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Tratamentos para Regurgitação e Êmese

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REGURGITAÇÃO:
Apetite voraz, não há náusea prévia, processo passivo, alimento não chega ao estômago (alimento não digerido, pH tende a alcalino), pode estar ou não relacionado à dieta
ÊMESE:
antecedido por náusea (salivação excessiva, ânsia), processo ativo, conteúdo estomacal (alimento parcialmente digerido, pH ácido = 2), vomito fecaloide indica processo obstrutivo = emergencial
MECANISMO ACAO DA EMESE:
zona quimiorreceptora de disparo (ZQD) atua diretamente no centro do vomito, mediada pela via dopaminérgica (D2), serotoninérgica (5-HT3) e colinérgica muscarínica, substâncias endógenas (uréia, toxinas) ou exógenas (ex. ipeca, toxinas, quimioterápicos, digoxina, opióides), via vagal aferente do sistema digestório (ex. irritação ou dilatação gástrica)
ANTI-EMETICO DE ACAO CENTRAL EM ZQD:
- METOCLOPRAMIDA (Plasil):
antagonista dopaminérgico (D2), em altas doses, efeito sobre os receptores 5-HT3, ação pró-cinética (contra indicado nos casos obstrutivos), estimula a liberação de prolactina, podem causar alterações de comportamento (gatos) e reações extrapiramidais (cuidado com epiléticos), gatos normalmente tem espasmos, contra indicado para obstrutivas e psedociese (aumenta)
- ONDASETRONA (Nausedron/ Vonau):
melhor e mais indicado mas custo alto quando comparado aos outros, antagonistas serotoninérgicos (5-HT3), tem ação periférica e central, indicado nos casos refratários e em pacientes em tratamento quimioterápico (tambem é eficaz em vomito de movimento)
- CERENIA (maropitan):
o mais potente, mas tem custo MUITO alto e é muito dolorido
INIBIDOR DE SECREÇÃO GÁSTRICA:
- ANTAGONISTA H2 (ranitidina, famotidina cimetidina)
principal receptor de HCl é H2 entao eles ocupam seletivamente os receptores H2 e inibem a estimulação da célula enterocromafim pela gastrina e ACh (diminui a liberação de histamina), atividade pró-cinética, uso intravenoso tem que diluir bastante em soro pois pode causar bradicardia ou vomito logo em seguida, evitar em animais com hepatopatias, aumentam um pouco o transito intestinal por isso tomar cuidado com as obstrutivas.
- INIBIDOR DA BOMBA DE PROTONS (omeprazol, pantoprazol, lansoprazol, rabeprazol)
maior efeito, mais potente que os antagonistas H2 pois age em lugares diferentes, diretamente em bomba de proton que produz o HCl troca K+ por H+, pico de ação em 3-5 dias, pouco efeito nos primeiros dias, por causa de pico de ação de 3 dias as vezes se associa com a ranitina, melhor efeito se administrado 1 hora antes da alimentação, tomar cuidado com efeito rebote (s/por+de30 dias)
PROTETORES DE MUCOSA:
- ANTIACIDOS: hidróxido de Al e Mg:
neutraliza HCl (estimula produção de PG, inibe a atividade da pepsina e ácidos biliares), não tem efeito prolongado, não cura gastrite pra isso teria que ter pouco intervalo, tomar de 12 em 12h, duração de 2-3 horas, causam efeito rebote (hipergastrinemia), causam constipação e diarréia (respectivamente), reduz a absorção de fósforo (melhor para paciente renal usando ele como quelante de fosforo)
- SUCRALFATO:
dissacarídeo sulfatado de hidróxido de alumínio (pH ácido: AlOH e sucrose octasulfatada), duplo mecanismo, se liga a proteínas do exsudato da mucosa já lesada, formando um revestimento de proteção E estimula a produção de Prostaglandina que tbm protege inibindo produção da bomba, não tem efeito antiácido, interfere com a absorção de outras drogas (dar outros medicamento 2h antes dele)
