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Aula 08_Direito_Administrativo Text Marked

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Direito Administrativo p/ Polícia Federal. Teoria 
e exercícios comentados 
Prof Daniel Mesquita – Aula 08 
 
 
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AULA 08: Regime jurídico dos policiais civis da União e do 
Distrito Federal (Lei nº 4.878/1965). 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 08 2 
2. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 3 
3. O INGRESSO NA CARREIRA E O PROVIMENTO NA LEI Nº 4.878/65 6 
4. DAS VANTAGENS ESPECÍFICAS 13 
5. APOSENTADORIA (LEI COMPLEMENTAR 51/85 C/C A LEI 4878/65) 16 
6. DA PRISÃO ESPECIAL 19 
7. DAS TRANSGRESSÕES E DAS PENAS DISCIPLINARES 19 
8. COMPETÊNCIA PARA IMPOSIÇÃO DE PENALIDADES 25 
9. DO PROCESSO DISCIPLINAR 27 
10. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS 33 
11. RESUMO DA AULA 34 
12. QUESTÕES 41 
13. REFERÊNCIAS 42 
 
 
 
 
 
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1. Introdução à aula 08 
 
Bem vindos à nossa aula 08 de Direito Administrativo, do curso 
preparatório para o concurso de agente e escrivão da Polícia Federal. 
Esta é a nossa última aula. Com certeza, ao final deste nosso curso 
você estará muito bem preparado para a sua prova de direito 
administrativo! 
Nesta aula 08, abordaremos a matéria “Regime jurídico peculiar 
dos funcionários policiais civis da União e do Distrito Federal (Lei nº 
4.878/1965).” 
A Lei nº 4.878/65 disciplina o regime jurídico dos policiais civis da 
União e do Distrito Federal. 
A primeira informação IMPORTANTE desta aula é que a Lei 
8.112/90 é aplicada subsidiariamente ao regime jurídico dos policiais 
civis da União e do DF. Veja o que diz o art. 62 da Lei nº 4.878/65: 
 
 
. 
Assim, diante desse dispositivo, temos a seguinte conclusão 
extraída de um julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça 
(REsp 1173455/RS): “o art. 62 da Lei nº 4.878/65, que dispõe sobre o 
regime jurídico dos policiais civis da União, permite a aplicação 
subsidiária do Estatuto do Servidor Público Federal (Lei nº 8.112/90)”. 
Por isso, você deve ter em mente que tudo o que estudamos na 
aula passada, relativo ao regime jurídico dos servidores civis da União, 
será aplicado aos policiais federais, desde que a Lei nº 4.878/65 não 
tenha disciplinado de forma diversa. 
Esta nossa última aula será baseada no texto da lei e nos julgados 
do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema. 
Art. 62. Aos funcionários do Serviço de Polícia Federal e do Serviço Policial 
Metropolitano aplicam-se as disposições da legislação relativa ao 
funcionalismo civil da União no que não colidirem com as desta Lei. 
 
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Fique tranquilo, pois o CESPE não deverá cobrar nada fora desses 
dois enfoques. Aliás, nas últimas provas para a Polícia Federal não foi 
cobrada nenhuma questão dessa lei. 
Chega de papo, vamos a luta! 
 
2. Disposições preliminares 
 
O primeiro capítulo da Lei nº 4.878/65 informa quais são as 
categorias de policiais abrangidas pela lei. 
O art. 2º da norma informa que essa lei abrange “os brasileiros 
legalmente investidos em cargos do Serviço de Polícia Federal e do 
Serviço Policial Metropolitano”. 
A partir dessa definição legal, a primeira pergunta relevante surge: 
O policial rodoviário federal tem o seu regime regulado pela Lei nº 
4.878/65? 
Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (MS 14.848/DF) 
afirmou que NÃO. Veja o seguinte trecho do julgamento: 
 
 
 
 
Professor, quem pode ser considerado policial para fins desta 
norma? 
Para efeitos da lei que estamos estudando é servidor público 
investido no cargo das carreiras policiais civis da União, em decorrência 
de aprovação em concurso público de prova ou de provas e títulos. 
3. A Lei n.º 4.878/65 - norma especial que exige a condução do 
procedimento por Comissão Permanente de Disciplina - aplica-se aos 
policiais civis investidos em cargos do Serviço de Polícia Federal, não 
alcançando os Policiais Rodoviários Federais, categoria regida pela Lei n.º 
8.112/90, Estatuto Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União. 
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Ainda quanto às disposições preliminares da Lei nº 4.878/65, há 
dispositivo no sentido de que a função policial é incompatível com 
qualquer outra atividade (art. 4º). 
Entretanto, na aula passada, vimos que alguns cargos são 
passíveis de acumulação. 
Vimos que é possível acumular, desde que haja compatibilidade de 
horários, dois cargos de PROFESSOR, um cargo de PROFESSOR com 
outro TÉCNICO OU CIENTÍFICO, dois cargos ou empregos 
PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE, com profissões 
regulamentadas, um cargo público com o de VEREADOR, permissão 
para os JUÍZES e MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO exercerem o 
MAGISTÉRIO. 
E aos policiais, é permitida a acumulação? 
Em regra não (redação do art. 4º). 
A Lei nº 4.878/65 ressalva apenas a acumulação do cargo de 
policial com o de magistério na Academia Nacional de Polícia e a 
prática profissional em estabelecimento hospitalar, para os 
ocupantes de cargos da série de classes de Médicos Legista, uma vez 
que este é considerado com cargo técnico. 
Veja a redação do art. 23, § 3º: 
 
 
 
 
Diante das inúmeras discussões no âmbito da Polícia Federal acerca 
do alcance desse dispositivo após a promulgação da Constituição, em 
1988, a Diretoria Geral da Polícia Federal editou a Instrução Normativa 
nº 003/04-DG/DPF. Nessa norma, constam os seguintes dispositivos: 
§ 3º Ressalvado o magistério na Academia Nacional de Polícia e a prática 
profissional em estabelecimento hospitalar, para os ocupantes de cargos da 
série de classes de Médicos Legista, ao funcionário policial é vedado exercer 
outra atividade, qualquer que seja a forma de admissão, remunerada ou não, 
em entidade pública ou emprêsa privada. 
 
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Como se vê, a Instrução Normativa permite o exercício de 
magistério aos integrantes da Carreira Policial Federal, desde que isso 
não implique em acumulação de cargos público, ou seja, o policial 
federal, segundo essa IN, pode dar aulas em instituições privadas, 
desde que haja compatibilidade de horários. 
Mas essa IN não resolve todos os problemas. 
Veja que a grande questão é saber se a Constituição, ao afirmar 
que é possível acumular cargo de natureza técnica com o de magistério 
e ao afirmar queé possível cumular dois cargos de profissionais de 
saúde, eliminou (= não recepcionou) o disposto no art. 23, § 3º, da Lei 
nº 4.878/65. 
Os tribunais brasileiros, ao analisarem essa questão, divergem 
sobre o tema. 
Há julgado do Tribunal Regional da 2ª Região que afirma que não é 
possível a acumulação dos cargos públicos de Delegado da Polícia 
Federal e de professor, pois seria impossível a compatibilidade de 
horários, “dada a natureza da profissão da carreira de Policial Federal 
que exige a disponibilidade integral do agente público” 
(2003.51.01.008450-1). 
Já o Tribunal Regional Federal da 1ª Região entende que a vedação 
geral à acumulação de cargos prevista na Lei nº 4.878/65 não teria sido 
recepcionada pela Constituição, devendo ser admitida a acumulação de 
cargos de policial federal de natureza técnica com o de magistério e de 
Art. 2o. Aos integrantes da Carreira Policial Federal é lícito o exercício do 
magistério, desde que não implique em acumulação de cargos 
públicos. 
Art. 6o. A compatibilidade de horários é requisito fundamental para o exercício 
do magistério, que não pode prejudicar o desempenho das atribuições policiais 
de qualquer natureza, inclusive no que tange a escalas de plantões, viagens a 
serviço e operações estabelecidas pela Administração. 
 
