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T 1 AT 1 Ecolog�a Portugues corregido 2016

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TÓPICO 1- FUNDAMENTOS GERAIS DA ECOLOGIA yes 
Introdução 
Durante milênios, proteger-se dos elementos naturais, defender-se de os seus predadores 
e, posteriormente, dominar a natureza, constituiu uma obsessão para o homem. Esta larga 
epopéia se culmina para mediada do século passado com a revolução industrial, em que a 
confiança profunda na tecnologia, dá segurança ao homem de sua capacidade de domínio 
do meio natural. 
Ao longo deste período de tempo o homem modificou seu entorno e condicionado como 
conseqüência das suas atividades seu futuro, e deveu adaptar-se ao médio transformado. 
A fumaça das fábricas, o ruído e a agitação fabril conseqüência da revolução industrial, foi 
signo de orgulho e de progresso. Assim começou o homem a sua aventura tecnológica, 
sem dar-se conta que com ela levava também uma série de aspectos negativos, cujo 
alcance não podia então adivinhar. Mas, esta equivocada imagem do progresso foi logo 
bem-posta em evidência. Nas grandes concentrações urbanas e industriais dos países 
mais desenvolvidos manifesta-se pela primeira vez a preocupação pelo meio ambiente e 
posteriormente pela qualidade de vida. 
A origem desta nova preocupação terá que buscá-lo na deterioração do meio ambiente 
produzido pela influência negativa de um desenvolvimento exposto, fundamentalmente, 
sob ópticas de caráter econômico, no que se persegue o lucro de elevadas taxas de 
crescimento econômico, sem ter em conta os custos sociais, nem pretender de forma 
paralela o melhoramento qualitativo das condições de vida. 
Apesar das idéias ecológicas que aparecem nos escritos dos antigos filósofos gregos, foi 
até princípios do último século que a ecologia se considerou uma ciência por direito 
próprio. Aceitou-se como um ramo das ciências biológicas devido a que se desenvolveu 
dentro da história natural. Freqüentemente, lhe denomina biologia ambiental. 
Para os países menos favorecidos a preocupação fundamental é o desenvolvimento 
econômico, sem preocupar-se em princípio da qualidade de vida, nem pela qualidade do 
meio físico, posto que o objetivo fundamental é cobrir as necessidades básicas de ordem 
material e se referem a dispor de comida suficiente, moradias adequadas, assistência 
médica, vestidos, calçados, etc. 
O conceito de qualidade de vida é uma visão sociológica que foi aceita pela maior parte de 
países, devido à tira de consciência das deteriorações produzidas pelo desenvolvimento 
econômico pouco controlado. 
 
ECOLOGIA. ORÍGENES E CONCEITO 
O término Ecologia se deriva do grego oikos (morada) e logo (tratado estudo). No sentido 
literal, Ecologia seria o estudo dos seres vivos em sua casa, no seu ambiente, ou ainda, a 
ciência que estuda as relações dos seres vivos com o meio ambiente. 
 
 
 