ANTIBIOTICO:
METRONIDAZOL (bactérias anaeróbicas, feridas contaminadas, efeito imunomodulador), SULFAS (efeito antinflamatório na mucosa e imunomodelador tb, sulfasalazina, sulfadiazina, sulfametoxazol), β-LACTAMICOS (ampicilina, amoxacilina clavulanato), QUINOLONAS (enrofloxacina)
DILATAÇÃO ESOFAGICA/MEGAESOFAGO:
Dilatação total ou parcial do esôfago geralmente decorrente da alteração da sua motilidade ou por obstrução, possíveis causas são doença esofágica obstrutiva (persistência do 4º arco aórtico direito, estenose por esofagite, corpo estranho, neoplasia, espirocercose) ou alteração da motilidade esofágica (miastenia gravis, neuropatias periféricas, hipotireoidismo?, idiopático) sintomas: sem pneumonia aspirativa tem apetite voraz, regurgitação, emagrecimento; com pneumonia aspirativa tem anorexia, tosse produtiva, secreção nasal e dispnéia conduta diagnóstica: anamnese, ex. físico, pH do material regurgitado, RX simples e contrastado (esofagograma), se necessário, endoscopia (somente após confirmação radiográfica) tratamento geral: tratar a causa de base, dieta pastosa e manter em posição bipedal por pelo menos 20-30 minutos, antibioticoterapia em caso de pneumonia aspirativa, pró-cinéticos: metoclopramida, colocação de tubo esofágico ou gástrico se necessário
MEGAESOFAGO DA PERS DO 4º ARCOS AORTICO DIR:
dilatação esofágica secundário a PAAD, ocasionando uma estenose da luz do esôfago sintomas: regurgitação pós-desmame, caquexia, prejuízo do crescimento, tosse produtiva e secreção nasal diagnóstico: Idade do paciente (filhote pós-desmame), anamnese / ex. físico, RX simples e contrastado tratamento: correção cirúrgica (escolha), manejo (dieta pastosa, posição bipedal), antibiótico em caso de pneumonia
MEGAESOFAGO MIASTENIA GRAVIS:
dilatação esofágica devido a produção de Ac contra os receptores de Ach ocasionando uma diminuição da motilidade e do tônus da musculatura esofágica, é uma das principais causas de megaesôfago adquirido em cães e geralmente acomete cães jovens ou senis pode ocorrer na forma focal ou generalizada, sendo que nesta última uma fraqueza muscular que pioram com exercícios pode estar associada cerca de 80% dos cães desenvolvem dilatação esofágica sintomas: anorexia ou apetite voraz, regurgitação, fraqueza muscular que pioram com o exercício (generalizada), tosse produtiva, secreção nasal em caso de pneumonia aspirativa diagnóstico: anamnese, ex. físico, RX simples e contrastado, em caso de suspeita de Miastenia Gravis generalizada: teste de desafio com anticolinesterásico (cloridrato de edrofônio 0,1 - 0,2 mg/kg/IV ou metilsulfato de neostigmina 20 mg/kg/IV), dosagem de Ac contra receptores de Ach tratamento: anticolinesterásico brometo de piridostigmina 0,5 a 3 mg/kg/BID ou TID (Mestinon), prednisona em dose imunossupressora em caso de megaesôfago, dieta pastosa e em posição biedal (NÃO tem correção cirúrgica ou melhora com o tratamento para miastenia gravis)
MEGAESOFAGO IDIOPATICO:
dilatação esofágica de etiopatogenia desconhecida que acomete cães e gatos, existe um componente hereditário em schnauzer miniatura e fox terrier de pêlo duro predisposição racial: pastor alemão, dogue alemão, setter e sharpey, embora possa ocorrer em outras raças sintomas: anorexia ou apetite voraz, regurgitação, emagrecimento ou tosse produtiva, secreção nasal e dispnéia diagnóstico: anamnese, ex. físico, RX simples e contrastado, eliminação de outras causas tratamento: dieta pastosa e em posição bipedal, antibióticos em caso de pneumonia aspirativa, pró-cinético ???, colocação de tubo esofágico ou gástrico???, NÃO tem correção cirúrgica
