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Esquema de organização político administrativa

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Organização Político-Administrativa
	Demonstra que as entidades integrantes da República Federativa do Brasil, União, Estados, Distrito Federal e Municípios, encontram autonomia, que se organizam com base no princípio de que as pessoas jurídicas de direito público interno devem conviver equilibradamente, sem conflito de atribuições.
Os entes da federação encontram seu caminho traçados por normas e padrões estabelecidos pelos poderes que o compõem, quais sejam poder Legislativo, Executivo e Judiciário, que apesar de uma tríade formada nada mais são que composições unas de um só poder, tendo neste contexto funções diversas uns dos outros.
A organização Político-Administrativa, tem seu início no Título III, Capítulo I da Constituição Federal, dos artigos 18 ao 43, sendo de fundamental importância sua análise e compreensão literal.
*Estado unitário:
É um Estado ou país que é governado constitucionalmente como uma unidade única, com uma legislação constitucionalmente criada. O poder político do governo em tais Estados pode ser transferido para níveis inferiores, como os das assembléias eleitas local ou regionalmente, governadores e prefeitos ("governo devolvido"), mas o governo central detém o direito principal de retomar tal delegação de poder.
Em um Estado unitário, qualquer unidade subgovernamental pode ser criada ou extinta e ter seus poderes modificados pelo governo central. O processo no qual as unidades subgovernamentais e/ou parlamentos regionais são criados por um governo central é conhecido por devolução. Um Estado unitário pode ampliar e restringir as funções de tais (sub)governos devolvidos sem o consentimento formal dessas entidades. No sistema federativo, ao contrário, as assembléias nesses estados, que compõem a Federação, têm uma existência constitucional e suas atribuições são determinadas por ela e não podem ser unilateralmente modificadas pelo governo central. Em alguns casos, tais como nos Estados Unidos da América, é somente o governo federal que tem poderes exclusivos para delegá-lo.
*FEDERAÇÃO:
	Vem da palavra em latim foedus, foederis, significa pacto, interação, aliança, elo entre Estados-Membros.
	A Federação é uma grande unidade, realizada dentro da diversidade existente no contexto, ela é um pluribus in unum, ou seja, uma pluralidade de Estados da unidade que é o Estado Federal.
A federação contem varias características, entre elas vislumbramos as mais importantes como: A constituição é fonte primária de todas as competências administrativas, legislativas e tributárias exercidas pelos governos locais; A representação do poder legislativo por interesse direto do povo; Entidades federativas têm renda própria, gerencia negócios, e pode também traçar comandos de ordem legislativo; O equilíbrio federativo; Criação ou modificação dos Estados existentes; e ainda, o STF cúpula do poder Judiciário que detém em sua atribuição a guarda dos preceitos constitucionais.
Dentro do universo constitucional existem outras figuras político-constitucionais de FORMAS DE ESTADO, como o Estado Unitário (poder centralizado – já falado anteriormente); Estado Regional (desdobramento do Estado Unitário) e ainda as Confederações (União de Estados Soberanos, por meio de tratado, tem como principal característica a dissolubilidade).
*Estado Federal brasileiro:
	O Estado brasileiro tem uma formação assimétrica, se diferencia da forma clássica. E, foi criado, pelo Decreto n. 1de 15/11/1889, na Constituição de 1891, de 24/03/1891.
	Inicialmente é importante falar sobre o conceito de federação assimétrica, é aquela no qual a divisão do poder político não é equânime, não é igual, somente existe no plano teórico. 
	 Desta forma podemos falar sobre o movimento de formação que diferencia a formação da federação brasileira do movimento de início Norte-Americano, haja visto que se caracteriza pela formação de fora para dentro das unidades da federação, ou seja, entidades soberanas abrem mão desta referida soberania em nome de um bem maior comum, formando assim uma única soberania em detrimento de outras várias, este é o movimento centrípeto; já o movimento brasileiro, centrífugo, foi de dentro para fora, pois éramos uma unidade que conquistou a autonomia através da formação do federalismo, pois o Estado unitário centralizado descentraliza-se mediante a criação de entes federados autônomos, este é o entendimento dos doutrinadores Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino.
