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PROF.ª ESP.: Andreia Rosa de Sousa Campos O QUE É HANSENÍASE? É provocada pelo micróbio – Bacilo de Hensen que atinge principalmente a pele e os nervos. Tem tratamento e cura. CARCTERÍSTICA DO BACILO DE HENSEN • Micróbio visível apenas ao microscópio. • Tem preferência por áreas do corpo mais frias como a pele e os nervos. COMO SE TRANSMITE A HANSENÍASE A transmissão acontece principalmente por meio das vias respiratórias quando se convive muito tempo com o doente sem tratamento; Há pessoas sensíveis e pessoas resistentes ao bacilo de Hansen; A maioria das pessoas é resistente, ou seja, entra em contato com o bacilo e não adoece; O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase; A hanseníase não é hereditária. A HANSENÍASE NÃO É TRANSMITIDA: • Nas relações sexuais; • Usando o mesmo banheiro; • Beijando e abraçando; • No aperto de mão; • Nos utensílios domésticos; • Por nenhum alimento; • Nas roupas; • Na piscina; • No banco de ônibus; • Em contato com animais; • Em contato com moscas, mosquitos e formigas; • Em águas barrentas; • Pelo sangue; • Pela placenta; • No momento do parto; • No leite materno; • Não é hereditária.n O QUE A HANSENÍASE PROVOCA • Manchas na pele esbranquiçadas ou avermelhadas; • Diminuição de sensibilidade ao calor, a dor e ao toque no local das manchas. SINAIS E SINTOMAS As manchas: Não doem; Não incomodam; Não coçam; Não pegam pó pela falta de umidade da pele; Podem ter queda de pêlo; Podem ter a sensação de formigamento e dormência; Queimar-se ou cortar-se sem sentir pode ser sinal de hanseníase, porque o bacilo (micróbio) destrói as terminações nervosas próximas da pele. RESISTÊNCIA • Todas as pessoas podem ter contato com o bacilo (micróbio) de Hansen, se conviverem com o doente da forma contagiante sem tratamento. • De 10 pessoas, 9 tem resistência natural, suficiente para não adoecer, mesmo tendo contato com o bacilo. • Uma pessoa poderá adoecer, apresentando mancha na pele; • Dependendo do grau de resistência individual e, caso não se trate, a doença poderá evoluir para uma das formas mais graves da hanseníase. FORMA DE HANSENÍASE • Forma I (indeterminada): Mancha plana. Com alteração geralmente gradual da sensibilidade que pode ser ao calor, à dor e ao toque; • A lesão é mais clara ou um pouco avermelhada do que a tonalidade da pele e pode aparecer em qualquer parte do corpo – costa, nádegas, pernas, braços, rosto... As manchas não coçam e não doem, o que faz com que a pessoa não procure o serviço de saúde; Nessa forma inicial, a hanseníase não é contagiosa e a cura é mais rápida e fácil, se não tratada, pode evoluir para outras formas; A melhor forma para descobrir a doença é estar sempre atento ao seu corpo; Mancha branca com sensibilidade não é hanseníase e deve ser investigada. Formas da Hanseníase Forma T (Tuberculóide) • Lesões avermelhadas ou esbranquiçadas com bordas elevadas e diminuição e/ou ausência da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato; • Não é contagiosa, não passa de uma pessoa para outra. Formas da Hanseníase Forma D (Dimorfa). • Lesões de cor avermelhada, acastanhada ou ferruginosa com limites imprecisos podendo no centro da mancha não ter alterações; • Mancha com diminuição da sensibilidade ao calor, dor e ao tato; • Quando não tratada é contagiosa. Formas da Hanseníase Forma V (Virchowiana) • Lesões de cor marrom avermelhada, mal delimitadas, espalhadas pelo corpo, podendo ainda aparecer caroços, inchaço no rosto, orelhas, mãos, pés, juntas, queda dos pelos das sobrancelhas e cílios; • Quando não tratada, é contagiosa. DIAGNÓSTICO CLINICO • É realizado pelo médico, examinando toda a pele da pessoa a procura de manchas dormentes. • Realiza também os testes de sensibilidade ao calor, à dor e ao tato; • Apalpa os nervos do braços , pernas e pescoço. • Procura obter mais informações sobre a pessoa e familiares; • Solicita exames de laboratório. EXAMES DE LABORATÓRIO DE APOIO DIAGNÓSTICO Baciloscopia: Pesquisa a presença de bacilos (micróbios) no organismo da pessoa com suspeita de hanseníase, por meio da coleta da linfa, principalmente nos lóbulos da orelha e cotovelos. • Biópsia: É a retirada de um pedacinho da pele da mancha onde será pesquisada a presença do bacilo e alteração típica de cada forma. TRATAMENTO