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03/11/2015 1 Placentação Luciano Andrade Silva, Med Vet, MSc, PhD Professor Doutor de Reprodução Animal Curso de Medicina Veterinária Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos USP - Pirassununga 2 Após o desenvolvimento embrionário, as fases da reprodução pré-parto são: 1. Formação da Placenta 2. Aquisição da função endócrina placentária 3. Iniciação do parto Histórico Diogenes de Apollonia (480 aC) função de nutrir feto Aristóteles (384-322 aC) ◦ feto dentro de membranas, ◦ termo chorion ◦ Vasos fetais conectam-se com vasos maternos Hipócrates – feto nutrido pelos cotilédones Histórico Galeno (130-200 dC) ◦ Feto formado do sangue menstrual ◦ Alantóide forma-se do sêmen feminino ◦ Cório forma-se da coagulação do sêmen masculino ◦ Feto secreta urina no alantóide ◦ Carúnculas uterinas Leonardo Da Vinci (1452-1519) Andreas Vesalius (1514-1564) Descreve a placenta humana como zonaria, semelhante a do cão 03/11/2015 2 Histórico Realdus Columbus (1516-1559) ◦ Introduz o termo placenta = plakous (latim) ◦ bolo achatado Julius Caesar Arantius (1530-1589) ◦ Considera a placenta como um fígado envolvido na purificação do sangue fetal Histórico William Harvey (1578-1657) teoria da circulação sangüínea Malpighi (1660) descoberta dos capilares –placenta funciona como pulmões do feto Willian (1718-1783) e John (1728-1792) Hunter – confirmam a independência das circulações maternas e placentárias PLACENTA Aposição de tecidos maternos e fetais, com intenção de trocas fisiológicas (Mossmam 1937) Responsável por promover o desenvolvimento embrionário Órgão transitório Implantação X Justaposição • Mecanismo pelo qual o blastocisto estabiliza- se no útero, e o trofoectoderma desenvolve íntima relação com o epitélio uterino (Denker, 1993). 03/11/2015 3 Início: rápida proliferação do trofoblasto MOORE, PERSAUD, 2008 14 Classificação das placentas de acordo com a distribuição dos vilos coriônicos: 1. Difusa 2. Zonária 3. Discóide 4. Cotiledonária 15 • Placentas difusas apresentam uma distribuição uniforme dos vilos coriônicos que cobrem toda a superfície do córion • Placentas zonárias apresentam uma zona tipo uma banda contendo os vilos coriônicos • Placentas discóides formam um disco regionalizado • Placentas cotiledonárias possuem numerosas estruturas tipo um botão chamadas de cotilédones 16 Placenta Difusa 17 Placenta Zonária - Cadela 18 Placenta Discóide - Primatas 03/11/2015 4 19 Placenta Cotiledonária Ruminantes 20 Classificação das placentas de acordo com o número de camadas teciduais entre o sangue materno e fetal: 1. Epiteliocorial 2. Endoteliocorial 3. Hemocorial 21 Rápida proliferação do trofoblasto/ Desenvolvimento do saco e vilosidades coriônicas Saco coriônico MOORE, PERSAUD, 2008 Vilosidades coriônicas Sangue materno Glândula uterina 23 24 03/11/2015 5 Placenta de capivara Kanashiro et al, 2009 Placenta de gata. Ambrósio et al, 2000 Placenta de roedor Favaron et al, 2011 Placenta Bovina Facciotti et al (2009) • Zonária – Cotiledonária: ruminantes – Anular ou circular: gata, cadela – Discoidal: humanos, primatas, roedores, morcegos Modelos de interdigitação materno-fetal Pregueada – pregas da mucosa uterina e trofoblasto se interdigitam ◦ Suínos (MacDonald e Bosna, 1985) ◦ Marsupiais e primatas (Ramsey, 1982) (Leiser e Kaufmann, 1994) Modelos de interdigitação materno-fetal Lamelar – pregas mais complexas com múltiplas ramificações ◦ Carnívoros (Leiser e Koob, 1993) ◦ Primatas (Boyd e Hamilton, 1970) (Leiser e Kaufmann, 1994) Modelos de interdigitação materno-fetal Trabecular - misto de vilosa e pregueada ◦ Macacos Callithrix (Lucket, 1974) Vilosa – forman- se árvores vilosas ◦ ruminantes e humanos (Leiser e Kaufmann, 1994) Modelos de interdigitação