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Apostila do Sistema Digestório

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Apostila de Sistema Digestório
2018
Medicina Veterinária
Introdução
Todos os animais são heterotróficos, tendo como única fonte de carbono moléculas orgânicas sintetizadas por outros seres. Os herbívoros alimentam-se de produtos vegetais, os carnívoros de outros animais ou produtos de origem animal e os omnívoros apresentam uma dieta mista. Com pequenas mudanças todos os animais precisam dos mesmos nutrientes básicos (minerais, vitaminas, glicídios, lipídios, protídos) que fazem parte dos alimentos geralmente em forma mais complexa, pelo que terão que ser digeridos antes de utilizados. O conjunto de processos que ocorrem desde a ingestão dos alimentos até a sua utilização final nas células designa-se nutrição e é semelhante em todos os animais, onde existem células, cavidades ou órgãos especializados nesse processamento dos alimentos.
2. Sistema Digestório
 2.1 Funções primárias
Captação dos alimentos através da boca (ingestão); 
Liberação de enzimas, ácidos e água no lúmen do trato gastrointestinal.
Triturar, dissolver e misturar os alimentos, impulsionando-os pelo trato gastrointestinal;
Digerir os alimentos através do processo de degradação química (moléculas grandes são transformadas em menores) e mecânica (moídos na boca e triturados nos músculos do estômago e intestinos);
Absorção de nutrientes e outras substâncias que passam dos alimentos para o sangue e para a linfa.
Eliminação das fezes do trato gastrointestinal (processo de defecação). São eliminados revestimentos do trato gastrointestinal, células não utilizadas pelo organismo, bactérias e matérias orgânicos não absorvidos.
Os carnívoros apresentam tubo digestório curto. 
A câmara de fermentação dos Herbívoros é o ceco, maior parte do seu intestino.
A câmara de fermentação dos bovinos é o estômago. 
Glândulas salivares, pâncreas e fígado são glândulas anexas do sistema digestivo.
 
 
2.2 Ingestão
Alimentos são captados e introduzidos no corpo, por métodos variados, consoante o animal.
 2.3 Mastigação
Mastigação – primeiro processo na digestão dos alimentos.
A mastigação envolve a trituração do alimento em pequenos pedaços, o que é realizado pelos dentes. Ela mistura o alimento com a saliva, o que lhe dá uma consistência pastosa.
2.4 Digestões e a absorção do alimento:
Digestão é o processo de transformação de moléculas de grande tamanho, por hidrólise enzimática, liberando unidades menores que possam ser absorvidas e utilizadas pelas células. Dessa forma, proteínas, gorduras e carboidratos, por exemplo, são desdobrados em aminoácidos, ácidos graxos e glicerol, glicose e outros monossacarídeos, respectivamente.
2.4.1 Dois tipos de digestão: Extra e Intracelular
Nos protozoários, a digestão do alimento deve ser efetuada no interior da célula, caracterizando o processo de digestão intracelular. De modo geral, são formados vacúolos digestivos no interior dos quais a digestão é processada.
Nos animais pluricelulares mais simples, como as esponjas, a digestão é exclusivamente intracelular e ocorre no interior de células especiais conhecidas como coanócitos e amebócitos. Nos celenterados e platelmintos, já existe uma cavidade digestiva incompleta, isto é, como uma única abertura - a boca. Nesses animais, mas o término ainda é intracelular.
À medida que os grupos animais ficam mais complexos, a digestão ocorre exclusivamente na cavidade digestiva, ou seja, é totalmente extracelular. É o que acontece a partir dos nematelmintos, nos quais a eficiência do processo digestivo garante a fragmentação total do alimento na cavidade digestiva. Os resíduos alimentares não digeridos são eliminados pelos ânus. Os primeiros animais com cavidade digestiva completa (boca e ânus) pertencem ao grupo dos nematelmintos. No homem e em todos os vertebrados, a digestão é extracelular e ocorre inteiramente na cavidade do tubo digestório.
3. Sistema digestório
O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus.