Mas como podemos definir a ecologia? 
Em geral, a ecologia pode definir-se como a ciência que estuda as relações dos 
organismos entre si e médio que lhes rodeia. 
Alguns conceitos que integram a ecologia surgiram do século XVII. Assim, Antón vão 
Leeuwenhoek (S XVII), um engenhoso construtor de microscópios, estudou as cadeias 
alimentícias e a regulação das populações. 
Alexander von Humboltd (1769-1859) foi o primeiro em considerar as planta em relação 
com seu ambiente. 
Bates (1825-1882) introduziu os conceitos evolutivos na biogeografía e outros como 
Forbes, Hensen, Wegener, etc. Contribuíram com novos enfoques ecológicos a seus 
estudos respectivos. 
Charles Darwin (1809-1882), em a sua obra "a origem das espécies", considerou os 
conceitos de luta pela existência, sobrevivência do mais apto e evolução nas condições do 
hábitat. Wallace (1823-1913) considera-se o fundador da zoogeografía apoiada na 
evolução. 
Não é até 1930 que se considera que se estrutura uma Ecologia geral, a qual estabelece 
uns princípios gerais e uma metodologia, aplicáveis a todos os organismos vivos no estudo 
de suas relações entre si e com o meio em que habitam. 
A partir deste momento a Ecologia experimentou um grande desenvolvimento e continua 
despertando o interesse de estudiosos e científicos. Ante os complexos problemas 
ambientais, os eccologistas tratam de organizar o conhecimento humano a respeito das 
interações que se apresentam na natureza, construindo modelos científicos que permitam 
predizer o que ocorrerá no futuro. A ecologia está profunda e inseparavelmente unida com 
outras disciplinas como a zoologia, a geografia, a botânica, a geologia, a pedologia, a 
estatística, etc. Os conhecimentos elaborados por outros ramos do saber lhe permitem à 
ecologia elaborar, aplicando os seus próprios métodos uma visão específica da natureza e 
uma formulação de novos princípios biológicos. A ecologia é uma ciência de síntese e 
análise. 
Andrewartha (1961), define ecologia como o estudo científico da distribuição e abundância 
dos organismos, deixando no segundo plano as relações inter específicas. 
Odum (1963), define a ecologia como o “estudo da estrutura e o funcionamento da 
natureza”, dando ênfase à idéia de grupo de organismos que funcionam como unidade 
biológica definida como ecossistema. 
O término Ecologia foi proposto pela primeira vez pelo biólogo alemão Ernest Haeckel 
(1969). O assinalou à ecologia como a ciência da manutenção da natureza. Haeckel 
considerou dito conceito adequado para fazer efetiva o transação entre o paradigma do 
evolucionismo darwinista, da seleção natural dos caracteres dos melhor dotados, como 
estratégia adaptativa, inscrita no patrimônio genético das espécies, com a sua analogia 
metafórica do organismo social. 
Krebs (1985), modifica o conceito anterior definindo ecologia como o estudo científico das 
inter-relações que regulam a distribuição e abundância dos organismos retomando desta 
maneira a definição do Odum. 
 
Um dos conceitos que mais se reconhece, situa-a como a ciência que estuda as 
condições de existência dos seres vivos e as interações de toda natureza, entre eles 
e seu ambiente. 
Quer dizer, a ecologia estuda as inter-relações que regulam a distribuição e abundância 
dos seres vivos. Mas como é impossível estudar todas as inter-relações do planeta, 
estudam-se principalmente três níveis de integração: 
 
 
 A melhor maneira de entender o campo de estudo da ecologia moderna é utilizando 
conceito de níveis de organização dos seres vivos (Odum, 1972). Nestes, um arranjo 
hierárquico agrupa os seres vivos partindo de sistemas biológicos simples – genes - para 
biossistemas cada vez mais complexos – biosfera -, formando um todo unificado, conforme 
esquema abaixo. 
 
Genes - Células -Tecido -Órgão -Sistema -Organismo - População -Comunidade -
ecossistema -biosfera 
 
A ecologia estuda fundamentalmente os quatro últimos níveis desta sequência. 
Organismo- É a unidade conceptual mínima e fundamental no estudo da ecologia. 
População - O conjunto de indivíduos da mesma espécie vivendo na mesma área. 
Comunidade - O conjunto de organismos de diferentes espécies que habitam em um 
determinado lugar. Exemplo: O conjunto de animais e plantas em um lago constituem 
uma comunidade. 
Ecossistema - O conjunto das interrelacoes que os seres vivos de um dado lugar 
estabelecem entre si e com o meio circundante. 
Num ecossistema, o conjunto de seres vivos (biocenose) interage entre si e com o meio 
natural (biótipo) de maneira equilibrada, pela reciclagem de matéria e pelo uso eficiente da 
energia solar. 
 
A união entre esses conjuntos, biótipo e biocenose, forma o ecossistema. Ex: 
- O oceano é um ecossistema 
- Um aquário é um ecossistema 
- Uma floresta é um ecossistema 
- Um reservatório hídrico, exemplifica um ecossistema 
 
 
 
ECOSSISTEMA POPULAÇÕES COMUNIDADES 
Bioma- Conjunto de ecossistemas que apresentam características comuns e estão 
sujeitas aos mesmos determinantes climáticas. 
Biosfera - O conjunto detodos os Biomas, isto é, o espaço que a vida ocupa na 
atmosfera, crusta terrestre e na água. 
Esses conceitos, elementares funcionam como ladrilhos que servem para construir um 
prédio mais global que a ciência da ecologia. Vejamos em esquema como se articulam 
estes conceitos: 
Organismo ou indivíduo 
Conjunto de organismos da mesma espécie População 
Várias populações numa determinada área Comunidade 
Interacção entre comunidade e o meio físico Ecossitema 
Conjunto de ecossitemas semelhantes Bioma 
Conjunto de todos biomas Biosfera 
 
