Buscar

ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO NA CLÍNICA ESCOLA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO NA CLÍNICA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO NA CLÍNICA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
(trabalho sempre que necessário, visto que por se tratar de um serviço institucionalizado, está sujeito à cristalização pelas características intrínsecas da instituição o que pode colocar o atendimento numa posição inercial que se mostra ineficiente frente à demanda de atendimento (Salinas & Santos, 2002).
Nos como psicólogo devemos sempre fazer o acolhimento ao paciente sem fazer com que ele entenda ou interprete mal como um tipo de apoio as suas fantasias que esta tendo com o terapeuta, sabendo como da esse tipo de acolhimento sem mostra nem um tipo de interesse ou faze que ele pense dessa forma.
(Ressalta-se que nos atendimentos embasados pela psicanálise, alguns elementos são de extrema importância para o desenvolvimento do trabalho, sendo um deles a transferência. Segundo Maurano (2006) a transferência está relacionada com o amor e a demanda de ser amado, e ainda com a forma que essa demanda de amor será acolhida, encaminhada e tratada na prática psicanalítica.)
O acolhimento faz com que o paciente se sinta acolhido, fazendo com que ele sinta que esta tendo uma atenção aquilo que esta sendo relatado a ele. Temos que fazer com que o paciente sinta uma transferência ao terapeuta para que formemos um vinculo, fazendo com que ele se sinta bem e tenha uma confiança em falar sobre suas angustias, que precisa ser expressas.
(O sujeito, por vezes, pode manter certas maneiras de agir que se repetem a cada nova relação que se estabelece, como por exemplo, aquele que se comporta como sendo sempre o “coitadinho”, ou o que demanda reconhecimento por parte do outro, como se o sujeito se encontrasse preso em uma trama. Embora a transferência perpetue em todas as relações humanas cotidianas, nem sempre é identificada.)
Ao estabelecer um vinculo ao paciente ele vai se sentir amparado e aberto para por tudo para fora que precisa ser falado durante a analise, A cada nova sessão o paciente vai se libertando dizendo coisa que jamais falou a alguém e que nunca teve uma oportunidade de ser ouvido, e faz com que ele aprenda a lidar com aquele sentimento ou seja de culpa ou algo assim.
(Durante o processo analítico, mesmo ocorrendo uma transferência positiva, é possível perceber que o paciente também pode apresentar resistências ao atendimento. Essas estão associadas às defesas inconscientes do paciente e entram em atuação quando começamos a tratar de conteúdos reprimidos no inconsciente. Tal fenômeno é denominado de mecanismos de defesa do Ego contra o Id (Brenner, 1973).
Pode ainda haver uma resistência mesmo sem querer o paciente ainda faça isso sem perceber, devido às defesas do Ego que sempre vai esta ali tentando fazer com que isso aconteça, Aos poucos as defesas e resistências vão abrindo novos caminhos para que possam entender um pouco mais sobre as nossas dificuldades que estão dentro de nos.
ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO NA CLÍNICA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
(No entanto, quando lhe foi retomado a proposta de atendimento da clínica-escola naquele momento, como sendo apenas um acolhimento pontual que girava em torno de seis sessões, de forma que os encontros estavam chegando ao fim, a paciente exprimiu seu desejo em continuar recebendo atendimento psicológico com a estagiária dizendo: “Se pudesse eu gostaria de continuar com você (estagiária), pois foi muito bom para mim, mas se não for possível, tentarei encaminhamento para uma terapia posterior”; o que aparentemente mostrava uma transferência positiva e certa resignação.)
Para o paciente a terapia e completamente diferente por ser uma experiência única de ter alguém para ouvir de forma atenciosa, com isso senti se melhor para se expressar, não e a mesma coisa como conversar com uma pessoa qualquer, pois nem sempre estão prontos e preparados para ouvir os problemas dos outros, acontece mais das pessoas precisarem ser ouvidas, sempre querem falar de si mesmo, e não importarem com o que outras pessoas estão sentido, e que precisa ter uma atenção maior precisando de um acolhimento maior com alguém focado em suas dificuldades.
(Compreendendo a dificuldade da paciente, percebe-se que ela “abandona para não ser abandonada”, visto que ela fez investimentos afetivos na relação terapêutica e não conseguia conceber a ideia de que também seria “abandonada” pela terapeuta. Foi abandonada por sua mãe quando criança e quando adolescente; foi abandonada afetivamente pelo primeiro marido; sofreu com o término do primeiro e do segundo casamento, e novamente viase sendo abandonada, agora pela terapeuta.)
O paciente passa por diversas dificuldade na vida dele como algo que pode ter acontecido no passado que a fez sentir uma falta de companheirismo, e acolhimento, por pessoas que ela amava que não teve um apoio nas suas dificuldades, e nem foi presente nas horas que mais precisou de ter alguém ao seu lado, isso fez com que a pessoa se sinta ser ter uma estabilidade emocional, fazendo com que ficasse carente de afeto e precisasse de uma atenção maior com os seus relacionamentos.
(Percebeu-se também como característica da paciente o uso do mecanismo de defesa da projeção, que como explica Brenner (1973) seria a atribuição de um impulso próprio à outra pessoa, fazendo com que haja uma percepção errônea da realidade. Maria disse em sua primeira sessão “Não sei o que acontece, mas eu queria entender o que me faz repetir sempre essa coisa de viver tudo da mesma forma, mesmo sabendo que vai dar errado no final”, referindo-se aos tipos de relacionamentos em que se envolvia.)
A paciente usa o mecanismo de defesa para que se proteja daquilo que ela acha que e uma ameaça a ela, tendo medo se ser abandona por seu parceiro, sendo assim ela a termina com ele para que não seja ele que o abandone, se sentido menos amada. Usava o mecanismo de defesa projetando tudo àquilo que o seu ex marido era tendo a esperança de que no namorado ele fosse do mesmo jeito, ela sabendo do que ia acontecer sempre acabava caindo nessa ilusão.
(Porém, percebeu-se também que em certos casos, apenas o acolhimento psicológico não é suficiente para ajudar o paciente, e apesar da proposta deste trabalho ser válida, alguns pacientes, como no caso relatado aqui, não conseguiram concluir o atendimento, visto que ainda não conseguiram elaborar certas questões que lhes eram muito angustiantes, necessitando de um tempo maior em terapia, para se fortalecer e realmente vivenciar uma modificação na sua estrutura egóica.)
O acolhimento muitas das vezes ajuda o paciente em alguns casos, mas nem todos são dessa forma, muita precisão de um processo longo de terapia para que modifique a sua vida, e consiga resolver os seus problemas, conseguindo entender um pouco mais sobre o que se passa dentro do seu eu, pra que se conheça melhor, e consiga melhorar o que tanto dói dentro de si, para que tenha um alto estima maior fazendo com que tenha amor á vida, e seus atos.

Outros materiais