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divã DE FREUD

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O DIVÃ DE FREUD NO TEMPO ATUAL: RESSIGNIFICANDO O OBJETO-VEÍCULO DE ANÁLISE NA CLÍNICA PSICANALÍTICA1
(Aprendemos a investigar os pensamentos e os sentimentos do sujeito em seu universo psíquico, associando, interpretando e elaborando a herança deixada por Freud, ao mesmo tempo em que desbravamos novas compreensões lançadas pelos pós-freudianos. Cada vez mais, no espaço da clínica, podemos capturar a misteriosa lógica do inconsciente e a transposição de seus conteúdos para o consciente, favorecendo o trabalho psíquico do sujeito, a fim de que os conteúdos submersos, muitas vezes de sofrimento, sejam revelados.)
Fazia com que o paciente tivesse conseguissem ir alem do inconsciente tendo melhor acesso aos traumas que ele já viveu fazendo com que cada vez a clinicas fossem tendo um papel maior com os pacientes que estavam sendo elaborada essa técnica. Cada vez Freud foi tendo um conhecimento maior descobrindo como acessar as memórias passadas dos pacientes, e descobrindo como lidar com a mente humana.
(Contextualizando os caminhos acima, a temática do artigo nasceu da inquietação de um analisando, que lançou a seguinte pergunta ao final de uma sessão: “- Eu estou no divã?” Antemão, diga-se que o analisando entrara em análise sem nunca ter-se deitado no divã. Resumindo a história clínica do analisando, P. mostrou uma produção analítica com associações, recordações, elaborações por vários anos. Apresentava resistências diante da transferência e, mais adiante, fazia uso farto da interpretação do material fantasístico. Não havia uma queixa isolada, mas um sintoma construído com base numa engrenagem obsessiva, regada a delírios histéricos.)
Para aquele analista era nova a experiência de esta no divã, era algo que nem ele sabia interpretar, ele precisava se conhecer, não se levando a emoções que nem ele mesmo sabia reagir a elas. O analista tinha uma grande dificuldade de saber lidar com as suas emoções tendo uma grande resistência em se abrir. O analista que estava em analise nem percebeu que a algum tempo estava sedo observado e analisado.
(Os casos clínicos estudados por Freud e Breuer despertaram não somente o lugar da linguagem na escuta do sofrimento como reinventaram o lugar físico dessa escuta. Supomos que muito dessa mudança pode ter sido influenciada pela posição dos pacientes acamados em residências, visitados na ocasião por Freud e Breuer (FREUD, 1997a, 1997b; JONES, 1989). Acreditamos que as visitações domiciliares a pacientes acamados serviriam de precursores ao uso do divã no consultório clínico freudiano.)
O divã foi uma grande descoberta para Freud, fez com que os seus pacientes relassem, tendo uma visão diferente entre o analista, e o paciente fazendo com que ele agisse livremente expondo tudo aquilo que vinha a sua mente livremente. O paciente se sentia mas a vontade não tendo aquela pressão do terapeuta esta cara a cara com ele, era como conversar em um lugar calmo relaxado
(Falando do método psicanalítico de Freud (2000a), o psiquiatra Leopold Loewenfeld expõe os primórdios da função do divã, talvez numa época em que nem Freud percebia o real valor da posição do móvel no consultório médico. Quando revela o intuito de manter o sujeito relaxado, ao mesmo tempo em que descansava dos rostos de seus pacientes durante as longas horas de trabalho, não percebia a provocação lançada aos colegas.)
O método que Freud adotou foi uma grande descoberta para a psicanálise, com isso foi uma forma melhor de entender os seus pacientes e seus pensamentos, o Divã foi tornando importante para que os pacientes se senti menos observado, era difícil fazer com que entender a verdadeira função de deitar no divã mas aos poucos foi decifrando o verdadeiro sentido o que ele trazia.
(DIVÃ NA ATUALIDADE O divã é referido pela sociedade como símbolo da psicanálise, lugar de reflexões, espaço da associação livre de ideias e interpretações. Incorporado por muitas sociedades como um arquétipo do ato de análise, a função do divã deve ser colocada em questão, à medida que a psicanálise se insere em novos contextos históricos e se confronta com sujeitos que apresentam novos sintomas sob as velhas demandas psíquicas. Não há dúvida de que o conjunto psicanalítico da clínica precisa ser revisado em face das diferentes demandas atravessadas pelo policontexto de uma sociedade.)
O divã na forma que os pacientes enxergar ainda e critica, acham que estão entrando no seu intimo fazendo com que falem coisas que não querem ser ditas ou que e desconfortável. Muitos pacientes se sentem inseguro, e não conseguem deitar no divã, para a psicanálise o divã e uma forma de analisar, e deixar o paciente tendo uma associação livre, fazendo com que ele se abra livremente com tudo que vem a cabeça deixando acontecer abertamente.
(Todas as justificativas dadas para que o divã seja usado podem ser superadas, uma vez que consideremos os lugares físicos e metafísicos possíveis de análise. Acreditamos que a mudança de discurso do sujeito compreende indicativo de que houve transição do espaço concreto para o psíquico no trabalho analítico, e isso não acontece, necessariamente, na passagem da cadeira para o divã. É pelo campo psicológico que o divã dará passagem ao discurso analítico. Dessa forma, não será o espaço físico determinante de análise. O sujeito pode usar todos os cantos do consultório para movimentar-se enquanto pensa e analisa o seu discurso.)