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policial federal da área da saúde com outro cargo privativo de 
profissional de saúde, conforme dispõe o art. 37, XVI, da Constituição 
(200233000236940). 
Assim, para que você não erre na sua prova, decore o disposto no 
art. 23, § 3º, da Lei nº 4.878/65, mas saiba que pode o policial federal 
ser também professor, desde que isso não signifique acumulação de 
cargo público e haja compatibilidade de horário (Instrução Normativa nº 
003/04-DG/DPF). 
Além disso, lembre-se que não há consenso quanto à aplicação 
integral do art. 37, XVI, da Constituição aos policiais federais. 
Ainda com relação às disposições preliminares da Lei, observamos 
que o mesmo art. 4º acima comentado reforça que a função policial é 
fundada na hierarquia e na disciplina. 
 
3. O ingresso na Carreira e o provimento na Lei nº 
4.878/65 
 
O art. 2º da Lei nº 9.266/96, que (reorganiza as classes da 
Carreira Policial Federal, fixa a remuneração dos cargos que as 
integram e dá outras providências) disciplina que o ingresso nos cargos 
da Carreira Policial Federal far-se-á mediante concurso público, 
exigido o curso superior completo, em nível de graduação, sempre na 3a 
(terceira) classe, observados os requisitos fixados na legislação 
pertinente, especialmente, no art. 9º da Lei nº 4.878/65. 
Observe que, para ingressar na Polícia Federal, exige-se curso 
superior completo em nível de graduação. 
Observe, ainda, que o ingresso se dá na 3ª classe. É requisito para 
a promoção nos cargos da Carreira Policial Federal a conclusão, com 
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aproveitamento, de cursos de aperfeiçoamento, cujos conteúdos 
observarão a complexidade das atribuições e os níveis de 
responsabilidade de cada classe (art. 2º. § 2º, da Lei nº 9.266/96). 
Com a aprovação na primeira etapa do concurso público, o 
indivíduo ingressa no curso de formação, na Academia Nacional de 
Polícia, segunda fase do certame, de natureza apenas eliminatória. 
A primeira fase é constituída de provas escritas objetiva e 
subjetiva, de cunho classificatório e eliminatório, e das provas físicas, 
exames médicos e exame psicotécnico, todas de caráter eliminatório. 
 
 
O art. 9º da Lei 4.878/65 prevê como requisitos expressos para a 
matrícula na Academia os seguintes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Ter sido aprovado no concurso e não ter sido eliminado na investigação 
social e/ou funcional. 
2. Ter nacionalidade brasileira ou portuguesa e, em caso de nacionalidade 
portuguesa, estar amparado pelo estatuto de igualdade entre brasileiros e 
portugueses, com reconhecimento de gozo de direitos políticos, nos termos 
do § 1º, artigo 12, da Constituição da República. 
3. Estar em dia com as obrigações eleitorais. 
4. Apresentar certificado de reservista ou de dispensa de incorporação, em 
caso de candidato do sexo masculino. 
5. Possuir carteira de identidade civil e carteira nacional de habilitação, 
categoria "B", no mínimo. 
6. Comprovar o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo. 
7. Ter idade mínima de dezoito anos completos, na data de matrícula no 
Curso de Formação Profissional. 
8. Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo. 
 
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IMPORTANTE você observar também a exigência do exame 
psicotécnico para o ingresso na Academia. 
Afinal, é lícita a exigência do exame psicotécnico em concursos 
públicos? 
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que sim, desde que 
atendidos os seguintes requisitos (REsp 1221968): 
 haja previsão legal e editalícia para tanto; 
 os critérios adotados para a avaliação sejam objetivos; e 
 caiba a interposição de recurso contra o resultado, que deve 
ser, pois, público. 
Se o indivíduo ingressou na Academia omitindo fato que 
impossibilitaria a sua matrícula, ele será demitido, mediante processo 
disciplinar regular. 
Na Academia, o indivíduo se submeterá a um curso de formação. A 
matrícula nesse curso obedecerá à ordem de classificação dos 
candidatos habilitados no concurso em que tiverem concorrido. 
Durante o curso de formação profissional na Academia, o candidato 
perceberá 80% (oitenta por cento) do vencimento fixado para a 
primeira referência da classe inicial da categoria funcional a que estiver 
concorrendo (art. 1º do DL 2.179/84). Hoje paga-se 50% do valor da 
remuneração do cargo, conforme a Lei. 11. 095/2005. 
Não pense que o tempo em que você estiver na Academia será um 
tempo “perdido”. A frequência aos cursos de formação profissional da 
Academia Nacional de Polícia para primeira investidura em cargo de 
atividade policial é considerada de efetivo exercício para fins de 
aposentadoria. 
Veja que são dois benefícios: o $$$$ e o tempo para aposentadoria! 
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Não podemos encerrar esse tópico sem mencionarmos o teor do 
art. 6º da Lei nº 4.878/65 quanto à nomeação. 
Nos termos desse dispositivo, a nomeação poderá ser feita de duas 
formas: 
 Em caráter efetivo; 
 Em comissão. 
Atualmente não há cargo isolado no quadro da Polícia Federal a 
nomeação se dá na classe inicial de cada cargo, respeitada a ordem declassificação na primeira fase do concurso. 
A escolha de vagas de lotação leva em consideração o resultado 
obtido no curso de formação. 
Com relação à posse, a Lei nº 4.878/65 define que são 
competentes para dar posse: 
I - o Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurança Pública, 
ao Chefe de seu Gabinete, ao Corregedor, aos Delegados Regionais e 
aos diretores e chefes de serviço que lhe sejam subordinados; 
II - o Diretor da Divisão de Administração do mesmo 
Departamento, nos demais casos; 
III - o Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, ao 
Chefe de seu Gabinete e aos Diretores que lhe sejam subordinados; 
IV - o Diretor da Divisão de Serviços Gerais da Polícia do Distrito 
Federal, nos demais casos. 
Coloquei em destaque o Diretor-Geral do Departamento Federal de 
Segurança Pública, o Secretário de Segurança Pública do Distrito 
Federal e o Diretor da Divisão de Administração do referido 
Departamento, pois estes poderão delegar competência para dar posse. 
Atualmente tem poder para dar posse os Superintendentes 
Regionais e o Diretor de Gestão de Pessoal. 
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Muito embora a multicitada lei ainda afirme que o estágio 
probatório é de dois anos, vimos na aula passada que, a partir da EC 
nº 19/1998, a estabilidade passou a ser conferida somente após três 
anos de efetivo exercício e o STJ sedimentou o entendimento de que o 
estágio probatório deve acompanhar o período da estabilidade. Assim, 
também na polícia federal o período do estágio probatório deve ser de 3 
anos. 
Nesse período, será apurada a idoneidade moral, a assiduidade, a 
disciplina, capacidade de iniciativa, a produtividade e a responsabilidade 
do policial. 
Quanto a promoção (consiste na mudança de classe em que esteja 
posicionado o servidor para a classe imediatamente superior), os 
requisitos são apresentados pelo Decreto- Lei 7.014/2009. Vamos 
conferir? 
 
 
 
 
 
 
E como será promovida essa “avaliação de desempenho”, 
professor? 
O mesmo Decreto-lei informa que essa avaliação será realizada a 
cada período de doze meses pela chefia imediata e será confirmada 
pela autoridade superior (art. 4º). A avaliação do servidor ao final do 
interstício estabelecido para promoção será apurada pela média dos 
resultados obtidos no período (§ 1º). 
Art. 3o São requisitos para promoção nos cargos da Carreira Policial Federal: 
I - exercício ininterrupto do cargo: 
a) na terceira classe, por três anos, para promoção da terceira para a 
segunda classe; 
b) na segunda classe, por cinco anos, para promoção da segunda para a 
primeira classe; 
c) na primeira classe, por cinco anos, para promoção da primeira para a 
classe especial; 
II - avaliação de desempenho satisfatória; e 
III - conclusão, com aproveitamento, de curso de aperfeiçoamento. 
Parágrafo único. Interrompido o exercício, a contagem do interstício 
começará a correr a partir do retorno do servidor à atividade. 
 
