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Oralidade aula Nelson Freitas

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Os trechos da entrevista a ser analisada foram extraídos do site youtube.com1. Trata-se da 
entrevista do ator Nelson Freitas, atualmente contratado pela rede Globo de televisão, atuando 
em múltiplos papéis no humorístico Zorra Total, ao apresentador Jô Soares, no Programa do Jô 
em 2007. 
 
 
[TRECHO A] 
 
(...) Jô Soares: o cara era telegrafista profissioNAL 
Nelson Freitas: é... ele tinha um... né? um um... 
Jô Soares: ele não era bonito realmente 
 [ 
N. F: não não realmente ele não era bonito (ININT) 
Jô Soares: mas era telegrafista 
N. F: mas eu adorava... e essa:: eu tive na escolha pra pra pra pra/ pro tipo de coisa (ININT) a gente teria que 
escolher... eu escolhi... primeira opção rádio segunda opção rádio terceira rádio... foi a primeira parte que eu 
tomei na marinha e já fiquei preso por conta disso 
Jô Soares: por que não podia? 
N. F: porque não... porque eu ‘tava fazendo gracinha e já virei um:: entendeu? Porque eu sempre fui assim... essa 
COIsa... eh eh eh exiBIda... 
Jô Soares: como é q/ é isso que eu ia perguntar... como é que você... embarcou 
 [ 
N.F: eh:: como é que... 
J. S: na carreira artística? Como é que você foi ser ator? 
N.F: e::u sempre tive esse problema... porque vo voCÊ... também... como nós artistas que temos essa... esse... 
essa... esse feeling... essa coisa... você sempre tem uma queda... a minha família não... nenhum deles foi 
profissional mas o meu avô era cantor de ópera o pai da minha mãe... o seu o seu Edgar... a (ININT) todos 
eram professores tocavam piano todos são... tinham uma função artística /minha mãe é poetisa ela:: eh:: 
 [ 
J. S: (escreve...) 
N. F: exatamente esCREve todo mundo em casa tem uma coisa meus avós por parte de pai eram artistas 
circenses... eram trapezistas... então nenhum da família pelo menos dessas todas gerações foram 
artistas e:: 
 [ 
J. S: como não você acabou de falar que eles eram artistas de circo 
N.F: nã::o mas profissionais que viviam do do da:: 
J. S: ah tá 
N.F: entendeu? que viviam do sustento... que viviam da arte... de maneiras que... eu aí tinha essa... essa coisa 
mas quando meu pai faleceu eu fu/ meu tio Jorge né?... Nascimento... o general Nascimento hoje em dia... 
queridíssimo... abraçou e disse “eu cuido” e aí nos colocou no Colégio militar então eu tinha que:: cumprir esse 
caminho... eu tinha que colocar uma farda e uma hora que der uma brecha eu UAU... 
 [ 
J. S: parte pra outra 
N.F: ... e aí fui pra PUC fazer Análise de Sistemas que é outra coisa morta fiz Ana/ eu sou analista de sistemas 
formado pela PUC... 
J. S: e como é não tem mais Análise de Sistemas? 
N.F: não não... TEM é é uma uma função muito reduzida... os Pcs e todos os computadores... você 
COMpra o programa hoje me dia 
J. S: tá 
N.F: você não precisa:: eh desenvolvê-lo não é verdade? 
 [ 
J. S: (certo certo) 
 
1
 Respectivamente: 
http://www.youtube.com/watch?v=UiyM4mEDaGc&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=mm0rguTa6xs&feature=related 
 
N.F: e naquela época você estudava (ININT) entendeu? cartão perfurado... era pré-hisTória mesmo entende? 
É dinosSAUro. 
J. S: mainframe? 
N.F: é NO::ssa era coisa de de... e depois eu vim ser ator:: e quando eu vi aquele filme Final Fantasy já já... hoje 
me dia já é obsoleto e que os atores se (transformam) você consegue fazer uma caricatura o Tom Hanks fez um 
filme que era o Expresso... o Expresso da onde? Do da meia-noite? 
J. S: não não 
N.F: era o:: o Expresso Polar 
J. S: é 
N.F: e eu vi o Tom Hanks eu disse ‘cabou... porque daqui a um tempo... 
J. S: quando você viu o Fantasy você falou eu quero ser ator ou eu quero ser boneco? 
N.F: não eu... eu ((risos)) eu pensei assimdaqui a pouco o Antônio Fagundes vai ‘tar em seis teatros ao 
mesmo tempo em holografia quadridimensional... você ‘tá entendendo? Olha só que loucura? porque... 
J. S: qua-dri-di-men-sio-nal? 
N.F: é:: você senta num teatro para ver uma peça que está acontecendo em São Paulo... ta no Rio.. 
J. S: mas quadri... quadri...mas eu não caibo numa coisa dessa quadridimensional 
N.F: nã::::o ((risos)) 
J. S: você não acha que isso... eu acho que isso... eu acho que o contato... o calor huma::no da plateia é 
fundamenTAL 
 [ 
N.F: claro isso é (mágico) rapaz 
 