O sujeito pode trocar de cadeira mas nada vai ser como deitar no divã, e relaxar dizendo coisas que o vem na mente. A forma de interpretação e totalmente diferente não só a forma mas a maneira que o paciente se senti relaxando, e tendo uma maneira de olhar diferente. E importante que o sujeito se sinta preparado para deitar no divã sem que o analista o peça, deitar por livre espontânea vontade, isso vai fazer com que ele não se sinta pressionado de nem uma forma, vai ser uma experiência nova para ele.
(É comum observamos nas supervisões um cumprimento técnico, delimitando o manejo do profissional da psicanálise pelo uso do divã. Mas, na verdade, queremos dizer que o processo de análise está mais comprometido com o trabalho psíquico e muito mais à mercê do embate entre o desejo do sujeito e do analista e da capacidade de o analista suportar o manejo da transferência, que qualquer outro fundamento.)
Ao deitar no divã o paciente pode falar coisas totalmente fora do contexto como coisas que ele não teria coragem se disser ou expressar ao analista, temos que ter bastante atenção para que não interpretamos mal ou que deixamos passar em branco, lembrando que devemos deixar ele agir livremente da forma de que ele gostaria de estar na maneira do apropriado. Devemos saber como lidar com a contratransferência que também pode acontecer em qualquer hora, e temos que saber lidar com isso de forma natural.
(Alguns sujeitos deitam-se e permanecem narrando suas rotinas, num discurso descritivo dos comportamentos, sem contrapartida associativa. Outros relaxam durante o movimento de vai e vem de seu discurso. Para alguns sujeitos, muitas vezes, observamos que o divã serve de lugar de movimento do corpo, deitando, sentando, cruzando as pernas, fazendo dele um ponto de apoio para o próprio corpo que se encontra em discurso. De maneira inusitada, o analisando P. manteve uma relação de reverência e referência com o divã, enquanto discursava e vagava pela sala)
Alguns pacientes podem narrar coisas que, nada haver com o que ele esta passando outros podem se sentir em casa, e falar coisas muito importantes para analise como de como era a sua vida na infância ou algo desse tipo. Pode haver pacientes que vão falar da vida do outro, mas e de extrema importância para a analise pode ser algo que ele gostaria de disser sobre ele mas não encontrou coragem ou oportunidade.
(Alguns podem levantar dúvidas sobre a veracidade do processo de análise e colocar em questão se houve a mudança real da posição do discurso, uma vez que não foi feito o uso do divã. Outros, porém, podem especular que o analisando paralisou-se,uma vez que o olhar do analista tenha inibido o processo. Afirmamos que o mesmo sentou-se nele não olhando para o analista, uma vez que entendemos que procurava em cada canto da sala a visão de seu mundo psíquico. Se observarmos de perto, talvez, a grande questão da análise não esteja na aposta que fazemos diante de sua profundidade, mas pelo enquadre possível pelo sujeito durante o período dedicado a ela.)
Pode haver pacientes que vão achar que analise não esta fazendo resultado de forma alguma, vai disser que não esta vendo crescimento e que vai querer mudar de terapeuta, será a hora de perguntar a ele se o que ele esta vendo o que precisar ser mudado, se não esta mesmo tendo resultado, e se não seria ele que deveria tentar mudar o rumo da analise. Vai haver pacientes que são resistentes para tentar falar dele mesmo ai sim vai se complicado de tentar entender, a forma melhor de ser interpretado será no divã.
(Colocamos em evidência o manejo técnico do divã como instrumento transicional e de passagem do discurso do sujeito, cuja narrativa deixa de ser descritiva e se internaliza para um espaço psíquico. O analisando pode fazer do divã um movimento de vai e vem pulsional, utilizando-o como escoamento de suas tensões. Isso nos leva a pensar nas inúmeras expressões que o corpo pode suscitar ao movimentar-se no próprio divã. Devemos reconsiderar a ignorância dada ao corpo na clínica, muitas vezes, reduzindo-o a uma posição de quase morte.)
Vai haver pacientes que não terá um desempenho maior, como por exemplo sempre falar de coisas do dia a dia como falar do outro, como se fosse uma fofoca, sem querer falar dele mesmo, repetindo a sua rotina do dia, todas as sessões vão vim com a mesma conversa, pensamentos de resistência sempre vai acontecer mesmo pacientes que conseguem falar tudo, mas á uma resistência em cada pessoa.
(Diferentemente de compreendê-la como doutrina, antes de tudo, a psicanálise é uma posição científica frente ao trabalho psíquico do sujeito, ao sofrimento humano em particular, muito mais que uma simples escolha teórica para a prática clínica. Ela nos ensina a pensar o seu próprio arcabouço, mantendo um diálogo permanente com as demandas da atualidade. Sendo assim, ainda que o divã compreenda um manejo técnico de análise e tenha se transformado no marco simbólico de análise, ele se transforma num lugar imaginário de análise propriamente dito.)
A psicanálise e uma abordagem da psicologia trabalha com técnicas para ajudar os pacientes a se conhecer, e entender os seus problemas,e conseguir resolver, trabalhando a mente humana, para que tenhamos uma mente saudável, e acumule estresse para que não haja adoecimento do corpo e da mente. A analise trabalha o desenvolvimento analítico da pessoa, fazendo com que resolva os seus trauma.

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