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Nessa avaliação serão auferidos os seguintes critérios: 
 qualidade e quantidade de trabalho; 
 iniciativa e cooperação; 
 assiduidade e urbanidade; 
 pontualidade e disciplina; 
 conhecimento do trabalho e autodesenvolvimento; 
 preparo físico; 
 habilidade para manuseio e porte de arma (prova prática de 
tiro). 
Você já está pensando no que você deve fazer para ser promovido, 
não é?! 
Mas para isso acontecer você deve, primeiro, passar nesse 
concurso. Por isso, força nos estudos e vamos continuar com a análise 
da Lei nº 4.878/65! 
Com relação à readaptação, observamos na última aula que a Lei 
nº 8.112/90 a prevê como uma forma de adequar o servidor que tenha 
adquirido alguma debilidade a uma nova função compatível com a 
deficiência. 
Aqui, a Lei nº 4.878/65 prevê a readaptação como uma forma de 
colocar o policial que se revelou inapto para o exercício da função 
policial em outro cargo “mais compatível com a sua capacidade”, ou 
seja, não é doença ou deficiência, é a inaptidão ou a incapacidade física 
e/ou intelectual do policial que gera a readaptação. 
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Confira o art. 20 da Lei nº 4.878/65, bastante polêmico e sem 
aplicação administrativa, diante da sua incompatibilidade com a 
Constituição: 
 
 
 
 
 
Outro dispositivo da Lei nº 4.878/65 que se revela incompatível 
com a Constituição é o art. 18, assim redigido: 
 
 
 
 
 
 
 
Veja que o art. 20 trata de uma “transformação do cargo” e o art. 
18 trata de um “acesso” a uma “classe inicial” e outra “série”, por meio 
de “provas práticas” e de “concurso de títulos” ou de “curso específico” 
na Academia. 
Ocorre que, após a promulgação da Constituição de 1988, a 
investidura em cargo público somente se dá por meio de 
concurso público. Não é mais permitida a transposição, a acessão ou 
qualquer forma de movimentação interna que acabe por colocar 
determinada pessoa num cargo para o qual não prestou concurso. 
Art. 20. O funcionário policial que, comprovadamente, se revelar inapto para 
o exercício da função policial, sem causa que justifique a sua demissão ou 
aposentadoria, será readaptado em outro cargo mais compatível com a sua 
capacidade, sem decesso nem aumento de vencimento. 
Parágrafo único. A readaptação far-se-á mediante a transformação do cargo 
exercido em outro mais compatível com a capacidade física ou intelectual e 
vocação. 
 
Art. 18. O funcionário policial, ocupante de cargo de classe singular ou final 
de série de classes, poderá ter acesso à classe inicial de séries afins, de nível 
mais elevado, de atribuições correlatas porém mais complexas. 
§ 1º A nomeação por acesso, além das exigências legais e das qualificações 
em cada caso, obedecerá a provas práticas que compreendam tarefas típicas 
relativas ao exercício do nôvo cargo e, quando couber, à ordem de 
classificação em concurso de títulos que aprecie a experiência profissional, ou 
em curso específico de formação profissional, ambos realizados pela 
Academia Nacional de Polícia. 
§ 2º As linhas de acesso estão previstas nos Anexos IV dos Quadros de 
Pessoal do Departamento Federal de Segurança Pública e da Polícia do 
Distrito Federal, aprovados pela Lei nº 4.483, de 16 de novembro de 1964. 
 
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Veja o que disse o Tribunal Regional da 1ª Região no seguinte 
julgado (Apelação 200134000104004): 
 
 
 
 
 
 
Assim, qualquer que tenha sido a vontadedo legislador ao editar os 
arts. 20 e 18 acima transcritos, após a Constituição de 1988 não é 
possível o acesso de um Papiloscopista, por exemplo, no cargo de 
Delegado da Polícia Federal sem a realização de concurso público. 
Por fim, uma peculiaridade que a lei traz é que o funcionário 
policial não poderá afastar-se de sua repartição para ter exercício em 
outra ou prestar serviços ao Poder Legislativo ou a qualquer Estado da 
Federação, salvo quando se tratar de atribuição inerente à do seu cargo 
efetivo e mediante expressa autorização do Presidente da República ou 
do Prefeito (= Governador) do Distrito Federal, quando integrante da 
Polícia do Distrito Federal (art. 11 da Lei nº 4.878/65). 
 
4. Das vantagens específicas 
 
Esse ponto da aula é muito legal para você que pretende ingressar 
nos quadros da Polícia Federal! Tenho certeza que depois de estudá-lo 
você ficará muito mais motivado! 
Falamos acima que se a Lei nº 4.878/65 não dispuser de modo 
diverso, aplica-se a Lei nº 8.112/90. 
1. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo 
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração (CF, art. 37, II). 2. 
Impossível, pois, após a promulgação da Constituição Federal de 1988, 
o acesso de Papiloscopista e Escrivão da Polícia Federal ao cargo de 
Delegado da Polícia Federal, como previsto no Decreto-Lei n. 2.320/87 
que, no ponto, não foi recepcionado pela Carta Magna. 
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A partir desse regra hermenêutica, o STJ já sedimentou o 
entendimento no sentido de que o policial federal tem direito à 
licença remunerada para exercício de atividade política, ainda 
que o cargo eletivo disputado seja em localidade distinta de onde o 
servidor exerce suas atribuições (AgRg no REsp 825.807). 
Após a edição da Lei nº 11.358/2006, os policiais federais 
passaram a ser remunerados por meio de subsídio, fixado por 
parcela única. Essa remuneração exclui as vantagens pessoais e as 
VPNIs, a percepção de quintos ou décimos, os valores incorporados a 
titulo de adicional por tempo de serviço, os abonos, o adicional pelo 
exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas, o adicional 
noturno, o adicional pela prestação de serviço extraordinário etc. 
Logo, estão compreendidas no subsídio e não são mais devidas 
aos integrantes da Carreira Policial Federal e da Carreira Policial 
Civil dos extintos Territórios Federais do Acre, Amapá, Rondônia e 
Roraima as seguintes parcelas remuneratórias: 
I - vencimento básico; 
II - Gratificação de Atividade - GAE, de que trata a Lei Delegada nº 
13, de 27 de agosto de 1992; 
III - Valores da Gratificação por Operações Especiais - GOE, a que 
aludiam os Decretos-Leis nºs 1.714, de 21 de novembro de 1979, 
e 2.372, de 18 de novembro de 1987; 
IV - Gratificação de Atividade Policial Federal; 
V - Gratificação de Compensação Orgânica; 
VI - Gratificação de Atividade de Risco; 
VII - Indenização de Habilitação Policial Federal; e 
VIII - vantagem pecuniária individual, de que trata a Lei nº 10.698, 
de 2 de julho de 2003. 
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Assim, INFELIZMENTE, você NÃO terá direito, por exemplo, ao 
adicional noturno, a horas extras e a adicional por exercício de 
atividades perigosas. 
Veja que esse é o entendimento do STJ (ROMS 27479): 
 
 
 
 
 
 
 
No caso, foi apreciada a lei que transformou os vencimentos dos 
policiais civis do DF em subsídio. O mesmo entendimento vale para os 
policiais federais. 
Com relação à gratificação de função policial e ao auxílio moradia, 
previstos expressamente no art. 22 da Lei nº 4.878/65, veja o que o 
Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu na AC 
199901001215809: 
 
 
 
 
 
Observe que, apesar de o art. 22 da Lei nº 4.878/65 não ter sido 
revogado expressamente, INFELIZMENTE você NÃO terá direito ao 
recebimento da gratificação de função policial nem ao auxílio-moradia, 
diante das Leis nº 7.923/89 e nº 11.358/2006. 
3. A Polícia Civil do Distrito Federal, organizada e mantida pela União, a quem 
compete, privativamente, legislar sobre seu regime jurídico e a remuneração 
de seus servidores, é regida pela Lei Federal n.º 11.361/2006, que, em 
consonância com a previsão constitucional, instituiu o subsídio fixado em 
parcela única como forma de remuneração, sendo expressamente vedado o 
acréscimo de qualquer parcela remuneratória, inclusive o adicional 
noturno, que restou incorporado no subsídio dos servidores. 4. O servidor 
público não tem direito adquirido à imutabilidade do regime remuneratório, 
razão pela qual, pode a lei nova alterar, extingüir, reduzir ou criar vantagens, 
desde que seja resguardada a irredutibilidade de vencimentos protegendo-se o 
quantum remuneratório, o que ocorre na espécie. 
 
