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Aula 04 Blocos Econômicos União Europeia II

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Brexit = Britain + Exit 
Referendo: 23/06/2016 
 
Entre os que defendem a saída do Reino Unido da União Europeia, um dos principais 
argumentos é econômico. Eles afirmam que, com o Brexit, o Reino Unido ficaria livre 
para estabelecer relações comerciais com outros países, por exemplo, a China. Os 
favoráveis ao Brexit afirmam que a taxação sobre as exportações para países de fora da 
UE é extremamente alta. 
Outro ponto é que o Reino Unido não teria que enviar dinheiro a Bruxelas – o 
equivalente a 440 milhões de euros semanais –, para contribuir com o Orçamento 
europeu. O dinheiro poderia ser usado em pesquisa científica e novas indústrias, dizem 
os defensores do Brexit. 
Além disso, os defensores da saída alegam que o Reino Unido poderá, caso saia da UE, 
alterar as políticas de migração e criar seu próprio regulamento para a entrada de 
refugiados. Esse último ponto é muito polêmico e tem muito peso na votação, em um 
momento de grave crise migratória e em que os países europeus não conseguem 
chegar a um acordo sobre como deve ser a política para os refugiados. 
O Parlamento também tem que dizer sim! 
 
Em decisão histórica, que pode complicar as coisas para o Governo de Theresa 
May, o Supremo Tribunal britânico decidiu no início de 2017 que a efetivação 
das negociações para a saída do país da União Europeia terá de ser aprovada 
pelo Parlamento. A sentença dá aos deputados a possibilidade de emendar e 
dificultar a aplicação dos planos da primeira-ministra, que preveem um Brexit 
puro e contundente, que retire totalmente o Reino Unido do mercado único 
europeu a fim de retomar o controle total sobre a imigração. 
O Governo reivindicava o seu direito de usar a prerrogativa real – que permite 
ao Executivo tomar determinadas decisões em nome da Coroa sem consultar o 
Parlamento – para recorrer ao artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece a 
abertura de um prazo de dois anos para a efetivação da separação da União 
Europeia. 
PIIGS = Portugal, Italy, Irland, Greece e Spain 
Em 2008, os Estados Unidos presenciaram o estouro da bolha imobiliária, terremoto que atingiu 
duramente a maior economia do planeta e gerou ondas de impacto em dezenas de outros países. 
Dois anos mais tarde, a crise atingiu em cheio a União Europeia, que se acreditava ser o mais sólido 
bloco econômico do mundo. Na raiz da crise europeia, está a enorme dívida pública, ocasionada por 
gastos excessivos, com despesas maiores do que as receitas e sem o devido lastro de reservas. 
O problema foi, em suma, fiscal. Países financeiramente mais frágeis, como Grécia e Portugal, ou 
economias até então consideradas mais fortes, como Itália e Espanha, vinham, há anos, gastando 
mais do que conseguiam arrecadar. Assim, o Estado passou a financiar os custos por meio de 
empréstimos. 
O Tratado de Maastricht (1992), que instituiu a Comunidade Europeia, estabeleceu para os países-
membros que a relação entre dívida pública e produto interno bruto (PIB) não poderia ultrapassar o 
limite de 60%. 
Na Grécia, o pior caso de descontrole das contas públicas na Zona do Euro, a dívida alcançou a marca 
de 148,6% do PIB em 2010, ficando na casa dos 340,2 bilhões de euros. Quando os números foram 
divulgados, instalou-se a desconfiança de que o governo grego não conseguiria honrar os 
compromissos e os investidores começaram a pensar duas vezes antes de comprar ações e títulos 
europeus. 
Crise Migratória – Os Refugiados 
Vítimas de guerras civis, terrorismo, perseguições e miséria, eles buscam no 
continente uma chance de uma vida mais digna, mas nem sempre chegam à 
terra firme. Só em 2015, mais de 2.500 pessoas morreram afogadas na travessia, 
um número sem precedentes. 
 
Quem são os imigrantes? 
 
De todo o contingente que cruzou o Mar Mediterrâneo em direção a Europa 
durante os primeiros seis meses de 2015, um terço era formado por homens, 
mulheres e crianças da Síria, cujos cidadãos têm sido quase universalmente 
reconhecidos como refugiados ou elegíveis a outras formas de proteção 
internacional. Os outros dois terços são majoritariamente originários de países 
como Afeganistão e Eritréia. 
"Enquanto a Europa debate a melhor maneira de lidar com esta crescente crise 
no Mediterrâneo, os refugiados são a maioria dos que chegam à Europa em 
busca de proteção", afirmou o Alto Comissário da ONU para Refugiados, 
António Guterres. 
 