Existe ainda um outro critério de formação histórica, que são aquelas federações formadas por: 
a) segregação – segregar poder, ou seja, dividir poder, são aqueles estados centralizados casos da União que divide poder com os Estados-Membros.
b) agregação - unir é o interesse maior, cada ente soberano abre mão de seu poder para unir forças, caso dos EUA, treze colônias autônomas que resolveram se unir, todas elas tinham poder máximo, por isso elas ainda têm muita força.
	FEDERAÇÃO
	CONFEDERAÇÃO
	Constituição
	Tratado
	Autonomia (dos entes)
	Soberania (dos entes componentes)
	Indissolubilidade (vedada à secessão)
	Dissolubilidade (há direito de secessão)
A Federação brasileira não é típica, pois é formada por entes que não são tipicamente formadores do estado federado, vejamos: Formação típica, União (poder central) e Estados (centros regionais de poder); Formação atípica, União (poder central), Estados (centros regionais de poder), e ainda, o que faz dele uma formação atípica, conforme estabelecido pela CF artigo 1 e 18, Distrito Federal e Municípios.
O Federalismo pode ser ainda DUAL e COOPERATIVO, o primeiro é utilizado pelos EUA, sendo rígida a separação das competências entre a entidade estatal (União) e os demais entes federados. Já o cooperativo modelo moderno, que está sendo substituído, é o típico caso da Republica Federativa do Brasil, onde se caracteriza por uma divisão não-rígida de competências.
Importante lembrar que, a República Federativa do Brasil, pessoa jurídica reconhecida pelo Direito Internacional, é o único titular da soberania, já os entes federados, União, Estado, Distrito Federal e Municípios, são componentes de tal soberania, pessoas jurídicas de direito público interno, detentores de autonomia.
*FORMAS DE GOVERNO:
	Refere-se à maneira como se dá a instituição do poder na sociedade, e como se dá a relação entre governantes e governados.
	A primeira delas é a REPUBLICANA (res publica – coisa do povo) vem para demonstrar que na forma republicana o individuo é eleito pela vontade popular, tendo assim o dever de prestar contas pelos atos praticados.
	Como características da república podemos verificar a eletividade, temporalidade, representatividade popular, responsabilidade governamental.
	Já na MONARQUIA, segunda forma de governo, podemos verificar como característica marcante a hereditariedade, vitaliciedade, ausência de representação popular.
*SISTEMAS DE GOVERNO:
	Sistema é o modo como se relacionam os Poderes Legislativo e Executivo, isto porque, se há uma maior independência entre esses poderes temos o sistema PRESIDENCIALISTA, já se houver uma maior relação, consequentemente menos independência entre os mesmo verificamos o sistema PARLAMENTARISTA.
	PRESIDENCIALISMO
	PARLAMENTARISMO
	Independência de poderes
	Colaboração entre os poderes
	Monocrático
	Dual
	Mandato por prazo certo
	Mandato por prazo indeterminado
	Responsabilidade do governante junto ao povo
	Responsabilidade o Governante junto ao Parlamento
*REGIMES DE GOVERNO:
	Os regimes se dividem em AUTOCRACIA E DEMOCRACIA, a ultima tendo ainda forma Direta, Indireta e Semidireta.
	A autocracia é vista como o regime de governo que não demonstra em sua atitude o interesse ou vontade popular sendo vista desta forma como a imposição de vontade, é um regime estruturado de cima para baixo, ou seja, os governantes fazem conforme seu interesse exclusivo sem qualquer interferência popular.
	Já na democracia constatamos uma situação inversa onde, o governo seforma de baixo para cima, ou seja, onde a manifestação popular está intimamente ligada como os dogmas relatados nas atitudes dos seus representantes. Assim sendo, os destinatários das normas participam da escolha de titulares de cargos públicos, produção de seu ordenamento jurídico e, também, no controle das ações do governo.
	Mas, a democracia tem formas de atuação, a direta ocorre quando o povo participa diretamente da realização dos atos governamentais como, realização de leis, administrando e julgando questões estatais.
	Já na democracia indireta ou representativa, conforme leciona José Afonso da Silva, é aquela que toda a forma de realização do governo cabe a representantes eleitos pelo povo, nenhuma função se destina a realização dos atos pelos representados.
