 
Unidade Trabalho Homem (UTH) – UTH 2,50 2,80 Total 
Unidade de Tração (UT) HP 1 121,34 ,49 
Capital Total4 R$/ha SAU 10. 100,00 11.126,00 100,00473,00
lhor desempen técnico-econômico (25% melhores) no per(1) Média das propriedades acompanhadas de me ho íodo 
te do grupo no período analisado. 
 uma outra cultura ou pastagem, esta 
uanto ao uso da terra, a representação do sistema de produção fumo de estufa, em 
analisado (2004-05). Estes valores servem de referência para outras propriedades cujo desempenho técnico-econômico seja 
inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Média das propriedades acompanhadas que fazem par
(3) Área adiciona - é uma área que é ocupada com uma cultura ou pastagem após ou antes
considerada como principal, dentro de um mesmo ano agrícola. 
(4) Valores nominais do período de 2004/2005. 
 
 
Q
percentual da superfície agrícola útil, por período do ano agrícola, pode ser observado 
no diagrama da Figura 4. Quanto ao uso da mão de obra, por sua vez, observa-se que 
cada unidade de trabalho homem explorou 5,64 ha de terra para o grupo de cabeça e 
5,26 ha de terra para a média do grupo. 
 9
 
 
 
 
100
%
 d
a 
S
up
er
fíc
ie
 A
gr
íc
ol
a 
Ú
til
 
Pastagem nativa (46,78%) 
 
Fumo de estufa (35,44%) 
Feijão adicional + 
outras 
 Milho safra (7,09%) 
Eucalipto (10,63%) 
 
Jul Set Nov Jan Mar Mai 
0
 
 
Figura 4 - Uso da superfície agrícola útil (SAU) de acordo com o período do ano no sistema fumo de 
estufa na UPR 8. 
 
 
Os indicadores técnicos deste sistema estão na Tabela 8 e os econômicos na Tabela 9. 
O fumo de estufa, no grupo cabeça, participa com 76 % na formação da renda bruta do 
sistema e de 82% para a media das propriedades acompanhadas. 
 
Relacionando-se os resultados de ocupação da terra com a respectiva renda bruta 
verifica-se que o fumo, no grupo cabeça, ocupa 35,44% da área e gera 76% da renda 
enquanto que as demais atividades ocupam 64,56% da área e geram somente 24% da 
renda bruta total. A principal atividade que compõe este sistema, o fumo de estufa, 
apresentou uma produtividade de 3.450 Kg/ha (Tabela 8). 
 
Tabela 8 – Indicadores técnicos do sistema fumo de estufa no Litoral Sul 
Catarinense – Criciúma - (UPR8). Levantamento realizado no período 2004/05 
Indicador Unidade Cabeça Média1 
Dimen o das atividades animais 
 - Fumo de estufa ha 5,00 5,00 
 - Feijão safrinha ha 0,00 2,40 
 - Bovino de leite ha SFP 6,60 3,74 
Rendimento das principais atividades 
 - Fumo estufa Kg/ha 3450 2688 
 - Feijão safrinha Kg/ha - 1.305 
 - Bovino de leite Leite/SFP 4.661 2.103 
Preço de venda3 
 - Fumo estufa R$/kg 4,87 4,88 
(1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período analisado 
(2004/05). Estes valores servem de referência (ou norma, padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Com de as pastagens perenes e os pastos que sejam considerados como atividades principais. 
(3) Valor inal médio em real no período 2004/05. 
 
preen
 nom
sã
 
10
 
Tabela 9 – Indicadores econômicos do sistema fumo estufa no Litoral Sul Catarinense 
– Criciúma - (UPR8). Levantamento realizado no período 2004/05 
Indicador Unidade Cabeça1 Média2 
Renda Bruta Total (RBT) R$/ha SAU 7.854,00 5.450,00
Composição da RBT 
 - Fumo estufa % 76 82 
 - Bovinos de leite % 16 6 
 - Outros % 8 12 
Custo Variável R$/ha SAU 2.719,00 1.885,00
Custo Fixo R$/ha SAU 1.647,00 1.566,00
Margem Bruta R$/ha SAU 5.135,00 3.566,00
Lucro R$/ha SAU 3.488,00 2000,00
Renda da Operação Agrícola R$/ha SAU 4.730,00 3.327,00
Remuneração mão-de-obra familiar R$/UTH/mês 1.781,00 1.076,00
Remuneração do capital próprio % 39,00 24,00
 (1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período analisado 
(2004/05). Estes valores servem de referência (norma, padrão) para outras propriedades, cujo desempenho técnico-econômico 
seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
 (2) Média das propriedades do grupo acompanhadas em Tubarão, no período analisado (2004/05). 
 
 
3.1.4 Sistema banana da região de Criciúma 
 
O sistema de produção banana da região sul ocupa cerca de 9.000 ha, a segunda 
maior região produtora do estado, basicamente com as cultivares banana caturra e 
banana branca. 
 
A Tabela 10 apresenta o uso dos fatores de produção neste sistema. 
 
As 3 propriedades que têm seu sistema de produção com base na bananicultura, 
apresentam as características conforme indicado na Tabela 10. Nas 3 propriedades, 
são cultivadas bananeiras do tipo caturra e branca. 
 