 
 
[TRECHO B] 
 
 
Nelson Freitas: são coisas simples... às vezes... que o homem... entendeu... de repente... coisas simples que 
ele pode fazer... que ele... sabe... que ele muda... de repente... ele... ele... eh... cortar o pelo do nariz quando 
você já ‘tá parecendo aquele leão marinho entendeu? aquela lagosta coisa feia que é um corta tesão não é 
chato? (ININT) com pelo na orelha não chegar com aquela chuteira cheia de grama de terra para botar 
na... na... na... área de serviço então aquelas bolinha do sintético (ININT) e aí tem aquela questão do... 
do... do... também... sei lá... você no meio da noite dá o controle remoto para ela como se você tivesse 
entregando um buquê de FLOres... 
 [ 
 ((risos da plateia)) 
N F: TOma o buquê minha linda não é verdade? 
 [ 
 ((risos da plateia)) 
N F: Ou então você... 
 [ 
Jô Soares: PÁra PÁra ((risos)) 
N F: ou então só dizer para ela que ela ‘tá bonita, entendeu? (...) 
 
 
[TRECHO B2] 
 
 
Nelson Freitas: são coisas simples... às vezes... que o homem pode fazer... entendeu... de repente... coisas 
simples: que ele pode fazer... que ele... sabe... que ele muda... de repente,... ele... ele... eh... cortar o pelo do 
nariz quando você já ‘está parecendo aquele leão marinho, entendeu, ? aquela lagosta; cortar o plo da 
orelha, coisa feia que é um corta tesão não é chato? (ININT) com pelo na orelha não chegar com aquela 
chuteira cheia de grama de terra para botar na... na... na... área de serviço; então aquelas bolinha do 
sintético (ININT) e aí tem aquela questão do... do... do... também ... sei lá... você no meio da noite dá dar o 
controle remoto para ela como se você tivesse entregando um buquê de FLOflores. 
 
 
[n1] Comentário: Variação no campo 
lexical, do mais geral ao mais específico, 
tomando o segundo termo como metonímia. 
[n2] Comentário: TÓPICO: 
“maneiras de um homem agradar uma 
mulher” 
[n3] Comentário: Mais genérico 
[n4] Comentário: Especificidade 1. 
[n5] Comentário: Especificidade 2. 
[n6] Comentário: Especificidade 3. 
[n7] Comentário: Características do 
escrito (espço/tempo) 
[TRECHO C] 
 
 
 
J.S.: mas quando se forma não é obrigado a saber? 
N. F: o quê? 
J. S: hoje em dia se você se forma em em em... 
N. F: ah:: o código morse? 
J.S: é 
N. F: sim... na escola sim na escola de marinha mercante tem essa essa... mas não é uma PRÁtica mais né? Não 
se usa mais para se comunicar e era difícil porque às vezes você pegava...eu trabalheiem navio químico e 
às vezes você pegava eh eh eh... imagina 
 [ 
J.S: (ININT) 
N. F: prolipopileno-butano-acetato-salicil... e aí o cara lá da Rio Rádio você tava lá nos quintos dos inferno 
na Europa no mar do norte pegando tem::po e o cara te avisava segura que lá vem bomba e ele avisava o ca/ 
 [ 
J. S: ele te avisava 
N. F: no telégrafo no telégrafo a ge/ a gente tem códigos para 
 [ 
J. S: claro 
N. F: explicar as coisas e ele segura que lá vai bomba aí ele já ia devagar “ daran pan pan pan pan pan” 
((pronúncia lenta)) porque depois que terminava ele “pan pan pegou?” ele “pan pan dan pan pan pan” 
((pronúncia acelerada)) e a gente atrás “parandandanpanpan” era uma coisa de louco... era uma coisa 
de louco 
 [ 
 ((risos da plateia)) 
J. S: eu entendi TU-di-nho 
 [ 
 ((risos da plateia)) 
[n8] Comentário: TÓPICO : 
formação acadêmica e profissões 
exercidas pelo entrevistado. 
 
[n9] Comentário: Coube ao 
interlocutor desdobrar o enunciado de 
origem após uma interrogação e 
esclarecer que a dúvida girava em 
[saber] o código morse.

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