No caso da África, países como Senegal, Mali, Guiné e Gâmbia concentram os 
maiores índices de imigrantes ilegais rumo a Europa. A maioria deles são 
homens solteiros na faixa dos 20 anos. 
 
Para o pesquisador do observatório interdisciplinar de políticas públicas e 
professor de economia José Renato de Campos Araújo, esse aumento no fluxo 
de migratório se deve principalmente ao crescente número de conflitos internos 
em países da África e do Oriente Médio. 
O Tráfico 
Para atravessar o Mediterrâneo, os imigrantes se arriscam em embarcações 
superlotados sem o mínimo de segurança. Aliciados por traficantes de 
pessoas, os passageiros acabam desenbolsando quantias maiores do que R$ 
10 mil por pessoa, o que torna o negócio altamente lucrativo – um único 
barco pode render US$ 1 milhão. 
 
Apesar do pagamento alto, eles não têm qualquer garantia de que terão seus 
pedidos de refúgio aceitos. Muitos não ficam no destino final e são mandados 
de volta aos seus respectivos países de origem. 
As Rotas 
Antes de chegarem aos países onde vão buscar refúgio, muitos migrantes passam por 
países vizinhos, como Turquia e Líbano, em busca de proteção. Mas como esses 
Estados vivem uma crise estrutural e econômica – até pela chegada cada vez maior de 
refugiados sem o devido apoio internacional –, a única opção acaba sendo seguir 
viagem. 
 
Muitos dos milhares de imigrantes que chegam à Grécia todos os dias, principalmente 
a partir da vizinha Turquia, têm como objetivo atingir a Macedônia, onde pegam um 
trem superlotado para a Sérvia. Lá, eles tentam alcançar a União Europeia novamente, 
através da Hungria. 
 
Tanto que, atualmente, a rota mais utilizada por aqueles que conseguem chegar à 
Europa, é a dos Balcãs Ocidentais (a fronteira terrestre húngara com a Sérvia), onde o 
número de migrantes detidos ultrapassou os 10 mil de janeiro a abril de 2016. No 
período entre 1º de Janeiro e 31 de maio, mais de 50 mil migrantes foram pegos nessa 
rota, um aumento de 880% em relação ao mesmo período de 2014. 
No amanhecer desta segunda-feira saíram do porto grego de Lesbos os primeiros imigrantes 
expulsos pela União Europeia para a Turquia segundo um acordo bilateral criticado pela 
ONU. Assim a União Europeia começa a cumprir seu calendário de expulsar até 600 
imigrantes e refugiados da Grécia. Este é o primeiro envio do controverso acordo feito entre 
Bruxelas e Ancara no mês passado, com o qual a UE busca resolver a crise migratória. 
As expulsões, inéditas até agora, colocam em andamento a mudança radical em política 
migratória da UE, que passou a considerar a Turquia como um país seguro ao qual se pode 
enviar os refugiados. Dos 202 deportados nesta segunda, 136 são homens do Paquistão, 
Bangladesh e Marrocos. Da vizinha ilha de Quios partiu um outro grupo de 66 pessoas. 
 
No domingo, a Grécia ainda negociava as condições desse primeiro transporte, que pode 
assentar as bases das futuras devoluções. Atenas exigia que os deportados viajassem à 
Turquia dentro de ônibus e no porão do barco, opção que desagrada a Comissão Europeia, 
que afirma que viajar durante um trajeto de duas horas nessas condições e no escuro é 
“asfixiante”, segundo fontes da negociação. Na noite de domingo, Atenas se mostrou 
receptiva ao argumento da Comissão. O barco, da empresa Eleftherios Venizelos e com uma 
capacidade de 2.500 passageiros, voltará vazio à Grécia para realizar, pelo menos, outra 
viagem. 
A Turquia desempenha umpapel essencial na negociação, sabedora de que os países 
membros da UE buscam acabar com as partidas de imigrantes do território turco e fechar a 
rota do Mar Egeu, pela qual por volta de 900.000 imigrantes chegaram à Europa, fugindo da 
pobreza e da guerra no Oriente Médio, África e Ásia.

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