MECANISMO DE AÇÃO DA DIARRÉIA:
osmótica (ex: mudança de dieta, síndrome de mal digestão / absorção), secretória (ex: giárdia, hipercrescimento bacteriano), exsudativa (ex: linfangectasia, neoplasia, ulceração), alteração de motilidade (ex: obstrução, pancreatite)
DIARREIA AGUDA:
etiologias infecciosa (parasitárias, bacterianas, virais), medicamentosa (AINE, ATB, quimioterápicos), nutricional (dieta, alergia ou intolerância alimentar), extra-intestinais (IR, IH, pancreatite), idiopática (gastroenterite hemorrágica idiopática) diagnóstico: resenha / anamnese / exame físico (diagnósticos prováveis, exames complementares) tratamento suporte: tratar a causa de base, restrição alimentar, manter a volemia (fluidoterapia), antibioticoterapia?, KIT
HELMINTOS - Toxocara sp, Ancylostoma sp:
geralmente filhotes ou jovens, fezes pastosas ou líquidas, com hematoquesia e associado a parorexia e anemia de grau variado, presença de vermes nas fezes diagnóstico: coproparasitológico tratamento: fembendazol(50 mg/kg/q24h, 3 dias e repetir após 14 dias - nematóides e giárdia), associação de praziquantel, palmoato de pirantel, febantel, lembrar que para cestóides o princípio ativo é o praziquantel, sulfato ferroso nos casos de anemia grave
PROTOZOARIO E COCCIDIAS:
diarréia pastosa, geralmente branda e renitente e intermitente, raramente associada a anorexia, hipertermia ou desidratação clínica diagnóstico: coproparasitológico (para giárdia, flutuação com sulfato de zinco, 3 amostras consecutivas) tratamento: giárdia: fembendazol ou albendazol ou metronidazol por 5 dias, coccidias e isospora: sulfas, tratar todos os contactantes, higienização do ambiente e do animal!!
DIARREIA CRONICA
Etiologia: hipercrescimento bacteriano ?, sensibilidade alimentar (enterite linfocítica-plasmocítica/eosinofílica (doença inflamatória intestinal) comum em gatos), síndrome de má digestão (IPE), síndrome do intestino curto, neoplasias intestinais enterite linfocítica-plasmocítica ou eosinofílica doença inflamatória intestinal (gatos), relacionada a uma resposta imunemediada ou de hipersensibilidade contra proteínas específicas da dieta, pode predispor ou ser confundida com linfoma intestinal diagnóstico: eliminação, biópsia e histopatológico tratamento ID: alteração da dieta com proteína inédita ou hidrolisada, prednisona, fibras (Loraga; Metamucil), em cães tratamento no IG: dieta hipoalergênica, sulfasalazina (20-30 mg/kg/BID ou TID)/metronidazol (12,5 mg/kg/SID ou BID), fibras (Loragaâ; Metamucilâ), prednisona (0,5 a 2 mg/kg/SID)
DOENÇA INTESTINAL OBSTRUTIVA: obstrução parcial ou completa do lúmen intestinal com alteração do fluxo do conteúdo intestinal etiologia: extraluminal (intussuscepção, aderências, tumores), intraluminal (corpo estranho, pólipos), funcional (doenças neuromusculares), mal formações (estenose, atresia) sintomas: vômito intermitente e persistente, anorexia, desidratação, choque no caso de intussuscepção, relacionada com histórico de diarréia, diagnóstico: anamnese, ex. físico, RX simples e/ou contrastado, ultrasom (no caso de intussuscepção tratamento: restabelecer o equilíbrio hídrico e eletrolítico, antibioticoterapia (amoxacilina clavulanato ou enrofloxacina associado com metronidazol – bact anaerobia), correção cirúrgica sempre a não ser que esteja c/corpo estranho mas não está obstruindo ai acompanha, cuidado com hipertensão

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