3.1 Boca
A palavra boca indica não somente a cavidade oral e suas paredes, mas também as composições que nela se projeta como, por exemplo, dentes, língua e as estruturas que drenam como as glândulas.  A boca exerce várias funções como: Apreensão (todos os animais usam a boca como ferramenta de apreensão). Mastigação (serve para aumentar a superfície de contato do alimento com a saliva e as enzimas digestoras). Pode também apresentar a função de ataque e defesa e quando a cavidade nasal está danificada por algum motivo patológico a boca serve de via aérea. Localização da cavidade bucal: tem início entre os lábios e continua na faringe, no vestíbulo a cavidade bucal é divida pelos dentes e bordas maxilares, este vestíbulo tem uma direção caudal em direção ao ramo da mandíbula.  Já quando se trata de lábios e suas diferentes formas liga-se este assunto diretamente a dieta e costumes que o animal possui, por exemplo, na espécie equina como os lábios são utilizados para coletar e colocar o alimento na boca os lábios vão ser muitos flexíveis e móveis. Já no caso dos felinos os lábios vão ser menores e pouco flexíveis, pois participam da preensão do alimento. Nos bovinos os lábios são insensíveis e grandes apresentando nitidamente papilas labiais. Os lábios têm suma importância também nos animais recém-nascidos, pois eles vão fazer o encaixe perfeito da boca do animal com a teta da mãe para que realizem perfeitamente o movimento de sucção. Na cavidade oral vamos encontrar certas estruturas como: Palato duro, palato mole, carúncula sublingual, arco palatoglosso, tonsila palatina e frênulos, Língua, arco palatofaríngeos, papilas bucais, comissura labial e recesso sublingual.
Função: Segurar, triturar e misturar o alimento com a saliva.
Constituição: Lábios; entrada da boca, aparência e mobilidade variam entre espécies.
Vestíbulo da boca: Pequeno espaço entre os dentes e os lábios.
Cavidade própria da boca: Localiza-se profundamente aos dentes e é ocupada, sobretudo pela língua. Termina em um estreitamento próximo à base da língua, a faringe.
A parede dorsal da cavidade bucal compreende o palato duro rostralmente e o palato mole caudalmente.
O palato duro é formado por ossos incisivos, maxilar e palatino, e sua membrana mucosa espessa envolvente é caracterizada por pregas transversais proeminentes denominadas rugas palatinas.
O palato mole é uma lâmina musculo mucosa que se estende em direção à base da epiglote.
3.3.1 Cão - Cavidade Oral
Suíno – Cavidade Oral
		Equino – Cavidade Oral
Na boca do bovino vamos encontrar: papila incisiva, palato duro, palato mole, rugas palatinas, rafe palatina e uma estrutura que substitui os dentes incisivos e caninos eles vão apresentar um pulvino dentário (somente nos bovinos), e em toda sua extensão apresenta papilas bucais.
Bovino – Cavidade Oral
3.2 DENTES
Os dentes são  estruturas implantadas no maxilar e na mandíbula, relacionados à preensão, ao corte e a trituração de alimentos. Alternativamente, os dentes são utilizados por muitos animais como instrumentos de autodefesa ou de ataque. Podem ser classificados:
Quanto à forma: homodontes (todos os dentes da boca são iguais) e heterodontes (os dentes na arcada são diferentes e cada um desempenha uma função).
Quanto ao número de fileiras dentárias: polifiodontes (várias fileiras de dentes) e difiodontes (duas fileiras de dentes).
Quanto à evolução da implantação dentária: pleurodontes (unidos à superfície interna dos maxilares), acrodontes (unidos à superfície óssea dos maxilares) tecodontes (implantados nos ossos - alvéolos).
A condiçãoatual dos animais é: tecodonte, heterodonte e difiodonte.
Quanto ao crescimento após a erupção: braquiodonte (são dentes curtos e seu crescimento é interrompido após erupção) e hipsodonte (são dentes longos e seu crescimento  é contínuo ao longo da vida). Os equinos possuem os pré-molares, molares e incisivos hipsodontes. Os ruminantes possuem os pré-molares e molares. Já os suínos, possuem apenas os caninos com essa característica.
Os dentes são organizados em dois arcos dentais, um associado à mandíbula e outro aos ossos incisivo e maxilar.
 Cão Foto 1 Equino Foto 2
 Suíno Foto 3
3.2.1 Tipos de dentes no Cão Foto 1
INCISIVOS na cor azul;
CANINOS cor vermelho (Obs.: Ruminantes não possuem caninos);
PRÉ-MOLARES (Verde) e os MOLARES (Amarelo), que em herbívoros são morfologicamente semelhantes. Apenas os pré-molares são precedidos por dentes decíduos.