Tabela 10. Indicadores do uso dos fatores de produção - terra, mão-de-obra e capital - 
no sistema banana no Litoral Sul Catarinense – Criciúma (UPR 8). Levantamento 
realizado no período 2004/2005. 
Indicador Unidade Cabeça1 % Média2 % 
Superfície Agrícola Útil (SAU) ha 17,100 16,15 
 Banana caturra ha 7,00 40,94 2,50 15,48
 Banana branca ha 3,50 20,47 4,50 27,86
 Eucalipto ha 1,70 9,94 5,40 33,44
 Outros ha 4,90 28,65 3,75 23,22
SAU/Área Total (%) 
 
% 64,53 - 70,42 - 
Unidade Trabalho Homem 
 (UTH) - Total UTH 2,00 - 1,39 - 
SAU/UTH Ha 8,55 11,6 
Unidade de Tração (UT) HP 9,29 - 8,81 - 
SAU/UT Ha 1,84 1,83
Capital Total3 R$/ haSAU 9.965 - 7.195 -
 (1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (as 25% melhores) no período 
analisado (2004/2005). Estes valores servem de referência para outras propriedades cujo desempenho técnico-econômico seja 
inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Média de todas as propriedades acompanhadas que fazem parte do grupo no período analisado. 
 (3) Valores nominais do período de 2004/2005. 
 11
 
Jul MarNov Jan Mai
Pastagem nativa (26,32%)
Banana branca (20,47%)
Banana caturra (40,94%)
Outras (12,27%)
Set
%
 d
a 
S
up
er
fíc
ie
 A
gr
íc
ol
a 
Ú
til
 100
0
 
 
 
Figura 5 - Uso da superfície agrícola útil (SAU) de acordo com o período do ano no sistema banana na 
UPR 8. 
 
 
 
Tabela 11 – Indicadores técnicos do sistema banana no Litoral Sul Catarinense – 
Criciúma - (UPR8). Levantamento realizado no período 2004/05 
Indicador Unidade Cabeça1 Média 
Dimensão das atividades animais 
 - Banana caturra ha 7,00 2,50 
 - Banana branca ha 3,50 4,50 
Rendimento das principais atividades 
 - Banana caturra cx22/ha 920 898 
 - Banana branca cx22/ha 805 473 
Preço de venda 2 
 - Banana caturra R$/cx22 3,34 4,61 
 - Banana branca R$/cx22 8,79 9,53 
(1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período analisado 
(2004/05). Estes valores servem de referência (ou norma, padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Valores nominais do período de 2004/2005. 
 
 
O grupo de cabeça apresenta rendimentos superiores, principalmente na banana 
branca (70,19 %), no entanto, observa-se que os preços recebidos pelo grupo de 
cabeça são inferiores tanto para o tipo branca como caturra. 
 
Os principais indicadores econômicos do sistema de produção fruticultura estão 
apre ntados na Tabela 12. 
 
Perc
siste
acom
 
Anal
gera
med
 
se
ebe-se que a contribuição da atividade banana na formação da renda bruta do 
ma é de 97% para o grupo de cabeça e de 98% para a média das propriedades 
panhadas. 
isando os custos variáveis, o grupo de cabeça aplica 76,44% a mais em insumos, 
ndo com isso uma margem bruta por hectare 53,49% superior em relação a 
ia das propriedades. 
12
 
Tabela 12 – Indicadores econômicos do sistema banana no Litoral Sul Catarinense – 
Criciúma - (UPR8). Levantamento realizado no período 2004/05 
Indicador Unidade Cabeça1 Média2 
Renda Bruta Total (RBT) R$/ha SAU 2.767,00 1.750,00
Composição da RBT 
 - Banana caturra % 45 27 
 - Banana branca % 52 71 
 - Outros % 3 2 
Custo Variável R$/ha SAU 614,00 348,00
Custo Fixo R$/ha SAU 1.392,00 879,00
Margem Bruta R$/ha SAU 2.152,00 1.402,00
Lucro R$/ha SAU 761,00 523,00
Renda da Operação Agrícola R$/ha SAU 1.724,00 1.227,00
Remuneração mão-de-obra familiar R$/UTH/mês 823,00 779,00
Remuneração do capital próprio % 14,00 13,00
 (1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período analisado 
(2004/05). Estes valores servem de referência (norma, padrão) para outras propriedades, cujo desempenho técnico-econômico 
seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
 (2) Média das propriedades do grupo acompanhadas em Criciúma, no período analisado (2004/05). 
 
 
3.2. Indicadores técnico-econômicos das principais atividades 
 
3.2.1 Indicadores técnico-econômicos da atividade bovino de leite na região de 
Tubarão 
 
A Renda Bruta Total por unidade (ha de SFP ou vaca) de uma atividade resulta da 
multiplicação do rendimento por unidade pelo preço do produto. Entretanto, neste 
trabalho isto nem sempre é verdadeiro porque são consideradas também a diferença 
de estoque e a compra ou venda de animais para o caso das atividades animais. 
 
Observa-se na Tabela 13 que as propriedades do grupo de cabeça têm uma margem 
bruta/vaca de R$ 2.646,40 enquanto a média das propriedades acompanhadas tem 
uma Margem Bruta/vaca de R$ 1.878,53. Na Figura 6 e na Tabela 14 observa-se que 
a margem bruta/superfície forrageira principal (SFP) é significativamente maior que o 
indicador anterior. As propriedades de cabeça têm uma Margem Bruta/SFP de R$ 
8.479,41, enquanto que a média das propriedades acompanhadas é de R$ 3.848,39. 
 
O que pode explicar essa diferença de desempenho? 
 13
 
 
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
M
ar
ge
m
 b
ru
ta
 /
 S
FP
 -
 v
al
or
es
 
no
m
in
ai
s 
em
 R
$
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Propriedades
Média do grupo - 100% 
25% top
 
Figura 6 – Margem bruta por hectare de superfície forrageira principal das propriedades 
acompanhadas com valores nominais em real do ano agrícola 2004/05 
 
A resposta à pergunta anterior depende do exame de três elementos: 
 
a) Exame dos rendimentos 
 
A área de superfície forrageira principal (SFP) é praticamente a mesma entre o grupo 
de cabeça e a média das propriedades acompanhadas, em torno de 12,8ha (Tabela 
13). Entretanto, o rendimento obtido pelo grupo de cabeça alcança 13.435 litros de 
leite/ha de SFP, enquanto a média das propriedades atinge a 7.763 litros de leite/ha de 
SFP. 
 
