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VISITA DOMICILIAR AVALIAÇÃO DE RISCO Profª : Angelita de Lucena Profª : Suzana Matos A Atenção Básica Caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. (BRASIL, 2011). A modalidade de atenção domiciliar é prática desde a antiguidade. Caracteriza-se pelo atendimento prestado em domicilio , por parte dos profissionais que integram a equipe de saúde. INTRODUÇÃO O que é visita domiciliar Instrumento de intervenção fundamental na Estratégia de Saúde da Família (ESF); Conhecer as condições de vida e de saúde da sua comunidade; Realizar identificação de suas características sociais e epidemiológicas, bem como, vulnerabilidade Planejar e sistematizar a assistência. Acompanhamento Domiciliar Pessoas que necessitem de contatos freqüentes e programáveis com os profissionais da Equipe: Portador de doença crônica com dependência física ou em fase terminal; Idosos com dificuldade de locomoção ou sozinhos; Egressos do hospital, que necessitem de acompanhamento por condição incapacitante; Problemas de saúde, incluindo doença mental, o qual determine dificuldades de locomoção ou adequação ao ambiente da Unidade de Saúde. Vigilância Domiciliar Realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população de sua área de responsabilidade, geralmente vinculadas à vigilância da saúde. Ações preventivas: visitas a puérperas, busca de recém-nascidos, Busca ativa dos Programas de Prioridades, abordagem familiar para diagnóstico e tratamento, Acompanhamento de Egressos Hospitalares: a assistência domiciliar pode ser importante instrumento para prevenção de reinternações, bem como para abordagem de problemas recorrentes de saúde. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Idosos; Dificuldade de locomoção à Unidade (acidentado, distúrbios psicológicos, questões sociais ou ambientais); Pacientes egressos de internação hospitalar, com necessidades de cuidados domiciliares; Portador de doença crônica, com deficiência física; Consentimento da família; Paciente terminal; Morar na área adscrita Abordagem integral à família: Abordagem integral à pessoa em seu contexto socioeconômico e cultural Visão ética compromissada com o respeito e a individualidade. Assistir com integralidade inclui, entre outras questões, conceber o homem como sujeito social capaz de traçar projetos próprios, intervindo dinamicamente nos rumos do cotidiano. Consentimento da família, participação do usuário e existência do cuidador. A primeira condição para que ocorra a assistência domiciliar (AD) é o consentimento da família com a existência do cuidador. Trabalho em equipe e interdisciplinaridade: Assistência domiciliar esteja pautada em uma equipe multiprofissional e com prática interdisciplinar. A interdisciplinaridade pressupõe, além das interfaces disciplinares tradicionais, a possibilidade da prática de um profissional se reconstruir na prática do outro, transformando ambas na intervenção do contexto em que estão inseridas. Cuidador Pessoa que presta os cuidados diretamente, de maneira contínua e/ou regular, podendo, ou não, ser alguém da família. Não deve constituir, necessariamente, uma profissão ou função formalizada na área da saúde, uma vez que não possui formação técnica específica. ATRIBUIÇÕES : Ajudar no cuidado corporal: cabelo, unhas, pele, barba, banho parcial ou completo, higiene oral e íntima; Estimular e ajudar na alimentação; Ajudar a sair da cama, mesa, cadeira e voltar; Ajudar na locomoção e atividades físicas apoiadas (andar, tomar sol, movimentar as articulações); Fazer mudança de decúbito e massagem de conforto; Servir de elo entre o usuário, família e a equipe de saúde; Administrar medicações, exceto em vias parenterais, conforme prescrição; Comunicar a equipe de saúde as intercorrências; Encaminhar solução quando do agravamento do quadro, conforme orientação da equipe; Dar suporte psicológico aos pacientes em AD. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Não aceitação da família; Se a dificuldade de locomoção for sanada; Mudança; Óbito. DESAFIOS Perfil profissional adequado; Não há remuneração diferenciada; Difícil acesso aos domicílios e condições climáticas por vezes desfavoráveis; Violência urbana; Cultura hospitalocêntrica; Sentimento de impotência das equipes frente à miséria vivenciada. PLANEJAMENTO Ter claro o objetivo da visita; Fazer ‘anamnese’ com o solicitante sobre o motivo da solicitação; Avaliar o prontuário previamente; Fazer uma análise crítica(devo optar pela visita domiciliar?, quais os motivos que justificam a visita domiciliar?, que profissional vai?, qual a duração da visita?, qual deve ser a freqüência das visitas? ); Avaliar o grau de urgência; Anotar endereço pontos de referência; Levar material e medicações apropriados; Levar formulários próprios para o registro do atendimento Escala de risco familiar como instrumento Escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB que utiliza sentinelas de risco avaliadas na primeira VD pelo ACS. Instrumento simples de análise do risco familiar, não necessitando a criação de nenhuma nova ficha ou escala burocrática. A relação morador/cômodo é importante indicador na avaliação do risco. INTERPRETAÇÃO DA ESCALA DE COELHO ESCORE 5 OU 6: R1 ESCORE 7 OU 8: R2 MAIOR QUE 9: R3 R1 – risco MENOR R2 – risco MÉDIO R3 – risco MÁXIMO CONCLUSÕES PRIVILÉGIO: Oportunidade de observar e analisar o sujeito por inteiro, dentro de sua realidade, suas nuances e particularidades, possibilitando intervenções mais efetivas. A visita domiciliar tem um potencial transformador muito grande. Humaniza o profissional. Dá bastante satisfação pessoal. Responsabilidade: Fazer pontes adequadas e eficazes entre todas as esferas da assistência, para garantir a continuidade do cuidado. A casa está na esfera central de todas as ações, está no centro de todos os níveis. Risco e saúde Conceito de risco Risco e problemas Risco e causas definição Diariamente levamos em conta nossos riscos. Proteger-se da morte, da doença, da tempestade, do mau êxito nos negócios não é uma criação recente. Existem relatos de seguros para embarcações e proprietários de escravos já na Grécia do século II a.C. A prática de afastar riscos sempre esteve associada à possibilidade de ocorrência de eventos indesejáveis . (Maciel & Telles, 2000). Com as transformações vividas pela humanidade, produzindo e incorporando ao seu modo de vida as mais diversas tecnologias, cada vez mais as fontes de perigo foram associadas às práticas humanas. Na sociedade atual, é difícil separar os perigos produzidos pelo homem dos perigos “naturais”. (beck , 2003). Riscos Educação em saúde Atividade planejada que busca a mudança de comportamentos em relação aos risco a saúde. Exercício Dividir a sala em grupos de 10 alunos Planejar ação de educação em saúde: Tema Metodologia Reflexão de riscos. “…Pois aprender não é acumular, como crescer não é aumentar de tamanho. Só aprende quem sabe, no que compreende, o sabor do que já possui, a riqueza misteriosa de sua identidade. Acontece realmente um aprender quando a compreensão do que se tem for e vier a ser sempre um dar-se a si mesmo a sua própria identidade.” Carneiro Leão
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