Buscar

caso concreto aula 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CASO CONCRETO AULA 3 
Questão 1 
 Considere que as informações juridicamente importantes são aquelas que precisam constar 
da narrativa jurídica porque o julgador necessita desses fatos para esclarecer o conflito e 
solucionar a lide. Assim, redija uma narrativa jurídica sobre o caso concreto abaixo, 
selecionando todas as informações relevantes em ordem cronológica e verifique, ainda, se 
constam dela os seguintes elementos que a constituem: o quê, quem, por quê, quando, onde, 
como (passo a passo da narrativa). Faça uso dos tempos verbais no passado e na terceira 
pessoa do singular em busca de maior veracidade para os fatos narrados. 
 Caso Concreto 
 No dia 9 fevereiro de 2015, em uma segunda-feira ensolarada, Iolanda de Araújo Nogueira, 
aposentada, 72 anos, portadora de doença degenerativa, com muita pressa, toda maquiada e 
com um belo coque e óculos escuros vermelhos, com roupas e sapatos estranhos à moda 
atual, dirigiu-se à agência do Banco do Estado do Rio Grande Sul (Banrisul) na cidade de 
Pelotas, com o propósito de sacar dinheiro para custear o seu tratamento médico em Porto 
Alegre. Ficou em duas filas aguardando atendimento, no período das 14h55min às 16h26min. 
Neste intervalo, sentiu-se mal, tendo sido acometida por forte diarreia. Pediu, então, à 
estagiária do banco, moça muito magra e extremamente bem vestida, com olhos de ressaca 
alencariana, acesso ao banheiro, mas foi informada de que os banheiros dos funcionários não 
podiam ser emprestados e o destinado aos clientes passava por reformas para tornar-se mais 
modernoso e atraente aos clientes e aos funcionários. Sentindo fortes dores abdominais, a 
aposentada explicou a situação à gerente, que prometeu ceder o banheiro privativo assim que 
dispusesse de uma funcionária para acompanhá-la. Com a demora, a aposentada pediu a um 
dos vigilantes da agência, que era muito alto, forte e malhado, o telefone da prefeitura e o 
número da Lei das Filas. Como o atraente vigilante não lhe deu atenção, ela resolveu ligar para 
a Brigada Militar (a polícia militar gaúcha). O atendente, após ouvir seu relato, desligou o 
telefone, sem nenhuma explicação. Só depois de uma hora, a Srª. Iolanda foi conduzida ao 
banheiro por uma estagiária chamada Helena Miranda. Ao sair da agência, acompanhada de 
Hilda Thomás dos Santos, secretária, 29 anos, morena, muito elegante e simpática, cliente do 
Banco, que também se encontrava no interior da agência e que se prontificou a servir de 
testemunha do constrangimento, martírio e descaso por que passou, a aposentada registrou 
Boletim de Ocorrência, no qual informou que se sentiu constrangida, humilhada e 
desrespeitada em sua dignidade quando precisou expor o problema físico que a acometia, sem 
que nenhuma providência fosse tomada. Matilde Correa, baixinha e nada elegante, gerente da 
agência bancária, ao ser interrogada, alegou que a situação que se criou foi fruto da 
impaciência da cliente, num dia de pagamento de benefícios, em que a agência se encontrava 
cheia e ainda por cima com o aparelho de ar condicionado com defeito. E disse, ainda, que a 
presença de funcionário para acompanhá-la se fazia necessária, pois o trajeto até o banheiro 
privativo dos funcionários passa pelo cofre do Banco. (Texto adaptado) 
 Questão 2 Coloque os fatos dos casos concretos 1, 2 e 3 na ordem cronológica ou linear, 
estabelecendo relações lógicas entre os raciocínios, e, em seguida, responda às perguntas 
básicas sobre cada um deles, como: QUEM QUER?, QUER O QUÊ?, DE QUEM?, POR QUÊ?, 
ONDE?,QUANDO?, COMO?. A resposta a essas perguntas são importantes porque permitem 
perceber vários pontos relevantes dos casos concretos em estudo. Observe: QUEM QUER? 
Retrata a parte que o advogado representa/Autor. QUER O QUÊ? - Retrata o pedido, o mérito. 
DE QUEM? Delimita a parte/ Ré. POR QUÊ? Retrata a causa de pedir, fundamentos de fato e de 
direito. ONDE? Sinaliza a competência/lugar. QUANDO? É relevante porque se refere à ideia de 
tempo (dia, mês, ano), marcando a relação de anterioridade e posterioridade dos fatos 
narrados, isto é, a sequência cronológica em que os fatos ocorreram. COMO? O elemento 
como é o passo a passo da situação fática e auxiliará, inclusive, na interpretação do caso 
concreto, pois é a Narrativa Jurídica propriamente dita. 
