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A primeira infância é o período que compreende o nascimento e os primeiros seis anos de vida da criança

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A primeira infância é o período que compreende o nascimento e os primeiros seis anos de vida da criança. É uma etapa muito importante para o desenvolvimento e as experiências dessa época são levadas para o resto da vida – mesmo aquelas que acontecem durante a gestação ou enquanto o bebê é pequeno, ainda não sabe falar e nem tem memória apurada dos fatos que acontecem à sua volta. 
Um conjunto de fatores físicos, sócio-ambientais e vinculares se conjugam ao longo do desenvolvimento das crianças, influenciando a qualidade das experiências vividas. O cérebro é peça fundamental para que as experiências se façam possíveis. A capacidade do cérebro de se desenvolver é herdada biologicamente, porém o modo como vai ocorrer este desenvolvimento depende dos estímulos externos que receberá ao longo da vida. Ele começa a se formar nos primeiros anos de vida, tendo seu pico mais intenso de desenvolvimento no período de 0 a 3 anos de idade, quando ocorre a formação das estruturas neurológicas e o fortalecimento das conexões entre os neurônios (Martins Filho, 2012). É na interação com o meio social, cultural, físico e econômico que se dá o desenvolvimento de habilidades nas diferentes dimensões da personalidade – física/motora, social, afetiva, cognitiva, linguística e artística.
O desenvolvimento infantil caracteriza-se por um processo de maturação contínua, definida por certos padrões no desenvolvimento cerebral, emocional e comportamental. Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, o que torna possível a observação e interpretação. É muito importante ter clareza das funções estabelecidas em determinados tempos e idades, para assim não perder a oportunidade de estimular as crianças em momentos importantes; estes períodos são conhecidos como “janelas de oportunidades” (Cypel, 2012). Além disso, é fundamental um olhar e intervenções que respeitem os ritmos e singularidades individuais, assim como o acolhimento das diversidades das infâncias brasileiras, dos contextos culturais onde elas se passam.
Pesquisas desenvolvidas ao longo do século XX por estudiosos da infância demonstram que a afetividade e o vínculo são absolutamente necessários para um desenvolvimento saudável e criativo, assim como a valorização do que a criança sabe fazer de melhor, brincar e criar. A relação que se estabelece entre o adulto cuidador e o bebê são de extrema importância, pois o adulto tem a capacidade de acolher as manifestações do bebê (choro e expressões corporais) e então passar a atender suas necessidades físicas e emocionais. Brincar está entre as melhores ferramentas para o alcance de uma educação integral. A atividade lúdica permite liberar a criança das limitações do mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias, possibilitando explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de entender.
Os benefícios do brincar leva a reflexão de que as experiências da infância são únicas e insubstituíveis. Dessa forma, há de haver um cuidado ao afirmar que a importância da infância está somente na construção de um futuro mais sólido para o país. Sem desmerecer essa idéia, é importante que se tenha a clareza de que as crianças precisam e têm o direito de viver o presente, de forma despretensiosa, feliz e plena (Plano Nacional pela Primeira Infância, 2010).

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