Biosfera 
É um sistema que inclui o espaço onde se desenvolve toda a vida que existe na Terra. 
Está constituído pela vida e sua área de influência, do subsolo até a atmosfera. Seus 
limites são difíceis de precisar pois se encontraram bactérias a 2.800 m de profundidade 
clandestinamente (e não se acredita que seja um fato isolado, provavelmente haja a muita 
mais profundidade) e se viram voar aves a 9 km de altura e há uma enorme diversidade de 
espécies na profundidade do oceano (adaptadas à obscuridão total e a enorme pressão da 
água). “Na atualidade com o término biosfera está acostumado referir-se unicamente a 
todos os seres vivos que povoam nosso planeta”. 
 
 
 
A matéria viva está distribuída sobre a superfície terrestre, formando uma camada 
ou envoltório mais ou menos uniforme, embora bastante contínua, e relativamente 
delgada para poder concentrar e aproveitar a energia química livre procedente do 
Sol. 
A biosfera compreende (aproximadamente) a hidrosfera, a zona mais superficial da 
litosfera e a parte inferior da troposfera, quer dizer, ate 50 km de altitude na 
atmosfera, até os recursos dos oceanos mais profundos. Na biosfera a vida 
depende da circulação de nutrientes essenciais, calor e energia solar. 
A Terra, que alberga a biosfera é de superfície irregular, mede em total 510.101.000 
km2. O diâmetro no Equador é de 12.756 km. A circunferência no Equador é de 
40.076 km. O máximo desnível é de 20 km, existente entre o monte Everest (8.848 
m) o mais alto do planeta, e a fossa marinha das Marianas superior a 11.000 m de 
profundidade. Em sua maioria está coberta de água salgada, e tão-somente uma 
quarta parte de sua superfície fica por cima do nível das águas. 
O meio em que se desenvolve a vida, a biosfera, consta pois de troposfera, 
hidrosfera (mares, oceanos e águas continentais), e a parte mais externa da casca 
terrestre (litosfera). Na biosfera existe vida em todas as áreas emersas, e até uns 
poucos metros de profundidade do solo. 
O meio terrestre 
As condições ambientais são muito mais extremas sobre terra firme que na água: as 
mudanças de temperatura são mais acentuados, é major a incidência de radiações, para 
os deslocamentos se precisa empregar uma maior força muscular, e assim 
sucessivamente. 
O meio aquático 
O meio aquático foi, ao parecer, o primeiro onde a vida apareceu, e possui umas 
características físicas e químicas que lhe fazem distinto aos outros dois num aspecto 
fundamental: em certo sentido, continua-se nos próprios organismos, quer dizer, embora 
sua composição seja hoje diferente a do meio interno dos seres vivos, uma pequena 
porção dela, delimitada por uma membrana, foi o que fez possível a aparição de uma 
unidade de vida, isto é, uma célula. Em maior ou menor grau, a composição interna de 
qualquer organismo recorda a que originalmente deveu ter o meio aquático naqueles 
charcos costeiros de faz 3.500 milhões de anos, onde se formaram os primeiros 
compostos orgânicos antecessores da vida 
No mar, a maior parte dos organismos aquáticos se concentram em profundidades 
inferiores a 200 m, mas é evidente que a vida se estende inclusive até as grandes fossas 
marinhas, como resulta da observação de peixes e moluscos a 6.000 M. de profundidade, 
e cujas investigações não transbordam essa distância pelas dificuldades tecnológicas para 
superá-la, e que provavelmente desvelaria que a vida não se limita a profundidades 
inferiores às observadas. 
O meio aéreo ou atmosférico 
É um meio que deve considerar-se de passagem para a maioria dos organismos, pois 
salvo alguns esporos, os restantes solo o utilizam em seus deslocamentos. 
 
