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Estenose Aórtica Janine Alessi 10/04/17 DEFINIÇÃO ESCLEROSE da válvula aórtica: espessamento e calcificação da válvula sem gradiente significativo (V <2m/s); ESTENOSE aórtica: alterações da válvula resultam em velocidade transvalvular ≥ 2m/s; UpToDate DEFINIÇÃO ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA Principal causa no mundo. (+ mitral) Fusão das comissuras ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA Principal causa na Europa e América do Norte. UpToDate ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA Doenças metabólicas (doença de Fabry), Lupus, Alcaptonúria UpToDate ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA Prevalência aumenta com a idade: - 0,2%: 50-59 anos - 1,3%: 60-69 anos - 3,9%: 70-79 anos - 9,8%: 80-89 anos Não há aumento significativo de mortalidade em pacientes assintomáticos em relação à população geral. Eveborn GW, et al. The evolving epidemiology of valvular aortic stenosis. the Tromsøstudy. Heart. 2013;99(6):396. FISIOPATOLOGIA ÁREA VALVAR Área normal 3 a 4cm² 50% Aumenta impedância para a ejeção do ventrículo esquerdo Aumenta velocidade do fluxo na aorta HIPERTROFIA CONCÊNTRICA DO VE UpToDate Inflamação: fusão das comissuras Acúmulo de LDL + inflamação + mediadores inflamatórios = Calcificação FISIOPATOLOGIA HIPERTROFIA CONCÊNTRICA DO VE COMPENSATÓRIA >> Débito cardíaco mantido Perda da complacência Fibrose Intersticial Contração incoordenada Isquemia subendocárdica INSUFICIÊNCIA CARDÍACA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Assintomática nas formas leves e moderadas. Angina Síncope Dispneia Maior demanda de O2 ventricular; Compressão coronária intramiocárdica durante contração; Redução do tempo de diástole; UpToDate MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Assintomática nas formas leves e moderadas. Angina Síncope Dispneia Diminui perfusão cerebral por: Vasodilatação induzida pelo exercício > hipotensão; Bradiarritmia pós exercício transitória; UpToDate MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Assintomática nas formas leves e moderadas. Angina Síncope Dispneia Disfunção diastólica + aumento da pressão de enchimento ventricular no exercício; Incapacidade do VE em aumentar o DC durante o exercício;UpToDate MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Exame físico >> correlação com a gravidade da estenose aórtica. Pulso Ausculta Parvus et Tardus Palpação Precordial UpToDate MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Exame físico >> correlação com a gravidade da estenose aórtica. Pulso Ausculta Palpação Precordial Impulso cardíaco apical sustentado; B4 palpável (contração VE vigorosa contra ventrículo pouco complacente; Frêmito sistólico; UpToDate MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Exame físico >> correlação com a gravidade da estenose aórtica. Pulso Ausculta Palpação Precordial B2 suave e único; B4; Sopro mesossistólico áspero em foco aórtico, transmitido para as carótidas; Fenômeno de Gallavadrin >> sopro musical auscultado em foco mitral; UpToDate DIAGNÓSTICO ECOCARDIOGRAFIA Primeiro exame para o diagnóstico; Permite avaliação da: Anatomia e estrutura da válvula Hemodinâmica valvular Repercussão no tamanho e função do VE e artéria pulmonar UpToDate DIAGNÓSTICO ECOCARDIOGRAFIA Área da Válvula Velocidade do jato Gradiente de Pressão GRAVIDADE DA ESTENOSE N: 3 a 4 cm² N: < 2 m/s UpToDate CLASSIFICAÇÃO A B