 
 Tabela 13 – Comparação de grupo contendo indicadores técnico-econômicos1 
apresentados por Superfície Forrageira Principal (SFP) da atividade bovino de leite 
da região de Tubarão, do ano agrícola 2004/05 
 Bovino leite Cabeça2 Média3 Cola4 
Área de SFP (ha) 12,90 12,68 13,89 
Renda Bruta Total / SFP (R$) 1.614,90 5746,13 2.800,88 
Custos Variáveis / SFP (R$) 3.135,48 1897,74 1.318,08 
Margem Bruta / SFP (R$) 8.479,41 3848,39 1.482,81 
Custos com Alimentos / SFP (R$) 2.059,75 1320,96 871,05 
Litros de leite / SFP 3.435,00 7763,08 3.960,92 
UA / SFP 4,88 3,30 2,09 
UA vacas / SFP 3,55 2,21 1,31 
Vacas / SFP 3,20 2,05 1,42 
(1) Indicadores econômicos expressos em valor nominal médio do real no período 2004/05 
(2) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período 
analisado (2004/05). Estes valores servem de referência (norma, padrão) para outras propriedades cujo desempenho 
técnico-econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(3) Média das propriedades do grupo acompanhado em Tubarão no período analisado (2004/05). 
(4) Média das propriedades acompanhadas de pior desempenho técnico-econômico (25% piores) no período analisado 
(2004/05). 
 
 14
 
Tabela 14 – Comparação de grupo contendo indicadores técnico-econômicos1 
apresentados por unidade de vaca (matriz) da atividade bovino de leite da região de 
Tubarão, do ano agrícola 2004/05 
Bovino leite Cabeça2 Média3 Cola4 
Efetivo médio em vaca 41,33 25,98 19,69
Renda Bruta Total/vaca (R$) 3.624,97 2.804,89 1.974,92
Custos variáveis/vaca (R$) 978,57 926,36 929,38
Margem Bruta/vaca (R$) 2.646,40 1.878,53 1.045,53
Ração bovinos lactação/vaca (R$) 236,88 253,90 51,05
Milho comprado/vaca (R$) 86,41 61,00 119,89
Farelo de soja/vaca (R$) 83,80 82,50 123,61
Ração bezerro/vaca (R$) 79,11 42,52 11,63
Sanidade bovino/vaca (R$) 63,68 30,57 8,47
Sêmen/vaca (R$) 53,29 27,38 15,10
Suplemento mineral/vaca (R$) 36,17 21,41 11,05
Custo com alimentos/vaca (R$) 642,84 644,81 614,19
Litros de leite/vaca 4.193,01 3.789,43 2.792,87
Terneiro nascido/vaca 0,92 1,01 0,98
(1) Indicadores econômicos expressos em valor nominal médio do real no período 2004/05 
(2) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico ( 25% melhores) no períodoanalisado 
(2004/05). Estes valores servem de referência (norma, padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(3) Média das propriedades do grupo acompanhado em Tubarão no período analisado (2004/05). 
(4) Média das propriedades acompanhadas de pior desempenho técnico-econômico (25% piores) no período analisado 
(2004/05). 
 
 
b) Exame dos preços 
 
Considerando-se os preços médios obtidos na região e as possibilidades de 
comercialização, os produtores do grupo estão vendendo o leite nas melhores 
condições? Observa-se na Tabela 6 que os as propriedades de cabeça conseguiram 
obter um preço médio no ano agrícola 2004/05 de R$ 0,53/litro de leite, enquanto a 
média do grupo obteve R$ 0,51/litro de leite. Esta diferença pode ser explicada pelos 
seguintes itens: maior volume de produção em época de preço melhor; maior escala de 
produção; oferta de um preço melhor por parte do laticínio que recolhe o leite; e pela 
qualidade do produto ofertado pelo produtor. 
 
c) Exame dos custos variáveis 
 
É de conhecimento técnico que a genética, a alimentação, a sanidade e o manejo 
podem explicar parte significativa do resultado obtido pela atividade ovino de leite. 
 
 A seguir, para cada uma destas variáveis citadas anteriormente far-se-á um 
comentário, considerando-se os indicadores apresentados nas Tabelas 4, 5 e 6: 
 
 
• Quanto à genética 
As propriedades do grupo de cabeça possuem plantel PO da raça Jersey (este dado 
não consta da tabela, mas é de nosso conhecimento), com uma despesa anual de 
sêmen por vaca de R$ 53,29, enquanto a média das propriedades acompanhadas 
alcança R$ 27,38. 
 15
 
 
 
 
Figura 7 – Plantel da raça Jersey e vista parcial da propriedade acompanhada 
 
 
• Quanto à alimentação 
O custo com alimentos por vaca é praticamente o mesmo para as melhores 
propriedades em comparação com a média das propriedades acompanhadas (valores 
próximos a R$ 643,00). Entretanto, o grupo de cabeça tem um custo 13,3% menor que 
a média e 46,6% menor que as propriedades acompanhadas de pior desempenho. 
 
Estes dados sugerem a hipótese de que: os produtores de cabeça devem possuir uma 
produção e/ou qualidade do pasto melhor que o conjunto dos produtores do grupo 
acompanhado. Demais indicadores sobre a produção de pasto e sua espécie podem 
ser observados na Tabela 15. 
 