3.2.2 Dentes Equino Foto 2:
Na primeira dentição eles possuem 24 dentes, tendo apenas incisivos e pré-molares, e após a troca, há uma oscilação na fórmula dentária, onde machos podem ter de 40 a 44 dentes, e fêmeas, de 36 a 44 dentes.  Essas variações se devem ao fato de que o canino pode não existir em éguas, ou ser rudimentar em ambos os sexos e também pela presença irregular do primeiro pré-molar, chamado de dente de lobo.
CURIOSIDADE
Cães também usam aparelho nos dentes:
O tratamento ortodôntico para animais existe já há 15 anos no Brasil, apesar de ser pouco utilizado pela falta de profissionais, por ser um pouco invasivo e por alguns animais não aceitarem o aparelho muito bem. Há casos em que eles são cruciais e a não utilização do aparelho pode impedir o animal de se alimentar ou até mesmo provocar lesões graves dentro da boca do bichinho. O sorriso perfeito não é o objetivo quando se trata de medicina veterinária. Os ortodontistas veterinários corrigem problemas na arcada dentária, como o desalinhamento dos dentes, para que os animais de estimação possam viver de forma mais saudável e, principalmente, sem dor.
3.3 LÍNGUA: A língua consiste em uma massa muscular recoberta por mucosa. Ela é dividida: ápice, corpo e raiz.
Assim como os dentes, a língua participa da digestão mecânica. Ela ajuda a mistura o alimento na boca, e dessa forma, fazer com que a saliva umedeça todas as partes possíveis do alimento. Elas possuem estruturas anatômicas sensórias e mecânicas chamadas de Papilas. O formato da língua também muda de espécie de animal para outra. Um importante aspecto que devemos observar no estudo anatômico da língua dos animais é a estrutura e a distribuição das papilas linguais, estas estão localizadas na face dorsal e nas bordas da língua. De acordo com as espécies, existem variações das papilas relacionadas com o tipo de alimentação e a adaptação do animal as condições ambientais.
   As papilas linguais nos mamíferos domésticos recebem nome de acordo com o aspecto e a forma: Filiformes, Fungiformes, Cônicas, Lentiformes, Valadas e Foliadas.
Papilas Filiformes: São pontiagudas, numerosas e situadas no dorso do ápice. No equino tem aspecto aveludado. Nos ruminantes e felinos são queratinizadas e ásperas. Estão presentes em todas as espécies e sua função é mecânica.
 Papilas Fungiformes: Possuem forma arredondada de cogumelo. Estão localizadas nos bordos e no dorso da língua, presentes em todas as espécies e de função gustativa.
Papilas Cônicas: São projeções pontiagudas no dorso da raiz da língua. São ausentes no equino. Nos ruminantes estão situadas no Toro Lingual. Sua função é mecânica.
  Papilas Lentiformes: São pequenas placas arredondadas semelhantes a lentilhas. 
Estão sobre o Toro Lingual e presentes somente nos ruminantes. Sua função é mecânica.
Papilas Valadas: Forma arredondada, circundada por um Sulco no dorso da raiz da língua. São encontradas de 2 a 8 e possuem de 6 a 7 mm de diâmetro. Estão presentes em todas as espécies e tem função gustativa.
Papilas Folheadas: Situadas no bordo da raiz da língua. São pequenas pregas ausentes nos ruminantes e de função gustativa.
A língua apresenta grande mobilidade, sendo essencial na captura de alimentos e na sucção de líquidos. Para facilitar o estudo dividimos a língua em três partes:  
Ápice ou vértice: é a parte mais rostral da língua, nos bovinos é pontiagudo, nos carnívoros é arrendondado, nos suínos é afilado e nos equinos tem a forma de espátula. Na parte ventral do ápice há uma prega fixada ao assoalho da cavidade oral propriamente dita que se chama Frênulo Lingual.
Corpo: parte média, no interior da cavidade oral propriamente dita, próximo aos dentes molares. Nos ruminantes há uma elevação dorsal que se chama Toro Lingual, ele auxilia na mastigação, pressionando o alimento contra o palato duro.
Raiz: está voltada quase totalmente na faringe. Fixada ao osso Hióide e a mandíbula.