 
 
 
A ATMOSFERA. SEUS COMPONENTES 
Todo o planeta está envolto por uma capa refrigerante, a atmosfera, que se estende até 
300 km de altura. A atmosfera da Terra não tem comparação em nenhum outro planeta de 
nosso sistema solar. Sem a existência de vida sobre a superfície não teria podido formar-
se, nem a própria vida desenvolver-se, já que a atual composição é fruto de múltiplos 
transformações desde seus origens. 
A atmosfera, que começou a formar-se faz 4600 milhões de anos junto ao 
nascimento do planeta, é o envoltório refrigerante que rodeia à Terra. 
A atmosfera não tem uma composição similar em toda sua extensão, a qual alcança vários 
milhares de quilômetros de altura (embora somente 100 km são de interesse prático) mas 
sim dependendo da temperatura ou reação química de seus componentes, apresenta 
diferenças que podem ser estruturadas em capas. 
A composição básica da atmosfera é: 78% de nitrogênio, 20% de oxigênio, 0,9% de 
argónio e 1,1% de outros gases entre os que se encontram o dióxido de carbono, óxidos 
de nitrogênio, hidrogênio, hélio, metano e vapor de água, entre outros; supõem quase o 
100% do volume do ar na atmosfera a uma altura de 80 km., procedentes da superfície da 
Terra. Existem além partículas sólidas e líquidas em suspensão (vapor de água, pó e 
outros gases); uma das mais importantes é o cloreto de sódio, que se distribui mediante as 
correntes de aeração dos oceanos, facilitando a condensação e precipitação; 20% das 
partículas em suspensão têm sua origem nas atividades humanas. O ar é uma mescla 
destes gases que rodeia a nosso planeta formando uma capa chamada atmosfera, de uma 
espessura aproximada dos 1000 km. 
A estabilidade da atmosfera. Os ciclos do carbono e do nitrogênio 
A estabilidade da composição atmosférica se apoia na diversidade da vida que 
alberga a Terra, e nos ciclos do carbono e o nitrogênio. Mediante o primeiro, o 
dióxido de carbono que produzem os animais é utilizado pelos vegetais, os quais, 
depois da fotossíntese, retêm a molécula do carbono e devolvem oxigênio à 
atmosfera que será posteriormente utilizado pelos animais para respirar. 
Por a sua parte, o ciclo do nitrogênio se mantém constante graças a animais e 
planta, que o mantêm em circulação através da biomassa, a litosfera e a própria 
atmosfera. Essa estabilidade da atmosfera poderia alterar-se mediante as 
atividades humanas as quais ingressam, a esse meio, substâncias que lhe são 
alheias e que não podem ser depuradas a maior velocidade do que são geradas. 
Disto se falará mais adiante. 
As capas da atmosfera 
Pode-se dividir a atmosfera terrestre em capas segundo sua temperatura. Assim, 
distinguem-se as seguintes: 
Ionosfera 
Se estende de uma altura de quase 80 km sobre a superfície terrestre até 640 km ou mais. 
A estas distâncias, o ar está rarefeito em extremo. Quando as partículas da atmosfera 
experimentam uma ionização por radiação ultravioleta, tendem a permanecer ionizadas 
devido às mínimas colisões que se produzem entre os íones 
A ionosfera tem uma grande influência sobre a propagação dos sinais de rádio. 
Uma parte da energia radiada por um transmissor para a ionosfera é absorvida pelo 
ar ionizado e outra é refratada, ou desviada, de novo para a superfície da Terra. 
Este último efeito permite a ressecção de sinais de rádio a distâncias muito maiores 
do que seria possível com ondas que viajam pela superfície terrestre. 
A região que há além da ionosfera recebe o nome de exosfera e se estende até os 9.600 
km, o que constitui o limite exterior da atmosfera. Mais à frente se estende a 
magnetosfera,espaço situado ao redor da Terra no qual, o campo magnético do planeta 
domina sobre o campo magnético do meio interplanetário. 
 
Mesosfera 
Se estende entre os 50 e 80 km de altura, contém só perto de 0,1% da massa total 
do ar. É importante pela ionização e as reações químicas que ocorrem nela. A 
diminuição da temperatura combinada com a baixa densidade do ar na mesosfera 
determina a formação de turbulências e ondas atmosféricas que atuam a escalas 
espaciais e temporárias muito grandes. A mesosfera é a região onde as naves 
espaciais que voltam para a Terra começam a notar a estrutura dos ventos de 
fundo, e não só o freio aerodinâmico. 
 