	E, finalmente, na democracia semidireta, mistura os dois conceitos acima apresentados, onde o povo em alguns momentos realiza por sua própria vontade e atitude as funções governamentais e em outros momentos os atos serão realizados pelos representantes que foram eleitos por este povo.
*ENTES FEDERADOS:
	Diferente da forma original de federação, como já foi visto anteriormente, o Brasil é composto por entes que não fazem parte da estrutura original federativa, contudo como somos formados por um poder constituinte originário sem qualquer vínculo, independente, o mesmo compreendeu indispensável a formalização de mais dois componentes, Distrito Federal e Município.
	A Constituição Federal determina com excelência a competência de cada ente federado e aqui no propomos a verificar conceitualmente a existência e suas funções.
OBS.: Pessoa Jurídica de direito público, capacidade política – quando tem tal capacidade é ente político, podendo assim legislar; capacidade meramente administrativa – tem capacidade para exercer a função administrativa, mas não pode legislar. Tem natureza de autarquia. Ex: IBAMA, UFMG... 
1) UNIÃO: É pessoa jurídica de direito público interno, assim definida pelo Código Civil no artigo 41, sendo importante lembrar outras características como, a autonomia, competência legislativa e administrativa.
A União é o ente que tem como órgão responsável para a prática dos atos da República Federativa do Brasil no âmbito de funções internacionais a Presidência da Republica.
Desta forma como afirma o professor Marcelo Alexandrino, “a União ora atua em nome próprio, internamente, na sua relação com os demais entes federados, ora atua em nome de toda a Federação, quando representa a República Federativa do Brasil perante outros Estados soberanos.” Ainda importante ressaltar o mestre André Ramos Tavares, quando informar que embora a União não tenha personalidade internacional, são suas autoridades e órgãos que representam o Estado Federal nos atos e relações internacionais.
	No artigo 20 da Constituição Federal encontramos enumerados os bens públicos da União.
2) ESTADOS-MEMBRO : O Estado é o ente que compõe diretamente o conceito de Federação, é o ente típico por natureza da federação.
	A capacidade dos estados-membros está definida nos artigos 18, 25 e 28 da Constituição Federal.
	Os estados são formados pelo poder constituinte derivado decorrente, sendo assim organizados através de suas Constituições, também tem capacidade para legislar.
	Mas, não pode deixar de ser observado que os estados estão subordinados aos preceitos constitucionais, sendo sua constituição uma organização comungada com a vontade do poder constituinte originário. (Ex: artigo 34, VII)
3) MUNICÍPIOS: Artigos 18, 29 e 30, como um dos integrantes da federação a Carta Magna estabeleceu ao mesmo competências e autonomia, e destacou que a obediência a tal preceito é principio sensível, sendo estabelecido no artigo 34, VII, c, da CF, estando o estado que desrespeita-lo sujeito à intervenção federal.
O Município será estabelecido por lei orgânica, conforme preconiza o “caput” do artigo 29, devendo ser observada todas as regras constitucional e em especial os princípios estabelecidos neste mesmo artigo.
	Com relação ao poder legislativo municipal, o sistema é o mesmo do federal, devendo ser observado um número mínimo e máximo estabelecido pela própria CF. Mas, vale ressaltar que este número deve seguir um cálculo aritmético, pois, não é discricionário de cada município estabelecer este numero de vereadores e sim deverá ser seguido um patamar que traz igualdade entre estes entes.
	Importante ressaltar quanto ao poder legislativo municipal que o mesmo não goza de todas as prerrogativas inerentes ao federal, não tendo foro privilegiado, sendo desta forma, se for do interesse estadual, instituí-lo da constituição do Estado, conforme decisão do STF.
4) DISTRITO FEDERAL: Também tem prerrogativa de ente estatal, instituído nos artigos 18, 32 e 34 da Constituição Federal.
	Auto-organização estabelecida no artigo 32, conforme os princípios estabelecidos, devendo assim como os demais cumprir todas as formalidades necessárias ao fiel cumprimento do mesmo.
	Poder Executivo é estabelecido nas mesmas regras do federal, serão o Governador e Vice-Governador e, poder Legislativo, estabelecido pelos deputados distritais conforme as mesmas regras dos deputados estaduais.