2. Não se encontrando a gratificação de função policial nem o auxílio 
moradia, a que alude o art. 22, I e II, da Lei n. 3.878/65, na regra de exceção 
prevista no parágrafo 3º, do art. 1º, da Lei n. 7.923/89, não há direito ao 
seu pagamento, mormente quando a investidura dos Autores no cargo 
de policial federal ocorreu no ano de 1.994 (AC 0131267-9. Rel. 
Juiz Federal convocado, José Amílcar Machado. DJ de 02.09.1996 p. 63475; 
(AC 1997.01.00.045127-3/RO. Rel. Des. Federal Assusete Magalhães. DJ de 
16.12.1999 p. 20) 
 
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Com relação às férias, vale a transcrição do seguinte dispositivo 
da Lei nº 4.878/65: 
 
 
 
 
 
Veja que as férias do policial federal só podem ser interrompidas 
em virtude de “emergente necessidade da segurança nacional” ou 
“manutenção da ordem”. Em ambos os casos, a autoridade competente 
deve convocar o policial. 
Por fim, observamos que o policial que esteja cursando a Academia 
Nacional de Polícia não poderá ser removido ex officio se a sua 
movimentação impossibilitar a frequência no curso em que esteja 
matriculado. 
Essas são as principais vantagens específicas que encontramos na 
legislação especial do policial federal. 
 
5. Aposentadoria (Lei Complementar 51/85 c/c a Lei 
4878/65) 
 
A LC 51 trata da aposentadoria especial do Policial Civil da União, 
exigindo 30 anos de serviço para que o policial se aposente, sendo pelo 
menos 20 anos estritamente policiais. 
Combinada com a lei 4878/65, ela garante a paridade (= 
igualdade de proventos entre ativos e inativos) e a integralidade (= 
percepção dos mesmos valores recebidos na ativa) dos proventos. 
Art. 21. O funcionário policial não poderá ser obrigado a interromper as 
suas férias, a não ser em virtude de emergente necessidadeda 
segurança nacional ou manutenção da ordem, mediante 
convocação da autoridade competente. 
§ 1º Na hipótese prevista neste artigo, in fine, o funcionário terá direito a 
gozar o período restante das férias em época oportuna. 
§ 2º Ao entrar em férias, o funcionário comunicará ao chefe imediato o 
seu provável enderêço, dando-lhe ciência, durante o período, de suas 
eventuais mudanças. 
 
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Nesse sentido, se manifestou a AGU, aprovando em parecer 
vinculativo a aposentadoria especial com integralidade e paridade para 
policiais federais com base na pacificação da jurisprudência no STF. 
Conclui-se: 
1. Garantiu o direito dos servidores policiais à integralidade da 
aposentadoria, ou seja, de ter os proventos calculados nos 
mesmos valores recebidos quando da ativa, em virtude da 
recepção constitucional no art. 1º, inciso I, da Lei Complementar 
nº 51, de 20/12/1985 
2. Permanência da paridade entre os subsídios dos policiais 
ativos e inativos, permitindo o reajuste automático sempre que 
este ocorrer para os servidores em atividade (art. 38 da Lei 4878, 
de 3/12/1965) 
3. Contagem do tempo fictício de 20% sobre o tempo de serviço do 
servidor policial que, até a edição da Lei Complementar 51/1985, 
não possuísse 30 anos de tempo de serviço, como passou a 
determinar esse último diploma legislativo (revogando, nesse 
particular, a Lei 3.313, de 14/11/1957, que autorizada a 
aposentadoria com apenas 25 anos de serviço policial). 
Outro importante aspecto da LC 51/85 é a determinação constante 
de seu art. 1º, II, no sentido de que o policial federal deve se aposentar 
compulsoriamente aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade. Essa norma 
ainda é observada dentro da polícia federal. 
A aplicação desse dispositivo, contudo, não é aceita nos tribunais. 
Há julgados dos Tribunais Regionais Federais da 1ª e da 3ª Região 
(processos nºs 200634000301578, DJU 07/06/2011, e 
2006.61.00.024069-5, DJU de 19/05/2009, respectivamente) no 
sentido de que deve ser aplicado aos policiais federais o disposto no art. 
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40, § 1º, II, da Constituição, que dispõe que a aposentadoria 
compulsória do servidor público se dá aos 70 anos de idade. 
No entendimento desses tribunais, a “norma do inciso II do artigo 
1º da LC nº 51/85 conflita materialmente com o disposto no artigo 40, 
parágrafo 1º, inciso II, do texto constitucional, na medida em que fixa 
idade diversa daquela prevista no dispositivo da Constituição para a 
aposentadoria compulsória de servidores vinculados ao mesmo regime 
de previdência, não tendo sido, em razão disso, recepcionada pela 
Carta de 1988”. 
Outro importante aspecto da aposentadoria dos policiais federais 
que pode ser objeto de cobrança em seu concurso diz respeito ao art. 
345 do Decreto nº 59.310/66. 
Esse dispositivo previa que o policial federal aposentado com 35 
anos de serviço seria aposentado com provento correspondente ao 
vencimento de classe imediatamente superior ou, quando esse policial 
já era ocupante da última classe da respectiva série de classes, seus 
proventos seriam aumentados de 20% (vinte por cento). 
Nos mandados de segurança 8462 e 8648, o Superior Tribunal de 
Justiça decidiu que esse direito previsto no art. 345 do Decreto 
59.310/66 decorria da Lei nº 1.711/52, que era o antigo estatuto do 
servidor público civil da União (revogado pela Lei nº 8.112/90). 
Com a revogação do estatuto de 1952, esse direito não mais 
poderia ser aplicado. 
Além disso, a Lei Complementar nº 51/85, ao disciplinar a 
aposentadoria dos policiais ligados à União, revogou, nesse aspecto, as 
disposições constantes da Lei nº 4.878/65 e do Decreto nº 59.310/66. 
Desse modo, CUIDADO: se uma questão afirmar que o policial 
federal que se aposentar com 35 anos de serviço terá direito a provento 
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correspondente ao vencimento de classe imediatamente superior ou 
aumentado de 20%, a questão será ERRADA. 
 
6. Da prisão especial 
 
Enquanto o policial não perder a condição de funcionário, 
permanecerá em prisão especial, durante o curso da ação penal e até 
que a sentença transite em julgado, nos casos de preso em flagrante ou 
em virtude de pronúncia. 
A lei ainda dispõe que o funcionário policial ficará recolhido a sala 
especial da repartição em que sirva, sob a responsabilidade do seu 
dirigente, sendo-lhe defeso exercer qualquer atividade funcional, ou sair 
da repartição sem expressa autorização do Juízo a cuja disposição se 
encontre (art. 40 § 1º). 
Assim que publicado no Diário Oficial o decreto de demissão, o 
policial permanecerá em sala especial, sem qualquer contato com os 
demais presos não sujeitos ao mesmo regime, e, uma vez condenado, 
cumprirá a pena que lhe tenha sido imposta. 
Somente quando transitada em julgado a sentença 
condenatória, será o funcionário encaminhado a 
estabelecimento penal. Entretanto, ainda assim, o cumprimento da 
pena será em dependência isolada dos demais presos. 
Mas não pense você que o sistema disciplinar e penitenciário será 
diferente, será o mesmo dos demais presos. 
 