Estratosfera 
Começa a partir da tropopausa e chega até um limite superior (estratopausa), a 50 
km de altitude. A temperatura troca sua tendência e vai aumentando até chegar a 
ser de ao redor de 0ºC na estratopausa. 
Quase não há movimento em direção vertical do ar, mas os ventos horizontais 
chegam a alcançar frequentemente os 200 km/h, o que facilita o que qualquer 
substância que chega à estratosfera se difunda por todo o globo com rapidez. 
Nesta parte da atmosfera, entre os 30 e os 50 quilômetros, encontra-se o ozônio, 
importante porque absorve as daninhas radiações de onda curta. 
 
Troposfera 
Chega até um limite superior (tropopausa) situado a 9 Km de altura nos pólos e os 18 km 
no Equador. Nela se produzem importantes movimentos verticais e horizontais das 
massas de ar (ventos) e há relativa abundância de água. 
É a zona das nuvens e os fenômenos climáticos: chuva, ventos, mudanças de 
temperatura, e a capa de mais interesse para a ecologia. A temperatura vai diminuindo 
conforme se vai subindo, até chegar a -70ºC em seu limite superior. 
Os fenômenos meteorológicos têm lugar em sua maioria na troposfera (10 km. de 
altura). O tempo mais turbulento ocorre precisamente nesta capa da atmosfera. A 
energia solar que alcança A Terra é absorvida como calor pela superfície terrestre, 
e solta depois em uma longitude de onda mais larga como calor no espectro 
infravermelho. Aproximadamente 175.000 milhões de megavatios alcançam A Terra 
provenientes do Sol. 
A maior parte desta energia é luz visível. Perto da metade chega até a superfície; a 
outra metade é absorvida pela atmosfera, refletida pelas nuvens, pelo pó 
atmosférico ou pela própria terra. A troposfera contém muito vapor de água; o vapor 
de água absorve a radiação infravermelha e isto significa que o calor fica perto da 
superfície. 
Com distâncias crescentes à superfície terrestre há menos vapor de água que 
retenha o calor, assim, os escapamentos de energia infravermelha e diminuição de 
temperatura na estratosfera cresce com a altitude. 
 
FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DA ECOLOGIA 
Por que estudar a ecologia? 
Curiosidade – Como funciona o mundo à nossa volta? Como somos moldados pelos 
nossos ambientes? 
Responsabilidade – Como suas ações modificam o nosso meio ambiente? Como 
minimizar os efeitos nocivos das acções humanas? Pesca excessiva, destruição de 
habitat, perda da biodiversidade, mudanças climáticas. 
A natureza como guia – O mundo em que vivemos existe há muito mais tempo do que 
nós e vem resolvendo muitos problemas através de soluções criativas. Os sistemas 
ecológicos são modelos de sustentabilidade. 
Como podemos alimentar a nossa crescente população? Onde viveremos? 
Sustentabilidade – uma característica relativa à sociedade humana onde os 
ecossistemas (inclusive os seres humanos) são controlados de tal forma que podem 
promover a continuidade das condições actuais que apóiam a vida na Terra. 
A ecologia tem que ver com tudo o relacionado com a "saúde" do planeta quer dizer: 
águas podas, incêndios, mudança climática, substâncias tóxicas, centrais nucleares, 
mantimentos transgénicos, consumismo, etc. Ajuda-nos a entender os problemas 
complexos, tais como: 
 Aquecimento Global 
 Biodiversidade 
 Poluição 
 ...otros. 
 