	O distrito federal, não é estado e muito menos município, mas lhe foi atribuído competências legislativas e tributárias reservadas aos estados e municípios, artigos 32, §1º e 147.
	E o artigo 18, §1º, estabelece que Brasília é a capital federal.
*Territórios Federais:
	Os territórios não têm autonomia, eles são mera descentralizações administrativo-territoriais pertencentes à União.
	Os artigos 14 e 15 do ADCT extinguiram os únicos territórios que existiam, e até então não temos mais nenhuma outra formação, que seria possível conforme artigos 18, §2º e 33.
	Os estados poderão desmembrar-se para formar um novo território, mas somente será possível mediante previa aprovação da população diretamente interessada, artigo 18, §3º.
	Os artigos acima devem ser combinados com o artigo 48, VI da CF que traz outro requisito, para modificação de territórios e estados, vale enumerá-los:
A população interessada deve ser consultada mediante plebiscito;
Deverá ser feita lei complementar pelo Congresso Nacional;
Ouvir as assembléias legislativas dos estados interessados.
*REPARTIÇÃO DE COMPETENCIAS DOS ENTES FEDERADOS:
	Existem apenas duas modalidades de competências a expressa e as residuais. Mas, existem ainda, cinco situações diferentes de modalidades de competência, são elas: EXCLUSIVAS, PRIVATIVAS, COMUNS, CONCORRENTES E SUPLEMENTARES.
* Exclusivas, diz respeito à competência de determinados entes em exclusão aos demais federados.
* Privativas, atribuída a determinada entidade federativa com exclusão das demais, no entanto são competências delegáveis (sempre serão externa corporis). È importante ressaltar é que a regra é da indelegabilidade, isso quer dizer que sempre que houver delegabilidade esta deverá ser expressamente estabelecida.
* Comum, vai permitir o exercício cumulativo de competência, demonstrando atuação paralela de várias entidades federativas. Podem ser exercidas cumulativamente, não sendo atribuída a uma determinada entidade com exclusão das demais. 
* Concorrente, um ente legisla ao lado de outro, quando ocorrer a competência concorrente a União tem competência legislativa genérica enquanto os demais entes têm competência de legislar de forma específica, na ausência de norma geral, não há necessidade de obediência de critérios, mas a partir da realização de tal norma as demais deverão se adequar.
* Suplementares, serve para o preenchimento de lacunas e detalhamento de texto.
A – Competência Legislativa:
União – competência expressa, privativa (artigo 22); concorrente (artigo 24 – Estados, DF e Municípios);
Estados/DF – competência residual, exclusivas – artigo 25, parágrafo 1º 
Municípios/DF – competências expressas, exclusivas (artigo 29, caput) e concorrente (artigo 24 c/c 30, I, II); suplementares (artigo 30, II);B – Competência Administrativa:
União – competência expressas, comuns ( artigo 23); exclusiva (artigo 21).
Estados – competência expressas, comuns (artigo 23); exclusiva (artigo 25, parágrafos 2º e 3º);
Distrito Federal – competência expressas, comuns (artigo 23).
Municípios – competência expressas ( comuns, artigo 23; exclusivas, artigo 30, IV, V)
 
C – Competência Tributários:
União – competência expressa comum (artigo 145) exclusiva (artigo 153) 
Estados/DF – competência expressa comum (artigo 145) e exclusiva (artigo 155)
Municípios – competência comuns (artigo 145) e exclusivas (artigo 156)
D – Competência Residual:
União – exclusiva (artigo 154, I e 195, parágrafo 4º)
*INTERVENÇÃO:
	Trabalhada nos artigos 34 a 36, demonstra a necessidade de entes da federação intervir em outros de amplitude territorial menor, para impedir a realização de atos que venham interferir na ordem brasileira cotidiana, ocorrendo duas espécies, intervenção da União em Estados e Municípios estabelecidos em Territórios e, ainda, a intervenção dos Estados em seus municípios respectivos.
	Verificamos nesse momento, a existência dos chamados princípios sensíveis que demonstram a necessidade de sua intocabilidade para a sobrevivência do estado soberano.

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