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ANÁLISE DE LÍQUIDOS CAVITÁRIOS PROFA. ANDRESSA INABA DE MAGALHÃES LABORATÓRIO CLÍNICO Vísceras banhadas por uma pequena quantidade de líquido Ultrafiltrado do sangue (eletrólitos, líquidos, proteínas plasmáticas) Equilíbrio de Starling Espaço extravascular Espaço intravascular Vasos linfáticos A quantidade de fluido lubrificante é determinada pela quantidade de fluido que entra subtraída pela quantidade de fluido que sai. Quando a quantidade de líquido que entra é maior do que a quantidade que sai ocorre acúmulo. Fonte: sidvan2010.blogspot.com LOCAIS DE ACÚMULO Cavidade peritoneal Cavidade torácica (pleural) Cavidade pericárdica Diminuição da pressão oncótica Espaço extravascular Espaço intravascular Aumento da pressão hidrostática Espaço extravascular Espaço intravascular Espaço intravascular Espaço extravascular Espaço intravascular Aumento da permeabilidade capilar Falha da drenagem Vasos linfáticos Espaço extravascular Espaço intravascular Sinais clínicos Dispnéia Extensão de cabeça e pescoço em decúbito esternal Respiração de boca aberta Taquipnéia Respiração abdominal Cianose Fonte: dicaspeludas.blogspot.com Sinais clínicos Letargia Intolerância ao exercício Tosse – efusões pleurais crônicas Distensão abdominal Abafamento de sons cardíacos e pulmonares à auscultação CUIDADO!!!!! Fonte: dicaspeludas.blogspot.com A quantidade aumentada de fluido na cavidade abdominal, torácica ou pericárdica não é uma doença, mas uma indicação do processo patológico no sistema de produção e/ou remoção de fluido ou acúmulo de fonte ectópica. A análise do fluido é um modo rápido, fácil, barato e relativamente seguro de se obter informações úteis ao diagnóstico, prognóstico e tratamento de doenças (Cowell, 2009) Coleta - Toracocentese Geralmente bilaterais Unilaterais ou compartimentalizadas Raio-x Terço final do tórax Junção costocondral Sétimo ou oitavo espaço intercostal Superfície cranial da costela Fonte: www.anclivepadf.com.br Coleta de amostras em tubo de EDTA e sem anticoagulante Coleta - Toracocentese Linha média 1 a 2 cm caudal à cicatriz umbilical (evita entupimento da agulha pelo ligamento falciforme) Esvaziar a bexiga (punção acidental) Coleta – Paracentese abdominal ou paracentese abdominal Fonte: www.vetdiagnosis.com.br Animal em estação ou decúbito esternal ou lateral Quarto e quinto espaços intercostais Junção costocondral Coleta – Pericardiocentese Fonte: www.arsveterinaria.org.br INDICAÇÕES E COMPLICAÇÕES ABDOMINOCENTESE TORACOCENTESE PERICARDIOCENTESE INDICAÇÕES Avaliação diagnóstica Avaliação diagnóstica Avaliação diagnóstica Aliviar pressão intraabdominal Aliviar dificuldade respiratória Estabilizar o paciente com tamponamento cardíaco COMPLICAÇÕES Laceração de órgãos Laceração de pulmão Arritmia Laceração do tumor Contaminação bacteriana Punção cardíaca Contaminação bacteriana Laceração de artéria coronariana Laceração pulmonar Contaminação bacteriana Fonte: Cowell, 2009 Análise de líquidos – Exame físico Cor - Variações de amarelo palha até avermelhada Odor – inodoro ou fétido ( amostras contaminadas) Aspecto – límpido a turvo/leitoso Densidade Coagulação – presente ou ausente Diferenciar hemorragia intracavitária de contaminação sanguínea Análise de líquidos – Exame químico Fita reagente pH Glicose Leucócitos Bilirrubina Sangue Proteínas * Fonte: arquivo pessoal ANÁLISE BIOQUÍMICA DO FLUIDO DE EFUSÃO Teste Amostra Indicações Interpretação BILIRRUBINA Efusão e soro Suspeita de peritonite biliar > que a do soro 2 ou + vezes sugere peritonite biliar CREATININA Efusão e soro Suspeita de uroperitôneo > que a do soro 2 ou + vezes sugere uroperitôneo COLESTEROL Efusão e soro Suspeita de efusão pseudoquilosa > que a do soro 2 ou + vezes sugere efusão pseudoquilosa TRIGLICÉRIDES Efusão e soro Suspeita de efusão quilosa > que a do soro 2 ou + vezes sugere efusão quilosa Fonte: Cowell, 2009 Classificação das efusões