 
 
• Quanto à sanidade 
 Observa-se na Tabela 15 que as melhores propriedades têm o dobro de despesas 
com sanidade, ou seja, o custo com sanidade do grupo de cabeça é de R$63,68 por 
vaca, enquanto que na média das propriedades atinge a R$ 30,57 por vaca. 
 
 
 16
 
 Tabela 15 – Comparação de grupo contendo indicadores técnico-econômicos1 da 
atividade bovino de leite da região de Tubarão, ano agrícola 2004/05 
Bovino leite Cabeça2 Média3 Cola4 
Custos com alimentos /leite (R$) 0,15 0,17 0,22
Custo Médio/kg de ração (R$) 0,41 0,47 0,49
kg Silagem/ UA 2.661,44 2.401,32 3.253,17
Desfrute (%) 22,86 24,13 24,22
Preço de venda / l (R$) 0,53 0,51 0,49
Área com pasto de inverno/SFP (ha) 0,78 0,37 0,13
Área com pasto de verão/SFP (ha) 0,59 0,46 0,31
Área com capineira /SFP (ha) 0,34 0,27 0,30
Área com pastagem nativa/SFP (ha) 0,08 0,32 0,53
Área com pasto de inverno/UA (ha) 0,16 0,11 0,06
Área com pasto de verão/UA (ha) 0,12 0,14 0,15
Área com capineira/UA (ha) 0,07 0,08 0,14
Área com pastagem nativa/UA (ha) 0,02 0,10 0,25
Efetivo médio em UA 62,91 41,85 29,00
UA vacas / UA total 0,73 0,67 0,63
(1) Indicadores econômicos expressos em valor nominal médio do real no período 2004/05. 
(2) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores) no período analisado 
(2004/05). Estes valores servem de referência (norma, padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(3) Média das propriedades do grupo acompanhado em Tubarão no período analisado (2004/05). 
(4) Média das propriedades acompanhadas de pior desempenho técnico-econômico (25% piores) no período analisado 
(2004/05). 
 
 
 
 
3.2.2 Indicadores técnico-econômicos da atividade bovino de leite na região de 
Criciúma 
 
Para a análise da atividade foram consideradas cinco propriedades distribuídas nos 
municípios de Meleiro, Siderópolis, Morro da Fumaça e Urussanga. 
 
Os resultados da análise exclusiva da atividade bovinos de leite estão apresentados na 
Tabela 16. A Renda Bruta Total por unidade (ha de superfície forrageira principal - SFP 
ou vaca) de uma atividade resulta da multiplicação do rendimento por unidade pelo 
preço do produto. Entretanto, neste trabalho isto nem sempre é verdadeiro porque são 
consideradas também a diferença de estoque e a compra ou venda de animais para o 
caso das atividades animais. 
 
Esta atividade está adquirindo cada vez mais importância na UPR-8, especialmente o 
sistema de produção de leite à base de pasto, com o sistema de pastoreio rotativo. 
 17
 
Tabela 16 - Comparação de grupo contendo indicadores técnico-econômicos 
apresentados por Superfície Forrageira Principal (SFP) da atividade bovino de leite da 
UPR-8, no ano agrícola 2004/05 
Bovinocultura de leite Cabeça1 Média2 Cola3 
Área de SFP (ha) 5,50 8,32 11,30 
Renda Bruta Total/SFP (R$) 5.913,07 5.085,31 5.039,89 
Custos Variáveis/SFP (R$) 1.598,79 2.259,61 3.859,25 
Margem Bruta/SFP (R$) 4.314,27 2.825,69 1.180,64 
Custos com alimentos/SFP (R$) 935,09 1.686,09 3.032,10 
Litros de leite/SFP 8.364,91 8591,80 10.371,42 
UA/SFP 3,64 3,63 3,50 
UA vacas/SFP 2,52 2,61 2,67 
Vacas/SFP 2,11 2,20 2,20 
UA vacas / UA total 0,69 0,72 0,76 
 (1) Média das propriedades acompAnhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores do grupo) no período 
analisado (2004/05), na UPR-8. Estes valores servem de referência (padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Média de todas as propriedades acompanhadas na UPR-8 no período 2004/05. 
(3) Média das propriedades de pior desempenho técnico-econômico (25% do grupo) 
 no período 2004/05. 
 
 
 
Tabela 17 - Comparação de grupo contendo indicadores técnico-econômicos 
apresentados por unidade de vaca (matriz) da atividade bovino de leite da UPR-8, no 
ano agrícola 2004/05 
Bovino de leite Cabeça1 Média2 Cola3 
Efetivo médio de vacas 11,58 18,33 24,83 
Renda Bruta Total/vaca (R$) 2.807,64 2.309,19 2.293,32
Custos Variáveis/vaca (R$) 759,14 1.026,07 1.756,09
Margem Bruta/vaca (R$) 2.048,50 1.283,12 537,23 
Farelo de soja/vaca (R$) 276,26 118,19 3,79 
Suplemento mineral/vaca (R$) 45,50 7,19 0,00 
Custo com alimentos/vaca (R$) 444,00 765,64 1.379,71
Litros de leite/vaca 3.971,83 3.901,46 4.719,34
Terneiros nascidos/vaca 1,21 1,10 1,09 
 (1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores do grupo) no período 
analisado (2004/05), na UPR-8. Estes valores servem de referência (padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
 (2) Média de todas as propriedades acompanhadas na UPR-8 no período 2004/05. 
 (3) Média das propriedades de pior desempenho técnico-econômico (25% do grupo) no período 2004/05. 
 