É importante cuidar nosso ambiente, nosso mundo para melhorar nossa presente, nossa 
vida, nosso futuro e o de nossos descendentes. 
Também é muito triste que por causa da contaminação global se perderam tantas 
espécies animais e partes de territórios a nível mundial. 
Por isso, acredita-se que é fundamental conscientizar à humanidade (culpados em major 
parte) para que estejam informados do que ocorre realmente e que tomem medidas 
urgentes. 
O crescimento da população mundial foi o resultado, em grande parte, de melhoras nas 
ciências médicas e agrícolas. A pergunta chave para o século XXI é como alimentar e 
obter uma qualidade de vida aceitável - e biologicamente sustentável - para mais de 6 mil 
e milhões de pessoas. 
À medida que a população humana se incrementa pomos maior pressão sobre o meio 
ambiente. Para manter a viabilidade do planeta precisamos manter a biodiversidade (ou os 
sistemas geradores dela). 
A importância de ESTUDAR ecologia é que o capacitado é capaz de reconhecer e analisar 
(dependendo o nível de sua capacitação), as relações existentes entre os seres vivos de 
um ecossistema ou de uma área definida, com o meio natural, assim como as prováveis 
influencias antropogénicas que causam alterações positivas ou negativas em seu entorno. 
A importância de APLICAR esses conhecimentos, é que o capacitado, é capaz de 
desempenhar-se em diversas atividades, tais como cientista em diversas especialidades, 
ser um decisório em áreas ambientais governamentais e privadas ou promover a 
consultoria ambiental. 
Poderá realizar diagnósticos ambientais, elaborar propostas de ação e manejo dos 
ecossistemas envoltos, identificar questões e instrumentos necessários para a gestão 
sustentáveis dos recursos naturais (renováveis e não renováveis) desenvolver 
alternativas científicas e tecnológicas que minimizem a degradação ou destruição da base 
ecológica da produção e melhorem as condições do hábitat humano. 
Como os ecologistas trabalham? 
1° Observações e Descrições – Observar o que ocorre no campo; 
2° Desenvolvimento de Hipóteses – Criar idéias sobre como o sistema funciona; 
3° Teste das hipóteses (experiências) – Um ou um pequeno número de variáveis são 
manipulados para revelar seus efeitos específicos 
Microcosmos – Isolar uma porção, limitar os factores, manipular as condições 
(Ex:laboratório, estufas...) 
Modelos matemáticos – Descrever as interacções entre os ecossistemas como equações. 
 Monitorar o meio ambiente e avaliar as mudanças causadas pelo homem. 
 Determinar quais as melhores políticas para maneio do ambiente, especialmente dos 
recursos naturais. 
 Prevenir e solucionar problemas ambientais, tanto em escala local quanto nas escalas 
regionais e globais. 
 Gerar informações confiáveis que possam ser usadas por outros cientistas, economistas 
e políticos na tomada de decisões 
 
 
ENFOQUES DA ECOLOGIA. 
A Ecologia, como ciência, pode ser vista com diferentes enfoques, que constituem uma 
guia para o desenvolvimento e aplicação de diferentes atividades, tanto na aprendizagem 
como a investigação. 
Do ponto de vista de seu estudo, considera-se que tem três enfoques: funcional, 
evolutivo e descritivo. É importante conhecer estes três enfoques para entender a 
importância da ecologia como ciência. Estes enfoques se priorizaram ao longo da história 
de maneira diferente. 
1. Enfoque funcional: 
Estuda as relações dentro dos ecossistemas; identifica e analisa os problemas dentro das 
populações e as comunidades. Desde este enfoque, o ecossistema é a unidade de 
funcionamento em que todos os elementos que a compõem realizam interações entre se. 
A deterioração de um ecossistema repercute portanto, em todos os seres vivos que o 
compõem e vice-versa. Este é o enfoque atual da ecologia. 
2. Enfoque Evolutivo: 
Estuda as razões pelas que a seleção natural favoreceuao longo da história certas 
adaptações específicas que originaram aos organismos atuais. Este enfoque é o enfoque 
que apresenta Charles Darwin na origem das espécies. Estuda a evolução das espécies, 
entendendo a evolução das espécies como um processo contínuo com o passar do tempo 
que permitiu a sobrevivência e a adaptação das espécies às condições cambiantes. 
3. Enfoque descritivo: 
Este é um dos primeiros enfoques da ecologia. Descreve os grupos de vegetação e os 
animais do planeta e suas relações entre si. Parte do ser vivo como unidade de estudo. 
Embora atualmente se prioriza o enfoque funcional, os três enfoques são válidos e devem 
se ter em conta já que abrangem aproximações diferentes ao estudo da ecologia. 
Do ponto de vista holístico, é um enfoque profundo, sistêmico, para o mundo, que une 
pensamento sentimento, espiritualidade e ação. Trata sobre como transcender o 
individualismo da cultura ocidental para nos ver nós mesmos como parte da terra, o que 
nos leva a uma conexão mais profunda com a vida, onde a ecologia não é algo que passa 
“ali fora”, a não ser algo do qual formamos parte. 
O término “ecologia profunda” o introduziu pela primeira vez o filósofo e activista Arne 
Naess, ao princípio da década dos anos 70 do século passado, ao enfatizar a necessidade 
de transcender as respostas superficiais para os problemas ecológicos e sociais que 
enfrentamos. Sua proposta era, que comecemos a fazer “perguntas e buscas mais 
profundas”, observando o “para que e como” da forma como vivemos, identificando como 
isto encaixa em nossas crenças, necessidades e valores mais profundos. Fazendo 
perguntas como, por exemplo: Como se pode viver de uma maneira que este bem para um 
indivíduo, outros e o planeta? Possivelmente uma simples pergunta como esta ajude a 
fazer mudanças profundas na forma como vivemos 
Ecologia profunda também se pode interpretar como parte de um processo mais amplo de 
questionar e os supostos fundamentais da sociedade de crescimento industrial, permitindo 
uma nova maneira de ver a ciência, política, cuidado da saúde, educação, espiritualidade, 
e muitas outras áreas. 
As normas últimas propostas pela ecologia profunda se apóiam em uma visão da 
natureza, da realidade e do lugar que ocupamos como indivíduos (múltiplos na unidade) 
no esquema global das coisas. Ditos princípios não podem ser abordados de um modo 
meramente intelectual mas sim tão somente podem ser aprendidos nas experiências 
vividas. O quadro que se apresenta a seguir resume a diferença existente entre a visão do 
mundo predominante na sociedade e a visão que nos propõe a ecologia profunda. 
 