7. Das transgressões e das penas disciplinares 
 
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Meu caro, nesse ponto da aula não tem como fugirmos da 
literalidade da lei. Da forma como está escrita, será como o examinador 
cobrará. 
A lei reconhece como penas disciplinares: 
 I - repreensão; 
 II - suspensão; 
 III - multa; 
 IV - detenção disciplinar; 
 V - destituição de função; 
 VI - demissão; 
 VII - cassação de aposentadoria ou disponibilidade. 
Veja que, diferentemente da Lei nº 8.112/90, a Lei nº 4.878/65 
não prevê a pena de advertência, mas a de repreensão. 
Também não há na Lei nº 8.112/90 a pena de detenção disciplinar. 
Identifiquei a pena disciplinar em cada um dos incisos para um 
contato inicial. As transgressões disciplinares estão previstas no artigo 
43 da lei 4.878/65. São elas: 
1. Proibições que acarretam repreensão (será sempre 
aplicada por escrito nos casos em que, a critério da 
Administração, a transgressão seja considerada de natureza 
leve, e deverá constar do assentamento individual do 
funcionário.): 
V - deixar de pagar, com regularidade, as pensões a que esteja obrigado em 
virtude de decisão judicial; 
XVII - faltar à verdade no exercício de suas funções, por malícia ou má-fé; 
XIX - deixar de comunicar, imediatamente, à autoridade competente faltas ou 
irregularidadesque haja presenciado ou de que haja tido ciência; 
XXII - deixar de informar com presteza os processos que lhe forem 
encaminhados 
XXIII - dificultar ou deixar de levar ao conhecimento de autoridade 
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competente, por via hierárquica e em 24 (vinte e quatro) horas, parte, 
queixa, representação, petição, recurso ou documento que houver recebido, 
se não estiver na sua alçada resolvê-lo; 
XXIV - negligenciar ou descumprir a execução de qualquer ordem legítima; 
XXV - apresentar maliciosamente, parte, queixa ou representação; 
XLIX - negligenciar a guarda de objetos pertencentes à repartição e que, em 
decorrência da função ou para o seu exercício, lhe tenham sido confiados, 
possibilitando que se danifiquem ou extraviem; 
LIV - lançar em livros oficiais de registro anotações, queixas, reivindicações 
ou quaisquer outras matérias estranhas à finalidade deles; 
 
2. Proibições que se infringidas têm por consequência a 
suspensão: 
I - referir-se de modo depreciativo às autoridades e atos da administração 
pública, qualquer que seja o meio empregado para esse fim; 
II - divulgar, através da imprensa escrita, falada ou televisionada, fatos 
ocorridos na repartição, propiciar-lhes a divulgação, bem como referir-se 
desrespeitosa e depreciativamente às autoridades e atos da administração; 
III - promover manifestação contra atos da administração ou movimentos de 
apreço ou desapreço a quaisquer autoridades; 
VI - deixar, habitualmente, de saldar dívidas legítimas; 
VII - manter relações de amizade ou exibir-se em público com pessoas de 
notórios e desabonadores antecedentes criminais, sem razão de serviço; 
VIII - praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para 
comprometer a função policial; 
IX - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
XVIII - utilizar-se do anonimato para qualquer fim; 
XX - deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera de suas atribuições, as 
leis e os regulamentos; 
XXI - deixar de comunicar à autoridade competente, ou a quem a esteja 
substituindo, informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem 
pública, ou da boa marcha de serviço, tão logo disso tenha conhecimento; 
XXVI - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem de 
autoridade competente, ou para que seja retardada a sua execução; 
XXVII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento de obrigação; 
XXIX - trabalhar mal, intencionalmente ou por negligência; 
XXX - faltar ou chegar atrasado ao serviço, ou deixar de participar, com 
antecedência, à autoridade a que estiver subordinado, a impossibilidade de 
comparecer à repartição, salvo motivo justo; 
XXXI - permutar o serviço sem expressa permissão da autoridade 
competente; 
XXXII - abandonar o serviço para o qual tenha sido designado; 
XXXIII - não se apresentar, sem motivo justo, ao fim de licença, para o trato 
de interesses particulares, férias ou dispensa de serviço, ou, ainda, depois de 
saber que qualquer delas foi interrompida por ordem superior; 
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XXXIV - atribuir-se a qualidade de representante de qualquer repartição do 
Departamento Federal de Segurança Pública e da Polícia do Distrito Federal, 
ou de seus dirigentes, sem estar expressamente autorizado; 
XXXV - contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas 
possibilidades financeiras, comprometendo o bom nome da repartição; 
XXXVII - fazer uso indevido da arma que lhe haja sido confiada para o 
serviço; 
XXXIX - permitir que presos conservem em seu poder instrumentos com que 
possam causar danos nas dependências a que estejam recolhidos, ou produzir 
lesões em terceiros; 
XLI - desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de decisão ou ordem judicial, 
bem como criticá-las; 
XLII - dirigir-se ou referir-se a superior hierárquico de modo desrespeitoso; 
XLVI - deixar, sem justa causa, de submeter-se a inspeção médica 
determinada por lei ou pela autoridade competente; 
XLVII - deixar de concluir, nos prazos legais, sem motivo justo, inquéritos 
policiais ou disciplinares, ou, quanto a estes últimos, como membro da 
respectiva comissão, negligenciar no cumprimento das obrigações que lhe são 
inerentes; 
LVI - impedir ou tornar impraticável, por qualquer meio, na fase do inquérito 
policial e durante o interrogatório do indiciado, mesmo ocorrendo 
incomunicabilidade, a presença de seu advogado; 
LVII - ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as 
formalidades legais, ou com abuso de poder; 
LLIX - deixar de comunicar imediatamente ao Juiz competente a prisão em 
flagrante de qualquer pessoa; 
LX - levar à prisão e nela conservar quem quer que se proponha a prestar 
fiança permitida em lei; 
 LXIII - atentar, com abuso de autoridade ou prevalecendo-se dela, contra a 
inviolabilidade de domicílio. 
O servidor poderá ser suspenso por, no máximo, 90 dias. E o 
cancelamento do registro da suspensão só se dará após 5 anos de 
efetivo exercício. 
IMPORTANTE observar, ainda, que é a ocorrência de fato sujeito 
à suspensão que pode provocar a conversão da pena em detenção 
disciplinar. Confira o que dispõe o art. 49 da Lei nº 4.878/65: 
 
 
 
 
 
 
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Veja que detenção disciplinar ocorre nos casos em que o policial 
incorreu em fato sujeito à pena de suspensão de até 30 dias e atenderá 
mais ao interesse público a sua detenção por até 20 dias do que a sua 
suspensão por 30 dias. 
Observe, também, que a detenção disciplinar não acarreta a 
perda dos vencimentos e poderá ser cumprida na própria residência do 
funcionário ou em sala especial, conforme regulamentado no artigo 
transcrito acima. 
 
3. Poderá ocasionar a demissão: 
IV - indispor funcionários contra os seus superiores hierárquicos ou provocar, 
velada ou ostensivamente, animosidade entre os funcionários; 
IX - receber propinas, comissões, presentes ou auferir vantagens e proveitos 
pessoais de qualquer espécie e, sob qualquer pretexto, em razão das 
atribuições que exerce; 
XI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, 
o desempenho de encargo que lhe competir ou aos seus subordinados; 
XII - valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de 
natureza político-partidária, para si ou terceiros; 
Art. 49. Tendo em vista a natureza da transgressão e o interrêsse do Serviço 
Púbico, a pena e suspensão até 30 (trinta) dias poderá ser convertida em 
detenção disciplinar até 20 (vinte) dias, mediante ordem por escrito do 
Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurança Pública ou dos 
Delegados Regionais, nas respectivas jurisdições, ou do Secretário de 
Segurança Pública, na Polícia do Distrito Federal. 
Parágrafo único. A detenção disciplinar,que não acarreta a perda dos 
vencimentos, será cumprida: 
I - na residência do funcionário, quando não exceder de 48 (quarenta e oito) 
horas; 
II - em sala especial, na sede do Departamento Federal de Segurança Pública 
ou na Polícia do Distrito Federal, quando se tratar de ocupante de cargo em 
comissão ou função gratificada ou funcionário ocupante de cargo para cujo 
ingresso ou desempenho seja exigido diploma de nível universitário; 
III - em sala especial na Delegacia Regional, quando se tratar de funcionário 
nela lotado; 
IV - em sala especial da repartição, nos demais casos. 
 