RESPOSTA: Iolanda de Araújo Nogueira, aposentada, com 72 anos de idade e portadora de 
uma doença degenerativa, dirigiu-se, no dia 09 de fevereiro de 2015 a uma agência do Banco 
do Estado do Rio Grande do Sul ( Banco Banrisul), na cidade de Pelotas , com o propósito de 
sacar dinheiro para custear seu tratamento médico em Porto Alegre. Após ficar duas horas em 
duas filas ( das 14:55 às 16:26) aguardando atendimento, sentiu-se mal sendo acometida por 
uma forte diarreia. Pediu então, a funcionária do banco que lhe desse acesso ao banheiro 
quando foi informada que não poderia utiliza-lo já que o mesmo estava em obra e o único 
banheiro em condições de uso era o dos funcionários, banheiro esse no qual clientes não eram 
permitidos. Apenas depois de explicado o motivo urgente pelo qual dona Iolanda precisava ir 
ao banheiro a funcionária o permitiu desde que um outro funcionário a acompanhasse, o que 
demorou demasiadamente. 
Com a demora, a aposentada pediu a um dos vigilantes da agência que lhe desse o telefone da 
prefeitura e o número da Lei de Filas. Como o vigilante não lhe deu atenção, Dona Iolanda, 
resolveu ligar para a Polícia Militar Gaúcha, que também não a auxiliou já que o atendente 
desligou o telefone antes que ela terminasse de falar, sem prestar socorro. 
Sou depois de mais uma hora, a mesma foi conduzida ao banheiro por uma estagiária chamada 
Helena Miranda. 
Passados esses eventos, ao sair do banco, Dona Iolanda acompanhada da Senhora Hilda 
Thomás do Santos, 29 anos, secretária, que estava dentro do banco e se prontificou a servir de 
testemunha foi até à polícia onde registraram o Boletim de Ocorrência, no qual informou tudo 
o que aconteceu e o quanto havia se sentido constrangida, humilhada, e desrespeitada em sua 
dignidade quando precisou explicar um problema físico que a acometia, sem que nenhuma 
providência fosse tomada. 
Em resposta, a gerente do banco Banrisul, Matilde Correia, alegou que a situação que se criou 
foi fruto da impaciência da cliente, num dia de pagamento de benefícios, em que a gerência se 
encontrava cheia e ainda por cima com o aparelho de ar condicionado com defeito. E disse, 
ainda, que a presença de funcionário para acompanha-la se fazia necessária, pois o trajeto até 
o banheiro privativo dos funcionários passa pelo cofre do banco. 
QUEM QUER- Iolanda Araújo Nogueira 
QUER O QUE- Utilizar o banheiro após ser acometida por uma diarreia 
DE QUEM- Do banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banco Banrisul) 
POR QUÊ- Porque ficou duas horas esperando atendimento 
ONDE- Na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul 
COMO - (conforme a narrativa já feita acima) 
 CASO CONCRETO 2 XIV EXAME DA ORDEM /2014 Síntese da entrevista realizada com Heitor 
Samuel Santos, brasileiro, solteiro, desempregado, filho de Isaura Santos, portador da 
identidade 559, CPF 202, residente e domiciliado na Rua Sete de Setembro, casa 18, Manaus, 
Amazonas, CEP 999: 
 ( 4) teve a CTPS assinada como assistente de estoque. 
 ( 5) mas, em parte do horário de trabalho, também realizava as tarefas de um analista de 
compras, pois seu chefe determinava que ele fizesse pesquisa de preços e comparasse a sua 
evolução ao longo do tempo, atividades estranhas à sua função de assistente de estoque. 
 ( 3) trabalhava de 2ª a 6ª feira, das 8h às 16h45min, com intervalo de 45 minutos para 
refeição, e, aos sábados, das 8h às 12h, sem intervalo. 
 ( 10) é portador de deficiênciae soube que, após a sua dispensa, não houve contratação de 
um substituto em condição semelhante. 
 ( 2) a empresa possui 220 empregados. 
 ( 6) seu e-mail pessoal era monitorado pela empresa porque, na admissão, estava ocorrendo 
um problema na plataforma institucional, daí porque a ex-empregadora acordou com os 
empregados que o conteúdo de trabalho seria enviado ao e-mail particular de cada um, desde 
que pudesse fazer o monitoramento. 
 ( 1) trabalhou na fábrica de componentes eletrônicos Nimbus S.A. situada na Rua Leonardo 
Malcher, 7.070, Manaus, Amazonas, CEP 210, de 10.10.2012 a 02.07.2014. 
 ( 8) foi dispensado em 2/7/2014, sem justa causa e recebeu sua indenização corretamente. 