Visão do mundo pre dominante Ecologia profunda 
Domínio sobre a Natureza Harmonia com a Natureza 
Entorno natural como fonte de proveito Toda forma natural tem valor intrínseco/ 
igualdade biocêntrica 
Crescimento econômico / material em detrás 
do crescimento da população 
Necessidades materiais simples (os objetivos 
materiais se acham sujeitos à meta superior 
da auto realização) 
Crença de que os recursos são inesgotáveis Bens terrestres finitos 
Progresso e soluções de caráter 
exclusivamente tecnológico 
Tecnologia adequada, ciência não dominante 
Consumismo Fazer com o suficiente, reciclagem 
 
RELAÇÕES DA ECOLOGIA COM OUTRAS CIÊNCIAS 
Podemos diferenciar duas categorias básicas: 
As que compartilham um nível de organização com ela: Fisiologia, história natural, 
botânica, genética. 
As que se sobrepõem ou se integram com a ecologia: encontram-se a níveis superiores: 
Bio-geoquímica, que se encarrega de analisar a transformação da terra devido à 
atividade dos organismos. A Bio-geografia se ocupa dos modelos de distribuição dos 
organismos no espaço e no tempo, e os fatores ambientais e históricos que os 
determinam. 
Há outras ciências auxiliares que são ferramentas importantes para os objetivos: 
estatística, matemática e física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nível de Organização Disciplina da Biologia 
Moléculas orgânicas Bioquímica 
Organelos Biologia celular 
Células Biologia celular 
Tecidos Histologia 
Órgãos Anatomia, Fisiologia 
Sistemas e aparelhos Anatomia, Fisiologia 
Organismos Zoologia e Botânica 
População Ecologia 
Comunidades Ecologia 
Ecossistema Ecologia 
 
 
Métodos de trabalho da ecologia 
A ecologia teve uma grande incidência nos últimos anos. Em realidade, o ecologismo é um 
movimento social; convida a manter uma qualidade de vida razoável mas compatível com 
a saúde da natureza. O ecologismo necessita os conhecimentos da ecologia. 
Segundo o nível no qual se desenvolvam os métodos de trabalho, podem catalogar-se 
como: 
-Autoecológicos (estudo da ecologia do indivíduo) 
-Sineecológicos (estuda-se a biocenosis) 
A ecologia é uma disciplina que depende da experimentação, consiste na manipulação 
controlada para ver o efeito de uma mudança sobre seu funcionamento no sistema. 
Experimentos naturais. São os que se dão na natureza e que só precisam ser 
reconhecidos. 
Experimentos que requerem a comparação de uma situação normal com outra alterada. 
Os mais clássicos são os que se realizam no laboratório, mas também podem fazer-se no 
campo. 
Para trabalhar com animais maiores se utilizam simulações complexas, mas no meio 
natural: Macrocosmos. Outras vezes se requer a reprodução no laboratório de situações 
naturais: Microcosmos, é uma alternativa quando quer trabalhar com sistemas 
complexos. Tem a limitação de que só pudemos trabalhar a uma determinada escala. Isto 
se faz por exemplo para estudos pesqueiros, embora não sempre dão bons resultados.

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