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XIII - participar da gerência ou administração de empresa, qualquer que seja 
a sua natureza; 
XIV - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, salvo como 
acionista, cotista ou comanditário; 
XV - praticar a usura em qualquer de suas formas; 
XVI - pleitear, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de percepção de vencimentos, vantagens e 
proventos de parentes até segundo grau civil; 
XXVIII - provocar a paralisação, total ou parcial, do serviço policial, ou dela 
participar; 
XXXVI - frequentar, sem razão de serviço, lugares incompatíveis com o 
decoro da função policial; 
XXXVIII - maltratar preso sob sua guarda ou usar de violência desnecessária 
no exercício da função policial; 
XL - omitir-se no zelo da integridade física ou moral dos presos sob sua 
guarda; 
XLIII - publicar, sem ordem expressa da autoridade competente, documentos 
oficiais, embora não reservados, ou ensejar a divulgação do seu conteúdo, no 
todo ou em parte; 
XLIV - dar-se ao vício da embriaguez; 
XLV - acumular cargos públicos, ressalvadas as exceções previstas na 
Constituição; 
XLVIII - prevalecer-se, abusivamente, da condição de funcionário policial; 
L - dar causa, intencionalmente, ao extravio ou danificação de objetos 
pertencentes à repartição e que, para os fins mencionados no item anterior, 
estejam confiados à sua guarda; 
LI - entregar-se à prática de vícios ou atos atentatórios aos bons costumes; 
LII - indicar ou insinuar nome de advogado para assistir pessoa que se 
encontre respondendo a processo ou inquérito policial; 
LIII - exercer, a qualquer título, atividade pública ou privada, profissional ou 
liberal, estranha à de seu cargo; 
LV - adquirir, para revenda, de associações de classe ou entidades 
beneficentes em geral, gêneros ou quaisquer mercadorias; 
LVIII - submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou 
constrangimento não autorizado em lei; 
LXI - cobrar carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa 
que não tenha apoio em lei; 
LXII - praticar ato lesivo da honra ou do patrimônio da pessoa, natural ou 
jurídica, com abuso ou desvio de poder, ou sem competência legal; 
 
 
Nas faltas em que a pena aplicável seja a de demissão, o 
funcionário poderá ser afastado do exercício de seu cargo, em 
qualquer fase do processo disciplinar, até decisão final. 
Além dos casos previstos acima, poderá ainda ocorrer demissão: 
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 Nos crimes contra os costumes e contra o patrimônio, que, por 
sua natureza e configuração, sejam considerados como infamantes, de 
modo a incompatibilizar o servidor para o exercício da função policial. 
 Contumácia na prática de transgressões disciplinares. 
 
 
 
1) (CESPE - 2010 - TRE-BA - Técnico Judiciário) É cabível a 
aplicação da pena de demissão ao servidor que receber propina, 
comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie. 
Sim! Você tem que saber todas as situações em que é cabível a 
demissão. E umas delas é receber propinas, comissões, presentes ou 
auferir vantagens e proveitos pessoais de qualquer espécie e, sob 
qualquer pretexto, em razão das atribuições que exerce. Item correto. 
 
Importante que você saiba, também, que, nos termos do art. 9º do 
Código de Conduta da Alta Administração Federal, é vedada à 
autoridade pública a aceitação de presentes, salvo de autoridades 
estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade. 
Entretanto, não se consideram presentes aqueles brindes que (a) 
não tenham valor comercial ou (b) distribuídos por entidades de 
qualquer natureza a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual 
ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas, não 
ultrapassem o valor de R$ 100,00. 
 
8. Competência para imposição de penalidades 
 
O artigo 50 prevê as competências para a imposição das penas 
disciplinares. Observe-as no quadro abaixo: 
Questão de 
concurso 
 
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Autoridade competente Sanção 
Presidente da República demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade 
de funcionário policial do 
Departamento Federal de 
Segurança Pública 
Prefeito do Distrito Federal (hoje 
Governador do DF) 
nos casos previstos no item 
anterior quando se tratar de 
funcionário policial da Polícia do 
Distrito Federal 
Ministro da Justiça e Negócios 
Interiores (hoje Ministro da 
Justiça) ou o Secretário de 
Segurança Pública do Distrito 
Federal 
suspensão até noventa dias 
Diretor-Geral do Departamento 
Federal de Segurança Pública 
(hoje Diretor-Geral do 
Departamento de Polícia Federal – 
DPF) 
suspensão até sessenta dias 
Diretores dos órgãos centrais do 
Departamento Federal de 
Segurança Pública (hoje DPF) e da 
Polícia do Distrito Federal, os 
Delegados Regionais e os titulares 
das Zonas Policiais 
suspensão até trinta dias 
Diretores de Divisões e Serviços 
do Departamento Federal de 
Segurança Pública (hoje DPF) e da 
Polícia do Distrito Federal 
suspensão até dez dias 
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autoridade competente para a 
designação 
destituição de função 
 
9. Do Processo Disciplinar 
 
Segundo Ladisael Bernado e Sérgio Viana, “o Processo 
Administrativo pode ser conceituado com como um instrumento formal 
em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do 
Estado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), 
apura a existência de infrações de natureza funcional praticadas por 
seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria da prática 
infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal 
pertinente.” 
No âmbito do direito disciplinar do servidor público e também dos 
policiais federais, há o processo disciplinar (ou processo 
administrativo disciplinar)e a sindicância. 
A sindicância é um processo administrativo que pode ter duas 
naturezas: (a) preparatória e (b) punitiva. 
Na primeira, a sindicância apenas apura de modo preliminar a 
existência de anomalia na conduta do servidor. Se verificado que a 
prática do ato investigado pode se caracterizar como uma infração 
disciplinar, a sindicância concluirá pela necessidade de abertura de um 
processo administrativo disciplinar. Se afastada qualquer possibilidade 
de infração, a sindicância é arquivada. 
Na segunda natureza da sindicância – a punitiva – esse 
procedimento verificará, de plano, que o fato praticado pelo servidor 
caracteriza-se como ato infracional sujeito à sanção de repreensão 
ou suspensão de até 30 (trinta) dias. Nessa hipótese, não será 
necessária a abertura do processo disciplinar, poderá ser aplicada a 
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repreensão ou a suspensão de até 30 dias no próprio procedimento da 
sindicância. 
A possibilidade de instauração da sindicância no âmbito da polícia 
federal decorre da aplicação subsidiária da Lei nº 8.112/90. Nesta lei, 
ao contrário da nº 4.878/65, há previsão expressa da sindicância. 
Veja o que diz o art. 143 da Lei nº 8.112/90: 
 
 
 
 
ATENÇÃO: Você não pode ler esse dispositivo sem se atentar para 
um fato de suma relevância: seja na sindicância PUNITIVA, seja no 
processo administrativo disciplinar, deve ser assegurado ao 
acusado a ampla defesa. 
Repare: na sindicância investigativa não é necessário observar a 
ampla defesa, pois esta se dará quando da abertura do processo 
administrativo disciplinar. 
Outras duas importantes características da sindicância é que ela 
deve ser concluída em 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período, e 
que ela deve ser impulsionada por uma comissão disciplinar composta 
por três servidores. 
Assim, a sindicância, quando instaurada com caráter punitivo e não 
meramente investigatório ou preparatório de um processo disciplinar, 
tem natureza de verdadeiro processo disciplinar principal, no qual é 
indispensável a observância das garantias do contraditório e da ampla 
defesa e, além disso, do princípio da impessoalidade e da 
imparcialidade, mediante a convocação de uma comissão disciplinar 
composta por três servidores (STJ: REsp 509318). 
Vistas as principais características da sindicância, você pode passar 
para o estudo do processo disciplinar (ou processo administrativo 
disciplinar). 
 Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço 
público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante 
sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao 
acusado ampla defesa. 
 