 18
 
Tabela 18 - Comparação de grupo contendo indicadores técnico-econômicos da 
atividade bovino de leite da UPR-8, no ano agrícola 2004/05 
Bovino de leite Cabeça1 Média2 Cola3 
Custos com alimentos/litro leite(R$) 0,11 0,20 0,29 
Custo médio/kg de ração (R$) 0,77 0,63 0,66 
kg de silagem/UA 3.747,32 3.185,03 5.057,44 
Preço de venda/litro (R$) 0,48 0,49 0,49 
Área com pastagem nativa /UA 0,20 0,18 0,15 
Área com pastagem nativa/SFP 0,73 0,65 0,53Área com capineira / UA 0,14 0,16 0,26 
Área com pasto de inverno/UA 0,07 0,05 0,00 
Efetivo médio em UA 20,01 30,22 39,55 
Efetivo médio em vacas 11,58 18,33 24,83 
(1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores do grupo) no período 
analisado (2004/05), na UPR-8. Estes valores servem de referência (padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
 (2) Média de todas as propriedades acompanhadas na UPR-8 no período 2004/05. (3) Média das propriedades de pior 
desempenho técnico-econômico (25% do grupo) no período 2004/05. 
 
 
3.2.3 Coeficientes de mão-de-obra e mecanização para a atividade bovino de 
leite, sistema com dez matrizes na Região Sul Catarinense5 
 
Os coeficientes de mão-de-obra e mecanização apresentados na Tabela 18, foram 
estimados considerando o seguinte sistema de produção: oito de vacas em lactação, 
duas vacas secas, 15 unidades animal (total), tamanho médio de 15 ha, produção 
média de leite esperada é de 3.500 litros/vaca/ano e ordenha mecânica. 
 
Possui como infra-estrutura máquinas e implementos principais: carreta de um eixo 
para motocultivador, mangueira de espera, ordenhadeira de um conjunto de balde ao 
pé, picador “forragens”, resfriador de leite capacidade 300 litros, sala de alimentação, 
sala de ordenha. Além disto os animais permanecem o tempo todo na pastagem, 
sendo recolhidos apenas para as ordenhas e fornecimento de volumoso e/ou ração no 
cocho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19
 
Tabela 18 - Coeficientes de mão-de-obra e mecanização (tempo padrão em dia 
homem (DH) ou hora máquina (HM), para a atividade bovino de leite, sistema de 
produção com dez matrizes, no período de um ano, na Região Sul Catarinense) 
 Operação Tipos 
Operação
Uni-
dade
Coef. 
 Téc. 
Observação 
Recolher e soltar os animais Manual DH 23,00 Da pastagem para sala 
de espera e retorno 
Prender os animais Manual DH 7,60 Da sala de espera para 
sala ordenha 
Manejo da ordenha mecânica 
- Manear as patas 
- Lavar e secar o teto 
- Eliminar os primeiros jatos 
- Colocar a teteira 
- Extrair o leite 
- Retirar a teteira 
Manual 
 
 
 
DH 55,00 Na sala de ordenha 
Duas vezes ao dia 
Duas vezes ao dia 
Duas vezes ao dia 
Duas vezes ao dia 
Duas vezes ao dia 
Duas vezes ao dia 
Ordenhar Mecânica HM 438,00 Duas vezes ao dia 
Limpar e desinfetar 
equipamentos e sala de ordenha
Manual DH 15,00 Duas vezes ao dia 
Arraçoar as vacas Manual DH 7,90 Na sala de alimentação
Cortar e fornecer capineira Manual DH 46,00 Durante seis meses 
Picar capineira Mecânica HM 60,00 Picador “forragens” 
Transportar capineira Mecânica HM 60,00 “Motocultivador” e 
carreta 
Arraçoar as novilhas Manual DH 7,60 Não todas 
Transportar e armazenar leite Manual DH 4,60 Para o resfriador 
Aleitar bezerros Manual DH 3,80 Nas gaiolas 
Fazer exame de brucelose e 
tuberculose 
Manual DH 0,12 Uma vez ao ano 
Inseminar Manual DH 1,46 Uma vez ao ano + 20% 
de repetição 
Acompanhar parto Manual DH 1,25 Uma vez ao ano 
Vacinar Manual DH 0,40 Aftosa, IBR e 
Clostridiose 
Controlar endoparasitos Manual DH 2,50 Cada 90 dias 
Controlar ectoparasitas Manual DH 1,25 Pulverização ou pour 
on 
Tratamento curativo Manual DH 0,12 Diversas enfermidades 
Manutenção das benfeitorias Manual DH 10,00 Benfeitorias da 
atividade 
 20
 
3.2.4 Indicadores técnico-econômicos da atividade Arroz Irrigado 
 
A UPR-8 tem tradição na produção de arroz irrigado. Para conhecer os principais 
indicadores técnico-econômicos desta atividade, foram acompanhadas seis 
propriedades distribuídas entre os municípios de Meleiro e Turvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 – Lavoura de arroz no litoral sul catarinense. 
 
 
As propriedades acompanhadas apresentam área média cultivada com arroz de 41,58 
ha, com Renda Bruta Média de R$ 3.118,83 por hectare. Cabe considerar que o preço 
médio do período analisado (2004/2005) que foi de R$ 19,85/sc, ficou abaixo da média 
histórica, que é de R$ 27,02/sc, nos últimos dez anos. 
 
A atividade apresenta-se como alternativa viável para as propriedades da região, 
caracterizando-se pelo alto nível de mecanização. 
 
A Tabela 19 mostra os indicadores técnico-econômicos obtidos nas propriedades 
acompanhadas. 
 
A comparação de grupo mostra que o rendimento da cultura foi mais alto no grupo de 
cabeça, chegando a mais de 175 sc por hectare, enquanto na média as propriedades 
atingiram 156,19 sc por hectare. 
 
O custo de produção foi significativamente menor para o grupo de cabeça (R$ 17,88/sc 
contra R$ 21,08/sc na média), e embora o preço médio de comercialização tenha sido 
mais baixo para esse grupo, a Margem Bruta obtida foi mais favorável. 
 