 ( 7) que, em razão disso, o empregador teve acesso a diversos escritos e fotos particulares do 
depoente, inclusive conteúdo que ele não desejava expor a terceiros. 
 ( 9) durante o contrato sofreu descontos a título de contribuição sindical e confederativa, 
mesmo não sendo sindicalizado. 
 CASO CONCRETO 2 XIV EXAME DA ORDEM /2014 Síntese da entrevista feita com Bruno Silva, 
brasileiro, solteiro, CTPS 0010, Identidade 0011, CPF 0012 e PIS 0013, filho de Valmor Silva e 
Helena Silva, nascido em 20.02.1990, domiciliado na Rua Oliveiras, 150 ? Cuiabá ? CEP 20000-
000: 
 ( 7) Bruno costumava fazer digitação de trabalhos de conclusão de curso para universitários, 
ganhando em média R$200,00 por mês, mas no período em que esteve afastado pelo INSS não 
teve condição física de realizar esta atividade, que voltou a fazer tão logo retornou ao 
emprego. 
 (5 ) No acidente, sofreu amputação traumática de um dedo da mão esquerda e se submeteu a 
tratamento médico e psicológico, gastando com os profissionais R$ 2.500,00 entre honorários 
profissionais e medicamentos e levou consigo os recibos. 
 ( 2) que teve a CTPS assinada e exercia a função de empacotador, recebendo por último o 
salário de R$ 1.300,00 por mês; que sua tarefa consistia em empacotar congelados de legumes 
numa máquina adquirida para tal fim. 
 ( 1) Que foi admitido em 05.07.2011 pela empresa Central de Legumes Ltda., situada na Rua 
das Acácias, 58 ? Cuiabá ? CEP 20000-010, e dispensado sem justa causa em 27.10.2013, 
quando recebeu corretamente as verbas da extinção contratual; 
 ( 6) No seu retorno ao trabalho, foi comprovada pelos peritos do INSS a perda de 20% da sua 
capacidade laborativa, razão por que foi readaptado a outra função. 
 ( 3) Em 30.11.2011 sofreu acidente do trabalho na referida máquina, quando sua mão ficou 
presa no interior do equipamento, ficou afastado pelo INSS e recebeu auxílio doença 
acidentário até 20.05.2012, quando retornou ao serviço. 
 ( 4) A CIPA da empresa, convocada quando da ocorrência do acidente, verificou que a 
máquina havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de segurança 
para que ela trabalhasse com maior rapidez e, assim, aumentasse a produtividade. 
 CASO CONCRETO 3 XIV EXAME DA ORDEM /2012 
 (2 ) O terreno está situado na Rua Cardoso Soares nº 42, no bairro de Lírios, na cidade de 
Condonópolis, no estado de Tocantins. 
 (4 ) Em razão disso, Norberto tem sido constantemente sondado a se retirar do local, 
recebendo ofertas de valor insignificante, já que as construtoras alegam que o terreno sequer 
pertence a ele, pois está registrado em nome de Cândido Gonçalves. 
 (1 ) Norberto da Silva, pessoa desprovida de qualquer bem material, adquiriu de terceiro, há 
nove anos e meio, posse de terreno medindo 240m² em área urbana, onde construiu moradia 
simples para sua família. 
 (5 ) Norberto não tem qualquer interesse em aceitar tais ofertas; ao contrário, com setenta e 
dois anos de idade, viúvo e acostumado com a vida na localidade, demonstra desejo de lá 
permanecer com seus filhos. 
 ( 7) A posse é exercida ininterruptamente, de forma mansa e pacífica, sem qualquer oposição. 
( 3) No último ano, o bairro passou por um acelerado processo de valorização devido à 
construção de suntuosos projetos imobiliários. 
 ( 6) São seus vizinhos do lado direito Carlos, do esquerdo Ezequiel e, dos fundos, Edgar. 
 Questão 3: objetivas 
1. Marque a alternativa que melhor preenche a lacuna em: "____________ são aqueles que 
importam diretamente para a aplicação da norma jurídica." 
 (A) Fatos cronologicamente organizados 
 (B) Fatos juridicamente importantes. 
(C) Fatos que satisfazem a curiosidade do leitor. 
 (D) Fatos que contribuem para a compreensão dos que são relevantes. 
 (E) Fatos que dão ênfase a informações relevantes. 
2. A estrutura da narrativa é uma __________________ relacionados entre si de forma 
coerente, em que há uma ordem ______________ e ______________. 
 (A) descrição / linear / acronológica. 
 (B) sequência de fatos / temporal / casual. 
 (C) relação de valores / casual / cronológica. 
 (D) apresentação de teses / narrativa / argumentativa. 
 (E) sequência de fatos / argumentativa / casual.

Outros materiais