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A instauração do processo disciplinar caberá ao Diretor-Geral do 
Departamento de Polícia Federal, ao Secretário de Segurança Pública do 
Distrito Federal e aos Delegados Regionais nos Estados. 
No processo disciplinar dos policiais federais uma figura é 
indispensável: a Comissão Permanente de Disciplina. 
Professor, como será formada essa comissão? 
Ela será composta de três membros de preferência bacharéis em 
Direito, designada pelo Diretor-Geral do Departamento de Polícia 
Federal ou pelo Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, 
conforme o caso. 
Caberá ao Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal a 
designação dos membros das Comissões Permanentes de Disciplina na 
sede da repartição e nas Delegacias Regionais mediante indicação dos 
respectivos Delegados Regionais. 
Ao Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal compete 
designar as Comissões Permanentes de Disciplina da Polícia do Distrito 
Federal. Desta forma, também aqui, é afastada a possibilidade de que o 
processo disciplinar seja conduzido unilateralmente por um só servidor. 
Sobre o tema, leia o informativo jurisprudencial do STJ acerca da 
formação de comissão permanente do PAD para a Polícia Federal: 
 
 
 
 
 
Recentemente, o mesmo STJ sedimentou o entendimento de que é 
legal a delegação de competência atribuída ao Superintendente 
A designação de comissão temporária para promover processo 
administrativo disciplinar (PAD) contra policial federal viola os princípios do 
juiz natural e da legalidade, visto que a lei especial determina seja o 
procedimento conduzido por comissão permanente de disciplina (art. 53, § 
1º, da Lei n. 4.878/1965). (...) Precedentes citados: MS 10.585-DF, DJ 
26/2/2007; MS 13.250-DF, DJe 2/2/2009; AgRg no MS 14.059-DF, DJe 
22/5/2009, e REsp 886.293-PR, DJ 7/2/2008. MS 13.821-DF, Rel. Min. 
Arnaldo Esteves Lima, julgado em 14/12/2009. 
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Regional para a designação dos membros integrantes das Comissões de 
Disciplina (MS 14.310/DF). 
Além disso, o mesmo Tribunal, no julgamento do MS 14.401/DF, 
entendeu que o superintendente regional da Polícia Federal tem 
competência para designar os membros de comissão disciplinar, bem 
como determinar a abertura de procedimento administrativo disciplinar 
–(PAD), no âmbito da respectiva superintendência. 
Ainda com relação comissão permanente de disciplina, a Lei nº 
4.878/65 determina que haverá até três Comissões na sede do 
Departamento de Polícia Federal e na da Polícia do Distrito Federal e 
uma em cada Delegacia Regional. 
Os membros das Comissões Permanentes de Disciplina ficarão à 
disposição do respectivo Conselho de Polícia e dispensados do exercício 
das atribuições e responsabilidades de seus cargos. Eles terão 
mandato de seis meses, prorrogável pelo tempo necessário à 
ultimação dos processos disciplinares que se encontrem em fase de 
indiciação, cabendo o estudo dos demais aos novos membros que foram 
designados. 
A lei ainda nos fala: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 57. Na hipótese de autuação em flagrante do funcionário policial como 
incurso em qualquer dos crimes referidos no artigo 48 e seu item I, a autoridade 
que presidir o ato encaminhará, dentro de vinte e quatro horas, à autoridade 
competente para determinar a instauração do processo disciplinar, traslado das 
peças comprovadoras da materialidade do fato e sua autoria. 
(...) 
§ 2o As sanções civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo 
independentes entre si. 
§ 3o A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
§ 4o A suspensão preventiva de que trata o parágrafo único do art. 51 é 
obrigatória quando se tratar de transgressões aos incisos IX, XII, XVI, XXVIII, 
XXXVIII, XL, XLVIII, LI, LVIII e LXII do art. 43, ou no caso de recebimento de 
denúncia pelos crimes previstos nos arts. 312, caput, 313, 316, 317 e seu § 1o, 
e 318 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).Acesse www.baixarveloz.net
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Desse modo, se o policial federal praticar ato que configure crime 
contra os costumes e contra o patrimônio, que, por sua natureza e 
configuração, sejam considerados como infamantes, de modo a 
incompatibilizar o servidor para o exercício da função policial, a 
autoridade que presidir o flagrante deverá encaminhar o auto de prisão 
imediatamente à autoridade competente para a instauração do processo 
disciplinar. 
Pela leitura do dispositivo, você já pode verificar que aqui também 
se aplica o princípio da independência das instâncias penal, 
administrativa e cível, ressalvando-se, apenas, a vinculação da instância 
administrativa à decisão judicial criminal que negue a existência do fato 
ou sua autoria. 
Por fim, o citado artigo determina que seja imposta a suspensão 
preventiva ao policial que for acusado das seguintes práticas: 
IX - receber propinas, comissões, presentes ou auferir vantagens e proveitos 
pessoais de qualquer espécie e, sob qualquer pretexto, em razão das 
atribuições que exerce; 
XII - valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de 
natureza político-partidária, para si ou terceiros; 
XVI - pleitear, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de percepção de vencimentos, vantagens e 
proventos de parentes até segundo grau civil; 
XXVIII - provocar a paralisação, total ou parcial, do serviço policial, ou dela 
participar; 
XXXVIII - maltratar preso sob sua guarda ou usar de violência desnecessária 
no exercício da função policial; 
XL - omitir-se no zelo da integridade física ou moral dos presos sob sua 
guarda; 
XLVIII - prevalecer-se, abusivamente, da condição de funcionário policial; 
LI - entregar-se à prática de vícios ou atos atentatórios aos bons costumes; 
LVIII - submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou 
constrangimento não autorizado em lei; 
LXII - praticar ato lesivo da honra ou do patrimônio da pessoa, natural ou 
jurídica, com abuso ou desvio de poder, ou sem competência legal; 
Peculato 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer 
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do 
cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: 
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Peculato mediante erro de outrem 
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do 
cargo, recebeu por erro de outrem: 
Concussão 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida: 
Corrupção passiva 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem 
ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício 
ou o pratica infringindo dever funcional. 
Facilitação de contrabando ou descaminho 
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando 
ou descaminho (art. 334): 
 
São tantas as formalidades, professor. E se a polícia deixar de 
observar uma delas, o processo será nulo? 
O STJ (MS 14.310/DF) entende que não há nulidade do PAD por 
vícios meramente formais, quando não for evidente o prejuízo à defesa. 
Desse modo, deve ser aplicado o princípio pas de nullité sans grief (= 
não há nulidade sem prejuízo) nos casos em que houver algum vício 
formal no processo disciplinar. 
 
 
 
2) (CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil) Além da 
responsabilidade civil e penal, o servidor responde administrativamente 
pela; prática de ilícitos administrativos definidos na legislação de 
regência, situação em que a infração deve ser apurada pela própria 
administração pública, por intermédio de procedimento adequado. 
As sanções civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo 
independentes entre si. Item correto. 
Questões de 
concurso 
 
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3) (CESPE - 2011 - FUB - Analista de Tecnologia da 
Informação) Na condução dos processos disciplinares, as reuniões e as 
audiências das comissões serão abertas ao público e não poderão ter 
caráter reservado, sob pena de nulidade. 
As reuniões e a audiências das comissões terão caráter reservado. 
Item errado. 
 
4) (CESPE - 2010 - PGM-RR - Procurador Municipal) A 
comissão de sindicância não é pré-requisito para a instauração do 
processo administrativo disciplinar. 
CUIDADO, meus caros. A sindicância não é pré-requisito para a 
instauração de processo disciplinar, mas a COMISSÃO de sindicância 
(também chamada de comissão investigativa) é imprescindível para 
instauração de PAD. Item errado. 
 
Não desanime estamos chegando ao último ponto da nossa aula! 
 