Segue Abaixo Algumas Fotos tipos de Línguas e suas Marcações:
 3.3.1 Língua Suína:
3.3.2 Língua Bovina
FARIF
3.3.3 Língua Cão
3.3.4 Fotos Língua Equina
3.3.5 Língua Gato
3.3.6 Língua Ruminante
Todas as Línguas
3.4 Faringe
A faringe é a passagem comum de alimento e ar, caudal as cavidades oral e nasal, sendo revestida por mucosa e circundada por músculos. A faringe pode ser dividida de forma arbitrária em parte nasal da faringe (nasofaringe), parte oral da faringe (orofaringe) e a parte laríngea da faringe (laringofaringe), assim denominadas por sua associação a essas regiões.
3.5 Esôfago:
 É um tubo músculo-membranoso que  se estende da faringe até o estômago para conduzir o alimento, sendo dividido nas porções: cervical, torácica e abdominal (curta). Ele começa logo após o termino da faringe e acompanha a traqueia, mas na região do pescoço ele tem um pequeno desvio para esquerda, passa pelo diafragma e fígado até chegar ao estômago no cárdia.O lume do esôfago aumenta por ocasião da passagem do bolo alimentar, o qual é impulsionado por contrações da musculatura lisa de sua parede (movimentos peristálticos).No bovino tem um comprimento de 90 a 105 cm.
Cão ->
 3.5.1 Cão – Esôfago
3.6 ESTÔMAGO DO NÃO-RUMINANTE (ESTÔMAGO SIMPLES)
O estômago é caudal ao lado esquerdo do diafragma.
 O estômago simples é macroscopicamente subdividido:
Cárdia (entrada), paredes constitui o esfíncter funcional;
Fundo;
Corpo;
Região pilórica (saída) - músculo esfinctérico (piloro);
Curvatura menor - lado côncavo muito curto;
Curvatura maior - lado convexo muito maior.
Estomago Fechado Cão Estomago Aberto – Cão
 
3.6.1 ESTÔMAGO RUMINANTE
Estômago único modificado pela expansão marcante da região esofágica em três divertículos distintos e volumosos:
Epitélio escamoso estratificado;
Câmaras onde o alimento é sujeito a digestão por microrganismos lúmen;
Retículo pré-estômagos;
Omaso aglandulares;
Abomaso;
Rúmem (ruminorretículo). 
A mucosa na região da cárdia forma duas pregas musculares que criam um sulco da cárdia ao omaso, este é o sulco ruminorreticular.
 Estomago Fechado Ruminante Estomago Aberto Ruminante
3.6.2 Omaso
O omaso é um órgão esférico preenchido por lâminas musculares que se alojam em folhas, como páginas de um livro. 
O omaso localiza-se do lado direito do ruminorretículo, imediatamente caudal ao fígado, e no bovino entra em contato com a parede direita do corpo.
3.6.3 Abomaso
O abomaso (estômago verdadeiro) é a primeira porção glandular do sistema digestório do ruminante.
3.6.4 Rúmem (ruminorretículo). 
3.6.5 Estomago Equino
No equino, o fundo é aumentado, criando o saco cego, cuja mucosa é de epitélio pavimentosoestratificado e não glandular. O estômago do suíno tem uma bolsa semelhante, porem menor, camada divertículo ventricular; a mucosa dessa parte do estômago do suíno é do tipo colunar simples e glandular típica. O corpo do estômago é a parte expansível, definida externamente pela curvatura maior. O tamanho do corpo gástrico é determinado em grande parte pelo grau de enchimento, ele se estreita à medida que o estômago se dobra ventral e à direita, tornando-se a região pilórica. Um esfíncter muito forte, o piloro, regula a saída do estômago nessa região. 
3.6.6 Estomago Suíno
No suíno, o piloro tem um alongamento muscular e gorduroso, o toro pilórico, cuja a função é desconhecida. A túnica muscular do estômago dispõe de 3 camadas descontinuas de músculo liso: uma longitudinal externa e uma circular média e uma oblíqua interna. O lúmen do estômago simples tem várias regiões histologicamente distintas cujos nomes são semelhantes às partes visíveis do estômago, mas infelizmente não tem correspondência direta com elas. Imediatamente circundando a cárdia está uma área de epitélio estratificado pavimentoso denominada de região esofágica. Esta região não aglandular é limitada em suínos, mas expandida em equinos, em que reveste o saco cego. É a região esofágica do estômago que se expande acentuadamente nos ruminantes, onde forra o compartimento gástrico anterior. Exclusivamente na região esofágica, a mucosa do estômago simples é glandular. À observação macroscópica, a mucosa aí apresenta pregas gástricas proeminentes que permitem a expansão do volume do estômago para acomodar o alimento. Em nível microscópico, o epitélio colunar da túnica mucosa ondula-se em pregas invaginadas que criam depressões denominadas fossetas gástricas. Uma transmissão do epitélio estratificado pavimentoso da região esofágica para o epitélio colunar na cárdia glandular. Tal transmissão é visivelmente evidente no equino, em que se denomina margem pregueada. 
