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Fecundação e a primeira semana do desenvolvimento Profa. Silvia Dias silviadiasestaciojf@gmail.com FERTILIZAÇÃO Após a captação do ovócito pelas tubas uterinas, podem ocorrer dois caminhos: 1) Não encontrar o gameta masculino e não ser fertilizado, alcançando o útero e sendo eliminado junto com o endométrio na menstruação; 2) Encontrar com o gameta masculino nas tubas uterinas (região da ampola) e ser fertilizado, dando origem ao embrião, que alcança o útero, onde se fixa. Os espermatozoides que chegam ao aparelho reprodutor da mulher precisam passar por dois processos antes de se tornarem capazes de fertilizar o ovócito: 1) CAPACITAÇÃO (dura cerca de 7h): camada de glicoproteínas e proteínas plasmáticas seminais é removida da membrana plasmática do espermatozoide que recobre a região acrossômica (acontece entre o gameta e a mucosa da tuba uterina). Só assim ele consegue penetrar pela corona radiata... Ele pode aguardar por até 6 dias pelo ovócito... Chegar rapidamente na ampola pode não adiantar nada... Os espermatozoides que chegam ao aparelho reprodutor da mulher precisam passar por dois processos antes de se tornarem capazes de fertilizar o ovócito: 2) REAÇÃO ACROSSÔMICA: ocorre após a ligação do espermatozoide à zona pelúcida e envolve a liberação das enzimas necessárias à penetração do gameta na zona pelúcida Chegar rapidamente na ampola pode não adiantar nada... 1. Passagem dos espermatozoides através da corona radiata 2. Penetracão na zona pelúcida; 3. Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide; 4. Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formacão do pronúcleo feminino; 5. Formacão do pronúcleo masculino; 6. Fusão dos pronúcleos e formacão da célula diploide – zigoto. Fases da fertilização ~1% do volume depositado na vagina chega ao sítio de fertilização (200-300 milhões 300-500) Apenas 1 fertiliza o ovócito. Os espermatozoides capacitados conseguem penetrar na corona radiata, enquanto os não capacitados, não conseguem! Zona pelúcida é uma camada de glicoproteínas secretadas pelo ovócito e pelas células foliculares que o cercam (corona radiata). Ela facilita e mantém a ligação do espermatozoide e induz a reação acrossômica. Quando o conteúdo da vesícula acrossômica é liberado, os espermatozoides conseguem alcançar a membrana plasmática do ovócito. Quando esse contato (membrana do espermatozoide + membrana do ovócito) acontece, a permeabilidade da zona pelúcida se altera, impedindo a penetração de novos espermatozoides e inativando receptores específicos. Isso porque ocorre a liberação do conteúdo dos grânulos corticais que estão alinhados na membrana do ovócito. 1) Membrana do ovócito se torna impenetrável a outros espermatozoides 2) Zona pelúcida altera sua composição evitando a ligação e penetração de outros espermatozoides 3) O ovócito termina a segunda divisão meiótica (interrompida em metáfase II) e forma-se o pró-núcleo feminino (núcleo vesicular com os cromossomos) 4) Ativação metabólica do óvulo (associada ao início da embriogênese) Depois de fundidas as membranas plasmáticas de ambos gametas, a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do ovócito (a membrana plasmática do espermatozoide é deixada para trás). Com isso, quatro fatos importantes em relação ao gameta feminino: 1) Espermatozoide se aproxima do pró-núcleo feminino e seu núcleo aumenta de tamanho e forma o pró-núcleo masculino 2) A cauda degenera 3) As mitocôndrias se degeneram ao alcançar o citoplasma do ovócito 4) O centríolo permanece no citoplasma do ovócito Em relação ao gameta masculino: Os pró-núcleos masculino e feminino são indistinguíveis. Após contato, ambos perdem seu envelope nuclear. O que é o pró-núcleo? Durante a sua formação, os pró-núcleos (haploides – n=23) masculinos devem replicar seu DNA e os cromossomos se organizam no fuso para a divisão mitótica normal. Após o rompimento do envelope nuclear, os 23 cromossomos maternos e os 23 cromossomos paternos duplicados se separam longitudinalmente no centrômero e as cromátides se movem para os pólos opostos. Isso fornece às duas primeiras células do zigoto a quantidade diploide de cromossomos e de DNA. ovócito com os dois pró-núcleos = oótide CLIVAGENS INICIAIS Divisões mitóticas subsequentes Células cada vez menores BLASTÔMEROS Até 8 células: células sem associações entre si >8 células: junções de oclusão entre os blastômeros compactação (células internas X células externas) 16 células (3 dias): MÓRULA (massa celular interna X massa celular externa – tecidos do embrião X trofoblasto [placenta]) BLASTOCISTO MÓRULA Chegando na cavidade uterina Fluido começa a penetrar nos espaços intercelulares da massa celular interna blastocele (ou cavidade blastocística) Zona pelúcida em degeneração Massa celular interna (polarizada de um lado) do blastocisto = embrioblasto Massa celular externa do blastocisto = trofoblasto EMBRIOBLASTO TROFOBLASTO A – Embrioblasto B – Trofoblasto C – Blastocele * A zona pelúcida desapareceu e é possível a implantação na cavidade uterina! As células do trofoblasto que “revestem” o embrioblasto começam a penetrar entre as células epiteliais da mucosa uterina (6º dia), iniciando o processo de implantação no endométrio. No futuro, à medida que as células do trofoblasto continuam a mergulhar no endométrio, rompem-se vasos sanguíneos maternos e o sangue começa a fluir por todo o sistema, estabelecendo a circulação uteroplacentária (~12 dias).
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