materno-fetal Labiríntica – cório rodeado por lacunas ou canais de sangue materno Roedores (Kaufmann e Davidoff, 1977) Morcegos (Winsatt e Enders, 1980) Lagomorfos (Mossman, 1937) Alguns primatas (Ramsey, 1982) (Leiser e Kaufmann, 1994) 03/11/2015 6 Camadas da barreira placentária • Epiteliocorial • Sinepiteliocorial • Endoteliocorial • Hemocorial • hemomonocorial • hemodicorial • hemotricorial Leiser and Kaufmann , 1994, Exp Clin Endocrinol.;102(3) • Ocorre justaposição de membranas sem invasão tecidual – Marsupiais e macacos (Mossman, 1987) – Eqüino (Amoroso, 1952) – Suíno (MacDonald e Bosna, 1985) Placenta epiteliocorial Endotélio do vaso fetal. Membrana basal do vaso fetal; Mesenquima fetal (tecido conjuntivo do feto); Membrana basal do trofoblasto; Epitélio do trofoblasto (feto); M F Epitélio uterino; Membrana basal do epitélio uterino; Estroma endometrial (tec. conjuntivo do útero); Membrana basal do vaso materno; Endotélio do vaso materno Placenta sinepiteliocorial • Wooding (1992) - alguns pontos ocorre migração de células trofoblásticas para o epitélio uterino • Células binucleadas • Ruminantes Leiser and Kaufmann , 1994, Exp Clin Endocrinol.;102(3) Placenta endoteliocorial • Íntimo contato do trofoblasto com o endotélio materno (sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto) – Carnívoros (Björkaman, 1970) – Alguns morcegos (Ramsey, 1982) – Prosimios (Kaufmann et al,1985) Leiser and Kaufmann , 1994, Exp Clin Endocrinol.;102(3) Endotélio do vaso fetal. Membrana basal do vaso fetal; Mesenquima fetal (tecido conjuntivo do feto); Membrana basal do trofoblasto; Epitélio do trofoblasto (feto); M F Epitélio uterino; Membrana basal do epitélio uterino; Estroma endometrial (tec. conjuntivo do útero); Membrana basal do vaso materno; Endotélio do vaso materno 03/11/2015 7 Placenta hemocorial • Hemomonocorial – roedores e humano a termo Leiser and Kaufmann , 1994, Exp Clin Endocrinol.;102(3) • Completa destruição do Ep. materno + estroma materno – vasos maternos em contato com o trofoblasto (parte fetal) • Hemodicorial – coelhos, castor e humanos na fase inicial • Hemotricorial – roedores (ratos, hamsters, camundongos) Leiser and Kaufmann , 1994, Exp Clin Endocrinol.;102(3) Modelos de inter-relação de fluxo sangüíneo materno-fetal • Concorrente – fluxo paralelo • Multiviloso • Corrente-cruzada • Contra-corrente – sentidos opostos Eficiência de transporte de O2 da mãe para o feto aumenta do primeiro modelo para o quarto Leiser and Kaufmann , 1994, Exp Clin Endocrinol.;102(3) Placenta em suínos Placenta corioalantóide permanente Difusa, completa e ampla Pregueada Epiteliocorial Sem invasão do trofoblasto Separação total das membranas ao parto Fluxo de corrente-cruzada a contra-corrente Placenta em equinos Corioalantóide e coriovitelina Difusa Vilosa Epiteliocorial Fluxo multiviloso Placenta em ruminantes Corioalantóide Saco vitelino regride totalmente Cotiledonária Vilosa Sinepiteliocorial Fluxo multiviloso a contracorrente 03/11/2015 8 Placenta em carnívoros Corialantóide Zonária Lamelar Endoteliocorial Moderada reação celular decidual Fluxo corrente cruzada Placenta humana Discoidal Vilosa – árvores vilosas complexas Hemomonocorial a termo Forte reação decidual Citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto Fluxo multiviloso Placenta - Vitelínica Placenta – Vitelínica e Desenvolvimento embrionário Placenta – Vitelínica e Desenvolvimento embrionário Placenta – Vitelínica e Desenvolvimento embrionário 03/11/2015 9 49 Placenta corioalantóidea Evolução Placentas eqüinas 51 Desenvolvimento fetal Desenvolvimento fetal 53 Placenta equina 54 Placenta equina 03/11/2015 10 55 Placenta equina 56 Placenta equina 57 Placenta equina FIM
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