C D • Válvula bicúspide OU esclerose aórtica • ASSINTOMÁTICOS • Vmax <2m/s UpToDate CLASSIFICAÇÃO A B C D • Estenose leve ou moderada; • ASSINTOMÁTICOS; • LEVE: Vmáx 2-2,9m/s ou Gradiente de Pressão <20mmHg; • MODERADA: Vmáx 3-3,9 m/s ou Gradiente de Pressão 20-39mmHg; UpToDate CLASSIFICAÇÃO A B C D • Estenose severa; • ASSINTOMÁTICOS; Vmáx >4m/s // Área válvula ≤ 1cm² // Grad P ≥40mmHg • C1: FE normal • C2: FE <50% UpToDate TESTE DE ESFORÇO CLASSIFICAÇÃO A B C D • Estenose severa; • SINTOMÁTICOS; • D1: Vmáx >4m/s // Área válvula ≤ 1cm² // Grad P ≥40mmHg • D2: LOW-FLOW/LOW-GRADIENT + FE <50% • D3: LOW- GRADIENT + FE >50% UpToDate CLASSIFICAÇÃO Pacientes que parecem ter E Ao grave (área válvula ≤1.0 cm2), mas com um baixo gradiente (<40mmHg): Verdadeira Estenose1) FE reduzida Redução do volume sistólico e do gradiente de pressão transvalvular. 2) Verdadeira Estenose FE normal + Câmara ventricular reduzida Redução do volume sistólico e do gradiente de pressão transvalvular. 3) Pseudoestenose FE reduzida Estenose e baixo débito se devem a algum problema no miocárdio que leva à abertura incompleta da valvula CLASSIFICAÇÃO Pacientes que parecem ter E Ao grave (área válvula ≤1.0 cm2), mas com um baixo gradiente (<40mmHg): Verdadeira Estenose1) FE reduzida Redução do volume sistólico e do gradiente de pressão transvalvular. 2) Verdadeira Estenose FE normal + Câmara ventricular reduzida Redução do volume sistólico e do gradiente de pressão transvalvular. 3) Pseudoestenose FE reduzida Estenose e baixo débito se devem a algum problema no miocárdio que leva à abertura incompleta da valvula D3 CLASSIFICAÇÃO Pacientes que parecem ter E Ao grave (área válvula ≤1.0 cm2), mas com um baixo gradiente (<40mmHg): Verdadeira Estenose1) FE reduzida Redução do volume sistólico e do gradiente de pressão transvalvular. 2) Verdadeira Estenose FE normal + Câmara ventricular reduzida Redução do volume sistólico e do gradiente de pressão transvalvular. 3) Pseudoestenose FE reduzida Estenose e baixo débito se devem a algum problema no miocárdio que leva à abertura incompleta da valvula D2 CLASSIFICAÇÃO D2 • LOW-FLOW/LOW-GRADIENT + FE <50% Área válvula ≤ 1cm² Vmáx < 4m/s Grad P <40mmHg+ ou ANATOMICAMENTE GRAVE ANATOMICAMENTE NÃO- GRAVE Redução da força ventricular levando à abertura incompleta da válvula; Não se beneficia do tto cirúrgico!! • Pibarot P, Dumesnil JG. Low-flow, low-gradient aortic stenosis with normal and depressed left ventricular ejection fraction. J Am Coll Cardiol. 2012 Nov 6;60(19):1845-53. doi: 10.1016/j.jacc.2012.06.051. Epub 2012 Oct 10. CLASSIFICAÇÃO D2 • LOW-FLOW/LOW-GRADIENT + FE <50% Área válvula ≤ 1cm² Vmáx < 4m/s Grad P <40mmHg+ ou ANATOMICAMENTE GRAVE ANATOMICAMENTE NÃO- GRAVE ECOCARDIO SOB ESTRESSE (DOBUTAMINA) Área ≤1cm² + Vmáx ≥ 4m/s OU GraP ≥ 40mmHg Vmáx <4 m/s e Gradiente de P <40mmHg Investigar causa e providenciar o tto adequado. • Pibarot P, Dumesnil JG. Low-flow, low-gradient aortic stenosis with normal and depressed left ventricular ejection fraction. J Am Coll Cardiol. 