FORMAIS I E T • Tratamento Formas I e T, que têm poucos bacilos (paucibacilar) • Tratamento de seis meses; • Uma dose mensal, supervisionada, tomada no posto de saúde: dois comprimidos vermelhos (rifampicina) e um comprimido branco (dapsona); • Diariamente, em casa, um comprimido branco (dapsona). FORMAS D E V • Formas D e V, que têm muitos bacilos (multibacilar) • Tratamento de doze a vinte e quatro meses; • Uma dose mensal, supervisionada, tomada no posto de saúde: dois comprimidos vermelhos (rifampicina), três comprimidos marrom (clofazimina) e um comprimido branco (dapsona); • Diariamente, em casa, um comprimido branco (dapsona) e um comprimido marrom (clofazimina). IMPORTANTE: • Escolher o horário mais adequado para tomar a medicação em casa, de preferência logo após a ingestão de alimentos; • Quando o tratamento é irregular ou interrompido antes do tempo recomendado, os bacilos que ainda não morreram, podem voltar a se multiplicar prolongando o tempo para a obtenção da cura. EFEITOS DA MEDICAÇÃO • Que a urina pode ficar vermelha quando toma a rifampicina (comprimido vermelho) no dia da dose mensal supervisionada no posto de saúde; • Que a cor da pele pode ficar mais escura devido ao comprimido marrom (clofazimina) principalmente se a pele for exposta ao sol (usar chapéu, filtro solar ou outra forma de proteger a pele); • Após o término do tratamento a cor da pele vai voltando ao normal; • O comprimido vermelho (rifampicina), tomado uma vez por mês, pode diminuir a ação da pílula anticoncepcional. quatro dias antes e quatro dias depois da dose supervisionada, continuar com a pílula e usar preservativo se quiser evitar a gravidez; • Pode haver efeitos indesejáveis (colaterais) das medicações, como em qualquer outra doença. OBSERVE • Olhos – sentir dor, coceira, ressecamento, vermelhidão, presença de corpo estranho, pupilas de tamanhos diferentes e dificuldade para enxergar. • Nariz – dificuldade para respirar, ressecamento, crostas aderidas e sangramento. • Mãos e braços – sentir dor intensa nos cotovelos ou punhos, ressecamento e formigamento nas mãos, fraqueza nos braços derrubando objetos com frequência. • Pés e pernas – sentir dor intensa nas pernas e tornozelos, ressecamento intenso e formigamento nos pés, sensação de fraqueza nas pernas, tropeçando com frequência ou perdendo o chinelo sem perceber. • Dor nas articulações, mal estar, podem ser reação ao tratamento. não deixe de tomar a medicação e também procure a unidade de saúde, mesmo que não seja dia de consulta. A HANSENÍASE NÃO TRATADA Causa deformidades nas mãos, pés, olhos e nariz. QUEM É O CONTATO • Toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido como doente nos últimos 5 anos. Controle dos contatos: Consulta anual com exame dermatoneurológico (da pele e nervos); Os contatos com diagnóstico confirmado de hanseníase devem começar o tratamento; Os contatos sadios são encaminhados para vacina BCG ID, e orientados sobre sinais, sintomas e autoexame, bem como informações sobre as próximas consultas; Contato paucibacilar (pb) – 2 consultas. uma por ano; Contato multibacilar (mb) – 5 consultas. uma por ano; Este controle é que vai contribuir para a "quebra" da cadeia de transmissão. DIREITOS • O convívio familiar e social amplo e irrestrito; • Respeito no atendimentodesde a recepção e por todos os profissionais dos serviços de saúde; • Direito de ser atendido nas intercorrências independente de consulta agendada, mesmo após alta; • Direito de receber todos os medicamentos que necessitar. • Direito de receber tratamento atualizado. • Diagnóstico, tratamento e acompanhamento por equipe multiprofissional capacitada garantindo a atenção integral. • Garantia de atenção na prevenção de incapacidades e tratamento quando estas já estiverem instaladas (órteses e próteses). DEVERES • Comparecer aos atendimentos agendados, pela e com a equipe multiprofissional, seguindo suas orientações; • Tomar diariamente a medicação em casa e comparecer mensalmente para dose supervisionada no posto de saúde; • Em caso de mudança de residência, comunicar o novo endereço para seguimento do tratamento em qualquer unidade de saúde; Orientar a família sobre a necessidade de comparecer à unidade de saúde para exames clínicos e ações preventivas.
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