10. Das disposições gerais e transitórias 
 
A Lei 4.878/65 estabelece um capítulo para as disposições gerais e 
outro para as disposições transitórias. Vamos lá? 
A lei estabelece que o dia 21 de abril será consagrado ao 
Funcionário Policial Civil. Professor eu preciso saber disso? Olha, às 
vezes a banca nos surpreende com cada questão! Então é melhor que 
você saiba, já que está na lei. 
A remoção do funcionário policial poderá ser: 
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I - Ex officio; 
II - A pedido; 
Não existe mais a remoção por conveniência da disciplina, por 
contrariar diversos princípios constitucionais, como, por exemplo, o da 
impessoalidade, da presunção de inocência entre outros. 
Caso o policial seja removido ex officio fará jus a ajuda de custo, 
transporte de mobiliário e bagagem e passagem aérea. Ela se 
concretiza quando presente o interesse da administração, devidamente 
motivado (Decreto 4.004/2001). 
Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de 
trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo 
correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública. 
 
 
5) (CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE 
INTELIGÊNCIA) O servidor público removido de ofício, no interesse da 
administração, pode alegar a garantia da inamovibilidade para 
permanecer no local onde exerce suas funções. 
A lei não garante inamovibilidade. Item errado. 
 
6) (CESPE - 2010 - TRE-BA - Técnico Judiciário) A remoção a 
pedido ocorre apenas se houver interesse da administração.A lei 8.112/90 dispõe que será independente do interesse da 
Administração. Item errado. 
 
11. Resumo da aula 
 
Questões de 
concurso 
 
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Essa lei abrange “os brasileiros legalmente investidos em cargos do 
Serviço de Polícia Federal e do Serviço Policial Metropolitano”. 
O Superior Tribunal de Justiça (MS 14.848/DF) afirmou que o 
policial rodoviário federal NÃO tem o seu regime regulado pela Lei nº 
4.878/65. 
Com relação às disposições preliminares da Lei nº 4.878/65, há 
dispositivo no sentido de que a função policial é incompatível com 
qualquer outra atividade (art. 4º). 
Com isso, em regra é vedada a acumulação de cargos públicos 
pelos policiais federais. 
A Lei nº 4.878/65 ressalva apenas a acumulação do cargo de 
policial com o de magistério na Academia Nacional de Polícia e a 
prática profissional em estabelecimento hospitalar, para os 
ocupantes de cargos da série de classes de Médicos Legista, uma vez 
que este é considerado com cargo técnico. 
Além disso, pode o policial federal também ser professor, desde 
que isso não signifique acumulação de cargo público e haja 
compatibilidade de horário (Instrução Normativa nº 003/04-DG/DPF). 
Com relação ao ingresso nos cargos da Carreira Policial Federal, 
vimos que far-se-á mediante concurso público, exigido o curso 
superior completo, em nível de graduação, sempre na 3a (terceira) 
classe, observados os requisitos fixados na legislação pertinente, 
especialmente, no art. 9º da Lei nº 4.878/65. 
É requisito para a promoção nos cargos da Carreira Policial 
Federal a conclusão, com aproveitamento, de cursos de 
aperfeiçoamento, cujos conteúdos observarão a complexidade das 
atribuições e os níveis de responsabilidade de cada classe (art. 2º. § 2º, 
da Lei nº 9.266/96). 
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Com a aprovação na primeira etapa do concurso público, o 
indivíduo ingressa no curso de formação, na Academia Nacional de 
Polícia, segunda fase do certame, de natureza apenas eliminatória. 
IMPORTANTE você observar também a exigência do exame 
psicotécnico para o ingresso na Academia. 
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que é lícita a exigência do 
exame psicotécnico em concursos públicos, desde que atendidos os 
seguintes requisitos (REsp 1221968): 
 haja previsão legal e editalícia para tanto; 
 os critérios adotados para a avaliação sejam objetivos; e 
 caiba a interposição de recurso contra o resultado, que deve 
ser, pois, público. 
Durante o curso de formação profissional na Academia, o candidato 
perceberá 80% (oitenta por cento) do vencimento fixado para a 
primeira referência da classe inicial da categoria funcional a que estiver 
concorrendo (art. 1º do DL 2.179/84). Hoje paga-se 50% do valor da 
remuneração do cargo, conforme a Lei. 11. 095/2005. 
Muito embora a multicitada lei ainda afirme que o estágio 
probatório é de dois anos, vimos na aula passada que, a partir da EC 
nº 19/1998, a estabilidade passou a ser conferida somente após três 
anos de efetivo exercício e o STJ sedimentou o entendimento de que o 
estágio probatório deve acompanhar o período da estabilidade. Assim, 
também na polícia federal o período do estágio probatório deve ser de 3 
anos. 
Com relação à readaptação, a Lei nº 4.878/65 a prevê como uma 
forma de colocar o policial que se revelou inapto para o exercício da 
função policial em outro cargo “mais compatível com a sua capacidade”, 
ou seja, não é doença ou deficiência, é a inaptidão ou a incapacidade 
física e/ou intelectual do policial que gera a readaptação. 
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Já quanto às vantagens, vimos que o STJ já sedimentou o 
entendimento no sentido de que o policial federal tem direito à 
licença remunerada para exercício de atividade política, ainda 
que o cargo eletivo disputado seja em localidade distinta de onde o 
servidor exerce suas atribuições (AgRg no REsp 825.807). 
Após a edição da Lei nº 11.358/2006, os policiais federais 
passaram a ser remunerados por meio de subsídio, fixado por 
parcela única. Essa remuneração exclui as vantagens pessoais e as 
VPNIs, a percepção de quintos ou décimos, os valores incorporados a 
titulo de adicional por tempo de serviço, os abonos, o adicional pelo 
exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas, o adicional 
noturno, o adicional pela prestação de serviço extraordinário etc. 
Apesar de o art. 22 da Lei nº 4.878/65 não ter sido revogado 
expressamente, INFELIZMENTE você NÃO terá direito ao recebimento 
da gratificação de função policial nem ao auxílio-moradia, diante das 
Leis nº 7.923/89 e nº 11.358/2006. 
As férias do policial federal só podem ser interrompidas em virtude 
de “emergente necessidade da segurança nacional” ou “manutenção da 
ordem”. Em ambos os casos, a autoridade competente deve convocar o 
policial. 
Em se tratando de aposentadoria, a LC 51/85 combinada com a lei 
4878/65 garantem a paridade (= igualdade de proventos entre ativos 
e inativos) e a integralidade (= percepção dos mesmos valores 
recebidos na ativa) dos proventos aos policiais federais aposentados. 
Vimos acima que o art. 1º, II, da LC 51/85, prevê que o policial 
federal deve se aposentar compulsoriamente aos 65 (sessenta e cinco) 
anos de idade. Contudo, os Tribunais Regionais Federais da 1ª e da 3ª 
Região (processos nºs 200634000301578, DJU 07/06/2011, e 
2006.61.00.024069-5, DJU de 19/05/2009, respectivamente) no 
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sentido de que deve ser aplicado aos policiais federais o disposto no art. 
40, § 1º, II, da Constituição, que dispõe que a aposentadoria 
compulsória do servidor público se dá aos 70 anos de idade. 
Por fim, quanto à aposentadoria dos policiais federais, lembre-se: 
se uma questão afirmar que o policial federal que se aposentar com 35 
anos de serviço terá direito a provento correspondente ao vencimento 
de classe imediatamente superior ou aumentado de 20%, a questão 
será ERRADA. 
Falamos acima que enquanto o policial não perder a condição de 
funcionário, permanecerá em prisão especial, durante o curso da ação 
penal e até que a sentença transite em julgado, nos casos de preso em 
flagrante ou em virtude de pronúncia. 
Assim que publicado no Diário Oficial o decreto de demissão, o 
policial permanecerá em sala especial. 
Quando transitada em julgado a sentença condenatória, será o 
funcionário encaminhado a estabelecimento penal. Entretanto, ainda 
assim, o cumprimento

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