 
 
 
 21
 
Tabela 19 – Comparação de grupo contendo indicadores técnicos da atividade arroz 
irrigado na UPR-8 (período 2004/05) 
Indicador Cabeça1 Média2 Cola3 
Área cultivada (ha) 30,00 41,58 53,50 
Renda Bruta Total/ha 3.428,30 3.118,83 2.793,76 
Custo Variável/ha 1.439,01 1.429,77 1.579,90 
Margem Bruta/ha 1.989,29 1.689,06 1.213,86 
Rendimento sc50/ha 175,00 156,19 138,32 
Quilo de N/ha 109,25 126,33 166,79 
Quilo de P2O5/ha 16,00 42,03 44,36 
Quilo de K2O/ha 28,00 72,51 88,60 
Preço de venda sc50kg arroz 19,59 19,85 20,20 
Custo da produção sc 50Kg – variável 8,22 9,24 11,42 
Custo da produção sc 50Kg – fixo 9,66 11,85 13,23 
Custo da produção sc 50Kg - TOTAL 17,88 21,09 24,65 
(1) Média das propriedades acompanhadas de melhor desempenho técnico-econômico (25% melhores do grupo) no período 
analisado (2004/05), na UPR-8. Estes valores servem de referência (padrão) para outras propriedades cujo desempenho técnico-
econômico seja inferior, mesmo que estejam em condições semelhantes. 
(2) Média de todas as propriedades acompanhadas na UPR-8 no período 2004/05. 
(3) Média das propriedades de pior desempenho técnico-econômico (25% do grupo) no período 2004/05. 
. 
 
3.2.5 Coeficientes de mão-de-obra e mecanização para cultura do arroz irrigado 
 
Da mesma forma que na atividade bovinos de leite, optou-se por utilizar um estudo de 
coeficientes de mão-de-obra e mecanização em diversos sistemas produtivos de SC, 
cujos resultados para a atividade arroz irrigado são os seguintes: 
 
Tamanho médio da exploração: em torno de 20 hectares. 
Produtividade média esperada: 130 sacas de 50 Kg por hectare; 
Tipo de semente utilizada: própria e/ou certificada; 
Sistema de plantio: pré-germinado; 
Tipos de solos: Cambissolos, Plintossolos, Gleissolos e Organossolos; 
Tipo de mão-de-obra predominante: familiar; 
Sistema de irrigação: inundação por gravidade ou mecânica; 
Forma de comercialização: aproximadamente 30% dos estabelecimentos tem estrutura 
de secagem e armazenamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22
 
Tabela 20 - Coeficientes de mão-de-obra e mecanização(tempo padrão), em dia 
homem(DH) ou hora máquina (HM), para produção de um hectare de arroz irrigado, em 
uma safra, em grandes áreas na região Sul Catarinense 
Operação Tipo 
Operação 
Uni- 
dade 
Coef. 
Téc. 
Observação 
Renivelar Mecânica HM 0,5 Trator e plaina agrícola traseira 
Gradear Mecânica HM 4 Quatro passagens com trator e 
grade 
Adubar na base Manual DH 0,5 A lanço 
Rotativar Mecânica HM 1 Um passe com trator e enxada 
rotativa 
Alisar Mecânica HM 0,5 Trator c/prancha ou grade com 
madeira. 
Pré-germinar Manual DH 0,12 
Semear Mecânica HM 0,6 Semeadora adubadora automotriz 
Manejar água e 
irrigar 
Manual DH 1,5 
Irrigar Mecânica HM 4 Motobomba no preparo do solo 
Irrigar Mecânica HM 12 Motobombanos tratos culturais 
Manter canais e 
taipas 
Mecânica HM 2 Com trator e lâmina limpadora 
Limpar canais e 
taipas 
Manual DH 2 
Aplicar herbicidas Manual DH 0,3 Em benzedura com pulverizador 
costal 
Controlar pragas Manual DH 0,3 
Adubar em 
cobertura 
Manual DH 0,5 Duas vezes 
Colher Mecânica HM 1,5 Colhedora automotriz a granel 
Auxiliar na colheita Manual DH 0,2 Mão-de-obra 
Transporte interno Mecânica HM 1,5 Trator e carreta graneleira dois eixos
Transporte interno Mecânica HM 3 Trator e carreta graneleira um eixo 
Secar Mecânica HM 30 Silo secador/armazenador para 
10.000 sacas 
 
 
 
 
 23
 
3.2.6 Indicadores técnico-econômicos da atividade Fumo Estufa 
 
Foram acompanhadas cinco propriedades, todas do município de Içara. Essas 
propriedades que têm como principal fonte de renda a cultura da fumo, predominando o 
solos Argissolos. Após a lavoura de fumo, cultiva-se feijão ou milho em sucessão. Os 
resultados médios dos principais indicadores da cultura do fumo dessas cinco 
propriedades estudadas estão apresentados na Tabela 21. 
 
 
Tabela 21 – Principais indicadores técnicos e econômicos da atividade fumo estufa no 
ano agrícola 2004/05 
Indicador Cabeça1 Média2 Cola3 
Área cultivada (ha) 5,0 5,0 5,0 
Renda Bruta Total/ha 13.790,00 13.148,69 10.553,40 
Custo Variável/ha 5.784,43 4.593,19 4.139,21 
Margem Bruta/ha 11.005,57 8.555,49 6.414,19 
Rendimento Kg/ha 3.450 2.688,2 2.145 
Quilo de N/ha 239,50 176,12 191,12 
Quilo de P2O5/ha 153 138,68 137,98 
Quilo de K2O/ha 251,2 192,26 177,08 
Quilo de matéria orgânica /ha 0,0 448,0 2.240 
Preço de venda por Kg 4,87 4,88 4,92 
Custo da produção sc 50Kg – variável 1,68 1,72 1,93 
Custo da produção sc 50Kg – fixo 0,86 1,82 1,53 
Custo da produção sc 50Kg - TOTAL 2,54 3,04 3,46 
 
A área média cultivada com fumo foi de 5ha, na qual os produtores conseguiram obter 
um rendimento médio de 2.688 quilos por hectare e a produção foi vendida ao preço 
médio de R$ 3,04/kg. Isso gerou uma Renda Bruta por hectare equivalente a R$ 
8.555,00. 
 