Estomago Fechado Suíno Estomago aberto Suíno
3.7 Intestino Delgado
O duodeno é a primeira das três divisões do intestino delgado.
O duodeno emerge no piloro do estômago e recebe ductos do pâncreas e do fígado nesta região.
 O jejuno é a maior parte do intestino delgado (até 28m no equino). Histologicamente, o jejuno é semelhante ao duodeno, embora linfonodos na junção mucosa-submucosa possam ser mais numerosos.
O íleo é a última parte curta do intestino delgado. Ele se distingue do jejuno por uma prega do mesentério entre ele e o ceco.
Intestino Equino
3.8 Intestino Grosso
O intestino grosso consiste no ceco, um saco cego, e no cólon (colo), que compreende as partes ascendente, transversa e descendente. O cólon descendente termina no reto e no canal anal.
Intestino Grosso Equino
3.8.1 Intestino Ruminante
Intestino Suíno
Intestino Cão
Há consideravelmente mais variação no intestino grosso de uma espécie para outra do que no intestino delgado.
Ruminantes
No ruminante o ceco tem cerca de 12 cm de diâmetro e, quando está cheio, sua terminação cega projeta-se caudalmente até a entrada pélvica. Cranialmente, o ceco é contínuo com o cólon.
Suíno
O ceco suíno é um saco cego moderadamente grande (1,5-2,2 litros) que se projeta cranioventralmente próximo à linha mediana.
Equino
O equino possui o maior e mais complexo intestino grosso de todos os animais domésticos.
O ceco no equino é uma estrutura em forma de vírgula que se estende de sua base no lado direito da entrada pélvica ao assoalho da cavidade abdominal, onde o ápice se aloja caudal ao diafragma próximo à cartilagem xifoide do esterno.
O ceco é o local primário de fermentação no equino, e sua capacidade média é de cerca de 33 litros.
4. ÓRGÃOS DIGESTÓRIOS ACESSÓRIOS
Além das várias glândulas pequenas localizadas nas paredes do estômago e do intestino, as glândulas acessórias incluem:
As glândulas salivares,
O pâncreas
O fígado.
Glândulas Salivares
As glândulas salivares principais são:
Parótidas;
Mandibulares;
Sublinguais.
As glândulas salivares menores incluem as glândulas labial, bucal, lingual e palatina.
4.1 Pâncreas
O pâncreas é uma glândula composta que possui partes endócrina e exócrina.
A parte exócrina do pâncreas produz bicarbonato de sódio e enzimas digestivas, que passam pelos ductos pancreáticos e drenam dentro do duodeno próximo à abertura do ducto biliar.
A endócrina consiste em grupos de células pálidas dispersas por toda a glândula. Essas são denominadas ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langherans). Elas produzem os hormônios glucagon e insulina.
4.2 Fígado
Maior glândula do corpo varia pouco no número de lobos e localização intra-abdominal de uma espécie para outra.
Localizado imediatamente caudal ao diafragma, no lado direito, particularmente em ruminantes
Foto Fígado Bovino
Fígado Cão Aberto
Foto Fígado Cão
Fígado Cão aberto
Fígado Equino
5. Vesícula Biliar
Todos os animais, exceto o equino, possuem vesícula biliar para armazenamento da bile.
É o local de armazenamento da bile, que foi produzida no fígado. A vesícula biliar se abre no ducto Cístico, que recebe os ductos hepáticos provenientes de cada lobo e a partir do momento onde o último ducto hepático entra no ducto Cístico passa a se chamar ducto biliar comum.  O ducto biliar comum despeja a bile no duodeno descendente próximo à flexura duodenal cranial na papila duodenal maior. A bile é jogada no duodeno para emulsificar a gordura, facilitando a absorção, e é eliminada juntamente com as fezes. O cavalo não apresenta vesícula biliar.
 
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