2012 Nov 6;60(19):1845-53. doi: 10.1016/j.jacc.2012.06.051. Epub 2012 Oct 10. TRATAMENTO CIRURGIA DE TROCA VALVAR MELHORA SINTOMAS E EXPECTATIVA DE VIDA Manejo de HAS e volemia adequada HAS pode levar ao surgimento de sintomas mais precocemente; UpToDate TRATAMENTO ATENÇÃO Podem desestabilizar o paciente e devem ser utilizados com cuidado: DIURÉTICOS B-BLOQUEADORES VASODILATADORES IONOTRÓPICOS + Diminuem pré-carga >> dependem dela para manter o DC Diminuem a contratilidade >> podem sobrecarregar o VE Reduzem a PA sistêmica e a pressão de perfusão coronariana (Dobutamina) >> taquicardia (diminuindo DC) e isquemia miocádica UpToDate INDICAÇÃO CIRÚRGICA Means the procedure/treatment should be performed/administered Means limited populations evaluated; data derived from a single randomized trialor nonrandomized studies Nishimura RA, Otto CM, Bonow RO, et al. 2014 AHA/ACC Guideline for the Management of Patients With Valvular Heart Disease: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2014; 63:e57. INDICAÇÃO CIRÚRGICA Means it is reasonable to perform the procedure/administer treatment. Nishimura RA, Otto CM, Bonow RO, et al. 2014 AHA/ACC Guideline for the Management of Patients With Valvular Heart Disease: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2014; 63:e57. INDICAÇÃO CIRÚRGICA Means the procedure/treatment may be considered Means very limited populations evaluated; only consensus opinion of experts, case studies, or standard of care. Nishimura RA, Otto CM, Bonow RO, et al. 2014 AHA/ACC Guideline for the Management of Patients With Valvular Heart Disease: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2014; 63:e57. INDICAÇÃO CIRÚRGICA INDICAÇÃO CIRÚRGICA CIRURGIA X TAVI Implante da Válvula Aórtica Transcateter INDICAÇÃO CIRÚRGICA CIRURGIA X TAVI Nishimura RA, Otto CM, Bonow RO, et al. 2014 AHA/ACC Guideline for the Management of Patients With Valvular Heart Disease: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2014; 63:e57. ALTERNATIVAS DILATAÇÃO COM BALÃO “Ponte” em pacientes hemodinamicamente instáveis que estão aguardando cirurgia ou TAVI; Paliação em pacientes com comorbidades que impedem ou condições que contraindicam troca valvar; Pode ser considerado em: -- Gestantes sintomáticas até o parto; -- Pacientes que precisam de cirurgia não cardíaca urgentemente; UpToDate COMPLICAÇÕES Morte Súbita • Assintomáticos: incidência anual de 1% • Sintomáticos: incidência anual de 8 a 34% • Mecanismo (??): Ativação de barorreceptores >> bradicardia paradoxal + redução na contratilidade e hipotensão (reflexo de Bezold- Jarisch) Arritmias Endocardite Sangramento COMPLICAÇÕES Morte Súbita Arritmias • Fibrilação atrial em 5 a 6% nos pacientes com EAo leve a moderada e em aprox 34% nos pacientes com EAo Grave com indicação de Cx. Endocardite Sangramento COMPLICAÇÕES Morte Súbita Arritmias Endocardite • + nos pacientes com válvula bicúspide; Sangramento COMPLICAÇÕES Morte Súbita Arritmias Endocardite • Angiodisplasia >> Sangramento de TGI • Síndrome de Von Willebrand adquirida >> turbilhonamento na passagem do sangue pela válvula estenótica.Sangramento COMPLICAÇÕES Doença Coronariana Concomitante • EAo é doença primariamente de idosos; • Alta prevalência de doença coronariana associada; UpToDate Bibliografia • UpToDate • Nishimura RA, Otto CM, Bonow RO, et al. 2014 AHA/ACC Guideline for the Management of Patients With Valvular Heart Disease: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol 2014; 63:e57. • Eveborn GW, et al. The evolving epidemiology of valvular aortic stenosis. the Tromsøstudy. Heart. 2013;99(6):396. • Pibarot P, Dumesnil JG. Low-flow, low-gradient aortic stenosis with normal and depressed left ventricular ejection fraction. J Am Coll Cardiol. 2012 Nov 6;60(19):1845-53. doi: 10.1016/j.jacc.2012.06.051. Epub 2012 Oct 10.
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