 
 
3.2.7 Indicadores técnico-econômicos da atividade banana 
 
Os indicadores referem-se quatro propriedades com produção de banana branca e 
uma de banana caturra, nos municípios de Criciúma e Siderópolis. Em média as 
propriedades têm 5 hectares com essa cultura. Embora a produtividade média tenha 
sido de apenas 460 cx 22Kg por ha, as melhores propriedades conseguiram atingir 
uma produtividade de em torno de 800 cx 22Kg/ha (banana branca) e 900 cx 22Kg/ha 
(banana caturra), chamando a atenção ao fato de usarem mais de 2.000 Kg de matéria 
orgânica por ha, evidenciando diferença no nível tecnológico. 
 
A Tabela 22 apresenta os indicadores técnico-econômicos encontrados no estudo das 
propriedades acompanhadas. 
 
 
 24
 
Tabela 22 – Principais indicadores técnicos e econômicos da atividade banana no ano 
agrícola 2004/05 
Banana branca B. Caturra Indicador 
Cabeça1 Média2 Cola3 Média 
Área cultivada (ha) 3,5 5,13 5,0 7,0 
Renda Bruta Total/ha 7.075,14 4.350,52 3.037,40 3.070,00 
Custo Variável/ha 956,49 606,22 545,00 1.022,59 
Margem Bruta/ha 6.118,66 3.744,30 2.492,40 2.047,31 
Rendimento 
cx22Kg/ha 
805,21 460,32 309,09 920,21 
Quilo de N/ha 83,33 32,62 15,40 131,70 
Quilo de P2O5/ha 101,78 34,55 37,40 126,98 
Quilo de K2O/ha 249,40 86,34 59,40 236,40 
Quilo de matéria 
orgânica /ha 
2.261,60 386,13 0,00 2.325,89 
Preço de venda por cx 
22Kg 
8,79 9,53 9,83 3,34 
Custo da produção sc 
50Kg – variável 
1,19 1,38 1,76 1,11 
Custo da produção sc 
50Kg – fixo 
3,90 3,61 4,06 1,64 
Custo da produção sc 
50Kg - TOTAL 
5,09 4,99 5,82 2,75 
 
3.2.8 Coeficientes de mão-de-obra e mecanização para cultura da banana 
 
Os coeficientes a seguir, foram levantados para a região carbonífera catarinense, em 
propriedades cujo sistema de produção caracteriza-se da seguinte forma: 
Tamanho médio da atividade: 10 hectares; 
Produtividade esperada: 08 toneladas por hectare; 
Declividade do solo: 08 a 30 por cento; 
Relevo: encosta de morro; 
Variedade: enxerto; 
Adubação química: de 3 a 5 por ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25
 
Tabela 23 - Coeficientes de mão-de-obra e mecanização(tempo padrão), em dia 
homem(DH) ou hora máquina(HM), para produção de um hectare de banana enxerto, 
no período da implantação e em um ano de manutenção, na Região Carbonífera 
Catarinense 
 
Operação Tipo 
Operação
Uni-
dade
Coef. 
Téc. 
Observação 
Implantação 
Preparar o terreno Manual DH 5 Roçar e eliminar restos 
Abrir estradas Manual DH 3 
Abrir estradas Mecânica HM 5 Trator e plaina agrícola traseira 
Transportar calcário Mecânico HM 1 Trator e carreta 
Aplicar Calcário Manual DH 1 70% da necessidade total a lanço 
Fazer mudas Manual DH 5,5 A partir de mudas adquiridas 
Marcar e fazer covas Manual DH 9 Corda graduada 
Adubar covas e plantar Manual DH 5 
Capinar Manual DH 6 Com enxada 
Roçar Manual DH 6 Com foice 
Adubar Manual DH 0,5 Duas vezes no período 
Desfolhar e desbrotar Manual DH 1 
Aplicar fungicida Mecânica HM 2 4 vezes com pulverizador e trator 
Transportar água e 
insumos 
Mecânica HM 3 Trator e carreta 
Manutenção 
Roçar Manual DH 1 Com foice 
Aplicar herbicida Manual DH 0,5 Pulverizador costal manual 
Adubar Manual DH 1,5 Química em três vezes no período
Ensacar Manual DH 10 Com saco plástico perfurado 
Aplicar calcário Manual DH 1 Ensacado, 30% da necessidade 
total 
Transportar calcário Mecânico HM 0,5 Trator e carreta 
Manter estradas Manual DH 1,1 Foice, pá, enxada, enxadão, etc....
Manutenção das estradas Mecânica HM 3 Trator e plaina agrícola traseira 
Limpar estradas Manual DH 0,25 Pulverizador costal manual 
Transportar água e 
insumos 
Mecânica HM 0,5 Trator e carreta 
Aplicar fungicida Mecânica HM 2 4 x ano com pulverizador e trator 
Colher e transportar Manual DH 
Transportar a colheita Mecânica HM 18 Trator e carreta 
Desfolhar e desbrotar Manual DH 3,8 Também retirar coração 
Tratamento pós-colheita Manual DH 11,2 Despencar, lavar, classificar e 
encaixotar 
13,5 
 
 
 
3.2.9 Estudo de caso de uma propriedade com produção de cachaça 
 
No município de Siderópolis acompanhou-se uma propriedade cujo sistema de 
produção está baseado nas culturas de banana, um alambique para produção de 
cachaça e bovinocultura de leite. 
 