Transudato Transudato modificado Exsudato Baseado em contagens totais de células nucleadas e na concentração de proteínas totais Classificação das efusões Efusão abdominal/pleural/ pericárdica Quantidade de proteínas totais e contagem de células nucleadas < 2,5g/dL proteínas < 1500 células nucleadas/µL 2,5 – 7,5 g/dL proteínas 1000 a 7000 células nucleadas/µL > 3,0 g/dL proteínas > 7000 células nucleadas/µL Transudatos Transudatos modificados Exsudatos sépticos/não sépticos Fonte: Cowell, 2009 Transudatos – Diminuição da pressão oncótica Incolores Límpidos Baixa celularidade Baixa proteína total Células mononucleares Doença glomerular renal Doença hepática Enteropatias com perda protéica Âmbar, avermelhados, esbranquiçados Turvo Proteínas aumentadas Celularidade baixa a aumentada Neutrófilos, células mononucleares, neoplásicas dependendo da causa da efusão Transudatos modificados – Aumento da pressão hidrostática ou alteração de permeabilidade Doença cardíaca Efusões quilosas Neoplasias Doenças cardíacas Raio –x Ecocardiograma eletrocardiograma Neoplasias não esfoliativas – origem mesenquimal Transudatos modificados – Aumento da pressão hidrostática ou alteração de permeabilidade Cães – formação de ascite Gatos – formação de líquido pleural Âmbar, esbranquiçada, avermelhada Fétido ( contaminação bacteriana) Turvo Proteínas aumentadas Celularidade aumentada Neutrófilos são o tipo celular predominante Exsudatos – Aumento da permeabilidade por substâncias vasoativas e agentes quimiotáticos Inflamações Neoplasias Sépticos Não sépticos Exsudatos – Aumento da permeabilidade por substâncias vasoativas e agentes quimiotáticos Envolvimento bacteriano Cultivo microbiológico Fonte: patclinveterinaria.blogspot.com.br Efusões específicas - Infecciosas Aumento da permeabilidade capilar Aumento da celularidade Neutrófilos principalmente Proteínas aumentadas Efusões específicas - Infecciosas PERITONITE INFECCIOSA FELINA Derrames em tórax, abdome e pericárdio Amarelo palha a amarelo ouro Presença de fibrina Alta concentração protéica Contagem celular variável Relação albumina:globulina <0,8 Fonte: patclinveterinaria.blogspot.com.br Efusões específicas PERITONITE BILIAR Secundária a ruptura de vesícula ou ducto biliar Obstrução Inflamação Mucocele Trauma PERITONITE BILIAR Peritonite química Coloração esverdeada/amarelo-alaranjada Pigmentos biliares em macrófagos (≠ de hemossiderina) Neutrófilos são as células predominantes Dosagem de bilirrubinas > no líquido Efusões específicas Efusões específicas UROPERITÔNEO Extravasamento de urina dos rins,ureteres, bexiga ou uretra Líquido com aspecto de urina Amarelo palha a ouro Celularidade baixa Predomínio de células inflamatórias Concentração de proteínas variável Dosagem de creatinina > no líquido * Dosagem de uréia EFUSÃO QUILOSA Obstrução física (neoplasias) ou funcional do fluxo linfático Aumento da pressão em vasos linfáticos e consequente dilatação de ducto torácico Extravasamento de linfa Efusões específicas EFUSÃO QUILOSA Coloração esbranquiçada a rósea Celularidade variável Linfócitos típicos Efusões específicas Fonte: www.scielo.org.pe EFUSÃO QUILOSA Dosagem de colesterol e triglicérides Efusões específicas EFUSÃO PSEUDOQUILOSA Rara em animais – debris celulares Dosagem de colesterol e triglicérides EFUSÕES HEMORRÁGICAS Grande parte de efusões pericárdicas Defeitos de hemostasia Dirofilariose Neoplasias Rupturas de órgãos Punção de órgãos ou grandes vasos Efusões específicas Fonte: patclinvet.blogspot.com.br EFUSÕES HEMORRÁGICAS x CONTAMINAÇÃO SANGUÍNEA Eritrofagocitose Presença de plaquetas Cristais de hematoidina Efusões específicas Fonte: laboratoriosanisidro.blogspot.com.br NEOPLASIAS Transudatos modificados Exsudatos Linfomas Carcinomas/adenocarcinomas Mesoteliomas Mastocitomas Efusões específicas Fonte: laboratoriovetuff.blogspot.com.br Fonte: liqbiol.blogspot.com.br
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