 26
 
A Tabela 24 mostra as características do sistema: 
 
 
Tabela 24 - Indicadores do uso dos fatores de produção - terra, mão-de-obra e capital 
- no sistema (período 2004/05) 
Indicador Unidade Valores 
Superfície Agrícola Útil (SAU) ha 18,5 
 Banana Branca ha 7,0 
 Cana-de-açucar ha 3,0 
 Pastagem melhorada ha 4,0 
 Reflorestamento ha 1,0 
 Capineiras divesas ha 0,5 
 Milho safra ha 1,5 
 Milho forrageiro ha 1,5 
SAU/Área Total (%) 
 
% 61,66 
Unidade Trabalho Homem 
 (UTH) - Total UTH 3,5 
SAU/UTH 5,29 
Unidade de Tração (UT) HP 11,91 
SAU/UT 1,55 
 
A atividade de produção de cachaça tem como característica o uso da mão-de-obra em 
um período do ano cuja demanda é menor pelas outras atividades, o que representa 
um bom aproveitamento deste recurso na propriedade. 
 
A atividade apresenta-se como uma boa alternativa para agregação de valor e geração 
de renda para a família. 
 
Tabela 25 – Principais indicadores econômicos da atividade produção de cachaça no 
ano agrícola 2004/05 
Indicador Unidade Valores 
Renda Bruta Total R$ 14.140,00 
Custos variáveis R$ 5.655,00 
Margem Bruta R$ 8.485,00 
Custos fixos R$ 4.744,12 
Lucro atividade R$ 3.740,88 
Preço médio do produto R$/litro 1,80 
Custo variável produto R$/litro 0,72 
Custo fixoproduto R$/litro 0,604 
Custo total produto R$/litro 1,324 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27
 
4. Conclusões 
 
 
Os resultados obtidos das tabulações dos indicadores técnico-econômicos permitiram 
constatar a existência de diferenças significativas na performance desses indicadores. 
Isto implica dizer que existem grandes diferenças no lucro e na remuneração dos 
fatores de produção, por exemplo, entre diferentes propriedades rurais dentro de um 
sistema de produção semelhante. As propriedades do grupo de cabeça (topo 25%) 
podem servir de “inspiração” para que propriedades rurais com performance inferior 
possam atingir resultados semelhantes aquelas de melhor desempenho. 
 
Finalmente, pode-se concluir que este documento poderá ser importante instrumento e 
fonte de informações para os produtores rurais, no sentido sistematizar o 
acompanhamento gerencial e subsidiar a tomada de decisão visando melhorar o 
desempenho dos sistemas e das atividades do litoral sul catarinense. 
 
 
5. Literatura consultada 
 
ARAUJO, L.A. A utilização da programação linear no planejamento agrícola 
catarinense. In: SEMINÁRIO ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO RURAL, 5, 2000, 
Itajaí. Anais... Itajaí: Epagri, 2000. CD-Rom. 
 
ARAUJO, L. A,; HESSMANN, H. A,; DALPONTE, A,; PELLEGRIN, L.C de; LONGHI, 
R.F. Melhoria dos sistemas produtivos da agricultura familiar do Litoral Sul 
Catarinense. Florianópolis. Epagri, 2000. 39 p. 
 
ARAUJO, L. A,; HESSMANN, H. A,; DALPONTE, A,; PELLEGRIN, L.C de; LONGHI, 
R.F. URP8: Região do Litoral Sul Catarinense. In: EPAGRI. Manual de referência 
técnico-econômicas de sistemas de produção agropecuários de Santa Catarina. 
Florianópolis, 2005. 413p. (Epagri. Documentos, 218). 
 
CORDONIER, P; CARLES, R; MARSAL, P. Economía de la empresa. Madrid: Mundi-
prensa, 1973. 506p. 
 
 
 
 
 
 
 28
	null
	ANÁLISE TÉCNICA E ECONÔMICA COMPARATIVA DE SIST�
	NO LITORAL SUL CATARINENSE \(UPR 8\) ��- 200�
	ANÁLISE TÉCNICA E ECONÔMICA COMPARATIVA DE SIST�
	NO LITORAL SUL CATARINENSE (UPR 8)
	1 Introdução
	2 Metodologia
	3 Resultados e discussão
	3.1 Indicadores técnico-econômicos dos principai
	3.1.1 Sistema bovino de leite da região de Tubar�
	3.1.2 Sistema arroz irrigado da região de Criciú
	3.1.3 Sistema fumo de estufa da região de Criciú
	3.1.4 Sistema banana da região de Criciúma
	3.2. Indicadores técnico-econômicos das principa
	3.2.1 Indicadores técnico-econômicos da atividad
	Bovino leite
	3.2.2 Indicadores técnico-econômicos da atividad
	
	
	Bovino de leite
	Cabeça1
	Média2
	Cola3
	Efetivo médio de vacas
	11,58
	18,33
	24,83
	Margem Bruta/vaca (R$)
	2.048,50
	1.283,12
	537,23
	Cabeça1
	Média2
	Cola3
	DH
	DH
	DH
	
	
	Cabeça1
	Média2
	Cola3
	Cabeça1
	Média2
	Cola3
	A área média cultivada com fumo foi de 5ha, na q
	Banana branca
	B. Caturra
	Cabeça1
	Média2
	Cola3
	Média
	3.2.9 Estudo de caso de uma propriedade com produ
	Conclusões
	5. Literatura consultada

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